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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ENGENHARIA ARQUITETURA E URBANISMO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA BRUNO RIBEIRO DOS SANTOS RA.: 15.9030-6 GUSTAVO DELFITO R.A.: 15.9032-2 ISAC CARDENA RA.: 15.9606-3 JOÃO PEDRO CAMPOS RODRIGUES R.A.: 15.2096-4 LUCAS HONÓRIO R.A.: 16.3272-8 MATHEUS HENRIQUE S PINHEIRO R.A.: 15.1666-5 MATEUS COSTA RA.: 15.4416-2 Relatório apresentado à disciplina de Engenharia Aplicada III do 7º semestre do curso de Engenharia Elétrica, sob orientação do Prof. Dr. Vicente Idalberto B. Sablón. Computador Analógico SANTA BARBARA D’OESTE 06/2018 Computador Analógico Trabalho de Engenharia Aplicada, elaboração de projeto no curso de graduação apresentado a Universidade Metodista de Piracicaba situada no campus de Santa Barbara D’Oeste como requisito parcial de conclusão. Área de habilitação: Engenharia Elétrica-Eletrônica SANTA BARBARA D’OESTE 06/2018 “Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de planejamento.” (Albert Einstein) Agradecimentos Agradecemos ao nosso orientador Professor Dr. Vicente Idalberto Becerra Sablón, pela oportunidade de realizar este projeto, pois por se tratar de um tema nunca antes abordado em aula a sua pesquisa e desenvolvimento veio a agregar muito em diversos aspectos, tanto no âmbito acadêmico como fora dele. RESUMO Este projeto tem a proposta de apresentar um computador analógico capaz de efetuar operações matemáticas como subtração, adição, derivadas e integrais com o intuito que por meio desses recursos seja possível a realização de equações diferencias simples. Para isso o circuito a ser dimensionado é baseado em amplificadores operacionais, que são componentes que inicialmente foram desenvolvidos para servirem como o “cérebro” de um computador analógico, assim sendo os amplificadores operacionais podem ser programados para solucionar modelos matemáticos de sistemas como mecânicos ou elétricos, que por sua vez são expressos como equações diferencias. Por fim iremos implementar um circuito impresso que será o resultado final do nosso trabalho, que será concebido por meio de testes iniciais como simulações matemáticas e de funcionamento por meio de softwares como MATLAB, Multisim e também provas de conceitos para servir como um indicativo se estamos no caminho certo do projeto. Palavras Chaves: Computador Analógico, Amplificador Operacional, equação diferencial. ABSTRACT This project has the proposal to present an analog computer capable to do mathematical operations as subtraction, addition, derivatives and integrals with the intention of this resources be possible to solve simple differential equations. For this the circuit a be scaled is based on operational amplifier, which are components that were initially developed to serve as the "brain" of an analog computer, so the operational amplifiers can be programmed to solve mathematical models of systems such as mechanical or electrical, which in turn are expressed as differential equations. Finally, we will implement a printed circuit that will be the final result of our work, which will be conceived through initial tests such as mathematical simulations and behavior tests with software like MATLAB, Multisim and also proofs of concepts to serve as an indication if we are in the right way of the project. Keywords: Analog Computer, Operational Amplifier, differential equation. Sumário 1 - Introdução ........................................................................................................ 9 1.1 - Objetivos .................................................................................................... 10 1.2 - Motivação ................................................................................................... 10 2. - Revisão Bibliográfica .................................................................................. 11 2.1 - Amplificadores Operacional ....................................................................... 11 2.1.1 – O AmpOp Ideal ....................................................................................... 11 2.1.2 – Simbologia .............................................................................................. 11 2.1.3 – Descrição ................................................................................................ 11 2.1.4 – O AmpOp Real ....................................................................................... 12 2.1.5 – Região de Saturação e Linear ................................................................. 13 2.1.6- Aplicações ................................................................................................ 13 2.1.7 – Malha Aberta .......................................................................................... 13 2.1.8 – Malha Fechada ........................................................................................ 14 2.1.9 – Amplificador Inversor ............................................................................ 15 2.1.10– Amplificador Não-Inversor ................................................................... 16 2.1.11– Amplificador Somador Inversor ............................................................ 17 2.1.12 – Amplificador Subtrator Inversor (Diferencial) ..................................... 18 2.1.13 – Amplificador Integrador ....................................................................... 18 2.1.14 – Amplificador Diferenciador .................................................................. 19 2.1.15 – Ajuste de Offset .................................................................................... 20 2.1.16 – Comparadores de Tensão ...................................................................... 20 2.1.17 – Comparador de Tensão Não-Inversor ................................................... 21 2.1.18 – Comparador de Tensão Inversor ........................................................... 21 2.2 - Tipos de Materiais a Serem Utilizados ....................................................... 23 2.3 - Softwares Necessários ................................................................................ 30 3. - Simulação de Funcionamento ...................................................................... 31 4 - Modelagem Matemática ................................................................................ 35 4.1 - Entrada do circuito ..................................................................................... 35 4.2 - Entrada do Segundo Amplificador ............................................................ 36 4.3 - Entrada do Terceiro Amplificador ............................................................. 36 4.4 - Resultados .................................................................................................. 37 4.5 - Gráficos ...................................................................................................... 38 5. - Implementação do Circuito .......................................................................... 40 5.1 - Criando o Modelo ....................................................................................... 40 5.2 - Transferindo para a Placa de Fenolite ........................................................ 41 5.3 – Tratamento da Placa .................................................................................. 42 5.4 – Resultados .................................................................................................. 43 6 – Conclusão .....................................................................................................45 7 - Referencias .................................................................................................... 45 8 – Anexos .......................................................................................................... 46 9 1 - INTRODUÇÃO O computador analógico é uma forma de computador que usa fenômenos elétricos, mecânicos ou hidráulicos para modelar o problema a ser resolvido. Genericamente um computador analógico usa um tipo de grandeza física para representar o comportamento de outro sistema físico ou função matemática. Computadores analógicos são normalmente criados para uma finalidade específica, como acontece em circuitos eletrônicos que implementam sistemas de controle, ou em instrumentos de medição. Nestes sistemas, os resultados da computação analógica são utilizados dentro do próprio sistema. Existem também computadores analógicos flexíveis, que podem ser facilmente configurados para resolver problemas determinados. A maioria destes computadores analógicos possui uma série de elementos capazes de ser reagrupados para resolver sistemas de equações diferenciais, por exemplo. Eles também podem simular sistemas descritos por equações matemáticas complexas. Computadores analógicos geralmente têm um sistema complicado, mas possuem, em seu núcleo, um conjunto de componentes-chave que realizam os cálculos, os quais o operador manipula através do sistema do computador. Componentes-chave hidráulicos podem incluir canos, válvulas ou torres; componentes mecânicos podem incluir engrenagens e alavancas; componentes elétricos podem incluir: • Potenciômetros • Geradores de funções • Amplificadores operacionais Os Amplificador operacional também chamado de AmpOp é um circuito integrado com diversas finalidades entre elas de produzir altos ganhos de tensão em sua saída, operações algébricas entre outras utilidades muito uteis aos sistemas em que são inseridos além de ser um componente de baixo custo e simples aplicação. 10 1.1 - OBJETIVOS Temos como principal objetivo fazer a implementação prática de um computador analógico que seja capaz de resolver diversos modelos de equações matemáticas principalmente equações diferencias. Para alcançar a realização do nosso objetivo primário tivemos que desenvolver objetivos secundários para criarmos um embasamento teórico sobre este projeto, como estudar e compreender o funcionamento de amplificadores operacionais, desenvolver afinidade com softwares para simulações, controles e projeto do circuito impresso. 1.2 - MOTIVAÇÃO Pela matéria a qual este relatório foi produzido se tratar de Engenharia Aplicada, acatamos a ideia do nosso orientador: Vicente Idalberto Becerra Sablón, em realizar o estudo de um computador analógico e pesquisar temas relacionados a sua confecção para podermos por fim desenvolver o nosso próprio modelo para um computador analógico. 11 2. - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 - AMPLIFICADORES OPERACIONAL 2.1.1 – O AMPOP IDEAL Apesar deste amplificador “ideal” não existir, há circuitos integrados com valores de seus componentes muito elevado ou baixo que o permite uma margem de erro de determinados circuitos desprezíveis, mas caso seja um projeto mais sofisticados esses valores terão que ser levados em conta na hora de seu cálculo. Entre as características ideais estão: • Não existe fluxo de corrente nas entradas do AmpOp; • A impedância de entrada é infinita; • Seu ganho de tensão em malha aberta é infinito; • Não existe diferença de potencial entre suas entradas (curto circuito virtual); e • A impedância de saída é igual à zero; • Resposta de frequência infinita; • Imune a variação de temperatura; 2.1.2 – SIMBOLOGIA Figura 2.1.1 Amplificador Operacional(AOP). 2.1.3 – DESCRIÇÃO O circuito integrado do AOP possui duas entradas diferencias duas entradas de alimentação e uma saída, são respectivamente: 12 • Entrada não inversora (Vp) – o sinal que for inserido nessa entrada será amplificado e permanecerá com a mesma polaridade. • Entrada inversora (Vn) – o sinal que for inserido nessa entrada será amplificado e terá a polaridade invertida. • Alimentação positiva (+Vcc). • Alimentação negativa (-Vcc). • Saída do circuito (Vo) – o sinal de entrada será multiplicado por um ganho A. Como dito sobre a saída do circuito ela será: 𝑉𝑜 = 𝐴. 𝑉𝑖𝑛 = 𝐴. (𝑉𝑝 − 𝑉𝑛) Mencionado que o ganho A é infinito temos: 𝑉𝑝 − 𝑉𝑛 = 𝑉𝑜 ∞ = 0 𝑉𝑝 = 𝑉𝑛 = 0 Desta última equação temos uma das regras mais importantes que será utilizada nas análises posteriores. 2.1.4 – O AMPOP REAL Por se tratar de detalhes muitas vezes pequenos alguns dados do AOP são deixados de lado e o tratamos como um circuito ideal, mas na realidade isso não acontece, porém muito desses dados se encontram especificados no datasheet de cada tipo de componente, abaixo será citado alguns dos mais importantes. Como anteriormente citado “não existe diferença de potencial entre suas entradas e a resistência de entrada é infinita e de saída é igual a zero”, infelizmente isso não é verdade, porém a diferença de potencial em suas entradas é na escala de µ a mVolts; e suas resistências de entrada e saída são respectivamente na escala de MΩ e mΩ. 13 Ele também possui correntes de polarização que acabam por entrar no AOP, e uma taxa de slew rate que é o tempo que a curva demora a se adequar a forma da onda. Para ter a maior precisão possível acaba sendo o mais recomendável acessar o datasheet e conferir os dados do fabricante. 2.1.5 – REGIÃO DE SATURAÇÃO E LINEAR Como o AOP possui uma faixa alimentação positiva e negativa ele não pode operar fora desses limites de alimentação, tendo uma região de operação linear e se ultrapassa-a ele ficará em uma região saturada e com valor máximo igual sua alimentação. Figura 2.1.2 Região de Saturação 2.1.6- APLICAÇÕES O amplificador operacional isoladamente executa poucas funções. Componentes como resistores, capacitores, realimentação positiva e negativa permite ampliar as operações realizadas por ele. 2.1.7 – MALHA ABERTA O circuito malha aberta, ou seja, sem realimentação sem nenhum componente externo, o ganho é estipulado pelo fabricante. Assim, a saída do AOP tende a saturar em valores inferiores a +VCC e −VCC. 14 Figura 2.1. 3 AOP em malha aberta É normalmente utilizado como: • Comparadores • Detectores de nível • Detectores de passagem por zero 2.1.8 – MALHA FECHADA Esse tipo de malha possui normalmente os AOP com realimentação que faz com que parte do sinal retorne a entrada. A realimentação negativa faz com que parte do sinal seja enviado a entrada inversora. O sinal de retorno é combinado com a entrada original e o resultado é uma relação saída / entrada, definida e estável. Podendo ser aplicados em inversores, não inversores, buffers somadores e subtratores, integradores e diferenciadores entre outras coisas. Figura 2.1.4 AOP com realimentação negativa. Na realimentação positiva parte do sinal retorna a entrada não inversora, porem esse tipo de realimentação não é muito indicado, pois ele tende a instabilidade. 15 Figura 2.1.5 AOP com realimentação positiva. 2.1.9 – AMPLIFICADOR INVERSOR Figura 2.1.6 AOP Inversor. Adotando o conceito inicialmente de amplificador ideal, temos que a corrente que entra no AOP é zero, então toda corrente do circuito(Ic) passa pelo R1 e Rf para Vo, e que a tensão Vp = Vn, como está aterrado então é zero, logo: 𝐼𝑐 = 𝑉𝑖 − 𝑉𝑛 𝑅1 (2.1) A tensão de saída do circuito(Vo) é dada pela tensão no Rf com polaridade invertida: 𝑉𝑜 = −𝑉𝑅𝑓 = 𝑅𝑓 𝑅1 ∗ (𝑉𝑖 − 𝑉𝑛) (2.2) Como dito anteriormente a tensão de Vn é zero por estar aterrado, e multiplicando a equação por -1, temos a seguinte relação: 16 𝑉𝑜 = − 𝑅𝑓 𝑅1 ∗ 𝑉𝑖 (2.3)2.1.10– AMPLIFICADOR NÃO-INVERSOR Figura 2.1.7 AOP Não-Inversor. Usando a mesma análise que no AOP anterior Vn=Vp, logo Vp= Vi. Para acharmos uma relação com a tensão de saída, sabemos que: 𝑉𝑟𝑓 = 𝑉𝑜 − 𝑉𝑛 = 𝐼𝑐 ∗ 𝑅𝑓 (2.4) 𝐼𝑐 = 𝑉𝑖 𝑅1 (2.5) 𝑉𝑜 − 𝑉𝑛 = 𝑅𝑓 𝑅1 ∗ 𝑉𝑖 (2.6) Isolando Vo temos: 𝑉𝑜 = 𝑅1 + 𝑅2 𝑅1 ∗ 𝑉𝑖 (2.7) 17 2.1.11– AMPLIFICADOR SOMADOR INVERSOR Figura 2.1.8 AOP Somador Inversor. Como está aterrado o Vp temos que a relação Vp = Vn = 0. E que a corrente do circuito é a soma das n correntes da entrada, e a tensão no Rf é: 𝑉𝑟𝑓 = 𝑅𝑓 ∗ 𝐼𝑐 = 𝑅𝑥 ∗ ( 𝑉1 𝑅1 + 𝑉2 𝑅2 + ⋯ + 𝑉𝑛 𝑅𝑛 ) (2.8) Como a saída é inversora temos a seguinte equação: 𝑉𝑜 = −𝑅𝑓 ∗ ( 𝑉1 𝑅1 + 𝑉2 𝑅2 + ⋯ + 𝑉𝑛 𝑅𝑛 ) (2.9) Ou também: 𝑉𝑜 = − 𝑅𝑓 𝑅𝑛 ∗ 𝑉𝑛 (2.10) 18 2.1.12 – AMPLIFICADOR SUBTRATOR INVERSOR (DIFERENCIAL) Figura 2.1.9 AOP Subtrator Inversor. As correntes que entram no AOP são consideradas zero, logo a corrente que passa por R1 é a mesma que passa por R2: 𝑉2 − 𝑉𝑝 𝑅1 = 𝑉𝑝 𝑅2 (2.11) 𝑉1 − 𝑉𝑛 𝑅1 = 𝑉𝑝 − 𝑉𝑜 𝑅2 (2.12) Resolvendo algebricamente chegamos há: 𝑉𝑜 = 𝑅2 𝑅1 ∗ (𝑉2 − 𝑉1) (2.13) 2.1.13 – AMPLIFICADOR INTEGRADOR Figura 2.1.10 Amplificador Integrador. 19 Como temos um capacitor no circuito a tensão de saída será igual a tensão no capacitor com a polaridade invertida: 𝐼𝑐 = 𝑉𝑖 𝑅 = 𝐶 𝑑𝑣 𝑑𝑡 (2.14) 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 1 𝐶 ∗ 𝑉𝑖 𝑅 (2.15) Aplicando integral para termos a tensão: ∫ 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = ∫ 1 𝐶 ∗ 𝑉𝑖 𝑅 (2.16) Lembrando que Vo = - Vc: 𝑉𝑜(𝑡) = − 1 𝑅𝐶 ∫ 𝑉𝑖(𝑡) ∗ 𝑑𝑡 + 𝑉𝑜(0) (2.17) 2.1.14 – AMPLIFICADOR DIFERENCIADOR Figura 2.1.11 AOP Diferenciador. No circuito diferenciador temos que a tensão no resistor é dependente da corrente que passa pelo capacitor: 20 𝐼𝑐 = 𝐶 𝑑𝑣𝑖 𝑑𝑡 (2.18) (2.19) 𝑉𝑜 = −𝑉𝑖 = 𝑅 ∗ 𝐶 𝑑𝑣𝑖 𝑑𝑡 Logo a equação: 𝑉𝑜(𝑡) = −𝑅𝑐 ∗ 𝑑𝑣𝑖 𝑑𝑡 (2.20) 2.1.15 – AJUSTE DE OFFSET No começo citamos que AOP reais possuem uma tensão offset de saída mesmo quando aterradas as saídas, para eliminar essa tensão offset há duas maneiras ajuste pelos terminais do AOP ou por circuitos resistivos externos. Os fabricantes de AOP costumam fornecer dois terminais dedicados no AOP, aos quais se conecta um potenciômetro. O cursor do potenciômetro é levado a um dos pinos de alimentação para prover o ajuste ou cancelamento dessa tensão. O cancelamento dessa tensão se dá pelo fato de os pinos citados estarem conectados ao estágio diferencial de entrada do AOP, permitindo, assim, o balanceamento das correntes de coletor dos transistores. Esse balanceamento permitirá o cancelamento da pequena diferença de tensão existente entre os valores de VBE dos transistores citados. Quando o AOP não possui os terminais para o ajuste de offset, o mesmo deverá ser feito através de circuitos resistivos externos. 2.1.16 – COMPARADORES DE TENSÃO O comparador é utilizado em malha aberta, como o ganho é infinito ele faz a diferença entre os dois de entrada, dependendo da polaridade resultante ele multiplica o ganho até a região de saturação, assim o resultando sempre será +Vcc ou -Vcc. 21 2.1.17 – COMPARADOR DE TENSÃO NÃO-INVERSOR Figura 2.1.12 AOP Comparador Não-Inversor. Com a explicação anteriormente dada: 𝑉 { 𝑉𝑖𝑛 > 0 , 𝑉𝑜𝑢𝑡 > +𝑉𝑐𝑐 𝑉𝑖𝑛 < 0, 𝑉𝑜𝑢𝑡 < −𝑉𝑐𝑐 Construindo um gráfico com a função de transferência do comparador: Figura 2.1.12.AOP F.T Comparado Não-Inversor 2.1.18 – COMPARADOR DE TENSÃO INVERSOR Figura 2.1.13 AOP Comparado Inversor. A diferença do mostrado anteriormente é que este é alimentado negativamente mudado apenas polaridade assim sendo: 𝑉 { 𝑉𝑖𝑛 > 0 , 𝑉𝑜𝑢𝑡 > −𝑉𝑐𝑐 𝑉𝑖𝑛 < 0, 𝑉𝑜𝑢𝑡 < +𝑉𝑐𝑐 Construindo um gráfico com a função de transferência do comparador: 22 Figura 2.1.14 AOP F.T Comparado Inversor. 23 2.2 - TIPOS DE MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS Placa de Fenolite A placa de fenolite virgem é muito usada para produzir placas de circuito impressos seja para testes ou placas finais para projetos. Construída com uma camada de cobre sobre sua superfície, a Placa para Circuito Impresso possui altas propriedades condutivas. Figura 2.2 Placa de Fenolite. Usaremos uma placa de fenolite virgem para transferir o desenho do circuito dimensionado para ela, e por meio de outros procedimentos transformar ela no recipiente do nosso circuito final. Especificação: • Quantidade: 1 • Dimensão: 5x10 cm. 24 Ferro de Solda O ferro de solda é uma ferramenta elétrica, que tem como base de funcionamento a transformação da corrente elétrica em calor por meio de uma resistência. Figura 2.3 O ferro de solda será usado no projeto para podermos soldar os componentes na respectiva placa de fenolite. Especificação: • - Potencia 25W • - Tensão 110V • - Frequência 60Hz Percloreto de Ferro O percloreto de ferro anidro é uma composição química de 98% de Cloreto Férrico (FeCl3), utilizada na área eletrônica para a produção de placas de circuito impresso (PCI). Sua formulação diluída em água é empregada na corrosão da placa para a formação dos circuitos impressos. 25 Figura 2.4 Percloreto de Ferro O percloreto de ferro foi utilizado no projeto para podermos corroer a placa de circuito impresso. Especificação: • Quantidade: 500mL • Percloreto como solução pronta para uso Impressora Impressora ou dispositivo de impressão é um periférico que, quando conectado a um computador ou a uma rede de computadores, tem a função de dispositivo de saída, imprimindo textos, gráficos ou qualquer outro resultado de uma aplicação. Figura 2.5 Impressora a Laser Especificação: • Tecnologia de impressão: Laser 26 Folha Couchê O papel couchê é caracterizado pelo brilho e lisura de suas folhas, indicados para impressos em policromia e de alta qualidade. Figura 2.6 Folha Couchê Usaremos o papel couchê para imprimir o desenho do circuito que será transportado a placa de fenolite. Especificação: • Quantidade: 1 • Formato: A4 • Tipo: Folha couchê 120g Perfurador de Placa Perfurador de Placa de Circuito Impresso é uma ferramenta desenvolvida para que o profissional da área de eletroeletrônica possa fazer furações em placas de PCI, auxiliando o usuário em trabalhos de manutenção ou projetos escolares. Figura 2.7 Perfurador de placa de circuito impresso 27 Ferro de Passar Usaremos um ferro de passar roupa convencional para poder transferir o desenho do circuito projetado para a placa de fenolite. Figura 2.8 Ferro Convencional Resistor Resistor é um dispositivo elétrico muito utilizado em eletrônica, com a finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica por meio do efeito joule, ou com a finalidade de limitar a corrente elétrica em um circuito. Figura 2.9 Resistor Especificação: • Quantidade: 8 • Valor Nominal: 1MΩ 28 Amplificador Operacional Os Amplificador operacional também chamado de AmpOp é um circuito integrado com diversas finalidades entre elas de produzir altos ganhos de tensão em sua saída, operações algébricas entre outras utilidades muito uteis aos sistemas em que são inseridos além de ser um componente de baixo custo e simples aplicação. Figura 2.10 AmpOp 741 Os amplificadores serão usados como o cérebro do circuito responsáveis por realizarem as operações algébricas. Especificação: • Quantidade: 3 • Modelo: LM741 Capacitor Capacitor ou condensador é um componente que armazena cargas elétricas num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio interno de carga elétrica. Figura2.10 Tipos de Capacitores 29 O capacitor terá a missão junto com o amplificador operacional de realizar a função de resolver equação integrativa no circuito. Especificação: • Quantidade: 3 • Tipo: Poliéster • Capacitância:10µF Gerador de Função O gerador de funções é um instrumento eletrônico utilizado para gerar sinais elétricos de formas de onda, frequências e amplitude, podendo gerar sinais senoidais, triangulares, quadrados, dente-de-serra, com sweep (frequência variável), todos com diversas frequências e amplitudes. Figura 2.11 Gerador de Função Usaremos o gerador de funções disponível na faculdade para podermos inserir os valores de entradas e podermos analisar os de saídas do circuito projetado. 30 2.3 - SOFTWARES NECESSÁRIOS Foram utilizados 3 softwares na elaboração do projeto que por sua vez são Multisim, MATLAB e AutoCAD. MATLAB MATLAB (MATrix LABoratory) trata-se de um software interativo de alta performance voltado para o cálculo numérico. O MATLAB integra análise numérica, cálculo com matrizes, processamento de sinais e construção de gráficos em ambiente fácil de usar onde problemas e soluções são expressos somente como eles são escritos matematicamente, ao contrário da programação tradicional. Multisim O software NI Multisim é uma ferramenta interativa para projeto e simulação de circuitos eletrônicos, simulação interativa, projeto de placas e testes integrados. AutoCAD AutoCAD é um software do tipo CAD — computer aided design ou desenho auxiliado por computador - criado e comercializado pela Autodesk, Inc. desde 1982. É utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D). https://pt.wikipedia.org/wiki/Software https://pt.wikipedia.org/wiki/Performance https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lculo_num%C3%A9rico https://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_(matem%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Processamento_de_sinal https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A1fico https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o 31 3. - SIMULAÇÃO DE FUNCIONAMENTO Para termos um controle sobre o andamento do projeto em vez de buscar uma implementação prática direta resolvemos antes realizar simulações e modelagens dele para termos conhecimento do resultado esperado do projeto. Por meio do software Multisim foi realizado a simulação funcional do circuito mostrado abaixo, e coletado os seus valores de saída dada uma entrada especifica. Figura 3.1 Diagrama da Simulação por Multisim A alimentação do circuito foi de: • Frequência = 4 Hz • Tensão de Pico = 10V • Onda Senoidal • Ajuste offset = 0 Figura 3.2 Gerador de Função Multisim 32 Com o osciloscópio aferimos as tensões de saídas e as formas de ondas do circuito dimensionado, abaixo será demonstrado a saída do primeiro amplificador operacional do circuito. Figura 3.3 Saída do Primeiro Amplificador Operacional Características: • Forma Senoidal • Tensão de Pico ≅ 395,05 mV • Tensão Pico a Pico ≅ 790,106 mv 33 Continuando a aferição fomos agora com o osciloscópio a saída do segundo amplificador operacional do circuito: Figura 3.15 Saída do Segundo Amplificador Operacional Características: • Forma Senoidal • Tensão de Pico ≅ 15,597 mV • Tensão Pico a Pico ≅ - 31,164 mV 34 Por fim a saída do circuito que se encontra logo após o terceiro amplificador o amplificador inversor do circuito: Figura 3.5 Saída do Circuito Características: • Forma Senoidal • Tensão de Pico ≅ 15,567 mV • Tensão Pico a Pico ≅ 31,176 mV Podemos notar que a saída inversora se comporta exatamente como esperado apenas mudando a polaridade do sinal que chega a sua entrada sem alterar a amplitude ou frequência. 35 4 - MODELAGEM MATEMÁTICA Usando os conceitos previamente mencionados sobre amplificadores operacionais iremos modelar matematicamente o funcionamento do circuito e com o auxilio do software MATLAB iremos plotar gráficos demonstrando as formas de ondas das saídas do circuito abaixo. Figura 4.1 Circuito Abordado 4.1 - ENTRADA DO CIRCUITO O primeiro amplificador operacional está na configuração de integrador e pode ser modelado de acordo com a equação (2.17), o amplificador conta com três entradas sendo a primeira entrada (𝑖𝑛1) a gerada pela fonte e que pode ser dada como: 𝑖𝑛1 = −10 ∗ sin (25,133 ∗ 𝑡) (4.1.1) A segunda entrada é uma realimentação e pode ser descrita de acordo com a saída aplicada no amplificador: Tendo sua saída como: 𝑜𝑢𝑡1 = − 1 𝑅 ∗ 𝐶 ∫ −10 ∗ 𝑠𝑖𝑛 ∗ (25,133 ∗ 𝑡) (4.1.2) 36 𝑖𝑛2 = 𝑜𝑢𝑡1 (4.1.3) Logo sua saída é: 𝑜𝑢𝑡2 = − 1 𝑅 ∗ 𝐶 ∫ 𝑜𝑢𝑡1 (4.1.4) A terceira entrada do amplificador integrador passa por outro integrador e depois por um amplificador inversor sendo descrito como: 𝑖𝑛3 = (− 1 𝑅 ∗ 𝐶 ∫ 𝑜𝑢𝑡1) ∗ −1 (4.1.5) 4.2 - ENTRADA DO SEGUNDO AMPLIFICADOR O segundo amplificador operacional que está em série com o circuito assim como o primeiro também é um integrador e opera de acordo com a equação (2.17), ele conta apenas com uma entrada que é a soma do resultado das três entradas do amplificador anterior, logo a saída dele pode ser modelada como: 𝑜𝑢𝑡4 = − 1 𝑅 ∗ 𝐶 ∫ 𝑜𝑢𝑡1 + 𝑜𝑢𝑡2 + 𝑜𝑢𝑡3 (4.2) 4.3 - ENTRADA DO TERCEIRO AMPLIFICADOR Por fim o ultimo amplificador que apenas tem a função de inverter o sinal que passa por ele, como citado na equação (2.1): 𝑜𝑢𝑡5 = −1 ∗ 𝑜𝑢𝑡4 (4.3) 37 4.4 - RESULTADOS A seguir será demonstrado os valores resultantes das equações mencionada na etapa ascendente. A saída referente a entrada da fonte tem como resposta: 𝑂𝑢𝑡1 = 0,39789 ∗ cos (25,133 ∗ 𝑡) A saída referente a entrada da realimentação tem como resposta: 𝑂𝑢𝑡2 = −0,03166 ∗ 𝑠𝑒𝑛(25,133 ∗ 𝑡) A saída referente a entrada do sinal que passa pelo integrador e inversor tem como resposta: 𝑂𝑢𝑡3 = −0,00125984 ∗ cos(25,133 ∗ 𝑡) + −0,01583111 ∗ 𝑠𝑒𝑛(25,133 ∗ 𝑡) A saída referente ao segundo amplificador do circuito tem como resposta: 𝑂𝑢𝑡4 = −0,001257784338 ∗ cos(25,133 ∗ 𝑡) + 0,01585617134 ∗ sin (25,133 ∗ 𝑡) A saída referente ao terceiro amplificador do circuito tem como resposta: 𝑂𝑢𝑡5 = 0,0012577843384 ∗ cos(25,133 ∗ 𝑡) − 0,015856171345 ∗ sin (25,133 ∗ 𝑡) 38 4.5 - GRÁFICOS Com o software MATLAB plotamos as funções resultantes dos cálculos para usarmos como comparação no nosso projeto tanto com a simulação como para implementação real do circuito. Começando pela saída do primeiro amplificador temos o seguinte gráfico: Figura 4.5.1 Saída Primeiro Amplificador A saída do segundo amplificador é representada pelo seguinte gráfico: Figura 4.5.2 Saída Segundo Amplificador 39 A saída do terceiro amplificador é representada pelo seguinte gráfico: Figura 4.5.3 Saída Terceiro Amplificador Com isso temos os gráficos de todas saídas do circuito para podermos comparar com a simulação e com os valores práticos obtidos. 40 5. - IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO 5.1 - CRIANDO O MODELO Para realizar a implementação do circuito impresso, primeiro começamos desenhando o modelo que foi dimensionado para ser transferido para a placa de fenolite por meio do software AutoCAD. Figura 5.1 Circuito a ser implementado. Como podemos notar o circuito abaixo trata-se do primeiro só que apenas espelhado, pois no momento da transferência o desenho acabasse por se inverter, então levamos a versão espelhada do circuito para ele voltar a forma original. 41 5.2 - TRANSFERINDO PARA A PLACA DE FENOLITE Nesta etapa imprimimos o desenho do modelo, colocamos sobre a parte de cobre da placa e com um ferro de passar exercemos pressão sobre a placa por um tempo médio de 5 minutos.Figura 5.2 Transferindo o Modelo. Em seguida com o papel na placa colocamo-la em um recipiente onde ela foi submergida por água fervendo por um período médio de 30 minutos, após esse tempo foi possível retirar o papel da folha. Figura 5.3 Resultado da Submersão. 42 Após alguns retoques nas trilhas com uma caneta de retroprojetor, colocamos a placa em outro recipiente e a deixamos de novo submergida só que dessa vez sobre percloreto de ferro, após olharmos ela dentro do recipiente e percebemos o momento certo de retira-la de lá, pois todo cobre sobre ela havia sido corroído deixando apenas as trilhas, então retiramos a placa. Figura 5.4 Etapa de Corrosão. Realizando os testes de continuidade nas trilhas e averiguando estar tudo em funcionamento, então seguiremos para a próxima etapa do projeto. 5.3 – TRATAMENTO DA PLACA Nesta etapa com o auxilio do perfurador fizemos os furos onde serão postos os componentes, e com o ferro de soldar realizamos as soldagens deles, conforme a imagem seguinte. Figura 5.5 Placa Soldada. 43 Com isso finalizamos a placa e partimos para a sua alimentação e coleta de resultados. Figura 5.6 Placa Final. 5.4 – RESULTADOS Após alimentada a placa com o auxílio do osciloscópio aferimos os valores de suas saídas, começando pela primeira saída do circuito. Figura 5.7 Primeira Saída da Placa. Após isso partimos para a segunda saída do circuito e registramos o valor aferido de novo. 44 Figura 5.8 Segunda Saída da Placa. Então partimos para aferição da terceira e última saída do circuito montado e registramos. Figura 5.9 Terceira Saída da Placa. 45 6 – CONCLUSÃO Após todas etapas realizadas, como a simulação a prova de conceito e a modelagem, sabíamos o que esperar como resultado de funcionamento do circuito, que de certo modo foi atendido, porém como só estavam disponíveis componentes diferentes dos que foram planejados anteriormente e as ferramentas como os componentes usados possuíam uma taxa de erro consideravelmente alta, tivemos que realizar certos ajustes. Como as medidas foram feitas em um osciloscópio, que por sua vez não conseguia exibir um valor exato e em algumas partes era incapaz de fornecer seus parâmetros de medidas, também dificultou quaisquer rearranjos. Contudo o comportamento saiu como esperado, apenas tendo alguns valores destoantes pelos motivos mencionados acima. 7 - REFERENCIAS AMARAL, Haroldo. Amplificador Operacionais. Disponível em: https://www.embarcados.com.br/amplificador-operacional/. Acesso em 11/03/2018. SINGARAM, Muthu & JAIN, Prathista. Disponível em: https://www.entrepreneur.com.br. Acesso em 16/03/2018. Multisim. Disponível em: brasil.ni.com/academia/multisim/definição. Acesso em 20/03/2018. 46 8 – ANEXOS Cronograma do Projeto
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