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8. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL NÉFRON - Quando se fala que está avaliando rim, está na verdade avaliando o nefron e a capacidade dele de filtrar, a integridade dos glomérulos e dos túbulos - Está avaliando a integridade de toda a atividade funcional - Podendo ter lesão em uma parte ou em toda a unidade funcional - Semelhante ao que viu no pâncreas ou no fígado, quando se vê nos testes, já é um pouco tarde - Está se procurando testes para avaliar cada vez mais cedo - Funções do rim: - Filtrar o sangue - Absorver e reabsorver o que o organismo precisa - Excretar os metabólitos - Além dessas funções, ainda tem a função hotmonal, produção de eritropoietina - Metabolsimo do cálcio sofre interferência das lesões renais (ativação da vitamina D) BARREIRA DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR 2 motivos que não passam proteínas (mesmo a albumina) - Diâmetro - Carga elétrica da capsula é negativa, e a albumina também é negativa (repulsão) Por isso que os cátions são mais filtrados que os ânions Nem toda vez que tem proteína na urina vai ter lesão renal - NÃO Ex: quando tem febre, vai ter vasodilatação e a frouxidão vai deixar proteínas passarem Tem que avaliar mais de um critério RITMO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR · Relativamente constante · S. renina Angiotensina Aldosterona · Controle resistência das arteríolas aferente e eferente - Reflexo miogênico - Retroalimentação tubuloglomerular - O organismo tende a deixar o ritmo mais constante - Usa o sistema Renina Angiotensiona – aldosterona - Angiotensina 2 ao mesmo tempo fez vsoconstrição e aumentou aldosterona para aumentar teor de sódio - Tudo isso para manter a taxa de filtração sempre CONSTANTE - Chega um momento em que isso não vai conseguir se manter - Paciente chega em anúria (sem como manter a taxa de filtração) - Tentando voltar a perfusão normal e para o sistema de vasoconstrição periférica/renal PRINCIPAL FUNÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO: EXCRETAR CREATININA (secretada pelo rim, e nada reabsorvida) E NITROGÊNIO UREICO (ureia é reabsorvida, metabolizada e excretada, de origem hepática- se tem lesão hepática, diminuição circulação ureica, e diminui ureia na urina A URINA É UM ULTRAFILTRADO DO SANGUE NITROGÊNIO UREICO Chama de ureia – pode vir do TGI (do metabolismo das bactérias intestinais, casos de desnutrição, pode diminuir a ureia) – animais com diurese (dilui a ureia), e no hipertireoidismo, pode ocorrer pelo aumento de catabolismo e taxa de filtração glomerular; desidratação pode aumentar a ureia, pois a taxa de filtração diminui e fica circulando mais tempo UREIA · Origem hepática · Metabolismo amônia e bicabornato DIMINUIÇÃO · Insuficiência hepática · Shunt porto sistêmico · Desnutrição · Diurese · Hipertireoidismo - Aumenta catabolismo e aumenta a Taxa de Filtração Glomerular - Caquexia – diminuição da creatinina <TAXA FILTRAÇÃO > ABSORÇÃO UREIA - Durante todo o trajeto, vai ter a reabsorção da ureia, sendo 50% uma redução passiva da ureia no ... e 10% uma reabsorção ativa da ureia no ... · Desidratação pequenos animais · Razão UN:Cr (Ureia:creatinina) > 30 - Quando tem muito aumento da ureia e não da creatinina, pode não ser renal, pode ser do TGI · Normal < 20 RUMINANTES - Tantos os ruminantes quanto os equinos tem metabolismo intestinal diferente (TOMAR CUIDADO) – as bactérias tem capacidade de fermentar, e aumenta ureia (pode ser alterada pelo tipo de alimentação – ELIMINAR ESSES FATORES QUE NÃO DE ORIGEM RENAL, e sim rumenal ou intestinal) · Microbiota ruminal – degradação ureia – PTN · Ureia TGI · Não pode ser avaliada a função renal pela relação - NU, creatinina e densidade urinária · Aumento do NU (nitrogênio ureico) sem aumento creatinina - Estase ruminal, sangramento TGI Tem que pensar se tem estase ruminal, sangramento TGI pois vai aumentar o valor de referência EQUINOS · Apesentam NU no TGI · Podem ser utilizadas as relações para avaliação renal - NU junto da creatinna e da densidade CREATININA · Origem muscular - Conversão enzima creatina quinase em fosfato de creatina no mm · Produção constante 2% ao dia, depende massa muscular · Fonte de energia para a produção de ATP · Aumento pós-prandial por altas ingestão de carne = mínima reduz em 2 h · Aumento pré-renal, renal e pós-renal · Animais de alto nível esportivo, tem creatinina alta (relação com a taxa de musculatura) ANIMAL NORMAL · NU E Creatinina: altas concentrações urinárias · Creat +/- 300 mg/dL na urina (pois é secretada) · Baixas concentrações sanguíneas – creatinina 1 mg/dL (pois é secretada e não reabsorvida) INSUFICIÊNCIA · Diminuição creatinina urinária <100mg/dL não secreta · Aumento plasma > 4mg/dL – fica presa no sangue circulante EQUINOS COM CÓLICA · Aumento creatinina por aumento de outros cromógenos (alteram o exame pela cor) - Cetona, vitamina A, glicose e carotenos, piruvato, ácido úrico, ácido ascórbico Acontece alteração da reação de cor (ex: sangue hemolizado, lipemico, cromógenos) Em ruminantes tem alteração principalmente por corpos cetonicos circulantes NITROGÊNIO UREICO E CREATININA AZOTEMIA · Aumento SÉRICO ureia e creatinina SEM SINTOMA CLÍNICO · + 75% néfrons afuncionais - Animais fazem azotemia quando tem + de 75% néfrons afuncionais – É uma prova TARDIA · Não detectam precocemente as alterações renais PRÉ RENAL: · Hipovolemia leve · Desidratação moderada · Choque com desidratação acima de 12% IMPORTANTE HIDRATAR ANTES DE FAZER O EXAME RENAL: · Glomérulo · Túbulos · Interstício · Pelve renal · Vasos Sanguíneos PÓS RENAL: · Obstrução qualquer local após o néfron · Ruptura de estruturas do sistema urinário FAZ O EXAME SEM HIDRATAR, pois, pode romper a bexiga FATORES NÃO RENAIS AUMENTAM NU E CREATININA NU e CREATININA: · Desidratação · Hipovolemia · Choque NU: · Hemorragia TGI CREATININA: · Cromógenos que não creatinina · Oxyglobin · Corpos cetônicos · Ácido úrico · Vitaminas A e C RELAÇÃO UREIA CREATININA: CREATININA SÉRICOS · Pequenos animais: 20:1 · Grandes animais 10:1 · Desidratação · Sangramento TGI (se aumenta principalmente ureia) · Diurese por fluidoterapia · Cromógenos não relacionados com creatinina · Ruminantes e equinos metabolização e excreção NU pelo TGI RELAÇÕES NU:CREATININA = 5 OU MENOS · Equinos – cromógenos não creatinina · Aumento elevado creatinina 3 a 6 mg/dL · NU normal ou discreto aumento · Relacionar com densidade urinária (DEU) e NU para verificar origem renal ou não · Aumento de Creatinina e DEU · NU sem alteração · MOTIVO: Cromógenos não creatinina · Aumento DEU e NU · Aumento desproporcional da Creatinina Equinos azotemia pré renal aumento cromatógenos · Diminuição DEU - isostenúria · Aumento NU e Creatinuna - Azotemia Renal Massa renal funcionando 33% · Equinos e Ruminantes aum. discreto NU e > creat. – aumento excreção entérica de NU AZOTEMIA X DENSIDADE X VOLUME URINÁRIO · Anuria: sem produção · Oligúria: produção diminuída · Poliúria: Aumento do volume urinário em 24 horas AZOTEMIA RENAL · Dano + 75% néfrons · Redução TFG < 25% · IRA – diminuição volume – oligúria, anúria · IRC – Poliúria GRAU AZOTEMIA - CREATININA · Azotemia não prediz a localização da lesão: renal, pré ou pós renal LEVE: · Cães 1,5 a 2,0mg/dL · Gato 1,6 a 3,0 mg/dL MODERADO: · Cães 2,0 a 5,0 mg/dL · Gato 3,0 a 5,0 mg/dL GRAVE: · Cães e Gatos · >5,0 mg/dL > 10 mg/dL associação com desidratação / hipovolemia NITROGÊNIO UREICO - As doenças renais precisam ter menor ingestão de proteína para diminuir a produção de NU (origem alimentar); ração em cães com muita proteína, pode ser um problema na interpretação (aumenta e sura pouco tempo) UREMIA · Aumento ureia e creatinina com sinais clínicos Pode ter ulcerações, e ai o animal perde sangue (o que também aumenta a ureia) Pode ter desidratação, apatia, caquexia Odor característico - ureico TAXA FILTRAÇÃO GLOMERULAR - Outro exame ideal a se fazer Não utilizado na veterinária · Melhor preditor da função renal · Avalia o número de néfrons funcionais · Gato – 2 a 4 ml/min/kg · Cão – 3 a 6 ml/min/kg DEPENDE: · Fluxo sanguíneo renal · Pressão sanguínea,intersticial e intratubular · Número de néfrons funcionais MÉTODO DIRETO: · Não é fácil de ser realizada · Substâncias não secretadas nem absorvidas pelos glomérulos · Livremente filtradas - Inulina - Ioxenol - Manitol - Ácido p amino hipúrico - Creatinina exógena MÉTODOS INDIRETOS: · Nitrogênio ureico – ureia · Creatinina · Fósforo · Cálcio · Urunálise · Proteinúria · Depuração creatinina · Excreção fracionada de sódio CONCENTRAÇÃO URINÁRIA · 99% água dos tubos é absorvida · Capacidade de concentrar urina depende: - + 1/3 massa renal funciona - ADH quantidade adequada - Hidratação ok - Não ter enfermidades associadas ISOSTENÚRIA HIPOSTEÚRIA · Não tem capacidade de concentrar urina + 2/3 RIM LESIONADO: · Túbulo ou interstício DIMINUIÇÃO PRODUÇÃO ADH: · Diabetes insipido central REFRATARIEDADE AO ADH: · Diabetes insipido nefrogênico · Hipercalcemia · Excesso glicocorticoide · Piometra · Hipopotassemia HIPERTONICIDADE MEDULAR: · Perda tonicidade medular do rim HIPER-HIDRATAÇÃO – SOBRECARGA DE SOLUTOS: · Diabetes melito · Administração diuréticos DENSIDADE URINÁRIA · Interpretar associada com a hidratação adequada (a primeira coisa da desidratação é diminuir o fluxo pro rim pra perder menos água, aumentando a densidade urinaria) · Fluidoterapia, polidpsia psicogênica · Hiperhidratação – Isostenúria · Animal com Azotemia e Desidratação Isostenúria Tem Lesão Renal Túbulo FILTRADO GLOMERULAR · Filtrado glomerular – plasma- albumina · Densidade (indica a concentração urinaria) = 1010 (300 mOsm/kg) em desidratação aumenta a densidade da urina (rim normal, pois diminuí a filtração e aumenta a reabsorção de água, deixando dentro da urina o soluto – minerais, creatinina, ureia); já em um rim comprometido em casos de desidratação, não tem controle da densidade urinaria, pois não reabsorve água e o indivíduo tem isostenuria; tem que investigar o fator hormonal, pode não responder aos estímulos. Hiperidratação ou diabetes melitus, podem levar a isostenuria – aumenta a filtração, que aumenta a excreção e como a eliminar eletrólitos Obs: Grandes animais: cavalo com cólica “tem que hidratar” – mas não pode ser feita em velocidade rápida, tem que fazer lento, porque se não só dilui a filtração e excreção de liquidos DEA DIFERENTES ESPÉCIES AVALIAÇÕES CONSECUTIVAS · 1,007 a 1,013: - Rins não estão diluindo nem concentrando - Urina Isostenúrica em relação ao plasma (D=1,007 a 1,014) - Indicar lesão renal se repetida em vários exames · <1,007 a >1,013: - Podem evidenciar alguma função renal - Hipostenúria – néfron funcionais para remover soluto e água, pois processo diluição é ativo AVALIAÇÃO DA DENSIDADE URINÁRIA SEMPRE TEM QUE ESTAR ASSOCIADA · Ureia e creatinina · Volume urinário · Dados clínicos Várias urinas no mesmo dia com Isostenúria ou com ou sem azotemia – ANORMAL · Densidade 1.008, animal não azotêmico, com poliúria ou polidipsia – ANORMAL · Várias urinas no mesmo dia com Isosteúria ou Isostenúria com ou sem azotemia – ANORMAL – PERDA DA CAPACIDADE DE REABSORÇÃO RENALA · Constância do pH abaixo de 1,007 · Diminuição ADH · Diabete insipito · Substâncias inibidors ADH · Poliúria psicogênica SDMA - TESTE · A dimetilarginina simétrica (SDMA) é uma forma metilada da arginina, que é liberada para a circulação durante a degradação da proteína e é excretada pelos rins. · Aumento acima de 14 mg/dL sugere redução da função renal - 40% da função renal. · Não é influenciada pela massa corporal magra. · A SDMA permanece estável no soro e plasma durante, pelo menos, 7 dias à temperatura ambiente e 14 dias a 4°C. DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS CÁLCIO E FÓSFORO NA IR CÃES E GATOS: · Normocalcemia e hiperfosfatemia · Hipocalcemia e hiperfosfatemia EQUINOS: · 66% hipercalcêmicos · 50% hipofosftêmicos SÓDIO E CLOCO · 100% do Sódio é reabsorvido nos túbulos · IR · Hiponatrema e hipocloremia · Aumento da excreção racionada de Sódio Mais evidente em bovinos e equinos, podem ser observadas em cães e gatos com IRC POTÁSSIO · Absorvido túbulo proximal · Excretado túbulo coletar – estímulo aldosterona · Hipocalemia