Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo – Código de ética do Psicólogo Mar/2020 Definições do código de ética Estabelece padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procurar fomentar a autorreflexão acerca de sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas consequências no exercício profissional. É o terceiro Código de Ética a ser formulado no Brasil, responde ao momento do país e ao estágio de desenvolvimento da psicologia, enquanto campo científico e profissional. Surgiu por uma necessidade de atender ao contexto institucional legal do país, marcadamente a partir da promulgação da Constituição Cidadã, em 1988 e das legislações decorrentes. A expectativa é que o Código de Ética seja um instrumento capaz: a.Delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do psicólogo; b. Oferecer diretrizes para a sua formação; c. Balizar o julgamento das suas ações; d. Contribuindo para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão. Princípios Fundamentais I. Trabalho baseado no respeito, promoção da liberdade, dignidade, igualdade e integridade humana. II. Visar à promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas e coletividades. a. Contribuir para a eliminação de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. III. Atuar com responsabilidade social. IV. Realizar contínuo aprimoramento profissional. V. Promover a universalização do acesso às informações à população. VI. Zelar para que a profissão seja efetuada com dignidade. VII. Posicionar-se de forma crítica acerca das relações de poder nos contextos de atuação. Deveres do psicólogo (art. 1º) a. Conhecer, divulgar e cumprir o código; b. Assumir atividades para as quais esteja capacitado; c. Prestar serviços de qualidade, utilizando conhecimento e técnicas fundamentadas; d. Prestar serviços em situações de calamidades públicas, sem visar benefício; e. Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do usuário; f. Fornecer informações concernentes ao trabalho a ser realizado e o seu objetivo; g. Transmitir resultados decorrentes da prestação de serviços somente o que for necessário ao usuário; h. Orientar sobre os encaminhamentos apropriados e fornecer os documentos pertinentes; i. Zelar pelo material privativo do psicólogo, quanto a sua aquisição, doação, guarda, e divulgação; j. Ter respeito e solidariedade com o trabalho de outros profissionais; k. Sugerir serviços de outros psicólogo sempre que não puder dar continuidade, fornecendo informações necessárias; l. Levar ao conhecimento o exercício ilegal da profissão; Vedações (art.2º) a.Práticas coniventes com negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão; b. Induzir convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou qualquer preconceito; c. Utilizar o uso do conhecimento como instrumento de castigo, tortura ou qualquer violência; d. Cumplicidade no exercício ilegal da profissão; e. Ser conivente com faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais; f. Vincular serviços ou título de psicólogo com procedimento e técnicas não regulamentados; g. Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-científica; h. Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas; i. Induzir pessoa ou organização a recorrer a seus serviços; j. Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro uma relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado; k. Ser perito, avaliador ou parecerista em situações em que seu vínculo pessoal ou profissional possa afetar a qualidade da avaliação; l. Desviar serviços de uma instituição da qual tenha vínculo para serviço particular ou outra instituição; m. Prestar serviços a organizações concorrentes que possam resultar em prejuízo nas partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas; n. Prolongar de forma desnecessária a prestação de serviços; o. Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens além dos honorários contratados; p. Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços; q. Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados em meios de comunicação, de forma a expor o usuário. Ingresso em uma organização (art. 3º) O psicólogo ao ingressar em uma organização considerará as práticas nela vigentes; se houver incompatibilidade recusar-se a prestar o serviço (art. 3º) Remuneração (art. 4º) a. Levará em conta as condições do usuário; b. Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e comunicará ao usuário antes do início do trabalho; c. Assegurará qualidade dos serviços independente do valor acordado. Greves ou paralisações (art. 5º) O psicólogo deverá garantir que: a. As atividades de emergência não sejam interrompidas; b. Haja prévia comunicação aos usuários; Relacionamento com profissionais não psicólogos (art.6º) a. Encaminhará demandas que extrapolem seu campo de atuação; b. Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial, assinalando a responsabilidade de quem as receber, de preservar o sigilo. Intervenção na prestação de serviços de outro profissional (art. 7º) a. A pedido do profissional responsável; b. Em caso de emergência ou risco do beneficiário, dando imediata ciência ao profissional; c. Interrupção voluntária e definitiva de qualquer uma das partes; d. Quando se tratar de equipe multiprofissional e fizer parte da metodologia adotada. Atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito (art.8º) Obter uma autorização de um dos responsáveis. No caso de não apresentar um responsável legal atendimento será efetuado e comunicado às autoridades competentes Será responsabilizado pelos encaminhamentos que forem necessários à proteção integral do atendido. Sigilo profissional (art. 9º) Respeitar o sigilo profissional proteção da intimidade do usuário Conflito entre art. 9º e princípios fundamentais poderá haver a quebra do sigilo. busca do menor prejuízo. (art. 10) Requisitado a depor em juízo (art. 11) Poderá prestar informações, considerando o previsto no código. Atividades em equipe multiprofissionals (art. 12) Registrará apenas informações necessárias nos documentos. Atendimento à criança, adolescente ou interdito (art. 13) Deve ser comunicado aos responsáveis estritamente o essencial. Interrupção do trabalho (art. 15) Zelar pelo destino de seus arquivos confidenciais. Na realização de estudos, pesquisas e produção de conhecimento (art. 16) a. Avaliar os riscos envolvidos; b. Garantir o caráter voluntário da participação dos envolvidos; c. Garantir o anonimato dos envolvidos; d. Garantir o acesso aos resultados da pesquisa. Demais instruções Exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas no código. (art.17) Não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas. (art.18) em veículos de comunicação zelará pelo conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão. (art.19) Publicidade de seus serviços: a. Informará seu nome completo, CRP e número de registro; b. Fará referência apenas a títulos profissionais e qualificações que possua; c. Divulgará somente qualificações, atividades, técnicas e práticas regulamentadas; d. Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda; e. Não fará previsão taxativa dos resultados; f. Não fará autopromoção em detrimento de outros profissionais; g. Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias profissionais; h. Não fará divulgaçãosensacionalista das atividades profissionais. Transgressões ao código Infração disciplinar. Aplicação das seguintes penalidades: a. Advertência; b. Multa; c. Censura pública; d. Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia; e. Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.
Compartilhar