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Ação Renovatória

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AO JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAJAÍ-SC
SANDRA, brasileira, estado civil xxx, empresária individual, com RG nº xxx, e inscrita no CPF nº xxx, endereço eletrônico xxx, residente e domiciliada na Rua xxx, na cidade xxx, através de seu procurador infra firmado, com escritório profissional no endereço xxx, local onde recebe intimações, vem respeitosamente, com fulcro no art. 51 e seguintes da Lei 8.245/91, propor a presente,
 
 AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL,
em face de MARIA DO ROSÁRIO, brasileira, estado civil xxx, profissão xxx, com RG nº xxx, e inscrita no CPF nº xxx, endereço eletrônico xxx, residente e domiciliada na Rua xxx, na cidade xxx, pelos fatos e fundamentos que passo a expor.
DOS FATOS
Distribuidora de Medicamentos Mundo Novo LTDA, sociedade constituída por Pedro Gomes (falecido) e Sandra, em 1997, sempre atuando no ramo de comércio de medicamentos, tendo seu estabelecimento situado na cidade de Itajaí-SC, no imóvel alugado de propriedade da Requerida Maria do Rosário, desde a constituição da sociedade.
Ocorre que em 2013, o sócio Pedro Gomes veio a falecer e a sociedade foi dissolvida em razão do falecimento, com fundamento no art. 1.035 do Código Civil. Para manter a clientela do estabelecimento, mesmo após a dissolução, a Requerente, requereu o seu registro como empresária individual, e com o deferimento, prosseguiu em nome próprio a empresa antes exercida pela sociedade.
A vigência inicial do contrato de locação foi de 3 (três) anos, sendo celebrados contratos posteriores por igual prazo, sucessivamente e de forma ininterrupta, através de contrato escrito. 
Durante a vigência do último contrato, que expirou em setembro de 2015 a sociedade foi dissolvida por conta do falecimento do sócio, e diante da continuidade da empresa, desta vez por Sandra, como empresária individual, esta procurou a Requerida e lhe apresentou proposta de renovação de aluguel, no prazo legal, que lhe foi rejeitada pela locadora, sem justifica plausível. 
Em razão do prejuízo que Sandra pode sofrer em seu estabelecimento empresarial e a perda considerável de clientela, pelo fato de haver uma transferência para outra localidade, vem requerer a renovação compulsória do contrato de locação não residencial para o prosseguimento das atividades comerciais.
DOS DIREITOS 
Podemos analisar o exposto no art.51, §3º da Lei 8.244/91:
“[...]
§3º - Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub-rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo. ”
Sendo assim, visto que o sócio Pedro Gomes veio a falecer, e a Requerente continuou na atividade de mesmo ramo, de forma individual, a mesma configura-se como parte legítima para ingressar com a presente ação.
Visando os danos que podem ser causados a Sandra, pela transferência de seu estabelecimento para outra localidade, e pela proposta feita por ela à Requerida ter sido negada sem argumentos plausíveis, fica necessário a análise dos requisitos objetivos para a Renovação compulsória do contrato de aluguel não residencial, conforme o art.51, caput e incisos da Lei 8.244/91, que analiso:
“Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: 
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. ”
Além da legitimidade para ingressar com a ação, a presente está sendo proposta tempestivamente, sendo 12 (doze) meses antes da expiração do atual contrato, conforme art.51, §5º da Lei 8.244/91, abaixo transcrito:
“[...]
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.”
Propõe-se, portanto, a renovação do contrato de aluguel pelo mesmo prazo, qual seja, 3 (três) anos, e com a manutenção do valor mensal atual, R$21.000,00 (vinte e um mil reais). 
Nestes termos, estão de acordo todos os pressupostos necessários para a propositura da presente ação.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Seja intimada a Requerida, no endereço informado, caso não seja possível a intimação pessoal, que seja feita por edital, para no prazo legal, querendo, oferecer contestação, sob pena de revelia. 
b) A intimação da Requerida para comparecimento à audiência de conciliação, pela qual, a Requerente faz opção expressa.
c) Considerados os argumentos de fato e de direito, seja finalmente julgada procedente a presente ação para determinar a renovação da locação pleiteada, nas condições propostas pelo autor e, caso a Requerida ofereça resistência, seja ainda condenada aos ônus de sucumbência.
d) Seja a Requerida condenada ao pagamento das custas e dos honorários advocatícios, a serem arbitrados por este juízo, nos moldes do art.85 do Novo Código de Processo Civil.
e) A fixação de aluguel provisório, com base no Art. 68, inciso II, da Lei nº 8.245/91, caso a presente demanda avance sobre o prazo que estipula o termo do contrato vigente. 
f) A produção de todos os meios de prova em direito admitidas.
Dá-se a causa o valor de R$ 252.000,00 (duzentos e cinquenta e dois mil reais).
Nestes termos, pede deferimento
Itajaí, xx de xxx de xx.
Adovado – OAB
Acadêmica: Joana Santiago Cavalheiro.

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