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UC- Saúde e Sociedade Profª Cristina Prota Profª Renata Osti Profª Sheila Lachtim Linha do Tempo História da Saúde Brasileira até a criação do SUS 1900- campanhismo 1923- Lei Eloy Chaves- CAPs 1932- IAPs 1942- I conferência de saúde e a Criação SESP 1953- Criação do ministério da saúde 1965- criação do INPS 1977- Lei 6229- SINPAS (INAMPS+INPS+IAPAS) 1978- declaração de Alma Ata 1982- AIS- ações integradas de saúde- PAISM 1986- VII conferência de saúde 1987- SUDS 1988- constituição federal - SUS Linha do Tempo: História da Saúde Brasileira após criação do SUS 1990- lei 8080 1991- criação comissão intergestores tripartite 1993- NOB 93 1996- NOB 96 1999- PEC 29 2002- NOAS 2006- Pacto pela saúde História da saúde no Brasil 1923- Lei Eloy Chaves- criação das CAPs Caixas de aposentadorias e pensões; Benefícios de aposentadorias e pensões, prestação de serviços como consultas médicas e fornecimento de medicação; Receita era formada por 3% do salário do trabalhador+ 1% da renda bruta da empresa (bipartite) Direito de alguns trabalhadores- começou com os empregados dos minérios de ferro... Ferroviários; Não era obrigatório. História da saúde no Brasil 1932- IAPs- Institutos de Assistência Previdenciária; Revolução de 30; Unificação das CAPs por categorias profissionais; Contribuição tripartide (Estado, empregador e empregado); História da saúde no Brasil 1942- I Conferência de Saúde e criação SESP Tema: Situação sanitária e assistencial dos estados. a) Organização sanitária estadual e municipal; b)Ampliação e sistematização das campanhas contre lepra e tuberculose; c)Determinação para o desenvolvimento dos serviços básicos sanitários; d)Plano de desenvolvimento da obra nacional de proteção a maternidade, infância e juventude; Link da conferência de saúde: http://www.conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/relatorio_1.pdf SESP- serviços especiais de saúde publica- ficou encarregado de sanear a Amazônia, populações ribeirinhas, campanhas de vacinação etc História da saúde no Brasil 1965- INPS- Instituto nacional previdência social; financiamento tripartide; Unificação das categorias e nivelamento dos benefícios; 7 História as saúde do Brasil 1977- lei 6229- SIMNPAS INAMPS (Instituto Nacional assistência médica da previdência social) Características urbanas; Financiamento tripartite; Contratação dos serviços médicos e hospitalares; Pagamento por procedimento; História da saúde no Brasil Conseqüência do INAMPS- Predominância do modelo biomédico, hospitalocêntrico; Fraudes na assistência; Muitas pessoas sem assistência médica; Em 29/01/1985, a Polícia Federal denunciou um esquema trilionário de fraudes no INAMPS, com mais de 30 hospitais envolvidos no golpe, entre os 179 hospitais conveniados. A operação revelou que a fraude tinha uma rede de outros estabelecimentos hospitalares e rendeu Cr$ 1,5 trilhão (moeda antiga). A revista Veja revelou, em 13/03/1985, na reportagem “INAMPS - uma rede de intrigas”, que uma quadrilha de fraudes grampeava telefones para obter informações sigilosas. De acordo com as investigações da PF, o juiz Laurindo Minhoto Neves, da 3ª Vara Federal de São Paulo, decretou a prisão preventiva de cinco pessoas do Hospital Matarazzo envolvidas nas falcatruas. O advogado paulista Nelcy Nazzarin, defensor de 7 hospitais acusados de roubar a Previdência, divulgou 3 fitas com o conteúdo das conversas telefônicas mantidas pelo coronel de reserva, Tomaz Camanho Neto, ex-superintendente do INAMPS em São Paulo, afastado do cargo em 1982, sob suspeita de envolvimentos com criminosos que estavam lesando a Previdência. Uma das conversas gravadas era com o médico João Ramuno, secretário de planejamento do Instituto na gestão de Camanho Neto e perito designado pelo ministro da Previdência Social, Jarbas Passarinho, para trabalhar com a polícia na apuração das fraudes. Mas a polícia já sabia que o médico passava informações à Camanho Neto. Além das informações privilegiadas à quadrilha, as fraudes iam desde adulteração do procedimento médico, emissão fraudulenta de internação hospitalar, dupla ou tripla internação para um único doente internado, como consultas inexistentes. Mas cerca de 90% das fraudes era nos boletins de atendimento de urgência; além de dados alterados de cerca de 300 mil aposentados no campo – na época eram pagos 1.700 milhões de benefícios aos aposentados no campo, mas quando os dados foram atualizados havia 1.400 milhões de aposentados, uma grande diferença. Foi também descoberto que havia uma cidade só de aposentados, na Vila da Lagoa da Vaca, município de Surubim, a 124 km, de Recife/PE. Todos os moradores eram aposentados graças a fraudes apadrinhadas por políticos locais. História da saúde no Brasil Declaração de Alma Ata Conceitua saúde Desigualdades econômicas; Desenvolvimento econômico aliado ao desenvolvimento social; Direito ao planejamento da saúde; Importância dos cuidados primários em saúde; Saúde para todos os povos até o ano 2000. http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2011/07/Declara%C3%A7%C3%A3o-Alma-Ata.pdf História da saúde no Brasil Movimento da Reforma Sanitária Inspirada no modelo italiano; 2 importantes instituições de divulgação- CEBES-centro brasileiro de estudos em saúde (1976) e a ABRASCO associação brasileira de pós graduação em saúde coletiva (1979); Começam a criar algumas propostas para racionalização da saúde, dos gastos e universalização do sistema; História da saúde no Brasil AIH- autorização internação hospitalar; AIS- Ações Integradas em Saúde; Privilegia práticas do modelo biomédico; Prevê atenção primária como porta de entrada; Melhorar a cobertura no campo; Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento do Nordeste (PIASS-1976), o Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (PREV-SAÚDE-1980), Programa Atenção Integral Saúde da Mulher (PAISM-1984) . Descentralizado; Incorporação do planejamento na área da saúde; Bases para discussões na VII conferência de saúde. História da saúde no Brasil VIII conferência nacional de saúde (1986) Presidente da conferência- profº Sergio Arouca; Participação de 4000 pessoas, sendo 1000 delegados; Modificar o conceito de saúde e transcender apenas ao setor saúde; Sistema nacional de saúde estatizado (imediatamente ou progressivamente); Separar previdência e a saúde; Financiamento necessidade de maiores discussões; História da saúde no Brasil Temas Saúde como direito; Reformulação do sistema nacional de saúde; Financiamento do setor saúde; http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/relatorios/relatorio_8.pdf História da saúde no Brasil 1987- SUDS Principais diretrizes: universalização e equidade no acesso aos serviços de saúde; integralidade dos cuidados assistenciais; descentralização das ações de saúde; implementação de distritos sanitários; Repasse de verba do governo federal para Estados e municípios; Reforma sanitária inicio década 70 Conferência Nacional de saúde 1986 Constituição Federal 1988 Constituição cidadã SUS: na Constituição Federal Artigo 196- explicita saúde como direito e dever do Estado, que deve garantir acesso universal e igualitário às ações de promoção, proteção e recuperação da saúde; Artigo 197- define as ações e serviços de saúde como sendo de relevância pública; Artigo 198- refere que a rede do sus deve ser regionalizada e hierarquizada; Artigo 199- mantém a assistência à saúde livre a iniciativa privada, participando de forma complementar e segundo as diretrizes do sus; Artigo 200- apresenta as competências do SUS detalhando as atribuições de cada esfera de governo; Leis orgânicas da saúde- LOS Lei 8080/90 Lei 8142/90 Lei Orgânica da Saúde Lei 8080/90 – foi aprovada pelo congresso e vetada pelo poder executivo nos itens relativos ao financiamento e participação social. Lei 8142/90- recuperou alguns vetos e foi aprovada em dezembro de 1990. Lei 8080/90 Dispõe sobre a as condições para promoção, proteção erecuperação da saúde e regula as ações, organização e o funcionamento dos serviços de saúde em todo o país. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm Lei 8080/90 Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). § 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. Lei 8080/90 Titulos/Capítulos Titulo II I-Dos Objetivos e Atribuições II- Dos Princípios e Diretrizes III- Da Organização, da Direção e da Gestão IV- Da Competência e das Atribuições V- Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena VI- Do Subsistema de atendimento e internação domiciliar VII- Do Subsistema de acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós parto imediato VII- Da assistência terapêutica e da incorporação de tecnologia em saúde Lei 8080/90 Titulos III- serviços privados de assistência a saúde IV- recursos humanos V- financiamento Lei 8142/90 Dispõe sobre a participação popular e transferências intergovernamentais de recursos financeiros. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm Lei 8142/90 Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I - a Conferência de Saúde; e II - o Conselho de Saúde. Lei 8142/90 Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como: I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde; IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde. Princípios doutrinários e organizativos do SUS Universalidade- Garantia de acesso aos serviços de saúde de atenção; Equidade- assegurar ações e serviços a todos os níveis de acordo com o que o caso requeira, principio para correção das injustiças sociais; Integralidade- articulação e a prestação continua dos serviços de saúde em todos os níveis de atenção Descentralização- transferência de responsabilidade e de recursos na administração da saúde, com ênfase na municipalização. Regionalização- sistema organizado com base no território; Hierarquização- dos níveis de atenção (primária, secundária e terciaria); Participação e controle social- estimulo a participação da sociedade no sentindo da democratização da política de saúde. Competências do níveis de governo Governo federal- normatização e coordenação geral do sistema, oferecendo cooperação técnica e financeira; Governo estadual- planejamento do sistema estadual regionalizado e desenvolvimento da cooperação técnica, financeira e execução de serviços; Governo municipal- o planejamento, gestão, execução e regulação dos serviços de saúde; Normas operacionais básicas Definem as competências de cada esfera do governo e as condições necessárias para assumir as responsabilidades no sistema de saúde; Instrumento que formaliza ações do ministério de forma pactuada com os Estados e Municípios através das comissões; Definem as estratégias de implementação do sus; NOB- normas operacionais básicas NOB 91- Criação do sistema de informação hospitalar (SIH) 10% ao ano e sistema de informação ambulatorial (SIA) – unidade de cobertura ambulatorial, respeitando a população, capacidade e desempenho, estando atreladas a formação dos conselhos, fundo a fundo, elaboração de planos municipais... NOB 93 Formaliza os caminhos apontados pela IX conferência de saúde, Institui as comissões tripartite e bipartite; Cria a transferência regular e automática fundo a fundo Habilitam os municípios como gestores- incipiente, parcial e semi plena; NOB 96 Qualidade na oferta dos serviços e ações desenvolvidas no SUS em todo país; Caracterizou a responsabilidade sanitária de cada esfera do governo Aumenta o percentual de transferência regular fundo a fundo; Conceitua gestão e gerência em saúde; Reorganizar a gestão dos procedimentos de média complexidade NOB 96 Gestão plena da atenção básica- gestor municipal responde pelas ações da atenção básica; Gestão Plena do sistema municipal- gestor municipal responde por todas as ações e serviços de saúde do município incluindo ações de maior complexidade. NOB 96 PAB – piso assistencial básico- um valor definido a partir da quantidade de pessoas-per capita PAB Variável- 80% do valor do PAB fixo para ESF; 30% do valor do PAB fixo para PACS; Ampliação do programa saúde da família; NOB 96 Programação Pactuada e integrada- pactuação para definição nas CIT e CIB do teto financeiro global (estado ou município); NOB 96 Gestão Básica Não habilitados Gestão Plena Fundo Nacional de Saúde Repasse fundo a fundo+ PAB fixo+ PAB variável SAI/SUS e o SIH/SUS Repasse fundo a fundo+ teto+PAB fixo + PAB variável NOAS- normas operacional de assistência a saúde (2001/2002) Elaborar um plano diretor de regionalização Ampliar o acesso e a qualidade da atenção básica Qualificar as microrregiões na Assistência à saúde; Organizar os serviços de médias complexidades; Programar política de atenção de alta complexidade/custo no SUS NOAS- norma operacional de assistência a saúde Capacidade de gestão do SUS O processo de programação da assistência; Responsabilidade de cada nível de governo na garantia de acesso a população referenciada; O processo de controle, avaliação e regulação da assistência NOAS- norma operacional de assistência a saúde Novos critérios de habilitação dos Estados e municípios. Estados Gestão avançada do sistema Estadual Gestão plena do sistema estadual Municípios Gestão plena da atenção básica ampliada Gestão plena do sistema municipal Financiamento... Dificuldades do SUS EC 29- estados 12% PIB, municípios 15% com a saúde, governo federal variável??? EC 86/15- o orçamento da união será de acordo com a variação do PIB- 2015/2016 PIB negativo. 1,2 % da verba federal vai para parlamentares; DRU- desvinculação das receitas da união do orçamento da seguridade social (20%) Perda da CPMF em 2007