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Prática IV - petição 1


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CÍVEL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE, ESTADO RIO GRANDE DO SUL
		BANCO ARROIO GRANDE S/A, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ sob o nº _____, endereço eletrônico ____, com sede em ____, vem, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu, advogado (procuração em anexo), endereço profissional ____, com fulcro no Art. 784, XII, CPC, propor:
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
		Em face de LJUÍ ALIMENTOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ sob o nº ____, com sede em ____, endereço eletrônico ____; PEDRO, nacionalidade ____, estado civil ____, profissão ____, endereço ____, endereço eletrônico ____; OSÓRIO, nacionalidade ____, estado civil ____, profissão ____, endereço ____, endereço eletrônico ____, pelos motivos de fatos e de Direito a seguir expostos.
I – SÍNTESE FÁTICA
		Advindo de contrato de abertura de crédito, a requerida emitiu uma cédula de crédito bancário em 02 de dezembro de 2015, com vencimento em 02 de janeiro de 2018. Pedro e Osório figuraram na cédula como avalistas simultâneos do emitente. Trinta dias após o vencimento do título, sem que tal obrigação tenha sido adimplida, nem proposta moratória ou renegociação por parte do emitente, o requerente tomou conhecimento, por meio de anúncio publicado em jornal de grande circulação, de que a requerida colocara à venda o único bem de sua propriedade: Um imóvel de elevado valor no mercado.
		Considerando o não pagamento do título e a natureza do título em que se acha consubstanciado o crédito, o credor deseja promover a cobrança judicial dos responsáveis pelo pagamento, bem como requerer medida no intuito de acautelar seu crédito, tendo em vista a iminência da venda do único bem de propriedade do devedor, o valor atualizado da dívida é de R$ 530.000,00.
II - DO DIREITO
		Conforme dita o artigo 799, VII, CPC, ao exequente é permitido reinvidicar quaisquer medidas de urgência quando restar comprovado o perigo de dano ao bem jurídico tutelado ou sua irreversibilidade. Ao colocar em venda o único imóvel de propriedade do devedor e a venda seja consumada, o exequente poderá ver seu crédito frustrado, consubstancia-se o periculum in mora, igualmente, o fumus boni iuris é demonstrado a partir da força executiva do título inadimplido, nos termos do art. 784, XII, CPC. A medida de urgência se faz necessária no sentido de impedir a alienação do bem de propriedade do executado com intuito de ver satisfeita a obrigação assumida em título executivo e não adimplida.
		Além disso, em razão da solidariedade legal existente entre avalizado e avalistas, em consonância com o art. 32 do Decreto 52663/66, os avalistas respondem de forma integral pelo adimplemento da obrigação caso o executado não o faça, vejamos abaixo:
Decreto Lei nº 70 de 21 de Novembro de 1966
Art 32. Não acudindo o devedor à purgação do débito, o agente fiduciário estará de pleno direito autorizado a publicar editais e a efetuar no decurso dos 15 (quinze) dias imediatos, o primeiro público leilão do imóvel hipotecado.
		Dessa forma, é evidente que qualquer um dos demandados podem figurar como parte legítima no polo passivo da ação e deles cobrado o cumprimento da obrigação acordada. 
		Cumpre destacar, ainda, que, por conta da oferta pública em anúncio publicado em jornal de grande circulação demonstra-se pertinente a medida de urgência, podemos inferir que publicações em veículos de comunicação como o acima citado podem acelerar a pretensa alienação.
III - DOS PEDIDOS
		Diante do exposto, requer:
1. A concessão da medida de urgência para que o executado se abstenha de vender o imóvel, nos termos do art. 799, VIII, CPC;
2. A citação dos devedores, emitente e avalistas, para que paguem a quantia no prazo de três dias, sob pena de proceder à penhora de bens e a sua avaliação nos termos do art. 829, CPC;
3. A condenação dos réus ao pagamento dos ônus da sucumbência.
IV - DAS PROVAS
		A presente inicial segue instruída com o título executivo extrajudicial, qual seja, a cédula de crédito bancário e com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura desta demanda, conforme art. 798, I, , CPC.
		Dá-se á causa o valor de R$ 530.000,00.
Nestes termos,
pede-se deferimento.
Porto Alegre/RS, data XXX
Advogado OAB/UF