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1a Questão O advogado, na qualidade de vereador, sofre impedimento ao exercício da advocacia. Este impedido significa não poder atuar contra pessoas jurídicas de direito público, apenas em nível municipal, podendo fazê-lo a favor. atuar contra as pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos em todos os níveis, não podendo fazê-lo, também, a favor. as pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais, ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos em todos os níveis, podendo fazê-lo a favor. não poder atuar contra pessoas jurídicas de direito privado em nível municipal e estadual, podendo fazê-lo a favor. não atuar contra o poder público que o remunera, podendo fazê-lo a favor. Respondido em 03/03/2020 23:20:36 Explicação: O parlamentar, seja vereador, deputado estadual ou federal e o senador da república são impedidos de advogar contra ou a favor de toda a administração pública direta, indireta, incluindo-se as entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviços público, conforme exprime o art. 30, inciso II, do EOAB. 2a Questão Patrícia foi aprovada em concurso público e tomou posse como Procuradora do Município em que reside. Como não pretendia mais exercer a advocacia privada, mas apenas atuar como Procuradora do Município, pediu o cancelamento de sua inscrição na OAB. A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. Patrícia poderia ter pedido o licenciamento do exercício da advocacia, mas nada a impede de pedir o cancelamento de sua inscrição, caso não deseje mais exercer a advocacia privada; Patrícia agiu corretamente, pois, uma vez que os advogados públicos não podem exercer a advocacia privada, estão obrigados a requerer o cancelamento de suas inscrições. Nenhuma das alternativas anteriores Patrícia não agiu corretamente, pois deveria ter requerido apenas o licenciamento do exercício da advocacia e não o cancelamento de sua inscrição; Patrícia não agiu corretamente, pois os advogados públicos estão obrigados à inscrição na OAB para o exercício de suas atividades; Respondido em 03/03/2020 23:20:45 Explicação: De acordo com o Estatuto da Advocacia e a OAB, os advogados públicos aprovados em concurso são obrigados a manter a inscrição na entidade. A questão da obrigatoriedade é antiga. Em 2012, o desembargador Marrey Uint, da 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou capacidade postulatória a um defensor público de Araraquara, que havia cancelado sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Para Marrey Uint, a inscrição nos quadros da OAB é condição obrigatória para a atuação do defensor público. A inscrição dos Defensores Públicos nos quadros da OAB não é medida facultativa, mas condição essencial para o exercício do cargo. Outras decisões foram tomadas nesse sentido e, agora, o TRF da 3ª Região ratifica essa posição pelo julgamento nesse recurso de apelação em mandado de segurança impetrado no processo nº 0016414-67.2012.4.03.6100. 3a Questão Joana, servidora pública do Município de Goiânia/GO, sem poder de decisão sobre terceiros, em cargo meramente burocrático, concluiu o curso de Direito, tendo sido aprovada no Exame de Ordem. À luz das disposições estatutárias: poderá exercer a advocacia apenas em causa própria poderá exercer a advocacia, exceto contra o Município de Goiânia e o Estado de Goiás poderá exercer a advocacia, ficando, porém, impedida de advogar apenas contra o Município de Goiânia poderá exercer a advocacia livrimente por ser função burocrática. não poderá exercer a advocacia, pois os servidores públicos são considerados incompatíveis Respondido em 03/03/2020 23:20:53 Explicação: O fundamento legal está no art. 30, inciso I, do EOAB que trata da regra de impedimento para servidores públicos. Ela não poderá advogar contra a fazenda que a remunera. 4a Questão Cláudia, advogada, inicialmente transitou pelo direito privado, com assunção de causas individuais e coletivas. Ao ser contratada por uma associação civil, deparou com questões mais pertinentes ao direito público e, por força disso, realizou novos estudos e contatou colegas mais experientes na matéria. Ao aprofundar suas relações jurídicas, também iniciou participação política na defesa de temas essenciais à cidadania. Por força disso, Cláudia foi eleita prefeita do município X em eleição bastante disputada, tendo vencido seu oponente, o também advogado Pradel, por apenas cem votos. Eleita e empossada, motivada pelo sentido conciliatório, convidou seu antigo oponente para ocupar cargo em comissão na Secretaria Municipal de Fazenda. A partir da hipótese apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a opção correta. O secretário municipal pode atuar em pleitos contra o Estado federado. A prefeita exerce função incompatível com a advocacia. A prefeita deve pedir autorização para exercer a advocacia. O secretário municipal pode atuar em ações contra o município. Respondido em 03/03/2020 23:21:02 Explicação: O fundamento está no art. 28, inciso I, EOAB. 5a Questão Com relação à incompatibilidade para o exercício da advocacia, e CORRETO afirmar que ela: d) determina a proibição do exercício da advocacia apenas contra a fazenda publica que remunere o advogado. b) e a proibição total do exercício da advocacia, permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-la temporariamente c) determina a proibição do exercício da advocacia apenas contra alguns determinados entes públicos. a) determina a proibição parcial do exercício da advocacia. Respondido em 03/03/2020 23:21:10 Explicação: Conforme dispõe o artigo 27 do referido diploma legal, a incompatibilidade determina a proibição total para o exercício da advocacia, enquanto que o impedimento, a proibição parcial. Por proibição total compreende-se que, ainda que em causa própria, quem exerce determinadas atividades está impossibilitado de exercer qualquer atividade privativa de advogado. Já por proibição parcial compreende-se que há possibilidade de exercer as atividades típicas e legais da profissão, observadas as exceções, in verbis: Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia. O artigo 28 do EAOAB traz um rol taxativo das atividades incompatíveis com a advocacia, uma vez que se trata de uma norma restritiva de direitos que proíbe o exercício de uma profissão. Vale ressaltar que tanto as incompatibilidades quanto os impedimentos derivam da situação pessoal em que se encontre aquele que pretende ser advogado - nos casos de incompatibilidade ou impedimentos prévios à inscrição-, ou do que já ostenta a condição de advogado, nos casos de incompatibilidade ou impedimentos supervenientes à inscrição. 6a Questão Alice, advogada regularmente inscrita na OAB, foi aprovada em concurso público de provas e títulos e posteriormente empossada no cargo de Fiscal de Receitas Aleatórias da Secretaria de Assuntos da Mulher do município X. Objetivando sanar dúvida acerca da possibilidade de continuar exercendo a advocacia, Alice peticionou ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) solicitando esclarecimentos, pois pretendia manter a inscrição perante a OAB e, eventualmente, patrocinar algumas causas. Com base nos estudos sobre incompatibilidades e impedimentos, marque a opção correta: Caso seja verificada a incompatibilidade definitiva, Alice deverá renunciar aos poderes que lhe foram outorgados em causas em desfavor da Fazenda que a remunera. Alice deverá descrever detalhadamente a função exercida para que o TED possa avaliar se existe incompatibilidade ou impedimento já que a denominação da função nunca é suficiente para esse fim. Caso seja verificada situação de impedimento, Alice deverá requerero licenciamento dos quadros da OAB. A situação de incompatibilidade ou de impedimento iniciou-se no momento da homologação do resultado do concurso. Se verificada incompatibilidade definitiva, Alice deverá comunicar a OAB para que proceda ao cancelamento da inscrição. Respondido em 03/03/2020 23:21:22 Explicação: Previsto no art. 11 do Estatuto da Advocacia e da OAB, o cancelamento da inscrição do advogado pode ocorrer em cinco situações. O dispositivo legal traz um rol taxativo, no qual, o fato incidindo no disposto, dará causa ao cancelamento, in verbis: Art. 11. Cancela- se a inscrição do profissional que:I ¿ assim o requerer; II ¿ sofrer penalidade de exclusão; III ¿ falecer; IV ¿ passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; V ¿ perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. Qualquer advogado tem a faculdade de manter-se ou não inscrito. Trata-se, na verdade, de regulamentação do dispositivo constitucional que garante a liberdade de associação, prevista no art. 5º, inciso XX da Constituição Federal de 1988 e, por isso, o profissional que requerer o cancelamento, por quaisquer motivos, sejam de cunho profissional ou pessoal, deverá ter seu requerimento deferido 7a Questão Um advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ e que estava exercendo a advocacia, foi eleito vereador e tomou posse, ocupando atualmente o cargo de 2º Secretário da Câmara de Vereadores. Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta acerca da situação daquele advogado junto à OAB-RJ e quanto ao exercício da advocacia. Terá sua inscrição na OAB-RJ cancelada e, conseqüentemente, não poderá mais exercer a advocacia, salvo se fizer nova inscrição na OAB. Será licenciado pela OAB-RJ e, consequentemente, não poderá exercer a advocacia durante o tempo em que ocupar a função Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, ficando, porém, impedido de advogar contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público. Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, ficando, porém, impedido de advogar contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito privado e pessoas naturais. Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo a advocacia, proibido de advogar apenas na justiça estadual Respondido em 03/03/2020 23:21:36 Explicação: A incompatibilidade significa a proibição total ao exercicio da advocacia. Quando é temporária enseja a licença da profissão. Na forma do art. 28, incisos e art. 12 e seus incisos, ambos do EOAB. 8a Questão O Advogado Mauro Martins, inscrito na OAB-RJ, após ser nomeado e empossado no cargo de Oficial do 9º Ofício do Registro Geral de Imóveis do Rio de Janeiro, continuou funcionando como advogado num processo de inventário em que vinha trabalhando desde o seu início. Pergunta-se: Como você classifica os atos praticados por Mauro Martins naquele processo, após sua posse como Oficial do 9º RGI? São atos válidos, porque a OAB-RJ não promoveu o cancelamento da inscrição de Mauro Martins São atos anuláveis São atos nulos São atos válidos, porque não se trata de uma causa contra a Fazenda Pública que remunera Mauro Martins Respondido em 03/03/2020 23:21:45 Explicação: "Art. 4º. São nulos os atos privados de advogados praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. Parágrafo único. São também nulos ou praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia." Portanto, a nulidade dos atos de advocacia será sempre de causa formal, guardando direta relação com a situação jurídica da inscrição do indivíduo junto à OAB, assim entendida como requisito legal para o direito de exercer a advocacia, e também com as proibições circunstanciais do exercício da profissão, impostas ao advogado pelo Estatuto da Advocacia. Assim, para construção dessa doutrina das nulidades dos atos de advocacia, observei que existem dois tipos de nulidades, que assim denominei: a) nulidade de fator originário; b) nulidade de fator circunstancial; No caso da nulidade de fator originário, a pessoa que pratica atos de advocacia não é sequer inscrita nos quadros da OAB. Por essa razão, não detém a qualidade de advogado (ainda que seja bacharel em ciências jurídicas), sendo nulos todos os atos privativos de advocacia que tenha praticado. A nulidade de fator originário está prevista no caput do art. 4º do Estatuto da Advocacia, in verbis:"São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas." Já no caso da nulidade de fator circunstancial, a pessoa que pratica atos de advocacia deveras é inscrita nos quadros da OAB, porém seu direito de exercer a profissão sofre limitações, que podem ser parciais (quando houver impedimento) ou totais (nas hipóteses de licença, suspensão ou incompatibilidade). javascript:abre_colabore('38403','182334478','3652379098');
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