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MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
INTRODUÇÃO À AUDITORIA NOS 
SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 
 
0800 283 8380 
 
www.ucamprominas.com.br 
 
Impressão 
e 
Editoração 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3 
UNIDADE 1 – AUDITORIA: GENERALIDADES ................................................... 8 
1.1 EVOLUÇÃO ...................................................................................................... 8 
1.2 CONCEITOS, FINS E OBJETIVOS ....................................................................... 10 
1.3 ORGANISMOS REGULADORES E NORMAS DE AUDITORIA ..................................... 13 
1.4 CLASSES/TIPOS DE AUDITORIA ....................................................................... 16 
UNIDADE 2 – A QUALIDADE NA SAÚDE .......................................................... 20 
2.1 FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE ........................................ 24 
UNIDADE 3 – AUDITORIA EM SAÚDE .............................................................. 34 
3.1 INSTITUIÇÃO HOSPITALAR ............................................................................... 34 
3.2 EVOLUÇÃO DA AUDITORIA EM SAÚDE ............................................................... 37 
3.3 A AUDITORIA EM SAÚDE .................................................................................. 40 
3.4 TIPOS DE AUDITORIA EM SAÚDE ...................................................................... 42 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 47 
BÁSICAS ............................................................................................................. 47 
COMPLEMENTARES .......................................................................................... 47 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
As transformações pelas quais o mundo vem passando ao longo das últimas 
décadas, mais pontualmente na economia, no comportamento das pessoas e 
decorrente do fenômeno da globalização, indubitavelmente intensificou a 
necessidade de fornecer produtos e serviços com qualidade. 
 
Figura 1: Qualidade em produtos e serviços. 
Fonte: http://www.osconsult.com.br 
 
O conceito de qualidade deixou de ser um atributo de objetos e produtos, 
para envolver serviços e atividades, e na área da saúde não foi diferente, pelo 
contrário, busca-se a excelência e qualidade no atendimentos aos seus usuários. 
Pois bem, dar umas pequenas voltas ao passado é das melhores e mais 
educativas maneiras de entendermos o surgimento e evolução de conceitos como a 
auditoria – nosso foco do momento, que nos leva à qualidade. 
Ao longo da história, a auditoria passou de um olhar restrito, estático, 
fiscalizador e punitivo para uma abordagem ampla, dinâmica, sistemática e também 
pedagógica. Isso permitiu a identificação e adoção de estratégias para controle das 
ações e serviços oferecidos e demandados para a máquina pública (CALEMAN; 
MOREIRA; SANCHES, 1998; MELO; VAISTMAN, 2008). 
De maneira bem técnica, Auditoria se define como um sistema de revisão e 
controle, para informar a administração sobre a eficiência e eficácia dos programas 
em desenvolvimento. Sua função não é somente indicar as falhas e os problemas, 
mas também, apontar sugestões e soluções, assumindo, portanto, um caráter 
eminentemente educacional. 
 
 
4 
 
Já numa perspectiva moderna e ‘humanística’ (sic) podemos dizer que a 
auditoria é uma ferramenta que busca a qualidade. No tocante à área de saúde, 
Nepomuceno e Kurcgant (2008, p. 666) definem a auditoria como garantia de 
qualidade, referindo-se à elaboração de estratégias tanto para a avaliação da 
qualidade quanto para a implementação de normas e padrões de conduta clínica. 
Pois bem, neste módulo veremos, num primeiro momento, justamente a 
evolução, conceitos e objetivos, organismos reguladores, normas e classes de 
auditoria. Igualmente a evolução, definição e tipos de auditoria em saúde. 
 
 
Figura 2: Qualidade. 
Fonte: http://www.osconsult.com.br 
 
Lembremos sempre que a auditoria é uma ferramenta em busca da 
qualidade na área de saúde e esta é uma necessidade técnica e social, e a adoção 
de um sistema de gestão da qualidade é uma decisão estratégica das organizações. 
Devemos também nos atentar, pois já faz algum tempo que a palavra de 
ordem, seja para o setor público de saúde como para as operadoras de planos de 
saúde, é “regulação”! 
Se buscarmos em um dicionário o sinônimo para a palavra “regulação” do 
verbo regular, encontraremos ‘agir conforme as regras, as normas, algo disposto 
simetricamente, equilibrado, razoável’. 
Nesse contexto, encontramos na auditoria uma das ferramentas mais 
eficientes para aprimorar um sistema de gestão, ressaltando que a auditoria deve 
ser realizada por um profissional capacitado e que, como dizem Noronha e Salles 
(2004), utilize de imparcialidade, prudência e diplomacia. 
 
 
5 
 
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, o segmento de Saúde Pública 
brasileiro, representado pela rede nacional de atendimento ao Sistema Único de 
Saúde (SUS), é considerado como o maior sistema público de saúde do mundo. Em 
termos de cobertura populacional e de risco, envolve a atenção a mais de 190 
milhões de pessoas. 
As atenções na regulação e Auditoria em Saúde Pública estão a cargo do 
Sistema Nacional de Auditoria (SNA), da Secretaria de Assistência à Saúde, do 
Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), em todos os estados da 
federação e no Distrito Federal (DF). 
O número de profissionais que atua no setor saúde, sob regime de auditoria 
do SNA e do DENASUS é enorme. As próprias operadoras de saúde para controle 
das suas ações e atenções em saúde, cumprindo um extenso escopo legal e técnico 
com complexidade crescente, necessitam de um enorme contingente de 
profissionais para atuar ativamente e regular as atenções oferecidas através de seus 
milhares de serviços credenciados, contratados ou referenciados. 
Ao longo da última década, o campo de trabalho em Auditoria de Sistemas 
de Saúde vem ampliando-se, e hoje é requerida também por grande parte dos 
prestadores de serviços de médio e grande porte (credenciados, contratados ou 
referenciados), melhorando sua performance global (econômico-financeira e técnica) 
frente a um mercado altamente competitivo e exigente. 
Ambos os sistemas – público e privado – demandam a atuação de 
profissionais preparados e dedicados à atividade de verificação, mediante a 
confrontação entre uma situação encontrada de estruturas, processos, resultados e 
a aplicação de recursos de forma planejada, independente e documentada, baseada 
em evidências objetivas e imparciais, para determinar se as ações e serviços 
encontram-se adequados quanto a sua eficiência, eficácia e efetividade. 
Outra constatação é que o campo de atuação em Auditoria de Sistemas de 
Saúde Público e Privado, hoje considerada atividade multidisciplinar, exige: 
 habilidades, conhecimentos e atributos ao auditor moderno, que envolvem o 
acompanhamento dos principais preceitos ditados pela legislação; 
 atuação com base na doutrina ética, das bases e normas elementares dos 
processos administrativos intrainstitucionais; 
 entendimento quanto a abrangências dos contratos e acordos firmados, 
tabelas de procedimentos, análise do perfil dos serviços contratados, 
 
 
6 
 
potencial de atendimento de cada serviço ou recurso disponível e a projeção 
e impacto destes frente a população inscrita; 
 domínio e atualização dos protocolos, consensos científicos, do substrato e 
perfil epidemiológico da população assistida, interpretação e análise contínua 
de indicadores relativos à mensuração da qualidade e produtividade dos 
serviços. 
Somando-seàs constatações acima, ainda temos: 
 acompanhamento da utilização de recursos e benefícios avaliando o impacto 
das ações executadas nos distintos níveis de saúde, fazendo cumprir direitos 
e deveres; 
 garantia da proteção dos usuários e prestadores no local onde acontece a 
ação conferindo às instituições envolvidas a necessidade de uma segunda 
opinião; 
 enfatizar a educação continuada com vistas à melhoria da qualidade do 
atendimento, racionalizado e humanizado, proporcionando o mais apropriado 
uso dos recursos disponíveis; 
 atuar como mediador entre as partes envolvidas, ordenando, controlando e 
racionalizando os serviços sem comprometer a qualidade dos serviços 
prestados e dos materiais e medicamentos usados. 
Pois bem, as justificativas acima por si só mostram a importância dos 
serviços de Auditoria. 
Não há dúvida que as empresas que possuem em seu quadro uma equipe 
de auditores competentes e experientes ou que contratem este serviço de empresas 
especializadas contam com um excelente apoio para produzir um retrato fiel da 
realidade, que servirá de base para proceder a ações corretivas, estratégicas e 
preventivas em prol da saúde da organização. 
Desejamos boa leitura e bons estudos, mas antes algumas observações se 
fazem necessárias: 
1) Ao final do módulo, encontram-se muitas referências utilizadas 
efetivamente e outras somente consultadas, principalmente artigos retirados da 
World Wide Web (www), conhecida popularmente como Internet, que devido ao 
acesso facilitado na atualidade e até mesmo democrático, ajudam sobremaneira 
para enriquecimentos, para sanar questionamentos que por ventura surjam ao longo 
da leitura e, mais, para manterem-se atualizados. 
 
 
7 
 
2) Deixamos bem claro que esta composição não se trata de um artigo 
original1, pelo contrário, é uma compilação do pensamento de vários estudiosos que 
têm muito a contribuir para a ampliação dos nossos conhecimentos. Também 
reforçamos que existem autores considerados clássicos que não podem ser 
deixados de lado, apesar de parecer (pela data da publicação) que seus escritos 
estão ultrapassados, afinal de contas, uma obra clássica é aquela capaz de 
comunicar-se com o presente, mesmo que seu passado datável esteja separado 
pela cronologia que lhe é exterior por milênios de distância. 
3) Por uma questão ética, a empresa/instituto não defende posições 
ideológico-partidária, priorizando o estímulo ao conhecimento e ao pensamento 
crítico. 
4) Sabemos que a escrita acadêmica tem como premissa ser científica, ou 
seja, baseada em normas e padrões da academia, portanto, pedimos licença para 
fugir um pouco às regras com o objetivo de nos aproximarmos de vocês e para que 
os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos 
científicos. 
Por fim: 
5) Deixaremos em nota de rodapé, sempre que necessário, o link para 
consulta de documentos e legislação pertinente ao assunto, visto que esta última 
está em constante atualização. Caso esteja com material digital, basta dar um Ctrl + 
clique que chegará ao documento original e ali encontrará possíveis leis 
complementares e/ou outras informações atualizadas. Caso esteja com material 
impresso e tendo acesso à Internet, basta digitar o link e chegará ao mesmo local. 
 
1
 Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou 
similares. 
 
 
8 
 
UNIDADE 1 – AUDITORIA: GENERALIDADES 
 
A evolução do sistema capitalista, com a expansão do mercado e, 
consequentemente, o aumento da concorrência, fez com que as empresas antes 
fechadas, pertencentes a grupos familiares, ampliassem suas instalações fabris e 
administrativas, investindo no desenvolvimento tecnológico e aprimorando os 
controles e procedimentos internos em geral, visando reduzir custos, tornando mais 
competitivos os seus produtos no mercado. 
E assim, tem-se o surgimento da auditoria, definida, segundo Sá (1998, p. 
25), como 
 
tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, 
demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração 
contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações 
sobre situações ou fenômenos patrimoniais de riqueza aziendal, pública ou 
privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados. 
 
Para Riolino e Kliukas (2003), a palavra auditoria tem sua origem no latim 
audire que significa ouvir. No início da história da auditoria, toda pessoa que tinha 
aptidão para verificar a legitimidade dos fatos econômico-financeiros, prestando 
contas a um superior, poderia ser considerado como auditor. 
Outras influências que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria foram: 
 instalações de filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras; 
 financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais; 
 crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e 
diversificação de suas atividades econômicas; 
 evolução do mercado de capitais; 
 criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil, 
em 1972; 
 criação da Comissão de Valores Mobiliários e da lei das Sociedades 
Anônimas, em 1976. 
 
1.1 Evolução 
A prática da auditoria provém do final do século XVIII, na Inglaterra, como 
consequência das transformações econômicas ocorridas naquele período que 
conhecemos como “Revolução Industrial”. 
 
 
9 
 
Sua origem é proveniente das demonstrações financeiras que eram 
informações elaboradas por escrito, destinadas a apresentar a terceiros, alheios à 
empresa, sócios ou interessados, a situação patrimonial e sua evolução. 
A auditoria, sobretudo, almejava informar aos usuários que critérios foram 
adotados em sua elaboração e apresentar parecer de terceiros sem relação direta 
com a empresa, atestando com fidedignidade que tais demonstrações refletiam a 
situação do patrimônio e sua evolução durante o período a que se referiam. 
Com base nisso, pode-se dizer que a auditoria sempre teve como função 
prover demonstrações financeiras, como o exame das mesmas, por um profissional 
independente, com a finalidade de emitir um parecer técnico sobre sua real situação. 
Fato é que ao buscarmos uma definição de auditoria nas mais diversas 
fontes, necessariamente somos remetidos à área contábil, inclusive fazendo coro 
com o que se encontra descrito pelo Oxford English Dictionary, que a define como: 
um exame oficial de contas, validado através de testemunhos e comprovantes. 
Ainda, se buscarmos no Reino Unido, considerado pela maioria dos 
escritores como o berço da auditoria, verificam-se os seguintes registros do que 
seriam auditoria e auditor na Enciclopédia Britânica, que numa tradução livre quer 
dizer: 
 
Auditoria é o exame das contas feitas pelos funcionários financeiros de um 
estado, companhias e departamentos públicos ou pessoas físicas, e a 
certificação de sua exatidão. Nas ilhas Britânicas, as contas públicas eram 
examinadas desde há muito tempo, embora, até o reinado da Rainha 
Elizabeth, de maneira não muito sistemática. Anteriormente a 1559, esse 
serviço era executado, às vezes, por auditores especialmente designados, e 
outras por auditores da receita pública, ou pelo auditor do tesouro, cargo 
criado por volta de 1314. Mas, em 1559, um esforço foi feito para 
sistematizar a auditoria das contas públicas, pela indicação de dois 
auditores para examinar os pagamentos a servidores públicos. 
 
Estudos de Pereira e Takahashi (1991) mostram que os registros datam do 
ano 2600 a.C., mas foi com a Revolução Industrial, que a prática da auditoria 
recebeu novas diretrizes, buscando suprir as necessidades das grandes empresas. 
Na área da saúde, a auditoria aparece pela primeira vez no trabalho realizado pelo 
médico George Gray Ward, nos Estados Unidos, em 1918, que constituía na 
verificação da qualidade da assistência prestadaao paciente através dos registros 
em seu prontuário. 
 
 
10 
 
A influência britânica na economia e na prática contábil do Estados Unidos, 
em função da origem do povo que fundou o país e do seu próprio crescimento 
durante o século XX, especialmente após a II Guerra Mundial, explica as 
metodologias, as práticas adotadas e as responsabilidades vigentes para os 
auditores e as firmas de auditoria em todo o planeta (PEREZ JUNIOR et al., 2011). 
A quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929, também contribuiu 
para o desenvolvimento das práticas de auditoria, pois os investidores passaram a 
exigir maior segurança e credibilidade das demonstrações contábeis para voltarem a 
investir em ações de companhias abertas. 
No Brasil, a partir da década de 1960, diversas firmas de auditoria 
instalaram-se com associações internacionais de auditoria externa. Isso ocorreu em 
função da necessidade legal, principalmente nos EUA, de os investimentos no 
exterior serem auditados. Essas empresas, praticamente, iniciaram a auditoria no 
Brasil e trouxeram um conjunto de técnicas de auditoria, que posteriormente foram 
aperfeiçoadas. Somente em 1965, por meio da Lei nº 4728, que disciplina o mercado 
de capitais e estabelece medidas para o seu desenvolvimento, pela primeira vez foi 
mencionada na legislação brasileira a expressão “auditores independentes” (PEREZ 
JUNIOR et al., 2011). 
Realmente nosso objetivo maior é falar em auditoria em saúde, mas é 
preciso entendermos o caminho percorrido até lá, por isso estamos dando espaço 
para a auditoria de maneira geral, certo? 
 
Guarde... 
A evolução da auditoria no Brasil está relacionada primariamente com a 
instalação das empresas de origem estrangeiras de auditoria independentes, por 
conta de seus investimentos, a fim de que se fossem feitas auditorias em seus 
processos financeiros (ATTIE, 2006). 
 
1.2 Conceitos, fins e objetivos 
Auditoria consiste no exame sistemático e independente dos fatos obtidos 
através da observação, medição, ensaio ou outras técnicas apropriadas, de uma 
atividade, elemento ou sistema, para verificar a adequação aos requisitos 
preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações (no caso da 
saúde e seus resultados), estão de acordo com as disposições planejadas. Através 
 
 
11 
 
da análise e verificação operativa, avalia-se a qualidade dos processos, sistemas e 
serviços e a necessidade de melhoria ou de ação preventiva/corretiva/saneadora. 
Tem como objetivo maior propiciar à alta administração informações necessárias ao 
exercício de um controle efetivo sobre a organização ou sistema, contribuir para o 
planejamento e replanejamento das ações de saúde e para o aperfeiçoamento do 
Sistema (BRASIL, 1998). 
Vejamos a observação feita por D’Ippolito (1967): 
 
A expressão revisão, conforme leva a entender o termo auditoria, dentro do 
que é estritamente aceitável na prática, foi adotada em um sentido mais 
amplo, sugerindo um significado também mais ampliado em relação ao seu 
significado etimológico, o qual resultaria num pensamento de que, auditoria 
seria apenas um exame e análise retrospectiva dos atos e fatos contábeis e 
administrativos. Porém, na verdade, não é apenas isso, abrangendo 
também, previsões sobre as futuras mutações patrimoniais, as expectativas 
sobre a ocorrência destas no tempo e no espaço futuros e os seus 
possíveis efeitos no patrimônio do auditado. A revisão, por excelência, é a 
atividade que se apresenta das mais difíceis para os profissionais, bem 
como para os gestores da empresa auditada. Ela requer, sobre quem deva 
ser feita, em relação ao tempo e ao espaço e em relação aos atos e fatos 
auditados, para atestar sua eficiência, certa profundidade na preparação 
teórica nos campos de administração, da economia em geral e, ainda, um 
conhecimento mais aprofundado do campo jurídico e do direito no contexto 
das relações de negócios e de mercados, envolvendo, também, em muitos 
casos, extremo conhecimento tecnológico e de negócios em geral. 
 
Auditoria é como um exame científico e sistemático dos livros, contas, 
comprovantes e outros registros financeiros de uma companhia, com o propósito de 
determinar a integridade do sistema de controle interno contábil, bem como o 
resultado das operações e assessorar a companhia no aprimoramento dos controles 
internos, contábeis e administrativos (MOTTA, 1992). 
Para Franco e Marra (2000), auditoria é a técnica que consiste no exame de 
documentos e registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações 
externas e internas, obedecendo a normas e procedimentos apropriados, 
objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a 
situação nelas demonstrada de acordo com os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade e normas de contabilidade, de maneira uniforme. 
Para Crepaldi (2002, p. 23), pode-se definir auditoria “como o levantamento, 
estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e 
das demonstrações financeiras de uma entidade”. 
Outros conceitos relativos de importância: 
 
 
12 
 
 controle – consiste no monitoramento de processos (normas e eventos), com 
o objetivo de verificar a conformidade dos padrões estabelecidos e de 
detectar situações de alarme que requeiram uma ação avaliativa detalhada e 
profunda; 
 avaliação – trata da análise de estrutura, processos e resultados das ações, 
serviços e sistemas de saúde, com o objetivo de verificar sua adequação aos 
critérios e parâmetros de eficácia, eficiência e efetividade estabelecidos para 
o Sistema de Saúde; 
 fiscalização – consiste em submeter à atenta vigilância, a execução de atos e 
disposições contidas em legislação, através do exercício do ofício de fiscal; 
 inspeção – realizada sobre um produto final, sob uma fase determinada de 
um processo ou projeto, visa detectar falhas ou desvios (BRASIL, 1998). 
 
Guarde... 
Auditoria é um conjunto de técnicas de observações e exames, aplicado de 
forma sistemática, que no contexto do auditado, visa opinar sobre sua situação, 
sobre sua riqueza, quando este for o caso, ou sobre funções ou áreas específicas 
componentes do patrimônio do auditado. 
A grande utilidade da Auditoria é atestada por fins os mais variados, tais 
como: 
 certificação e comprovação da exatidão dos fatos contábeis e administrativos 
(patrimoniais), através do seu registro; 
 identificação dos fatos e comprovação de sua propriedade no patrimônio da 
sociedade auditada; 
 identificação e comprovação do tempo decorrido e/ou de existência, bem 
como do valor de efetivos fatores de mensuração dos fatos, tendo em vista o 
aspecto dinâmico do patrimônio; 
 sugestões e orientações para administração do patrimônio das entidades 
auditadas; 
 identificação de eventuais falhas no controle, com intuito de saná-las, a fim de 
proteger o patrimônio contra fraudes; 
 pesquisas com o objetivo de gestão ao longo do tempo; em bases 
comparativas de valores e efeitos destes; 
 
 
13 
 
 avaliação da eficácia e eficiência decorrentes dos atos e fatos administrativos 
e/ou contábeis e sobre estes; 
 identificação de riscos decorrentes do negócio que venham a afetar ou afetem 
o patrimônio; 
 identificação da capacidade de equilíbrio financeiro e econômico da entidade 
auditada; 
 reorganização de uma empresa; 
 determinação de limites de seguros, análise de custos, fusão, cisão e 
incorporação de empresas. 
 
1.3 Organismos reguladores e normas de auditoria 
A atividade de auditoria no Brasil caracteriza-se pela regulamentação 
governamental. Em decorrência da abrangência das atividades subordinadas a 
estes organismos e pelo poder de fiscalização que lhes é conferido, é possível 
classificar como principais reguladores, os seguintes: 
 Conselho Federal de Contabilidade – CFC; 
 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON; 
 Comissão de ValoresMobiliários – CVM; 
 Banco Central do Brasil – BACEN. 
Em caráter restrito, também regulam a atividade, as seguintes instituições: 
 Instituto dos Auditores Internos do Brasil – AUDIBRA; 
 Secretaria da Previdência Complementar – SPC; 
 Superintendência de Seguros privados – SUSEP; 
 Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais; 
 Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB (PINHO, 2007). 
A mesma autora nos lembra que ao contrário do Brasil, a auditoria em 
diversos países é autorregulamentada, ou seja, por intermédio de entidades criadas 
pelos próprios profissionais, são estabelecidas as regras da atividade. Mas também 
existem entidades governamentais que fiscalizam o trabalho dos profissionais. 
Como exemplo, temos: 
 International Federation of Accoutants – IFAC; 
 American Institute of Certified Public Accoutants – AICPA; 
 Canadian Institute of Certified Accoutants – CICA; 
 
 
14 
 
 Japanese Institute of Certified Public Accoutants – Jicpa. 
Todas as profissões possuem padrões técnicos para a condução dos 
trabalhos. Na auditoria, esses padrões são expressos pelas Normas Brasileiras de 
Auditoria, que relacionam todas as ações a serem praticadas pelos auditores 
(ATTIE, 2010). 
As normas de auditoria têm finalidade de estabelecer os padrões técnicos e 
de comportamento, visando alcançar uma situação coletiva e individualmente 
desejável. Na auditoria, essas normas objetivam qualificação na condução dos 
trabalhos e garantia de atuação suficiente e tecnicamente consistente do auditor e 
do parecer diante dos usuários da mesma (ATTIE, 2010). 
Normas são regras práticas que visam a orientar o profissional na 
consecução dos objetivos traçados para determinado trabalho. 
No Brasil, em decorrência da forte regulamentação governamental, as 
normas vigentes foram emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), 
resultando de um processo evolutivo que tem proporcionado, gradativamente, a 
aproximação com as normas internacionais do International Federation of 
Accountants (IFAC). 
As normas de auditoria vigente no país, desde 2010, são encontradas na 
NBC TA (Normas Brasileiras de Contabilidade e Técnicas de Auditoria). No site: 
http://www.portalcfc.org.br/wordpress/wp-
content/uploads/2012/12/NBC_TA_05112012.pdf é possível encontrar NBC TA de 
Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica. 
Abaixo temos elencadas algumas das normas brasileiras e internacionais 
que representam o principal conjunto de regras: 
 Resolução CFC nº 678/90 – Revisão Especial das Informações Trimestrais 
(ITR) das Companhias Abertas; 
 Resolução CFC nº 750/93 – Princípios Fundamentais da Contabilidade; 
 Resolução nº 1054/05 – Carta de Responsabilidade da Administração; 
 Resolução nº 986/03 – Da Auditoria Interna; 
 Resolução CFC nº 781/95 – Normas Profissionais do Auditor Interno; 
 Resolução CFC nº 820/97 – Normas Independentes das Demonstrações 
Contábeis, com alterações e dá outras providências; 
 Resolução CFC nº 821/97 – Normas profissionais de Auditor Independente; 
http://www.portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2012/12/NBC_TA_05112012.pdf
http://www.portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2012/12/NBC_TA_05112012.pdf
 
 
15 
 
 Resolução CFC nº 1024/05 – Papéis de Trabalho e Documentação da 
Auditoria; 
 Resolução CFC nº 830/98 – Parecer dos Auditores Independentes sobre as 
Demonstrações Contábeis; 
 Resolução CFC nº 836/99 – Fraude e Erro; 
 Resolução CFC nº 1040/05 – Transações e Eventos Subsequentes; 
 Resolução CFC nº 851/99 – Regulamentação do item 1.9 da NBC P 1 – 
Normas Profissionais de Auditor Independente; 
 Resolução CFC nº 1091/07 – Revisão Externa de Qualidade pelos pares; 
 Resolução CFC nº 1036/05 – Supervisão e Controle de Qualidade; 
 Resolução CFC nº 961/03 – Regulamentação dos itens 1.2 – Independência e 
1.6 – Sigilo; 
 Resolução CFC nº 1035/05 – Planejamento de Auditoria; 
 Resolução CFC nº 976/03 – Honorários de Auditoria; 
 Resolução CFC nº 981/03 – Relevância na Auditoria; 
 Resolução CFC nº 1074/06 – Normas de Educação Continuada para 
Auditores; 
 Resolução CFC nº 1012/05 – Amostragem; 
 Resolução CFC nº 1077/06 – Exame de Qualificação Técnica para Registro 
no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI); 
 Resolução CFC nº 1019/05 – Dispõe sobre o Cadastro Nacional de Auditores 
Independentes (CNAI); 
 Resolução CFC nº 1022/05 – Contingências; 
 Resolução CFC nº 1023/05 – Utilização de Trabalhos de Especialistas; 
 Resolução CFC nº 1034/05 – Independência; 
 Resolução CFC nº 1037/05 – Continuidade Normal das Atividades; 
 Resolução CFC nº 1038/05 – Estimativas Contábeis; 
 Resolução CFC nº 1039/05 – Transações com Partes Relacionadas; 
 Resolução CFC nº 1156/09 – Estrutura das Normas Brasileiras de 
Contabilidade; 
 Instrução CVM nº 308/99 – Atividade de Auditoria Independente no Âmbito do 
Mercado de Valores Mobiliários. 
Normas internacionais: 
 NIA 100 – define Auditoria das Demonstrações Contábeis; 
 
 
16 
 
 NIA 200 – estabelece os Princípios Básicos da Auditoria. Define 
responsabilidade de auditor/administração da entidade; 
 NIA 300 – prevê o plano global de auditoria e o planejamento de cada 
trabalho, de forma que seja realizado eficazmente. Trata ainda da 
necessidade de conhecer o negócio e observar a relevância dos eventos; 
 NIA 400 – trata do ambiente de controle, riscos inerentes, riscos de controle e 
riscos de detecção; 
 NIA 500 – define o que são as evidências de auditoria e os atributos básicos 
das mesmas, quais sejam: suficiente e apropriada. Considera como 
procedimentos básicos para obtenção de evidências a inspeção, a 
observação, a indagação e confirmação, o cálculo e os procedimentos 
analíticos; 
 NIA 600 – dá orientação quanto ao uso do trabalho de outro auditor. Trata da 
possibilidade de cooperação entre auditores, das considerações sobre o 
parecer nesta situação e da divisão de responsabilidades; 
 NIA 700 – aborda os elementos básicos do Parecer e orienta acerca de 
informações de dados comparativos; 
 NIA 800 – trata de trabalhos relacionados às Demonstrações Contábeis; 
 NIA 900 – estabelece procedimentos para serviços correlatos, como a 
revisão, compilação e procedimentos pré-acordados; 
 NIA 1000 – procedimentos de confirmação interbancárias (PINHO, 2007). 
 
1.4 Classes/Tipos de auditoria 
Perez Junior et al. (2011) explicam que o terno auditoria é genérico, 
podendo ser entendido, exclusivamente, como fiscalização de alguma atividade em 
que serão apontados erros ou acertos em relação a uma base normativa, legam ou 
a um processo operacional. 
Sob o enfoque empresarial, a auditoria tem três grandes campos: auditoria 
independente ou externa, auditoria interna e auditoria fiscal (federal, estadual e 
municipal). 
A prática de auditoria independente decorre dos métodos e procedimentos 
consagrados pela categoria profissional, bem como pelo acatamento às normas 
emanadas dos diversos órgãos contábeis e reguladores, baseando-se, também, e 
principalmente, em legislações nacionais. 
 
 
17 
 
A prática e as atividades da auditoria interna provém, em grande parte, dos 
mesmos métodos e procedimentos adotados pelos auditores externos, porém os 
seus objetivos são distintos. Enquanto a auditoria externa tem como objetivo as 
demonstrações contábeis, a auditoria interna foca a eficiência, eficácia e 
economicidade das operações de uma entidade. Ou seja: o seu objetivo principal é a 
avaliação do ambiente de controle interno de uma entidade, quer em caráter 
específico ou parcial, quer em caráter amplo. 
O exercício da auditoria interna não é exclusivamente contábil; apresenta 
característica multidisciplinar. 
A auditoria fiscal é exercida, em geral, por servidores públicos admitidos por 
meio de concursos públicos: auditores fiscais. Nas suas respectivas esferas, 
objetivam verificar a regularidadeno recolhimento dos tributos (impostos, taxas e 
contribuições), por meio da análise das transações realizadas e documentação-
suporte. 
Como completam Perez Junior et al. (2011), o termo auditoria, nesse caso, 
substitui a verdadeira finalidade que é a fiscalização tributária. 
Auditor do Tesouro Nacional ou auditor da Fazenda Estadual são 
nomenclaturas diversas para o mesmo objetivo já exposto: a fiscalização por meio 
de programas específicos ou atendimentos a denúncias formuladas quanto ao 
correto cálculo dos tributos, seus recolhimentos e os cumprimentos às obrigações 
acessórias. 
Numa outra classificação, Sá (1998) assinala que as classes de auditoria 
variam de acordo com o tratamento que se dá ao objeto da mesma, decorrendo, 
portanto, das diferentes necessidades, podendo mudar de processos, que não se 
deve admitir como autonomia, mas, sim, como derivação de um mesmo método. 
Numa classificação geral, teríamos: 
Quanto a: 
Processo indagativo 1.Geral ou de balanços. 
2.Analítica ou detalhada. 
Forma de intervenção 1.Interna. 
2.Externa ou independente. 
Tempo 1.Contínua. 
2.Periódica. 
Natureza 1.Normal. 
2.Especial. 
Limite 1.Total. 
2.Parcial. 
Fonte: Sá (1998, p. 44). 
 
 
18 
 
Há que falarmos ainda sobre ‘fraudes e erros’. O objetivo final da auditoria 
não é descobrir fraudes, entretanto, o auditor deve considerar a possibilidade de 
ocorrência de fraudes, o que deve ocorrer na fase do planejamento dos trabalhos, 
pois é aí que o profissional vai especificar a natureza, oportunidade e extensão dos 
procedimentos de auditoria. 
 
Fraude = ato intencional de omissão ou manipulação de transações, 
adulterações de documentos, registros e demonstrações contábeis. 
Erro = ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má 
interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. 
 
Ressaltamos que independente da área, o aperfeiçoamento da obtenção de 
evidências se faz necessário em face da dinâmica dos processos das entidades e da 
tecnologia, tanto que a auditoria se ocupa também de buscar e desenvolver 
processos que acompanhem tais mudanças, preocupando-se não somente em obter 
conformidades em vista dos padrões, mas de dar atenção ao usuário, ou seja, 
preocupa-se com o processo de comunicação com o usuário, afinal de contas, a 
auditoria não é feita para si, é feita para dar segurança quanto à qualidade das 
informações e dos serviços. 
 
 
19 
 
Abaixo temos um esquema com a visão macro das fases e das atividades do 
trabalho de Auditoria. 
 Auditor 
 
Avalia o controle 
interno 
 Executa a 
revisão analítica 
 
 Executa os 
procedimentos 
de auditoria 
 
 
 
 
 Define o volume 
de testes 
substantivos 
 
 
 
 
 Colhe evidências 
 
 Avalia evidências 
 
 
 
Emite relatório 
sobre avaliação 
de controles 
internos 
 Obtém carta de 
responsabilidade 
da administração 
 
 
 Emite parecer 
 
Fonte: Perez Junior et al. (2011, p. 71). 
 
 
 
20 
 
UNIDADE 2 – A QUALIDADE NA SAÚDE 
 
Maximizar cuidados e benefícios e minimizar os riscos são dimensões 
especiais/essenciais da gestão da qualidade nos serviços de saúde, e embora 
tenhamos um módulo para tratar do planejamento e gestão da qualidade, torna-se 
mister algumas pinceladas sobre a questão da qualidade neste início de curso. 
 
 
 
 
 
Figura 3: Segurança/Efetividade. 
Fonte: http://www.osconsult.com.br 
 
Pode parecer clichê, mas é verdade que a qualidade é um assunto que 
recebe cada vez mais atenção em todo o mundo, principalmente em decorrência da 
crescente competição mundial e a globalização que têm feito aumentar, de forma 
acentuada, as expectativas dos clientes em relação à qualidade. 
Paim e Ciconelli (2007) também afiançam serem a globalização e o atual 
cenário político-financeiro do país os grandes impulsionadores para o setor de saúde 
procurar novas alternativas para a gestão, com foco na necessidade das 
 
 
21 
 
organizações de saúde (tanto públicas como privadas) e adaptarem-se a um 
mercado que se vem tornando cada vez mais competitivo. A necessidade de garantir 
resultados positivos, mantendo clientes satisfeitos num mercado em permanente 
evolução, no qual as tecnologias similares estão cada vez mais acessíveis, requer 
mais que bons produtos e serviços, requer qualidade na forma de atuar. 
Nessa direção, as instituições de saúde devem ter como meta o atendimento 
das necessidades e expectativas de seus usuários. Para tanto, é de extrema 
importância que as atividades desenvolvidas por essas instituições estejam 
fundamentadas em sólidos pressupostos filosóficos e metodológicos, capazes de 
garantir um elevado padrão de qualidade. 
As definições acerca do conceito de qualidade são muitas, entretanto, no 
setor saúde, dizem respeito à consolidação de um elevado padrão de assistência 
(PERTENCE; MELLEIRO, 2010). 
Cabe ressaltar que a qualidade da assistência apoia-se concretamente na 
avaliação de três dimensões: estrutura, processo e resultado (DONABEDIAN, 1992 
apud PAIM E CICONELLI, 2007; PERTENCE; MELLEIRO, 2010 ). 
A qualidade é o fator com o qual todos os envolvidos nos atos de saúde 
estarão preocupados e, intimamente, vinculados, tendo em vista os 
aperfeiçoamentos constantes das práticas, cujo horizonte é a satisfação daqueles 
que dependem desses serviços (NOGUEIRA, 1994). 
Pode, ainda, ser tomada como a relação entre os benefícios alcançados 
frente à diminuição dos riscos, tendo como referencial o usuário. Tais benefícios 
responderiam aos parâmetros de determinada situação e encontrariam suas 
possibilidades e limites diante dos recursos disponíveis e dos valores sociais 
existentes (MALIK, SCHIESARI, 1998). 
Da mesma maneira, responder com eficácia às necessidades e expectativas 
dos usuários é justamente a garantia da qualidade do serviço; para isso, é 
necessário que o conjunto de propriedades desse serviço oferecido por uma 
organização seja adequado para o cumprimento dessa missão (MEZOMO, 2001). 
Com efeito, fica patente que a qualidade deve ser compreendida como um 
parâmetro da avaliação, sem o qual o serviço oferecido pelas instituições de saúde 
estaria fortemente comprometido. Nesse contexto, a tarefa da avaliação do 
funcionamento dos serviços de saúde é a de investigar, estabelecer e aperfeiçoar os 
conceitos de qualidade, assim como a de fomentar o desenvolvimento de padrões 
 
 
22 
 
mais elevados de atendimento. Reconhecidamente, a avaliação de programas e 
serviços de saúde vem sendo cada vez mais apreciada dentro da sua função de 
mapeamento e delimitação do funcionamento das instituições. Na medida em que 
busca fornecer dados precisos acerca da amplitude e extensão dos programas e 
ações de saúde, contribui diretamente na escolha e (re)formulação de 
procedimentos técnico-administrativos (PERTENCE; MELEIRO, 2010). 
Enfim, para serem mais eficientes e obterem um bom desempenho 
econômico, os estabelecimentos de saúde precisam, cada vez mais, adotar 
sistemas de gestão da qualidade e produtividade. Tais sistemas devem proporcionar 
a melhoria contínua da qualidade e o aumento da satisfação dos seus clientes 
(pacientes), funcionários e, em última análise, da sociedade. 
Segundo a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (1996) – FPNQ 
–, o sistema de gestão da qualidade mais aceito e adotado em todo o mundo é o 
referendado pelas normas da série ISO 9000:2015, denominadas atualmente no 
Brasil como NBR ISO 9000:2015. 
Apesar das críticas ou restrições de alguns segmentos à sua utilização, cada 
vez mais organizações em todo o mundo, inclusive estabelecimentos de saúde, 
estão implantando sistemas da qualidade com base nessas normas. 
Verdade seja dita, a implantação de sistemas de gestão da qualidade, seja 
no setor privado ou no setor público, em pequenas, médias ou grandes 
organizações, é uma necessidade praticamenteimpositiva para a sobrevivência 
delas. Recursos humanos e materiais estão cada vez mais escassos devendo ser 
empregados com parcimônia e utilizados de forma sistematizada para alcançar os 
resultados desejados (JURAN, 1992). 
O caminho para se implantar a gestão de qualidade, segundo Juran (1992), 
passa pela definição da estrutura funcional, implantação do planejamento 
estratégico, realização de investimentos diversos, enfatizando a produtividade e 
democratizando as informações, formando e capacitando recursos humanos 
(técnicos e gerentes), adotando uma administração por objetivos e disseminando a 
cultura da informática. 
São quatro as etapas para a implantação da Gestão de Qualidade: 
a) Mobilização gerencial para a qualidade: com a constituição do 
Conselho e do Núcleo da Qualidade, a formação dos Grupos de Solução de 
Problemas (GSP), e a identificação e contratação de consultoria externa. 
 
 
23 
 
b) Capacitação de recursos humanos (educação e treinamento): 
promovendo palestras internas e externas sobre gestão de qualidade, objetivando 
sensibilizar a direção, gerências, supervisores e técnicos de nível superior. Visitas a 
outras empresas com implantação em andamento e efetivada, buscando referências 
institucionais (benchmarketing); participação de funcionários em eventos externos 
para capacitação por meio de cursos, treinamentos, seminários, congressos e outros 
eventos de educação e treinamento em gestão de qualidade; ciclo de palestras 
internas, objetivando sensibilizar todos os funcionários, por meio da apresentação 
dos princípios e conceitos da gestão da qualidade; apresentando os motivos que 
levaram a instituição a adotar o modelo gerencial; apresentando a estrutura de 
funcionamento do programa. 
c) Planejamento da implantação: podendo ser paralelas às etapas de 
educação e treinamento, promoção e divulgação; crescimento do ser humano; 
gerenciamento da rotina; gerenciamento pelas diretrizes e garantia da qualidade. 
d) Aplicação da gestão da qualidade: implantação do gerenciamento da 
rotina e do gerenciamento pelas diretrizes. Após cumpridas as três etapas 
anteriores, nesta acontecerá a consolidação do Programa 5S, programa de origem 
japonesa que visa criar ambiente favorável para a execução das tarefas diárias da 
organização, saber: 
 Seiri: senso de seleção; 
 Seiton: senso de ordenação; 
 Seisoh: senso de limpeza; 
 Seiketsu: senso de saúde; 
 Shitsuke: senso de autodisciplina (ISHIKAWA, 1993). 
Dentre os vários elementos importantes para a implementação de uma 
gestão de qualidade, vamos citar os mais importantes considerados por Juran 
(1992): 
 a busca da sobrevivência organizacional que leva a um compromisso claro e 
inequívoco, reestruturando-se e reabilitando-se financeiramente; 
 investir na capacitação de recursos humanos na área de gestão de qualidade; 
 implantar o gerenciamento da rotina e o Programa 5S; 
 identificar e monitorar os indicadores de qualidade e produtividade; 
 promover mudanças culturais na organização; 
 
 
24 
 
 dar continuidade administrativa, ou seja, manter a equipe de implantação na 
manutenção da gestão, a qual já possui uma visão ampla e geral do 
estabelecimento; 
 procurar melhorar os processos, serviços e produtos com o objetivo de 
satisfazer às necessidades dos clientes, quer sejam do SUS, de convênios ou 
particulares; 
 promover a equipe a um time de “multiplicadores” sempre; 
 aumentar a participação de convênios, aumentando a arrecadação; 
 padronizar procedimentos críticos; 
 realizar pesquisas para avaliar a satisfação dos clientes e o desempenho da 
instituição; 
 monitorar os indicadores de qualidade e produtividade. 
Enfim, podemos constatar que a gestão da qualidade nada mais é do que 
um instrumento para aumentar a receita anual de convênios privados e aumentar a 
produtividade do SUS. Sua avaliação, por parte do paciente ou cliente poderá ser 
avaliada mediante dois fatores básicos, a saber: 
a) Da competência do profissional designado para medir e avaliar a 
efetividade do serviço executado, o qual deve dispor sobre os dados relativos aos 
pacientes de modo que representem alguma informação, que por sua vez demonstre 
significado para os responsáveis pela avaliação. 
b) Do domínio e controle que os profissionais da assistência têm sobre a 
informação relativa aos pacientes, sobre a qualidade de atendimento, e de como 
devem utilizar a informação para mudar e direcionar a sua prática e avaliar o 
desempenho da equipe. 
 
2.1 Ferramentas de gestão da qualidade na saúde 
As ferramentas de qualidade são técnicas utilizadas com a finalidade de 
definir, mensurar, analisar e propor soluções para os problemas que interferem no 
bom desempenho dos processos de trabalho (MALIK; SCHIESARI, 1998). 
As ferramentas de qualidade básicas são as que auxiliam na análise de 
problemas, e estão representadas pelo fluxograma, lista de verificação, histograma, 
diagrama de Pareto, diagrama de causa e efeito, carta de controle e gráfico de 
dispersão (TRIVELLATO, 2010). 
 
 
25 
 
Além dessas ferramentas no Sistema Único de Saúde (SUS), dispomos de 
diversas ferramentas que auxiliam o gerenciamento e a gestão da qualidade nos 
serviços de saúde, podendo ser citadas: acreditação hospitalar; ouvidoria; auditoria; 
indicadores; 5s; certificação; QualificaSUS; PMAQ; Programa Humaniza SUS; 
requalifica UBS. 
Vejamos um pouco de algumas dessas ferramentas, já reforçando que não 
temos a intenção de esgotar o assunto neste módulo. 
 
a) Acreditação 
A acreditação é um método de consenso, racionalização e ordenação das 
organizações prestadoras de serviços hospitalares e, principalmente, de educação 
permanente dos seus profissionais (Manual Brasileiro de Acreditação). 
Acreditação é um procedimento de avaliação dos recursos institucionais, 
periódico e reservado para o reconhecimento da existência de padrões previamente 
definidos na estrutura, no processo e no resultado, com vistas a estimular o 
desenvolvimento de uma cultura da qualidade assistencial. Constitui-se, 
essencialmente, em um programa de educação continuada e não uma forma de 
fiscalização (TRONCHIN et al., 2005). 
A acreditação dentro do contexto dos serviços de saúde pode ser utilizada 
como uma ferramenta que, futuramente, representará o diferencial, um meio seletor 
dentre as principais instituições que trabalham com a saúde em si e uma espécie de 
marca de qualidade que será continuamente avaliada através da satisfação do 
próprio paciente, pois, existem grandes vantagens ao se utilizar a acreditação, 
sendo que, a mesma, em nível de tecnologia aplicativa, gera a significativa melhoria 
tanto do gerenciamento da unidade quanto da qualidade da assistência ao paciente 
que estará sendo realizada com mais segurança e eficiência (ANVISA, 2004). 
 
b) Certificação 
A certificação é a ação realizada por uma entidade reconhecida como 
independente da parte interessada, que manifesta a conformidade de uma empresa, 
produto, processo, serviço ou pessoa com os requisitos definidos em normas ou 
especificações técnicas (GALDINO et al., 2016). 
 
 
26 
 
 
Figura 4: ISO. 
Fonte: http://www.i9laser.com/?attachment_id=2478 
 
As normas ISO são o principal exemplo a ser citado quando se fala em 
Certificação. A família das normas ISO 9000 corresponde a um conjunto de 
referências de boas práticas de gestão em matéria de qualidade, definidos pelo 
Organismo internacional de normalização ISO (International Organization for 
Standardization). Seu objetivo é promover o desenvolvimento de normas, testes e 
certificação, com intuito de encorajar o comércio de bens e serviços. Essa 
organização é formada por representantes de mais de 91 países, cada um 
representado por um organismo de normas, testes e certificação (LUONGO et al., 
2011). 
Os princípios que norteiam a ISO 9000 foram desenvolvidos em 1987 para 
padronizaras normas de gestão de qualidade nas organizações. O Certificado ISO 
9000 é um diploma que atesta que a instituição cumpre as normas de gestão de 
qualidade estabelecidas. 
A aplicação das normas ISO garante a uniformização dos métodos utilizados 
pelas organizações e envolve cinco certificações: ISO 9001 (produtos); ISO 9002 
(serviços); ISO 9003 (sistemas); ISO 9004 (usuários); e ISO 1400 (preservação 
ecológica) (TRONCHIN et al., 2005). 
A certificação apresenta-se como importante ferramenta para fortalecer a 
gestão do SUS, promover a adequação, a expansão e a potencialização dos 
serviços de saúde. 
Possibilita, ainda, a isenção das contribuições sociais, em conformidade com 
a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e a celebração de convênios das entidades 
beneficentes com o poder público, entre outros benefícios (BRASIL, 2009). 
 
 
27 
 
c) Indicadores 
Os indicadores de qualidade analisam e determinam a medida do 
desempenho de cada setor nas instituições de saúde, avaliando as metas 
alcançadas para a excelência em qualidade, baseando-se na conformidade dos 
padrões estabelecidos para monitorar os processos e resultados (GALDINO et al., 
2016). 
 
d) Auditoria 
A auditoria é a ferramenta que permite controlar a qualidade de um produto 
ou serviço prestado por meio da atividade de seleção de pontos críticos do 
processo, sendo possível à gerência avaliar, confirmar ou verificar as atividades 
relacionadas com a qualidade, constituindo um processo positivo e construtivo 
(LUONGO et al., 2011). 
A Auditoria tem um papel de destaque no processo de consolidação do SUS, 
uma vez que contribui, de forma significativa, para alcançar as metas estabelecidas 
nos princípios básicos e éticos do atual sistema público de saúde. A auditoria pública 
procura analisar o funcionamento do SUS para evitar possíveis fraudes ou realizar 
correções nas distorções existentes, além de verificar a qualidade da assistência e o 
acesso dos usuários às ações e serviços de saúde. Funciona também como um 
mecanismo de controle interno do Ministério da Saúde (MS); propiciando, dessa 
forma, um aumento da credibilidade e uma melhoria na qualidade da atenção à 
saúde, fortalecendo a cidadania (CALEMAN, 1998). 
 
e) Ouvidorias 
As ouvidorias são canais democráticos de comunicação, destinados a 
receber manifestações dos cidadãos, incluindo reclamações e denúncias, 
sugestões, elogios e solicitação de informações. Por meio da mediação e da busca 
de equilíbrio entre os entes envolvidos (cidadão, órgãos e serviços do SUS), é papel 
da Ouvidoria efetuar o encaminhamento, a orientação, o acompanhamento da 
demanda e o retorno ao usuário, com o objetivo de propiciar uma resolução 
adequada aos problemas apresentados, de acordo com os princípios e diretrizes do 
SUS. As ouvidorias fortalecem o SUS e a defesa do direito à saúde da população 
por meio do incentivo à participação popular e da inclusão do cidadão no controle 
social. As ouvidorias são ferramentas estratégicas de promoção da cidadania em 
 
 
28 
 
saúde e produção de informações que subsidiam as tomadas de decisão (BRASIL, 
2009). 
 
f) Programa HumanizaSUS 
 
Figura 5: HumanizaSUS. 
Fonte: http://www.redehumanizasus.net/ 
 
Criado pelo Ministério da Saúde, no ano de 2003, a Política Nacional de 
Humanização (PNH) teve suas bases geradas desde o ano 2000, quando ainda 
existia o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), 
sendo substituído pelo programa que atualmente vigora (PNH). 
Este programa surge com o intuito de propor uma nova relação entre o 
Sistema Único de Saúde e o profissional que o utilizará, estimulando a implantação 
de práticas voltadas para a questão da humanização, estipulando também, uma 
troca entre os gestores que atuam em quaisquer unidades fornecedoras de saúde e 
bem-estar. O objetivo principal do programa nos leva a uma parceria que resulta em 
um SUS mais acolhedor, ágil e com locais de prestação de serviços mais 
confortáveis (BRASIL, 2003). 
 
g) Qualisus 
Tendo sua criação no mesmo ano do programa que gerou o HumanizaSUS, 
a Política de Qualificação da Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde 
(Qualisus), foi criada em 2003, em conformidade com o Plano Nacional de Saúde. 
 
 
29 
 
O Qualisus objetiva elevar o nível de qualidade da assistência prestada à 
população pelo SUS, objetivo esse exercido através das necessidades da população 
em relação à atenção à saúde e que possa garantir um acesso integral, respeitando 
umas das principais diretrizes do SUS, possibilitando usufruir de todos os níveis de 
complexidade, e principalmente, uma atenção eficaz, eficiente e humana em todas 
as suas ações, em consonância com seus direitos à cidadania (FILHO; CARVALHO, 
2010). 
O programa Qualisus atua em conformidade a um conjunto de conceitos 
complementares baseados em pilares fundamentais do SUS. Simplificando, este 
programa age lado a lado às principais diretrizes estipuladas pelo nosso sistema de 
saúde, a exemplo, podemos citar a equidade e a integralidade de ações e serviços 
prestados, ambas inteiramente relacionadas à humanização do cuidado (GALDINO 
et al., 2016). 
A implantação do Qualisus, porém, pode ser alvo de peculiares mudanças, 
pois age segundo os contextos característicos de determinadas redes hospitalares, 
ou seja, uma realidade apresentada por uma rede hospitalar qualquer, pode ser 
parcial ou totalmente diferente de outras redes hospitalares existentes, tendo, o 
Qualisus, a ter que se adequar de acordo com suas exigências, sem desviar do foco 
principal (FILHO; CARVALHO, 2010). 
 
h) PMAQ 
O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção 
Básica (PMAQ-AB) tem como objetivo incentivar os gestores e as equipes a 
melhorar a qualidade dos serviços de saúde oferecidos aos cidadãos do território. 
Para isso, propõe um conjunto de estratégias de qualificação, acompanhamento e 
avaliação do trabalho das equipes de saúde. 
 
 
 
30 
 
 
Figura 6: Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica 
(PMAQ-AB). 
Fonte: http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pmaq.php 
 
O programa eleva o repasse de recursos do incentivo federal para os 
municípios participantes que atingirem melhora no padrão de qualidade no 
atendimento. O programa foi lançado em 2011 e, em 2015, iniciou seu 3º ciclo com a 
participação de todas as equipes de saúde da Atenção Básica (Saúde da Família e 
Parametrizada), incluindo as equipes de Saúde Bucal, Núcleos de Apoio à Saúde da 
Família e Centros de Especialidades Odontológicas que se encontrem em 
conformidade com a PNAB (BRASIL, 2015). 
Abaixo as Portarias de interesse do programa: 
Portaria nº 1.645, de 2 de outubro de 2015 – dispõe sobre o Programa 
Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). 
Portaria nº 836, de 26 de junho de 2015 – autoriza o repasse do incentivo 
financeiro do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção 
Básica (PMAQ-AB), denominado como Componente de Qualidade do Piso de 
Atenção Básica Variável, referente à certificação final das equipes participantes do 
2º ciclo do PMAQ. 
Portaria nº 2.666, de 4 de dezembro de 2014 – autoriza o repasse do 
incentivo financeiro do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da 
Atenção Básica (PMAQ-AB), denominado como Componente de Qualidade do Piso 
de Atenção Básica Variável. 
 
 
31 
 
Portaria nº 635, de 17 de abril de 2013 – homologa a adesão dos Municípios 
ao segundo ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da 
Atenção Básica (PMAQ). 
Portaria nº 283, de 28 de fevereiro de 2013 – autoriza o repasse do incentivo 
financeiro do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção 
Básica (PMAQ-AB), denominado como Componente de Qualidade do Piso de 
Atenção Básica Variável. 
Portaria nº 261, de 21 de fevereiro de 2013 –institui, no âmbito da Política 
Nacional de Saúde Bucal, o Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade dos 
Centros de Especialidades Odontológicas (PMAQ-CEO) e o Incentivo Financeiro 
(PMAQ-CEO), denominado Componente de Qualidade da Atenção Especializada 
em Saúde Bucal. 
Portaria nº 1.089, de 28 de maio de 2012 – define o valor mensal integral do 
incentivo financeiro do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da 
Atenção Básica (PMAQ-AB), denominado como Componente de Qualidade do Piso 
de Atenção Básica Variável (PAB Variável). 
Portaria nº 644, de 10 de abril de 2012 – homologa a adesão dos Municípios 
e das respectivas Equipes de Atenção Básica ao Programa Nacional de Melhoria do 
Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). 
Portaria nº 225, de 10 de fevereiro de 2012 – homologa a adesão dos 
Municípios e das respectivas equipes de Atenção Básica ao Programa Nacional de 
Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). 
Portaria nº 2.812, de 29 de novembro de 2011 – homologa a adesão dos 
Municípios e das respectivas equipes de Atenção Básica ao Programa Nacional de 
Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). 
Portaria nº 576, de 19 de setembro de 2011 – estabelece novas regras para 
a carga horária semanal (CHS) dos profissionais médicos, enfermeiros e cirurgião-
dentista, conforme descrito no Anexo I. 
Portaria nº 1.654, de 19 de julho de 2011 – institui, no âmbito do Sistema 
Único de Saúde, o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da 
Atenção Básica (PMAQ-AB) e o Incentivo Financeiro do PMAQ-AB, denominado 
Componente de Qualidade do Piso de Atenção Básica Variável - PAB Variável. 
 
 
32 
 
i) Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde 
O Requalifica UBS é uma das estratégias do Ministério da Saúde para a 
estruturação e o fortalecimento da Atenção Básica. Por meio do programa, o MS 
propõe uma estrutura física das unidades básicas de saúde – acolhedoras e dentro 
dos melhores padrões de qualidade – que facilite a mudança das práticas das 
equipes de Saúde. 
Também instituído em 2011, o programa tem como objetivo criar incentivo 
financeiro para a reforma, ampliação e construção de UBS, provendo condições 
adequadas para o trabalho em saúde, promovendo melhoria do acesso e da 
qualidade da atenção básica. Envolve também ações que visam à informatização 
dos serviços e a qualificação da atenção à saúde desenvolvida pelos profissionais 
da equipe. 
 
 
Figura 7: Requalifica UBS. 
Fonte: http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pmaq.php 
 
Tanto a adesão ao programa quanto o registro do andamento das obras são 
realizados pelo SISMOB (Sistema de Monitoramento de Obras), ferramenta que 
possibilita ao gestor maior controle sobre o andamento das obras e, com os registros 
em dia, garante a continuidade dos repasses realizados pelo Ministério da Saúde 
(BRASIL, 2012). 
Sobre o Programa, vale a pena conferir as três Portarias abaixo: 
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pmaq.php
 
 
33 
 
a) PORTARIA Nº 341, DE 4 DE MARÇO DE 2013 – redefine o Componente 
Reforma do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS). 
Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0341_04_03_2013.html. 
b) PORTARIA Nº 340, DE 4 DE MARÇO DE 2013 – redefine o Componente 
Construção do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS). 
Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0340_04_03_2013.html. 
c) PORTARIA Nº 339, DE 4 DE MARÇO DE 2013 – redefine o Componente 
Ampliação do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS). 
Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0339_04_03_2013.html. 
 
 
34 
 
UNIDADE 3 – AUDITORIA EM SAÚDE 
 
Quando falamos em serviços de saúde, estes envolvem uma gama de 
instituições e unidades que, em se tratando de saúde pública, podem ser compostas 
por níveis de atenção (primária: ambulatórios, postos de saúde e centros de atenção 
primárias à saúde; secundária: Centros de Saúde; terciária: USF, UBS, CS e 
Hospital). 
 
 
Figura 8: Auditoria em Saúde. 
Fonte: http://www.apmsjc.com.br/artigos/conduta_medica.htm 
 
Vamos iniciar a unidade falando das instituições hospitalares que possuem 
uma infraestrutura complexa que exige uma administração a qual entenda de 
finanças, pessoas, tecnologia e processos necessários ao seu funcionamento para 
entrarmos no clima da auditoria em serviços de saúde. 
 
3.1 Instituição hospitalar 
De acordo com a Portaria MS nº 30 de 1977, um hospital é parte integrante 
de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à 
população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes 
de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-se também em centro de 
educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas em saúde, bem como 
de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os 
estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente. 
 
 
35 
 
Os prestadores de serviço de saúde, no caso uma organização hospitalar, 
diferem das produtoras de bens, mantendo quatro características básicas: 
1) Intangibilidade – caracteriza-se pela ausência de aspectos físicos, que não 
permitem um exame prévio antes da aquisição do serviço, ou seja, seu 
produto não pode ser armazenado, não tem aparência estética, gosto ou 
cheiro. 
2) Inseparabilidade – caracteriza-se pelo consumo, que não pode ser separado 
dos seus meios de produção. Isso quer dizer que o produtor de serviços de 
saúde e o usuário interagem de uma forma que o serviço é consumido pelo 
paciente ao mesmo tempo em que está sendo produzido. 
3) Variabilidade – corresponde ao não estabelecimento de padrões rígidos de 
desempenho, pois o serviço de saúde, ao mesmo tempo em que é produzido 
é consumido, ou seja, a variação depende de uma série de circunstâncias 
que se apresentam no momento da prestação de serviço. 
4) Perecibilidade – é o conceito de um serviço de saúde que não pode ser 
estocado, pois é preciso administrar a demanda em função da oferta. Se há 
disponibilidade de atendimento médico, odontológico, laboratorial ou 
hospitalar, faz-se necessário estimular o consumo do serviço, dentro dos 
princípios éticos (COBRA, 2001 apud BORBA; LISBOA, 2006). 
 
São características de uma instituição hospitalar: 
 nesse tipo de instituição, o gestor tem menos autoridade e poder que em 
outras organizações, porque o hospital não pode ser organizado com base 
em uma linha única de autoridade. A coexistência de linhas de autoridade 
legal, profissional e mista gera um sem número de problemas administrativos. 
Ele tem quatro centros de poder: a diretoria superior, os médicos, a 
administração e os demais profissionais; 
 a organização formal dos hospitais, de modo geral, mostra que a direção 
superior tem toda a autoridade e a responsabilidade pela instituição. A 
diretoria delega ao administrador a gerência do dia a dia da instituição, o qual 
delega às chefias dos serviços sua autoridade de comando. O corpo clínico 
do hospital pode estar subordinado ao diretor e/ou administrador e o médico 
tem grande autonomia no seu trabalho e também autoridade profissional 
sobre outros na organização. Tal processo varia entre os tipos de hospitais; 
 
 
36 
 
 o hospital tem pouco controle sobre seus públicos, principalmente os médicos 
e os pacientes. O trabalho hospitalar é diversificado e com pouca 
padronização. São pessoas cuidando de pessoas, participando ativamente do 
processo produtivo; 
 os serviços de atenção e tratamento são personalizados a cada paciente. Nas 
situações de emergência, a instituição tem pouca tolerância aos erros. O valor 
econômico do produto organizacional é secundário ao valor social 
humanitário; 
 o hospital é uma organização especializada, departamentalizada eprofissionalizada, que não pode funcionar efetivamente sem uma 
coordenação interna, motivação, autodisciplina e ajustes informais e 
voluntários de seus membros. A coordenação de esforços e atividades é 
importante pela interdependência do trabalho que deve ser realizado; 
 a gestão de hospitais constitui-se numa especialidade complexa e peculiar da 
administração, por envolver uma união de recursos humanos e 
procedimentos muito diversificados, tais como engenharia, alimentação, 
hotelaria, lavanderia e suprimentos e, ainda, a convivência com os complexos 
cuidados na área de saúde, interagindo com eles, a fim de dar aos pacientes 
condições para sua recuperação (TEIXEIRA, 1983; GONÇALVES, 2006). 
 
Como se observa, o gestor, principal executivo de uma instituição hospitalar, 
lidera uma equipe multiprofissional e tem dentre suas funções planejar, orientar, 
dirigir e controlar os esforços dos diversos grupos em busca de um objetivo comum, 
geralmente com um mínimo de recursos, entretanto, o sucesso raramente será 
resultado de talentos ou esforços individuais, ao contrário, é o produto dos esforços 
e intelectos de um grupo de indivíduos organizados para agirem de comum acordo. 
Assim, a organização hospitalar fornece o mecanismo para distribuir 
responsabilidade e canalizar os esforços de forma que não somente todas as tarefas 
necessárias sejam executadas, como também todo o trabalho seja coordenado e 
controlado para atingir os objetivos do hospital da maneira mais eficiente e eficaz 
(BRITO; FERREIRA, 2006). 
Eis que teremos na auditoria uma grande colaboração ao trabalho de gestão 
hospitalar, uma vez que ela consiste em verificar os procedimentos e validar os 
controles internos utilizados pela organização, permitindo ao auditor, emitir opinião e 
 
 
37 
 
aconselhamento à direção, garantindo precisão e segurança na tomada de decisão 
do gestor. 
Uma vez que a área de saúde é caracterizada por processos contínuos que 
envolvem tomada de decisão e que a prática baseada em evidências para a 
execução de um trabalho apoiado em contextos sólidos, fundamentados, 
pesquisados e experimentados é o que garante um resultado sistemático e 
organizado, a auditoria é uma forma de assegurar a qualidade em todo o processo 
de atendimento médico-hospitalar (MOTTA, 2010). 
Independente da categoria profissional, sejam enfermeiros, administradores, 
médicos, dentistas e outros, fato é que eles estão presentes nessas organizações de 
saúde e sua atuação vem se desenvolvendo, aperfeiçoando e ganhando destaque 
devido à grande preocupação dos estabelecimentos em manter-se no mercado. As 
operadoras e hospitais têm como objetivo principal garantir o atendimento com 
qualidade aos clientes, pagando e recebendo o justo pelos seus serviços. Essa 
prática acarreta o comprometimento e a mobilização de toda a equipe para que o 
processo beneficie todas as partes envolvidas. 
 
3.2 Evolução da auditoria em saúde 
Foi em 1918 que a auditoria surge no estudo realizado pelo médico George 
Gray Ward, nos Estados Unidos, no qual foi verificada a qualidade da assistência 
médica prestada ao paciente por meio dos registros em prontuário (PEREIRA; 
TAKAHASHI, 1991; KURCGANT, 2000). 
No ano de 1952, foi criada no Brasil, a Lei Alípio Correia Neto, na qual, era 
dever dos hospitais filantrópicos a documentação das histórias clínicas completas de 
todos os pacientes e, em 18 de julho de 1966, a Associação Brasileira de Arquivo 
Médico e Estatístico (MEZZOMO, 2001). 
Em 1955, um dos primeiros trabalhos de auditoria em enfermagem é 
desenvolvido no Hospital Progress nos Estados Unidos, onde já se observava que a 
qualidade das ações de enfermagem vem influenciada por diversos fatores, como: 
formação do profissional; número de profissionais e auxiliares; mercado de trabalho 
e legislação específica vigente; política; estrutura e organização das instituições 
(KURCGANT, 2000). 
Em agosto de 1960, a política de saúde do Brasil estava a cargo das caixas 
de assistência e benefícios de saúde que atendiam seus associados e dependentes 
 
 
38 
 
agrupadas de acordo com a categoria profissional a que pertencia o trabalhador. 
Com a unificação dos institutos para atender a demanda no campo da saúde, dois 
fatos novos surgiram: o primeiro, ligado à necessidade da compra de serviços de 
terceiros, e o segundo, afeto à importância do atendimento à clientela, de maneira 
individualizada, por classe social e pelo direito de escolha do atendimento 
(LOUVERDOS, 2000). 
A terceirização dos serviços de saúde levou o Governo, como órgão 
comprador, a adotar medidas analisadoras, controladoras e corregedoras, 
prevenindo o desperdiço, a cobrança indevida e a manutenção da qualidade dos 
serviços oferecidos. Para garantir o programa proposto e a integridade do sistema 
em funcionamento, tornou-se necessária a criação de um quadro de pessoal 
habilitado em auditoria médica, surgindo, assim, o corpo funcional de auditores da 
previdência social (FALK, 2001). 
Segundo Louverdos (2000), a evolução da medicina e as imposições sociais 
levaram a profundas alterações no sistema de saúde do país para atender à 
crescente demanda do mercado, o que significava crescimento dos planos de 
medicina de grupo, e, com estas, a maior necessidade de adequação dos serviços 
para acompanhar a revolução Médica Social. 
Na década de 1970, houve o aparecimento da necessidade de um sistema 
de controle e avaliação da assistência médica, tanto por parte do antigo INPS, 
quanto por parte do Sistema Supletivo. Esta necessidade deve-se ao fato de que 
começaram a surgir fraudes criminosas e outros desvios graves, com a evasão de 
recursos financeiros, tanto no sistema público quanto no suplementar 
(LOUVERDOS, 2000). 
Segundo Albuquerque et al. (2008 apud PEREIRA, 2010), em 1976, o 
Ministério da Previdência sistematizou a avaliação dos serviços médicos prestados, 
através da auditagem médica e administrativa das contas a serem pagas. O sistema 
Supletivo também trilhou o mesmo caminho, e, na década de 1980, tivemos a 
consolidação da Auditoria Médica como uma atividade necessária a todas as 
modalidades referência. 
No Brasil, apenas no ano de 1983, reconhece-se o cargo de médico auditor, 
e a auditoria passa a ser realizada nos próprios hospitais, porém se inicia com 
experiências isoladas com a auditoria médica, com vista ao fornecimento de 
 
 
39 
 
informação para decisões administrativas e para o corpo clínico, realizada no 
hospital de Ipanema, no Rio de Janeiro (D’INNOCENZO et al. 2006). 
No ano de 1990, a Lei Orgânica da Saúde nº 8080, de setembro de 1990, 
estabelece a necessidade de criação do Sistema Nacional de Auditoria (SNA) como 
um instrumento fiscalizador e atribuindo a este uma coordenação da avaliação 
técnica e financeira do SUS em todo território nacional (CAMELO et al. 2009). 
O Sistema Nacional de Auditoria foi instituído pela Lei nº 8.689, de 27 de 
julho de 1993, que extinguiu o Instituto Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social (INAMPS) e atribuiu competência ao Ministério da Saúde para 
essa função. Esta Lei, em seu art. 6º, consolida o SNA pelo seguinte texto: fica 
instituído no âmbito do Ministério da Saúde, o Sistema Nacional de Auditoria de que 
tratam o Inciso XIX do art. 16 e o § 4º do art. 33 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro 
de 1990 (SCARPARO; FERRAZ, 2008). 
Sendo assim, no ano de 1999, o Ministério da Saúde, através da portaria nº 
169, do gabinete do ministro, de 19 de agosto de 1999, estabelece uma nova 
organização de atividades do SNA, são elas: as de controle e avaliação ficam com a 
Secretaria de Assistência à Saúde (SAS) e as atividades de auditoria com o 
Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), representada em todos 
os estados da federação e no distrito federal (SCARPARO; FERRAZ, 2008). 
Hoje, os planos e seguro de saúde são os responsáveis por uma grande 
parcela daassistência à saúde do País, sendo importante para a manutenção do 
equilíbrio do sistema uma equipe multiprofissional de auditoria e análise dos serviços 
realizados, tanto em ambulatório como em regime de internação hospitalar, seja em 
caráter eletivo e em caráter de urgência/emergência. 
Nos dias de hoje, compete à Auditoria a difícil tarefa de manter equiparada a 
relação custo/benefício na assistência médica, ou em outras palavras, tentar 
oferecer uma assistência médica de boa qualidade dentro de um custo compatível 
com os recursos financeiros disponíveis. Não é somente indicar as falhas e os 
problemas, mas também, apontar sugestões e soluções, assumindo, portanto, um 
caráter eminentemente educacional (CHIAVENATO, 2003). 
Ainda, de acordo com Chiavenato (2003), para que ocorra o processo de 
execução da auditoria, é necessário que haja envolvimento da equipe e, 
principalmente, maturidade para identificar, aceitar e implantar estratégias que 
garantam um resultado positivo para a instituição. 
 
 
40 
 
Os profissionais da área de saúde, agrupados em equipe, tem, portanto, um 
papel fundamental no sistema e na política de saúde do País (PEREIRA, 2010). 
 
3.3 A auditoria em saúde 
Apesar de estarmos sendo redundantes, vale sempre frisarmos que a 
auditoria é uma estratégia para melhorar o cuidado ao paciente, através de 
levantamento prévio e identificação da deficiência na organização e assistência 
prestada (SOUZA, 2001 apud PEREIRA, 2010). 
Segundo Falk (2001), o conjunto de ações utilizadas na avaliação e 
fiscalização dos prestadores de serviços de saúde e na conferência de contas 
relativas aos procedimentos executados, vai do atendimento ao gasto, do custo à 
qualidade a ser alcançada. 
É um sistema de revisão e controle para informar a administração sobre a 
eficiência e eficácia dos programas em desenvolvimento. Sua função não é somente 
indicar as falhas e os problemas, mas também, apontar sugestões e soluções, 
assumindo, portanto, um caráter eminentemente educacional (SCARPARO, 2005). 
No entendimento de Souza (2001 apud PEREIRA, 2010), a auditoria em 
saúde funciona como um conjunto de medidas através das quais, perito interno ou 
externo revisa as atividades operacionais de determinados setores de uma 
instituição, com a finalidade de mensurar a qualidade dos serviços prestados. 
 
Figura 8: Auditoria. 
Fonte: http://www.sindhosp.com.br 
 
 
 
41 
 
Nesse sentido, a qualidade do registro das ações assistenciais reflete a 
qualidade da assistência e a produtividade do trabalho. E com base nesses 
registros, pode-se permanentemente construir melhores práticas assistenciais, além 
de implementar ações que visem melhorias nos resultados operacionais (FONSECA 
et al. 2005). 
Falk (2001) faz um apontamento importante que consiste na conferência da 
conta ou procedimento pelo auditor, analisando o documento no sentido de 
corrigirem falhas ou perdas, objetivando a elevação dos padrões técnicos e 
administrativos, bem como a melhoria das condições hospitalares, e um melhor 
atendimento à população. 
É uma atividade profissional da área de saúde que analisa, controla e 
autoriza os procedimentos para fins de diagnose e condutas terapêuticas, propostas 
e/ou realizadas, respeitando-se a autonomia profissional e preceitos éticos, que 
ditam as ações e relações humanas e sociais. 
Em saúde, a auditoria tem ampliado seu campo de atuação para a análise 
da assistência prestada, tendo em vista a qualidade e seus envolvidos, que são 
paciente, hospital e operadora de saúde, conferindo os procedimentos executados 
com os valores cobrados, para garantir um pagamento justo. Essa análise envolve 
aspectos quantitativos e qualitativos da assistência, ou seja, avaliação da eficácia e 
eficiência do processo de atenção à saúde (SCARPARO, 2005). 
Para o mesmo autor acima, a existência, necessidades e objetivos da 
auditoria em saúde são plenamente reconhecidos pela Legislação e pelos Códigos 
de Ética da área de saúde, além de reconjugado pelas Normas Administrativas das 
Instituições de Saúde. Portanto, a equipe de auditoria deve estar atenta aos seus 
limites, claramente definidos nos respectivos Códigos de Ética, e embasados em 
Normas Técnicas próprias e Pareceres de Sociedades Científicas. 
Fato é que a auditoria pressupõe avaliação e revisão detalhada de registros 
clínicos selecionados por profissionais qualificados para verificação da qualidade da 
assistência. O conceito mais ampliado de auditoria refere-se à análise das atividades 
realizadas pela equipe de enfermagem, através do prontuário em geral, 
principalmente das anotações, tendo em vista a qualidade da assistência prestada. 
Inclui ainda, a condição de diminuir custos, conciliando a qualidade do cuidado 
prestado com a sustentabilidade financeira da instituição de saúde (SOUZA; 
FONSECA, 2005). 
 
 
42 
 
 
Figura 9: Avaliação. 
Fonte: http://www.aguiars.com.br 
 
Realmente não é uma missão simples administrar uma instituição hospitalar 
dentro da sua complexidade, envolvendo pessoas, processos, insumos e 
equipamentos e tecnologia em tempos dos quais o uso racional de todos estes 
componentes é digno de um regente de orquestra. 
Além de planejar, dirigir e controlar, é necessário verificar constantemente 
para que as surpresas não sejam desagradáveis, o que passa bem perto das 
auditorias de custo e finanças, mas estas terão espaço em outro módulo, por ora, 
esperamos que tenha entendido que o quão sério é esmerar-se na gestão dos 
recursos variados necessários ao bom funcionamento de uma instituição hospitalar. 
 
3.4 Tipos de auditoria em saúde 
O Manual de Normas de Auditoria do Ministério da Saúde (BRASIL, 1998) 
classifica auditoria em: 
1. Regular ou ordinária – realizada em caráter de rotina e periódica, 
sistemática e previamente programada, com vistas à análise e verificação de todas 
as fases específicas de uma atividade, ação ou serviço. 
2. Especial ou extraordinária – realizada para atender a apuração das 
denúncias, indícios de irregularidades, por determinação do Ministro de Estado da 
Saúde, outras autoridades ou para verificação de atividade específica. Visa a 
avaliação e o exame de fatos em área e períodos determinados. Aqui se incluem os 
 
 
43 
 
exames realizados por peritos especializados em determinadas áreas de atuação 
profissional, designados por autoridade competente, com emissão de laudo pericial. 
Quanto à execução podem ser: 
1. Analítica – conjunto de procedimentos especializados, que consiste na 
análise de relatórios, processos e documentos, com a finalidade de avaliar se os 
serviços e os sistemas de saúde atendem às normas e padrões previamente 
definidos, delineando o perfil da assistência à saúde e seus controles. 
2. Operativa – conjunto de procedimentos especializados que consiste na 
verificação do atendimento aos requisitos legais/normativos, que regulamentam os 
sistemas e atividades relativas à área da saúde, através do exame direto dos fatos 
(obtidos através da observação, medição, ensaio ou outras técnicas apropriadas), 
documentos e situações, para determinar a adequação, a conformidade e a eficácia 
dos processos em alcançar os objetivos. 
Caleman, Moreira e Sanchez (1998) colocam a auditoria operacional e a 
auditoria analítica como os principais tipos: 
 a auditoria operacional é baseada na observação direta dos fatos, procede à 
verificação “in loco”, quanto à propriedade das informações obtidas para 
análise dos documentos e situações, objetiva a avaliação do atendimento às 
normas e diretrizes, através de verificação técnico-científica e contábil da 
documentação médica, estrutura física e tecnológica, bem como, se 
necessário, ao exame do paciente; 
 a auditoria analítica é baseada na análise dos documentos, relatórios e 
processos, e objetiva a identificação de situações consideradas incomuns e 
passíveis de avaliação, bem como conferênciaquantitativa e qualitativa da 
conta hospitalar e adequação de valores. 
 
Para Motta (2010), a auditoria analítica pode ser subdivida em: 
 pré-auditoria ou auditoria prospectiva – trata-se da avaliação dos 
procedimentos médicos antes de sua realização. Exemplo: emissão de um 
parecer, pelo médico auditor da operadora de plano de saúde, sobre um 
determinado tratamento ou procedimento, e cabe a ele por meio de 
conhecimento dos contratos e legislação, mais perícia, recomendar ou não os 
procedimentos; 
 
 
44 
 
 auditoria concorrente ou proativa ou supervisão – é a análise pericial ligada 
ao evento no qual o cliente está envolvido durante o atendimento; 
 auditoria de contas hospitalares ou retrospectiva ou revisão de contas – 
consiste na análise pericial dos procedimentos médicos realizados, com ou 
sem a análise do prontuário médico, após a alta do paciente. No caso da 
auditoria de enfermagem, ela está presente no hospital como auditoria interna 
do faturamento através da análise de contas, e auditoria interna de educação 
permanente, no qual esta última pode ir além do faturamento, chegando à 
qualidade dos serviços prestados, orientando e participando do treinamento, 
objetivando melhores desempenhos quanto ao tempo de atendimento, 
redução de infecção hospitalar, índice de satisfação do cliente. 
Quanto à forma da intervenção, pode ser: 
 auditoria interna – é realizada por profissionais da própria instituição; 
 auditoria externa – é realizada por profissionais que não pertencem a 
instituição, e que são contratados para este fim; 
 auditoria mista – são profissionais da própria empresa e profissionais 
contratados que não fazem parte da empresa. 
Quanto ao tempo de processamento: 
 contínua – é realizada em períodos predeterminados, iniciando-se sempre do 
ponto de término da anterior; 
 periódica – realizada em períodos determinados, porém não tem o caráter da 
continuidade. 
Quanto ao caráter: 
1 - Auditoria preventiva – realizada a fim de que os procedimentos sejam 
auditados antes que aconteçam. Geralmente está ligado ao setor de liberações de 
procedimentos ou guias do plano de saúde, e é exercida pelos médicos e outros. 
2 - Auditoria operacional – é o momento no qual são auditados os 
procedimentos durante e após terem acontecido. O auditor atua junto aos 
profissionais da assistência, a fim de monitorizar o estado clínico do paciente 
internado, verificando a procedência e gerenciando o internamento, auxiliando na 
liberação de procedimentos ou materiais e medicamentos de alto custo, e também 
verificando a qualidade da assistência prestada. É nesta hora que o auditor pode 
indicar, com a anuência do médico ou outro profissional assistente, outra opção de 
 
 
45 
 
assistência ao usuário, como o Home Care2 ou o Gerenciamento de Casos 
Crônicos. 
3 - Auditoria analítica - Junqueira (2001) engloba nesta classificação as 
atividades de análise dos dados levantados pela Auditoria Preventiva e Operacional, 
e da sua comparação com os indicadores gerenciais e com indicadores de outras 
organizações. 
Neste processo, os auditores devem possuir conhecimento relacionado aos 
indicadores de saúde e administrativos, e no que tange a utilização de tabelas, 
gráficos, bancos de dados e contratos. Dessa forma, são capazes de reunir 
informações relacionadas ao plano de saúde, bem como quanto aos problemas 
detectados em cada prestador de serviços de saúde. Consequentemente, tais 
análises contribuem substancialmente para a gestão dos recursos da organização 
(KOBUS, 2002). 
 
Vale guardar... 
- Auditoria Operacional – trabalha por comparação do nível de assistência 
prestada versus padrões de assistência aceitáveis. 
Tem como indicadores: 
• avaliação de desempenho; 
• prontuário do paciente; 
• questionário respondido pelo paciente, ou outros instrumentos que cumpram 
este objetivo. 
- Auditoria Retrospectiva – trabalha por comparação dos dados registrados 
na papeleta do paciente versus padrões preestabelecidos. 
Seus indicadores são: 
• prontuário dos pacientes, opções de trabalho a partir da determinação do 
número de prontuários a serem trabalhados: 
1ª opção = até 50 altas/mês, trabalha-se todos os prontuários/acima de 50 
altas/mês, trabalha-se 10% dos prontuários; 
2ª opção = trabalha-se com todos os prontuários à partir de sorteio. 
São instrumentos administrativos de registro (relatórios) e de controle 
(normas e rotinas): 
 
2
 Home care – modalidade de Serviço de Assistência à Saúde (internamento domiciliar). 
 
 
46 
 
1 - Método de retrospecção, no qual se verifica fatos passados, situando a 
observação em determinado contexto previamente ocorrido. 
2 - Método analítico ou prospectivo, no qual é possível a avaliação da 
assistência junto ao paciente, o trabalho não se dá só pela verificação, mas também 
pela interpretação e interação com os fatos. 
3 - Método concomitante ou concorrente, utiliza-se da retrospecção para o 
desenvolvimento do processo. 
 
 
47 
 
REFERÊNCIAS 
 
BÁSICAS 
 
GONÇALVES, Ernesto Lima (org.). Gestão Hospitalar: administrando o Hospital 
Moderno. São Paulo: Saraiva, 2006. 
PEREZ JUNIOR, José Hernandez et al. Auditoria das demonstrações contábeis. 2 
ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. 
PINHO, Ruth Carvalho de Santana. Fundamentos de Auditoria: auditoria contábil e 
outras aplicações de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
COMPLEMENTARES 
 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. 6 ed. São 
Paulo: Atlas, 2003. 
ANVISA. Acreditação: a busca pela qualidade nos serviços de saúde. Rev. Saúde 
Pública. 2004;38(2):335-6. 
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 3.ed. 8 reimp. São Paulo: Atlas, 2010. 
BONATO, Vera Lúcia. Gestão em Saúde: programas de qualidade em hospitais. São 
Paulo: Ícone, 2007. 
BORBA, Valdir Ribeiro; LISBOA, Teresinha Covas. Teoria Geral de Administração 
Hospitalar: estrutura e evolução do Processo de Gestão Hospitalar. Rio de Janeiro: 
Qualitymark, 2006. 221 p. 
BRASIL. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2003. (Série B. Textos Básicos da Saúde). 
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