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CURSO PREPARATÓRIO PARA 1ª FASE DA OAB (XXVIII EXAME) 
Professor: Thiago Peres | Matéria: Direitos Humanos 
 
Curso Proordem – Unidade Goiânia |(62) 3932 0765 - 3087 2536 | www.proordem.com.br 
1- Introdução aos Direitos Humanos 
Os "direitos humanos" ou os "direitos fundamentais" formam o centro mais valioso 
dos direitos e se relacionam a vida, a liberdade, a propriedade, a segurança e a igualdade, com 
todos os seus desdobramentos. 
A expressão "direitos humanos" é utilizada pela Filosofia do Direito e ainda pelo Direito 
Internacional Público e Privado. Já os "direitos fundamentais" seriam os direitos humanos 
positivados em um sistema constitucional, analisados sob o enfoque do direito interno. 
"Direito", em sua acepção clássica, seria a disposição meramente declaratória que 
imprime existência legal ao direito reconhecido. É a proteção ao bem, ao interesse tutelado pela 
norma jurídica. 
As "garantias", por sua vez, traduzem-se no direito dos cidadãos de exigir dos poderes 
públicos a proteção de seus direitos. Servem para assegurar os direitos através da limitação do 
poder, possuindo caráter instrumental, atuando como mecanismos prestacionais na tutela dos 
direitos. 
 
2- Características dos Direitos Humanos: 
a) Relatividade 
Os direitos fundamentais não são absolutos, pois podem ser relativizados diante de 
situações em conflito. 
b) Complementariedade 
Os direitos fundamentais não são analisados sob o prisma isolado, pois estão numa 
relação de complementariedade, ou seja, os direitos sociais reforçam os direitos individuais, os 
direitos difusos ampliam as garantias para a tutela coletiva e é nessa simbiose que eles devem 
ser compreendidos e respeitados. 
c) Indisponibilidade 
Como não possuem natureza econômico-financeira, o núcleo dos direitos 
fundamentais não poderá ser transacionado por inteiro, ainda que alguns aspectos concretos 
dos direitos fundamentais possam ser eventualmente passíveis de negociação, como nos 
contratos de reality show, por exemplo. 
d) Imprescritibilidade 
Os direitos fundamentais não estão sujeitos ao decurso do tempo, por isso se diz que 
são imprescritíveis. 
e) Universalidade 
Esta característica está em harmonia com o envolvimento dos países com a 
comunidade jurídica internacional depois da 2ª Guerra Mundial de uma maneira muito 
contundente e pode ser analisada sob dois enfoques. 
Inicialmente, a titularidade devera proteger o maior número de destinatários, sem 
preconceitos de raça, cor, sexo, idade, nacionalidade ou condição social. 
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CURSO PREPARATÓRIO PARA 1ª FASE DA OAB (XXVIII EXAME) 
Professor: Thiago Peres | Matéria: Direitos Humanos 
 
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Em segundo lugar, podemos falar na relativização do próprio conceito de soberania 
estatal, em prol da soberania do indivíduo. 
f) Irrenunciabilidade 
Não há possibilidade de alguém renunciar ao núcleo do seu direito fundamental, 
esvaziando-o por completo. 
Com isso o Estado estaria protegendo o indivíduo contra si mesmo, por exemplo, o 
Brasil garante a todos o direito fundamental a vida, mas não o direito a morte, proibindo a 
eutanásia. 
g) Historicidade 
Os direitos fundamentais não têm natureza definitiva, pois continuam sendo 
construídos ao longo da história e estão em constante processo de modificação. 
h) Abstratos 
Como os direitos fundamentais são do homem e não apenas de franceses ou ingleses, 
são abstratos. 
 
3- Gerações ou dimensões de direitos: 
A) Direitos de primeira geração 
Os direitos defendidos nessa geração cuidam da proteção das liberdades públicas, civis 
e direitos políticos. Nesta fase, o Estado teria um dever de prestação negativa, isto e, um dever 
de nada fazer, a não ser respeitar as liberdades do homem. 
Surge em 1215 na Magna Carta do Rei João Sem Terra. 
Seriam exemplos desses direitos: a vida, a liberdade de locomoção, a liberdade de 
opinião, a liberdade de expressão, a propriedade, ao voto, ao devido processo legal. 
 
b) Direitos de segunda dimensão 
Sob a inspiração principal da Constituição Mexicana de 1917, da Constituição da 
Alemanha de 1919 e do Tratado de Versalhes, de 1919, pelo qual se definiram as condições de 
paz entre os Aliados e a Alemanha e a criação da Organização Internacional do Trabalho - a OIT- 
nasce a denominada segunda dimensão de direitos fundamentais, que traz proteção aos direitos 
sociais, econômicos e culturais. 
Nesse diapasão, seriam exemplos clássicos desses direitos: o direito a saúde, ao 
trabalho, a assistência social, a educação e o direito dos trabalhadores. 
 
 
 
 
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c) Direitos de terceira dimensão 
Marcada pelo espirito de fraternidade ou solidariedade entre os povos com o fim da 
Segunda Guerra Mundial, em 1945, a terceira geração representa a evolução dos direitos 
fundamentais para alcançar e proteger aqueles direitos decorrentes de uma sociedade já 
modernamente organizada, que se encontra envolvida em relações de diversas naturezas, 
especialmente aquelas relativas a industrialização e densa urbanização. 
Nesta perspectiva, são exemplos desses direitos: direito ao desenvolvimento, o direito 
a paz, o direito a comunicação, o direito à autodeterminação entre os povos e o direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado. 
 
4- Principais Diplomas Normativos dos Direitos Humanos: 
I - A Magna Carta, Inglaterra – 1215 
Lança as bases do Tribunal do Júri, bem como o do paralelismo necessário entre delitos 
e penas. Respeito a propriedade privada contra os confiscos ou requisições decretadas 
abusivamente pelo soberano ou seus oficiais. 
Nasce o princípio do devido processo legal, ao estabelecer que os homens livres devem 
ser julgados pelos seus pares e de acordo com a lei da terra. 
Estabelece a liberdade de ingresso e saída do pais, bem como a livre locomoção dentro 
de suas fronteiras. 
 
II- Lei de Habeas Corpus (Habeas Corpus Act) - Inglaterra – 1679 
A lei surgiu para efetivar regras processuais para a defesa em juízo do direito de ir e 
vir. 
Tornou-se a matriz de todas as outras ações que vieram a ser criadas posteriormente, 
para a proteção de outras liberdades fundamentais, como o mandado de segurança, por 
exemplo. 
 
III - Declaração de Direitos (Bill of Rights)- Inglaterra – 1689 
O essencial do documento consistiu na instituição da separação de poderes, com a 
declaração de que o Parlamento e um órgão precipuamente encarregado de defender os súditos 
perante o Rei e cujo funcionamento não pode, pois, ficar sujeito ao arbítrio deste. 
Também fortaleceu a instituição do Júri, o direito de petição e a proibição de penas 
inusitadas ou cruéis. 
 
IV- A Declaração de Direitos Americana: A Declaração de Direitos de Virginia (1776) 
Foi o primeiro documento político que reconheceu, a par da legitimidade da soberania 
popular, a existência de direitos inerentes a todo ser humano independentemente das 
diferenças de sexo, raça, religião, cultura ou posição social. 
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Expressou os fundamentos do regime democrático ao reconhecer os direitos inatos de 
toda pessoa humana que não podiam ser alienados ou suprimidos por uma decisão política e 
ainda destacou a importância da soberania popular. 
Defendeu igualdade perante a lei e a liberdade de imprensa como um dos grandes 
baluartes da liberdade. 
 
V- A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) 
Defendeu as liberdades individuais.No campo penal, o princípio da legalidade e o da anterioridade da pena foram 
consagrados. Garantiu a propriedade privada contra expropriações abusivas. 
 
VI- A Convenção de Genebra – 1864 
Inaugura o direito humanitário, que veio a ser desenvolvido no século seguinte após 
as guerras mundiais. 
Serviu como base para a criação, em 1880, da Comissão Internacional da Cruz 
Vermelha, mundialmente conhecida. 
 
VII- A Constituição Mexicana – 1917 
Garantias para as liberdades individuais e políticas; Expansão do Sistema de educação 
pública; Reforma agrária; Proteção do trabalho assalariado. 
A primeira Constituição a atribuir aos direitos trabalhistas a qualidade de direitos 
fundamentais. 
 
VIII- A Constituição Alemã (Weimar) – 1919 
Instituiu a primeira república alemã; Igualdade jurídica entre marido e mulher. 
Equiparou os filhos ilegítimos aos legítimos com relação a política social do Estado. 
Protegeu a família e a juventude. 
Protegeu a educação pública e aos direitos trabalhistas e previdenciários. 
 
IX- A Carta das Nações Unidas 
A Carta das Nações Unidas foi assinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945, após 
o término da Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, entrando em 
vigor a 24 de outubro daquele mesmo ano. O Estatuto da Corte Internacional de Justiça faz parte 
integrante da Carta. 
 
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X- A Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos documentos básicos das 
Nações Unidas e foi assinada em 10 de dezembro de 1948. Nela, são enumerados os direitos 
que todos os seres humanos possuem. 
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados 
de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espirito de fraternidade." 
 
XI- Os Pactos Internacionais de Direitos Humanos – 1966 
Em 16 de dezembro de 1966, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou dois 
pactos internacionais de direitos humanos que desenvolvera, pormenorizadamente o conteúdo 
da Declaração Universal de 1948: Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e Pacto 
Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 
O Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos consagra o direito à 
autodeterminação dos povos. Assenta o princípio da igualdade essencial de todos os seres 
humanos, e não admite regressões com relação aos direitos fundamentais. Veda a tortura, 
penas cruéis, aos tratamentos desumanos ou degradantes e a escravidão. Consagra o princípio 
do livre acesso ao Poder Judiciário, e reconhece o direito de reunião. Criou o Comitê de Direitos 
Humanos. 
Por outro lado, o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais 
traz proteção das classes ou grupos sociais desfavorecidos contra a dominação socioeconômica 
exercida pela minoria rica e poderosa. Protege o trabalho e a previdência social. Direito a 
moradia, a saúde. Entretanto, não criou nenhum órgão de fiscalização e controle. 
 
XII - A Convenção Americana de Direitos Humanos – 1969 
Aprovada na Conferência de São Jose da Costa Rica em 22 de novembro de 1969, a 
Convenção reproduz a maior parte das declarações de direitos constantes do Pacto 
Internacional de Direitos Civis e Políticos. 
Protege o direito à vida desde o momento da concepção. Prisão Civil apenas ao 
devedor de alimentos. Liberdade de atividade empresarial em matéria de imprensa, rádio e 
televisão. Defesa do direito ao nome. Vedação a todas as formas de exploração do homem pelo 
homem. 
 
XIII- O Estatuto do Tribunal Penal Internacional (Tratado de Roma) - 1998 
Será estudado no capítulo abaixo! 
 
 
 
 
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5- Sistema Internacional de Proteção aos Direitos Humanos 
O movimento de internacionalização dos direitos humanos constitui um movimento 
extremamente recente na história, surgindo, a partir do pós-guerra, como resposta as 
atrocidades e aos horrores cometidos durante o nazismo. 
A era Hitler foi marcada pela lógica da destruição e da descartabilidade da pessoa 
humana, que resultou no extermínio de milhões de pessoas. 
Se a 2ª Guerra significou a ruptura com os direitos humanos, o Pós-guerra deveria 
significar a sua reconstrução. 
Em 10 de dezembro de 1948, foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, como marco maior do processo de reconstrução dos direitos humanos. Introduz ela 
a concepção contemporânea de direitos humanos, caracterizada pela universalidade e 
indivisibilidade destes direitos 
Esta concepção inovadora aponta a duas importantes consequências: 
1ª) a revisão da noção tradicional de soberania absoluta do Estado, que passa a sofrer 
um processo de relativização, na medida em que são admitidas intervenções no plano nacional 
em prol da proteção dos direitos humanos; isto é, permitem-se formas de monitoramento e 
responsabilização internacional, quando os direitos humanos forem violados; 
2ª) a cristalização da ideia de que o indivíduo deve ter direitos protegidos na esfera 
internacional, na condição de sujeito de Direito. 
O processo de universalização dos direitos humanos permitiu, por sua vez, a formação 
de um sistema normativo internacional de proteção destes direitos. 
Neste contexto surge ao lado do sistema normativo global, o sistema normativo 
regional de proteção, que busca internacionalizar os direitos humanos no plano regional, 
particularmente na Europa, América e África. Consolida-se, assim, a convivência do sistema 
global (integrado pelos instrumentos das Nações Unidas) com instrumentos do sistema regional, 
por sua vez, integrado pelo sistema americano, europeu e africano de proteção aos direitos 
humanos. 
Adotando o valor da primazia da pessoa humana, estes sistemas se complementam, 
interagindo com o sistema nacional de proteção, a fim de proporcionar a maior efetividade 
possível na tutela e promoção de direitos fundamentais. 
Enfatize-se, contudo, que a ação internacional e sempre uma ação suplementar, 
constituindo uma garantia adicional de proteção dos direitos humanos. 
 
I- Organização das Nações Unidas 
A Organização das Nações Unidas é uma instituição internacional formada por 193 
Estados soberanos, fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a segurança no 
mundo, fomentar relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores 
padrões de vida e direitos humanos. 
Os membros são unidos em torno da Carta da ONU, um tratado internacional que 
enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional. 
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As Nações Unidas são constituídas por seis órgãos principais: a Assembleia Geral, o 
Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal 
Internacional de Justiça e o Secretariado. 
Todos eles estão situados na sede da ONU, em Nova York, com exceção do Tribunal, 
que fica em Haia, na Holanda. 
Órgãos da ONU: 
a) A Assembleia Geral 
A Assembleia Geral da ONU é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que todos os 
Estados-Membros da Organização (193 países) se reúnem para discutir os assuntos que afetam 
a vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm direito a um 
voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros.Assuntos em pauta: paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de 
orçamento, desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos, etc. 
As resoluções - votadas e aprovadas – da Assembleia Geral funcionam como 
recomendações e não são obrigatórias. 
As principais funções da Assembleia são: 
- Discutir e fazer recomendações sobre todos os assuntos em pauta na ONU; 
- Discutir questões ligadas a conflitos militares - com exceção daqueles na pauta do 
Conselho de Segurança; 
- Discutir formas e meios para melhorar as condições de vida das crianças, dos jovens 
e das mulheres; 
- Discutir assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável, meio ambiente e direitos 
humanos; 
- Decidir as contribuições dos Estados-Membros e como estas contribuições devem ser 
gastas; 
- Eleger os novos Secretários-Gerais da Organização. 
 
b) O Conselho de Segurança 
O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela paz e segurança 
internacional. Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o direito a veto 
– Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Franga e China - e dez membros não-permanentes, 
eleitos pela Assembleia Geral por dois anos. 
Este e o único órgão da ONU que tem poder decisório, isto e, todos os membros das 
Nações Unidas devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho. 
 
 
 
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c) O Conselho Econômico e Social 
O Conselho Econômico e Social (ECOSOC) é o órgão coordenador do trabalho 
econômico e social da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes 
do Sistema das Nações Unidas. O Conselho formula recomendações e inicia atividades 
relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos 
naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do 
crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais. 
 
d) O Conselho de Tutela 
Segundo a Carta, cabia ao Conselho de Tutela a supervisão da administração dos 
territórios sob regime de tutela internacional. As principais metas desse regime de tutela 
consistiam em promover o progresso dos habitantes dos territórios e desenvolver condições 
para a progressiva independência e estabelecimento de um governo próprio. 
Os objetivos do Conselho de Tutela foram tão amplamente atingidos que os territórios 
inicialmente sob esse regime - em sua maioria países da África - alcançaram, ao longo dos 
últimos anos, sua independência. Tanto assim que em 19 de novembro de 1994, o Conselho de 
Tutela suspendeu suas atividades, após quase meio século de luta em favor da 
autodeterminação dos povos. 
A decisão foi tomada após o encerramento do acordo de tutela sobre o território de 
Palau, no Pacífico. Palau, último território do mundo que ainda era tutelado pela ONU, tornou-
se então um Estado soberano, membro das Nações Unidas. 
 
e) A Corte Internacional de Justiça 
A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão 
judiciário das Nações Unidas. 
Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte - que é parte da Carta das Nações 
Unidas - podem recorrer a ela. Somente países, nunca indivíduos, podem pedir pareceres a Corte 
Internacional de Justiça. 
Além disso, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança podem solicitar a Corte 
pareceres sobre quaisquer questões jurídicas, assim como os outros órgãos das Nações Unidas. 
A Corte Internacional de Justiça se compõe de quinze juízes chamados "membros" da 
Corte. São eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em escrutínios 
separados. 
 
f) O Secretariado 
O Secretariado presta serviço a outros órgãos das Nações Unidas e administra os 
programas e políticas que elaboram. 
Seu chefe é o Secretário-geral, que é nomeado pela Assembleia Geral, seguindo 
recomendação do Conselho de Segurança. Cerca de 16 mil pessoas trabalham para o 
Secretariado nos mais diversos lugares do mundo. 
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Ligados a ONU há organismos especializados que trabalham em áreas tão diversas 
como saúde, agricultura, aviação civil, meteorologia e trabalho - por exemplo: OMS 
(Organização Mundial da Saúde), OIT (Organização Internacional do Trabalho), Banco Mundial e 
FMI (Fundo Monetário Internacional). Estes organismos especializados, juntamente com as 
Nações Unidas e outros programas e fundos (tais como o Fundo das Nações Unidas para a 
Infância, UNICEF), compõem o Sistema das Nações Unidas. 
 
II- Tribunal Penal Internacional (Tratado de Roma) – 1998 
O Estatuto incluiu na competência do Tribunal Penal apenas quatro crimes: "o crime 
de genocídio, os crimes contra a humanidade, os crimes de guerra e o crime de agressão". 
Sua criação constitui um avanço importante, pois esta é a primeira vez na história das 
relações entre Estados que se consegue obter o necessário consenso para levar a julgamento, 
por uma corte internacional permanente, políticos, chefes militares e mesmo pessoas comuns 
pela pratica de delitos da mais alta gravidade, que até agora, salvo raras exceções, tem ficado 
impunes, especialmente em razão do princípio da soberania. 
a) Crimes de genocídio: matar membros de um grupo ou comunidade étnica; provocar 
lesões a membros do mesmo grupo; submeter a maus tratos que comportam a destruição física 
total ou parcial do grupo étnico; impor medidas anticoncepcionais ou capazes de causar a 
esterilidade; transferir forçadamente grupos de crianças para um grupo diferente. 
b) Crimes contra a humanidade: homicídio; extermínio; escravidão; deportação; 
aprisionamento com violação das normas do direito internacional; torturas; estupro, escravidão 
sexual, prostituição forçada, violência sexual; perseguição de grupos ou comunidades por 
motivos políticos, raciais, culturais, religiosos; desaparecimento forçado de uma ou mais 
pessoas; apartheid; atos inumanos que provocam graves sofrimentos. 
c) Crimes de guerra: para tal definição, foram utilizados os instrumentos jurídicos de 
Direito Internacional Humanitário, em particular a Convenção de Genebra, de 12 de agosto de 
1949. 
d) Crimes de agressão: esses crimes são de natureza política por excelência. Devido a 
isso, argumenta-se que a inclusão de tais crimes no Estatuto da Corte implicaria na "politização" 
dos seus trabalhos, colocando em risco a sua independência. 
O Tribunal será integrado por 18 juízes, no mínimo, que se distribuirão por três 
Seções: a Seção de Questões Preliminares, incumbida de examinar a admissibilidade dos 
processos, a Seção de Primeira Instância, que proferirá os julgamentos, e a Seção de 
Apelações, responsável pela apreciação dos recursos. 
 
III- O Sistema Regional Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos 
O sistema interamericano de promoção dos direitos humanos teve início formal com 
a aprovação da Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem em 1948 na Colômbia. 
A Declaração Americana é um instrumento de alcance geral que integra o sistema 
interamericano, destinada a indivíduos genéricos e abstratos, estabelecendo os direitos 
essenciais da pessoa independente de ser nacional de determinado Estado, tendo como 
fundamento os atributos da pessoa humana. 
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Além da Declaração Americana, há outros instrumentos de alcance geralque fazem 
parte do sistema interamericano, como a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos ou 
"Pacto de San Jose" (1969), ratificada pelo Brasil em 25/09/92. 
O sistema interamericano também é integrado por instrumentos, tais como: a 
Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
Ao ratificar a Convenção Americana, o Brasil aceitou compulsoriamente a competência 
da Comissão para receber denúncias de casos individuais de violações de direitos humanos. 
O sistema interamericano, baseia-se, fundamentalmente, no trabalho dos dois 
órgãos citados: (a) Comissão Interamericana de Direitos Humanos e (b) Corte Interamericana 
de Direitos Humanos. 
Cada um desses órgãos está composto por sete membros, nomeados e eleitos pelos 
Estados na Assembleia Geral da OEA. 
Os membros atuam individualmente e autonomamente, isto é, sem nenhuma 
vinculação com os seus governos, e também não representam o país de sua nacionalidade. 
A Comissão e a Corte atuam de acordo com as faculdades que lhes foram outorgadas 
por distintos instrumentos legais, no decorrer da evolução do sistema interamericano. Apesar 
das especificidades de cada órgão, em linhas gerais os dois supervisionam o cumprimento, por 
parte dos Estados, dos tratados interamericanos de direitos humanos e tem competência para 
receber denúncias individuais de violação desses tratados. 
A Comissão é o primeiro órgão a tomar conhecimento de uma denúncia individual, 
e só em uma segunda etapa a própria Comissão poderá levar a denúncia perante a Corte. 
Como o Brasil só reconheceu a jurisdição contenciosa da Corte em 10 de dezembro de 1998, só 
podem ser apresentadas a ela denúncias de violações ocorridas após essa data. 
Porém, a Comissão pode receber denúncias de violações anteriores, isso porque sua 
competência se estende a análise de violações da Declaração Americana (1948) e da Convenção 
Americana desde a ratificação pelo Brasil em novembro de 1992. 
Os membros da Comissão serão eleitos por quatro anos e só poderão ser reeleitos uma 
vez. Não pode fazer parte da Comissão mais de um nacional de um mesmo pais. 
Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental legalmente 
reconhecida em um ou mais Estados-membros da Organização, pode apresentar a Comissão 
petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado-
parte. 
Para que uma petição ou comunicação apresentada de acordo com os artigos 44 ou 
45 seja admitida pela Comissão, será necessário: 
- que hajam sido interpostos e esgotados os recursos da jurisdição interna, de acordo 
com os princípios de Direito Internacional geralmente reconhecidos; 
- que seja apresentada dentro do prazo de seis meses, a partir da data em que o 
presumido prejudicado em seus direitos tenha sido notificado da decisão definitiva; 
- que a matéria da petição ou comunicação não esteja pendente de outro processo de 
solução internacional; 
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- que, no caso do artigo 44, a petição contenha o nome, a nacionalidade, a profissão, 
o domicilio e a assinatura da pessoa ou pessoas ou do representante legal da entidade que 
submeter a petição. 
ATENÇÃO: Não serão aplicadas as regras acima previstas se: 
- não existir, na legislação interna do Estado de que se tratar, o devido processo legal 
para a proteção do direito ou direitos que se alegue tenham sido violados; 
- não se houver permitido ao presumido prejudicado em seus direitos o acesso aos 
recursos da jurisdição interna, ou houver sido ele impedido de esgotá-los; 
- houver demora injustificada na decisão sobre os mencionados recursos. 
O processo termina na Comissão com: 
(a) arquivamento (ausência de provas do alegado); 
(b) acordo; 
(c) reconhecimento de violação de um direito (previsto na Convenção Americana) pelo 
Estado. Nesta última hipótese há a publicação de um relatório ou essa publicação e ação perante 
a Corte. 
A Corte Interamericana cumpre duas espécies de funções: (a) contenciosa (quando há 
conflito) e (b) consultiva (preventiva). É uma instancia judicial autônoma. A fase prévia de todo 
processo desenrola-se perante a Comissão. 
É impossível contenciosamente ir direto a Corte. O procedimento dentro da Corte esta 
regido pela Convenção, pelo seu regulamento, assim como pela sua jurisprudência. 
O procedimento na Comissão tem sua fase de conciliação. Quando infrutífera vem a 
fase de produção de provas e de decisão. Qualquer pessoa pode se dirigir a Comissão 
(independentemente de advogado). 
A Corte compor-se-á de sete juízes, nacionais dos Estados-membros da Organização, 
eleitos a título pessoal dentre juristas da mais alta autoridade moral, de reconhecida 
competência em matéria de direitos humanos, que reúnam as condições requeridas para o 
exercício das mais elevadas funções judiciais, de acordo com a lei do Estado do qual sejam 
nacionais, ou do Estado que os propuser como candidatos. Não deve haver dois juízes da mesma 
nacionalidade. 
Os juízes da Corte serão eleitos, em votação secreta e pelo voto da maioria absoluta 
dos Estados-partes na Convenção, na Assembleia Geral da Organização, a partir de uma lista de 
candidatos propostos pelos mesmos Estados. 
Os juízes da Corte serão eleitos por um período de seis anos e só poderão ser reeleitos 
uma vez. 
O procedimento perante a Corte é civil (não penal). Apesar disso, há decisões da Corte 
que interferem diretamente na Justiça criminal, como por exemplo: quando a Corte anula um 
processo por violação do devido processo legal. 
A decisão da Corte é inafastável e inapelável, podendo a vítima brasileira executar a 
decisão perante a Justiça Federal. 
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6- O Brasil e os Direitos Humanos 
Dentre vários diplomas de Direitos Humanos, a OAB vem cobrando com mais 
frequência: 
I- Comissão da Verdade 
Foi criada pela Lei nº 12.528/2011. O colegiado foi constituído a fim de apurar as 
denúncias de violações de direitos humanos entre 1946 e 1988, período que abrange o regime 
militar. 
Durante os últimos anos, foram colhidos 1.120 depoimentos - 132 de agentes militares 
-, produzidos 21 laudos periciais e realizadas 80 audiências públicas em 15 Estados. 
No período de funcionamento da comissão, houve sete diligências em Minas Gerais, 
Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. 
Tem a finalidade de efetivar o direito a memória e a verdade histórica e promover a 
reconciliação nacional. 
A indicação dos responsáveis não implicará responsabilização jurídica dos acusados, já 
que a Comissão da Verdade não tem poder para puni-los. 
O relatório faz recomendações ao governo, entre as quais a de que os apontados como 
responsáveis de cometer crimes contra a humanidade respondam na Justiça e a do 
reconhecimento pelas Forças Armadas da sua responsabilidade pelas violações de direitos 
humanos. 
 
II- CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS 
Foi criado pela lei n° 12.986, de 02 de junho de 2014. 
Transformou o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana em Conselho 
Nacional dos Direitos Humanos – CNDH. 
O CNDH tem por finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos, mediante 
ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça 
ou violação desses direitos. 
Constituem direitos humanos sob a proteção do CNDH os direitos e garantias 
fundamentais, individuais, coletivos ou sociais previstos na Constituição Federal ou nos tratados 
e atos internacionais celebrados pela República Federativa do Brasil. 
 
III- O direito internacionaldos refugiados 
Os motivos que normalmente levam uma pessoa a migrar de seu país são de muitas 
ordens: políticas, econômicas e sociais. Esses imigrantes estão à procura de uma melhor 
condição de vida, onde seus direitos sejam respeitados. 
São denominadas de refugiadas as pessoas que se asilam em território distinto 
daquele que pertence ao seu País. 
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A lei brasileira n° 9.474 de 1997 amplia ainda mais o conceito de refugiado, vez que 
não impõe condições especificas, em seu artigo 1, inciso III, "devido a grave e generalizada 
violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu pais de nacionalidade para buscar refúgio 
em outro pais" 
 
“Questões Direitos Humanos” 
“Teoria Geral dos Direitos Humanos” 
1- (Exame XII) O processo histórico de afirmação dos direitos humanos foi inscrito em 
importantes documentos, tais como a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do 
Cidadão de 1789 ou mesmo a Constituição Mexicana de 1917. Desse processo é possível 
inferir que os Direitos Humanos são constituídos por, ao menos, duas dimensões 
interdependentes e indivisíveis. São elas: 
A) Direitos Naturais e Direitos Positivos. 
B) Direitos Civis e Direitos Políticos. 
C) Direitos Civis e Políticos e Direitos Econômicos e Sociais. 
D) Direito Público e Direito Privado. 
 
2- (Exame XI) Em 11 de abril de 2011 passou a vigorar na França uma lei que proíbe o uso, nos 
espaços públicos, da burca e do niqab, véus que cobrem totalmente os rostos das mulheres 
e que, para algumas correntes da cultura muçulmana, são de uso obrigatório. Essa situação 
se insere no polêmico debate acerca da universalidade ou da relatividade cultural dos 
direitos humanos. Em relação a esse debate, assinale a afirmativa correta. 
A) Os defensores do relativismo cultural são a favor da lei uma vez que ela, ao proibir o 
uso da burca e do niqab, permite a livre manifestação de todas as religiões. 
B) Os defensores da universalidade dos direitos humanos são a favor da lei com o argumento 
de que todas as culturas devem preservar a igualdade entre os sexos e a burca e o niqab são 
instrumentos de opressão da mulher. 
C) Os defensores do relativismo cultural são contra a lei porque ela viola o princípio 
básico de que os direitos humanos se aplicam igualmente a todas as culturas. 
D) Os defensores da universalidade dos direitos humanos são contra a lei, alegando que ela 
viola o direito à liberdade religiosa. 
 
“Princípios dos Direitos Humanos” 
1- (Exame XIII) A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi responsabilizada por 
fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Ministério Público do Trabalho 
(MPT) pela submissão de 179 trabalhadores a condições análogas às de escravos, em Belo 
Horizonte. Esse fato gravíssimo comprova, na prática, violação de um princípio crucial acerca 
dos Direitos Humanos. Assinale a opção que expressa esse princípio. 
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A) O princípio do relativismo cultural determina que o trabalho forçado seja combatido 
apenas nos países onde a legislação defina tal conduta como ilícita. 
B) O princípio da razoabilidade, pois não é razoável que pessoas sejam submetidas ao 
trabalho na condição análoga à de escravo. 
C) O princípio do direito humanitário, pois o trabalho na condição análoga à de escravo é 
desumano. 
D) O princípio da indivisibilidade dos direitos humanos, pois o trabalho na condição análoga 
à de escravo viola a um só tempo os direitos civis e políticos e os direitos econômicos e 
sociais. 
 
“Dos Direitos Humanos Fundamentais na Constituição Federal” 
1- (Exame XIV) A história recente da república brasileira conta com capítulos autoritários e 
violentos. Para restituir o direito à memória e cessar a violência do silêncio e da 
desinformação, o Estado brasileiro aprovou a Lei n. 12.528/11 que instituiu, no âmbito da 
Casa Civil da Presidência da República, a Comissão Nacional da Verdade, como forma de 
realizar, no Brasil, a Justiça de Transição. Assinale a opção que apresenta o objetivo dessa 
Comissão. 
A) Investigar as atividades praticadas por grupos de oposição ao governo, no período de 1946 
até 1988, para apurar as responsabilidades civis e criminais de seus militantes em eventuais 
atos ilegais. 
B) Promover uma avaliação e revisão da anistia no Brasil para, ao final, propor uma PEC que 
modifique e adeque o Art. 8º, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, que 
trata, justamente, da anistia. 
C) Examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 
1988, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica, bem como promover a 
reconciliação nacional. 
D) Examinar e esclarecer ocorrência de crimes praticados entre 1946 e 1988 que não 
tenham sido resolvidos à época, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica, 
bem como promover a reconciliação nacional. 
 
2- (Exame XIV) Em maio de 1996, o Brasil instituiu seu primeiro Programa Nacional de 
Direitos Humanos (PNDH 1). Na Introdução do PNDH 2, adotado em maio de 2002, vem 
escrito o seguinte: “Entre as principais medidas legislativas que resultaram de proposições 
do PNDH figuram... a transferência da justiça militar para a justiça comum dos crimes 
dolosos contra a vida praticados por policiais militares (Lei 9.299/96), que permitiu o 
indiciamento e o julgamento de policiais militares em casos de múltiplas e graves violações 
como os do Carandiru, Corumbiara e Eldorado dos Carajás; a tipificação do crime de tortura 
(Lei 9.455/97), que constituiu marco referencial para o combate a essa prática criminosa no 
Brasil; e a construção da proposta de reforma do Poder Judiciário, na qual se inclui, entre 
outras medidas destinadas a agilizar o processamento dos responsáveis por violações, a 
chamada ‘federalização’ dos crimes de direitos humanos.” Em relação ao último ponto 
descrito, é correto dizer que a federalização contra os crimes de direitos humanos pode 
ocorrer apenas no seguinte caso: 
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A) havendo indício de violação de direitos humanos previstos na legislação nacional ou nos 
tratados internacionais. 
B) havendo grave violação de direitos humanos previstos nos tratados internacionais de 
direitos humanos dos quais o Brasil seja parte. 
C) havendo violação das leis protetivas dos direitos humanos, tais quais as leis citadas na 
Introdução do PNDH 2. 
D) havendo grave violação dos direitos humanos previstos na Constituição Federal 
 
3- (Exame XI) “Ninguém poderá ser detido, preso ou despojado dos seus bens, costumes 
e liberdades, senão em virtude de julgamento de seus pares, segundo as leis do país.” O texto 
transcrito é um trecho da Magna Carta, proclamada na Inglaterra, no ano de 1215. Esse 
importante documento é apontado como um marco na afirmação histórica dos direitos 
humanos, dentre outras razões, porqueA) consolida os direitos civis e políticos e os econômicos e sociais. 
B) é origem daquilo que na modernidade ficou conhecido como devido processo legal. 
C) representa um marco jurídico político que estabeleceu uma nova ordem social na 
Inglaterra, tendo sido respeitada por todos os governos seguintes. 
D) institui e oficializa o direito ao habeas corpus. 
 
4- (Exame X) A Assembleia Constituinte de 1988 reservou texto expresso para elevar os 
Direitos Humanos ao patamar de princípio fundamental não só no território nacional, como 
também nas relações internacionais. Além de valorizar a independência do país no cenário 
internacional, consagrou a proteção dos interesses do ser humano. Considerando o texto 
constitucional do Estado-parte e a Convenção Americana de Direitos Humanos, as 
afirmativas a seguir estão corretas, à exceção de uma. Assinale-a. 
A) Proibição de propaganda a favor da guerra e repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
B) Proteção judicial mesmo quando a violação de direitos fundamentais for cometida por 
pessoa atuando em função oficial. 
C) Direito de retificação ou de resposta, que eximirão das outras responsabilidades legais. 
D) Concessão de asilo político em delitos políticos ou comuns, conexos com delitos políticos. 
 
5- (Exame V) As Constituições brasileiras se mostraram com avanços e retrocessos em 
relação aos direitos humanos. A esse respeito assinale a alternativa correta. 
(A) A Constituição de 1946 apresentou diversos retrocessos em relação aos direitos 
humanos, principalmente no tocante aos direitos sociais. 
(B) A Constituição de 1967 consolidou arbitrariedades decretadas nos Atos Institucionais, 
caracterizando diversos retrocessos em relação aos direitos humanos. 
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(C) A Constituição de 1934 se revelou retrógrada ao ignorar normas de proteção social ao 
trabalhador. 
(D) A Constituição de 1969, mesmo incorporando as medidas dos Atos Institucionais, se 
revelou mais atenta aos direitos humanos que a Constituição de 1967. 
 
6- (Exame XVI) Como é sabido, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos estabelece 
em seu Art. 25 que todo cidadão terá o direito e a possibilidade de votar e de ser eleito em 
eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário e por voto 
secreto, que garantam a manifestação da vontade dos eleitores. Segundo informação da 
Agência Brasil (Empresa Brasileira de Comunicação), o Brasil possuía, em 2014, cerca de 230 
mil presos provisórios. Em relação a tais presos, assinale a afirmativa correta. 
A) A despeito do Pacto supramencionado, eles não possuem direito ao voto, por estarem em 
situação de encarceramento, o que enseja perda da condição de cidadão. 
B) Tais presos provisórios têm direito ao voto apenas se manifestarem expressamente o 
interesse em votar e forem previamente cadastrados pelo TRE. 
C) Todos aqueles que estão privados de liberdade por ato legal do Estado perdem seus direitos 
políticos, não podendo, portanto, votar e nem se candidatar. 
D) Presos provisórios têm o direito de votar em seções eleitorais especiais devidamente 
instaladas em estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes. 
 
7- (Exame XVII) A Lei nº 12.986/14 transformou o antigo Conselho de Defesa dos Direitos da 
Pessoa Humana – CDDPH – em Conselho Nacional dos Direitos Humanos – CNDH. A respeito 
da finalidade desse Conselho, de acordo com a lei mencionada, assinale a afirmativa correta. 
A) Deve apresentar as demandas brasileiras relativas aos direitos humanos junto aos organismos 
internacionais e multilaterais de proteção dos Direitos Humanos. 
B) Deve representar o Estado brasileiro em todas as notificações que este venha a receber em 
função de procedimentos, como parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ou de 
processos movidos contra o Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
C) Deve elaborar um projeto nacional de Educação para os Direitos Humanos. 
D) Deve promover e defender os direitos humanos mediante ações preventivas, protetivas, 
reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou da violação desses direitos. 
 
8- (Exame XVIII) O STJ decidiu, no dia 10/12/2014, que uma causa relativa à violação de 
Direitos Humanos deve passar da Justiça Estadual para a Justiça Federal, configurando o 
chamado Incidente de Deslocamento de Competência. A causa trata do desaparecimento de 
três moradores de rua e da suspeita de tortura contra um quarto indivíduo. Desde a 
promulgação da Emenda 45, em 2004, essa é a terceira vez que o STJ admite o Incidente de 
Deslocamento de Competência. De acordo com o que está expressamente previsto na 
Constituição Federal, a finalidade desse Incidente é o de 
A) garantir o direito de acesso à Justiça. 
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B) assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de Direitos 
Humanos dos quais o Brasil seja parte. 
C) combater a morosidade de órgãos da Administração Pública e do Poder Judiciário. 
D) combater a corrupção em entes públicos dos Estados e do Distrito Federal. 
 
9- (Exame XIX) Você, na condição de advogado, foi procurado por um travesti que é servidor 
público federal. Na verdade, ele adota o nome social de Joana, embora, no assento de 
nascimento, o seu nome de registro seja João. Ele gostaria de ser identificado no trabalho 
pelo nome social e que, assim, o nome social constasse em coisas básicas, como o 
cadastro de dados, o correio eletrônico e o crachá. Sob o ponto de vista jurídico, em 
relação à orientação a ser dada ao solicitante, assinale a afirmativa correta. 
A) A Constituição Federal até prevê a promoção do bem sem qualquer forma de discriminação, 
mas não existe nenhuma norma específica que ampare a pretensão do solicitante. 
B) Não apenas a Constituição está orientada para a ideia de promoção do bem sem 
discriminação, como a demanda pleiteada pelo solicitante encontra amparo em norma 
infraconstitucional. 
C) O solicitante possui esse direito, pois assim está previsto na Convenção das Nações 
Unidas para os Direitos LGBT. 
D) Ainda que compreenda a demanda do solicitante, ele não possui o direito de ser 
identificado pelo nome social no trabalho, uma vez que é um homem que se traveste de 
mulher. 
 
10- (Exame XX) Considere o seguinte caso: Em um Estado do norte do Brasil está havendo 
uma disputa que envolve a exploração de recursos naturais em terras indígenas. Esta 
disputa envolve diferentes comunidades indígenas e uma mineradora privada. Como 
advogado que atua na área dos Direitos Humanos, foi lhe solicitado elaborar um parecer. 
Nesse caso, é imprescindível se ter em conta a Convenção 169 da OIT, que foi ratificada pelo 
Brasil, em 2002. De acordo com o Art. 2º desta Convenção, os governos deverão assumir 
a responsabilidade de desenvolver, com a participação dos povos interessados, uma ação 
coordenada e sistemática com vistas a proteger os direitos desses povos e a garantir o 
respeito pela sua integridade. Levando-se em consideração esta Convenção e em relação ao 
que se refere aos recursos naturais eventualmente existentes em terras indígenas, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Os povos indígenasque ocupam terras onde haja a exploração de suas riquezas minerais 
e do subsolo têm direito ao recebimento de parte dos recursos auferidos, mas não 
possuem direito a participar da utilização, administração e conservação dos recursos 
mencionados. 
B) Em caso de a propriedade dos minérios ou dos recursos do subsolo pertencer ao Estado, o 
governo deverá estabelecer ou manter consultas dos povos interessados, a fim de 
determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados, antes de empreender ou 
autorizar qualquer programa de prospecção ou exploração dos recursos existentes. 
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C) A exploração de riquezas minerais e do subsolo em terras ocupadas por povos indígenas é 
aceitável e prescinde de consulta prévia desde que se cumpram os seguintes requisitos: 
preservação da identidade cultural dos povos ocupantes da terra, pagamento de royalties em 
função dos transtornos causados e autorização por meio de decreto legislativo. 
D) Em nenhuma hipótese pode haver a exploração de riquezas minerais e do subsolo em 
terras ocupadas por populações indígenas. 
 
11- (Exame XX) João e Maria são casados e ambos são deficientes visuais. Enquanto João 
possui visão subnormal (incapacidade de enxergar com clareza suficiente para contar os 
dedos da mão a uma distância de 3 metros), Maria possui cegueira total. O casal tentou se 
habilitar ao processo de adoção de uma criança, mas foi informado no Fórum local que 
não teriam o perfil de pais adotantes, em função da deficiência visual, uma vez que isso 
seria um obstáculo para a criação de um futuro filho. Diante desse caso, assinale a opção 
que melhor define juridicamente a situação. 
A) A informação obtida no Fórum local está errada e o casal, a despeito da deficiência visual, 
pode exercer o direito à adoção em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, 
conforme previsão expressa na legislação pátria. 
B) A informação prestada no Fórum está imprecisa. Embora não haja previsão legal 
expressa que assegure o direito à adoção em igualdade de oportunidades pela pessoa 
com deficiência, é possível defender e postular tal direito com base nos princípios 
constitucionais. 
C) Conforme previsto no Art. 149 do Estatuto da Criança e do Adolescente, cabe ao juiz 
disciplinar, por meio de Portaria, os critérios de habilitação dos pretendentes à adoção. 
Assim, se no Fórum foi dito que o casal não pode se habilitar em função da deficiência é 
porque a Portaria do Juiz assim definiu, sendo esta válida nos termos do artigo citado do ECA. 
D) Como não há nenhuma previsão expressa na legislação sobre adoção em igualdade de 
oportunidades por pessoas com deficiência e os princípios constitucionais não possuem 
densidade normativa para regulamentar tal caso, deve-se reconhecer a lacuna da lei e 
raciocinar com base em analogia, costumes e princípios gerais do direito, conforme 
determina o Art. 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
 
12- (Exame XXI) Você, na condição de advogado(a) comprometido com os Direitos 
Humanos, foi procurado por José, que é paraplégico e candidato a vereador. A partir de 
denúncia feita por ele, você constatou que um outro candidato e desafeto de José, tem 
afirmado, em programa de rádio local, que não obstante José ser boa pessoa, o fato de ser 
deficiente o impede de exercer o mandato de forma plena, razão pela qual ele nem deveria 
ter a candidatura homologada pelo TRE. Com base na hipótese apresentada, assinale a 
opção que apresenta a resposta que, juridicamente, melhor caracteriza a situação. 
A) O problema é político e não jurídico. José deve ser aconselhado a reforçar sua 
campanha, a apresentar suas propostas aos eleitores e mostrar que sempre foi um cidadão 
ativo, de maneira a demonstrar que tem plena condição para o exercício de um eventual 
mandato, apesar de sua deficiência. 
 
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B) A análise jurídica revela um problema restrito ao campo do Direito Civil. O fato é que o 
desafeto de José não o impediu de candidatar-se, assim não houve discriminação. O 
procedimento deve ser caracterizado apenas como dano moral, uma vez que José teve sua 
dignidade atacada. 
C) O fato evidencia crime de incitação à discriminação de pessoa em razão de deficiência, 
com o agravante de ter sido cometido em meio de comunicação, independentemente da 
caracterização ou não de dano moral. 
D) O caso é típico de colisão de princípios em que, de um lado, está o princípio da dignidade 
da pessoa humana e, do outro, o princípio da liberdade de expressão. Mas não há caracterização 
de ilícito civil nem de ilícito penal. 
 
13- (Exame XXI) Maria é aluna do sexto período do curso de Direito. Por convicção 
filosófica e política se afirma feminista e é reconhecida como militante de movimentos que 
denunciam o machismo e afirmam o feminismo como ideologia de gênero. Após um 
confronto de ideias com um professor em sala de aula e de chamá-lo de machista, 
Maria é colocada pelo professor para fora de sala e, posteriormente, o mesmo não lhe 
dá a oportunidade de fazer a vista de sua prova para um eventual pedido de revisão da 
correção, o que é um direito previsto no regimento da instituição de ensino. Em função do 
exposto, e com base na Constituição da República, assinale a afirmativa correta. 
A) Maria foi privada de um direito por motivo de convicção filosófica ou política e, 
portanto, as autoridades competentes da instituição de ensino devem assegurar a ela o 
direito de ter vista de prova e, se for o caso, de pedir a revisão da correção. 
B) Houve um debate livre e legítimo em sala de aula e a postura do professor pode ser 
considerada "dura", mas não implicou nenhum tipo de violação de direito de Maria. 
C) Embora tenha havido um debate acerca de uma questão que envolve convicção 
filosófica ou política, não houve privação de direito já que a vista de prova e o eventual 
pedido de revisão da correção está contido apenas no regimento da instituição de ensino 
e não na legislação pátria. 
D) A solução do impasse instaurado entre a aluna e o professor somente pode acontecer 
mediante o diálogo entre as duas partes, em que cada um considere seus eventuais 
excessos, uma vez que o que houve foi um mero desentendimento e não uma violação de 
direito por convicção filosófica ou política. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14- (Exame XXII) O país foi tomado por uma onda de manifestações sociais, que produzem 
grave e iminente instabilidade institucional, de modo que a Presidência da República 
decretou, e o Congresso Nacional aprovou, o estado de defesa no Brasil. Nesse período, você 
é procurado(a), como advogado(a), para atuar na causa em que um casal relata que seu filho, 
João da Silva, de 21 anos, encontra-se desaparecidohá cinco dias, desde que foi detido 
para investigação policial. Os órgãos de segurança afirmam não ter informações acerca do 
paradeiro dele, embora admitam que ele foi interrogado pela polícia. Ao questionar o 
procedimento de interrogatório e buscar mais informações sobre o paradeiro de João da 
Silva junto à Corregedoria da Polícia, você é lembrado de que o país encontra-se sob 
estado de defesa, existindo, nesse caso, restrição a vários direitos fundamentais. Sobre a 
hipótese apresentada, com base na Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento 
Forçado de Pessoas, assinale a afirmativa correta. 
A) A Convenção proíbe que os Estados-Partes decretem qualquer tipo de estado de 
emergência, incluindo aí o estado de defesa ou o estado de sítio, de forma a evitar a gravíssima 
violação dos direitos humanos, como é o desaparecimento forçado de João da Silva. 
B) O caso de João da Silva ainda não pode ser considerado desaparecimento forçado, 
porque a Convenção afirma que o prazo para que o desaparecimento forçado seja 
caracterizado como tal deve ser de pelo menos dez dias, desde a falta de informação ou 
a recusa a reconhecer a privação de liberdade pelos agentes do Estado. 
C) O Conselho de Defesa Nacional deliberou que, mesmo no estado de defesa, as autoridades 
judiciárias competentes devem ter livre e imediato acesso a todo centro de detenção e às 
suas dependências, bem como a todo lugar onde houver motivo para crer que se possa 
encontrar a pessoa desaparecida. 
D) O Brasil, como Estado-Parte da Convenção, comprometeu-se a não praticar, nem permitir, 
nem tolerar o desaparecimento forçado de pessoas, nem mesmo durante os estados de 
emergência, exceção ou de suspensão de garantias individuais. 
 
15- (Exame XXXIII) Você advoga na Procuradoria Geral do Estado em que reside. Em uma tarde, 
recebe um telefonema urgente do diretor da Penitenciária Anhanguera, que deseja fazer uma 
consulta de viva voz. Diz o diretor que está com duas pessoas identificadas como membros do 
Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) e que elas estão requerendo 
acesso imediato às instalações da penitenciária, onde pretendem gravar entrevistas com 
alguns presos. Também estão solicitando acesso aos registros relativos ao tratamento 
conferido aos presos. Com base nas normas de funcionamento do Mecanismo Nacional de 
Prevenção e Combate à Tortura, cabe a você informar corretamente ao diretor que 
A) os membros do MNPCT não possuem direito de acesso às penitenciárias, devendo a visita ser 
tratada previamente com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do 
Estado. 
B) tanto o acesso à penitenciária quanto o acesso aos registros relativos ao tratamento conferido 
aos presos, depende de autorização judiciária expedida pelo juiz da Vara de Execução Penal da 
Comarca onde fica a Penitenciária. 
C) o acesso dos membros do MNPCT às instalações da penitenciária deve ser liberado, mas a 
gravação de entrevistas e o acesso aos registros relativos ao tratamento conferido aos presos 
devem ser negados. 
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D) o acesso às instalações da penitenciária aos membros do MNPCT deve ser liberado, bem 
como fornecidos os registros solicitados e permitida a gravação das entrevistas com os presos. 
 
16- (Exame XXIV) Você, como advogada(o) que atua na defesa dos Direitos Humanos, foi 
chamada(o) para atuar em um caso em que há uma disputa pela terra entre produtores rurais 
e uma comunidade quilombola. Você sabe que, de acordo com o Decreto nº 4.887/03 do 
Governo Federal, “consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, os grupos 
étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados 
de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a 
resistência à opressão histórica sofrida”. Em relação a essas pessoas remanescentes de 
quilombos, é correto dizer que a Constituição Federal de 1988 
A) assegura o direito às suas tradições, mas não garante a propriedade da terra ocupada por 
elas. 
B) prevê o direito à consulta aos quilombolas sempre que houver proposta oficial de exploração 
de riquezas minerais de suas terras. 
C) afirma o direito à posse da terra quando ocupada de boa-fé por esses grupos. 
D) reconhece a propriedade definitiva das terras que estejam ocupando, cabendo ao Estado a 
emissão dos títulos respectivos. 
 
17- (Exame XXV) O governo federal autorizou uma mineradora a prospectar a exploração dos 
recursos existentes nas terras indígenas. Numerosas instituições da sociedade civil contratam 
você para, na condição de advogado, atuar em defesa da comunidade indígena. Tendo em 
vista tal fato, além do que determina a Convenção 169 da OIT Sobre Povos Indígenas e Tribais, 
assinale a afirmativa correta. 
A) O governo deverá estabelecer ou manter procedimentos com vistas a consultar os povos 
indígenas interessados, a fim de determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados 
e em que medida, antes de empreender ou autorizar qualquer programa de prospecção ou 
exploração dos recursos existentes em suas terras. 
B) A prospecção e a exploração dos recursos naturais em terras indígenas pode ocorrer 
independentemente da autorização e da participação dos povos indígenas nesse processo, 
desde que haja uma indenização por eventuais danos causados em decorrência dessa 
exploração. 
C) A prospecção e a exploração das riquezas naturais em terras indígenas podem ocorrer mesmo 
sem a participação ou o consentimento dos povos indígenas afetados. No entanto, esses povos 
têm direito a receber a metade do valor obtido como lucro líquido resultante dessa exploração. 
D) Se a propriedade dos minérios ou dos recursos do subsolo existentes na terra indígena 
pertencerem ao Estado, o governo não está juridicamente obrigado a consultar os povos 
interessados. Nesse caso, restaria apenas a mobilização política como estratégia de 
convencimento. 
 
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18- (Exame XXVI) No estado em que você reside há cerca de quinze anos, cinco homens foram 
assassinados por tiros disparados por pessoas encapuzadas. Houve uma alteração da cena do 
crime, sugerindo a mesma forma de atuação de outros assassinatos que vinham sendo 
praticados por um grupo de extermínio que contaria com a participação de policiais. Na época, 
a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos, mas concluiu pela ausência de 
elementos suficientes de autoria, encaminhando os autos ao Ministério Público, que pediu o 
arquivamento do caso. A Justiça acolheu o pedido e alegou não haver informações sobre 
autoria, motivação ou envolvimento de policiais. Segundo opinião de especialistas, a apuração 
policial do caso foi prematuramente interrompida. A Polícia Civil teria deixado de realizar 
diligências imprescindíveis à elucidação da autoria do episódio. Manter o arquivamento do 
inquérito, sem a investigação adequada, significaria ratificar a atuação institucionalmente 
violenta de agentes de segurança pública e, consequentemente, referendar grave violação de 
direitos humanos. Para a hipótese narrada, como advogado de uma instituição de direitos 
humanos, assinale a opção processual prevista pela Constituição da República. 
A) O MPF deve ingressar com ação diretamente no Supremo Tribunal Federal para assegurar o 
direito de acesso à justiça. 
B) O advogado deveapresentar pedido de avocatória no Superior Tribunal de Justiça, a fim de 
que se garanta a continuidade das investigações. 
C) O Procurador Geral da República deve suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, 
incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
D) O advogado deve ajuizar ação competente junto à Corte Interamericana de Direitos 
Humanos. 
 
19- (Exame XXVII) Maria e João são pais de uma criança deficiente que utiliza cadeira de rodas. 
O casal, de classe média, optou por matricular o filho em uma escola particular. No ato da 
matrícula, foi-lhes informado, pela administração da escola, que teriam de pagar um valor 
adicional, uma vez que haveria um trabalho extraordinário, por parte da escola, para garantir 
o acesso dessa criança com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades 
recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar. Insatisfeitos com essa informação, Maria 
e João decidiram consultar você, como advogado(a), para saber se tal cobrança seria 
legalmente aceitável e se não haveria alguma proteção específica para pessoas com 
deficiência contra esse tipo de cobrança. Diante disso, assinale a opção que apresenta a 
resposta correta a ser dada ao casal. 
A) A cobrança é aceitável e justificada, mesmo que desagrade ao casal, porque, de fato, a criança 
cadeirante precisará de atenção especial e ajuda para sua mobilidade. Nada na legislação pátria 
impede tal cobrança. A solução seria a matrícula da criança em uma escola pública. 
B) A cobrança do valor adicional na matrícula é moralmente reprovável, pois expressa um tipo 
de preconceito. Contudo, do ponto de vista estritamente legal, o caso se situa no campo da 
liberdade contratual das partes, não havendo vedação legal a tal cobrança. 
C) A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência admite esse tipo de cobrança, uma vez 
que reconhece o trabalho adicional a ser feito nas escolas, contudo prevê que as famílias 
hipossuficientes sejam isentadas dessa cobrança, sendo devido à escola uma compensação 
tributária. 
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D) A escola particular deve adotar as medidas inclusivas previstas na lei, tais como garantir o 
acesso da criança com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, 
sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas anuidades, no 
cumprimento dessas medidas 
 
20- (Exame XXVII) Você, como advogado(a), representa um Fórum de Organizações Não 
Governamentais que atua na defesa da cidadania plena para as mulheres. Segundo 
informações do Tribunal Superior Eleitoral, existe, para a próxima eleição, um percentual 
bastante reduzido de candidatas à Câmara dos Deputados, na maioria esmagadora dos 
partidos políticos. Sabendo que isso é a expressão de uma cultura machista, em que os 
partidos não estimulam a candidatura de mulheres, cabe a você explicar às organizações do 
Fórum que representa que a legislação brasileira determina que 
A) todos os partidos e coligações devem reservar ao menos 50% de suas vagas para candidaturas 
parlamentares para mulheres, sendo que, desse percentual, 30% devem ser destinadas a 
mulheres negras. 
B) cada partido ou coligação deverá reservar, das vagas para candidaturas parlamentares que 
podem ser preenchidas pelos partidos políticos, o mínimo de 30% e o máximo de 70% para 
candidaturas de cada sexo. 
C) os partidos devem registrar, no TSE, planos decenais em que são estabelecidas as estratégias 
para o aumento gradativo da participação de mulheres tanto nas vagas para candidaturas 
parlamentares quanto nas próprias instâncias partidárias. 
D) tanto os partidos quanto as coligações são livres para preencher a lista de candidaturas às 
eleições parlamentares, não havendo nenhum tipo de obrigação relativamente a uma eventual 
distribuição percentual das vagas conforme o sexo. 
 
“Dos Direitos Sociais como Direitos Humanos” 
1- (Exame XIV) Em 2014, em pelo menos 24 Estados do Brasil, estavam cadastradas mais 
de 3.500 comunidades quilombolas. As comunidades quilombolas são grupos étnico-
raciais, segundo critérios de auto atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de 
relações territoriais específicas e com ancestralidade negra relacionada com a resistência à 
opressão histórica sofrida. O constituinte brasileiro reconheceu a identidade dos 
quilombolas e, especificamente, seu direito fundamental à 
A) expressão cultural e artística. 
B) educação em escolas próprias. 
C) prática religiosa e litúrgica conforme suas tradições. 
D) propriedade definitiva das terras que estejam ocupando. 
 
 
 
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2- (Exame VIII) A Convenção sobre os Direitos da Criança estabelece que os Estados‐partes 
reconheçam a importância da função exercida pelos órgãos de comunicação social, devendo 
assegurar o acesso da criança à informação. Do mesmo modo o Estatuto da Criança e do 
Adolescente assegura que a informação é um direito da criança e do adolescente. Acerca da 
política de informação envolvendo menores, assinale a afirmativa correta. 
A) No que concerne às Medidas Específicas de Proteção, é incabível, qualquer que seja o estágio 
de compreensão da criança, prestar‐lhe informações sobre os motivos que determinam a 
intervenção, o que será informado apenas aos pais e responsáveis. 
B) Deve haver o encorajamento dos órgãos de comunicação social a levar em conta as 
necessidades linguísticas das crianças indígenas ou que pertençam a um grupo minoritário. 
C) Os proprietários das lojas que explorem a locação de fitas de programação respondem pela 
falta de informação no invólocro sobre a natureza da obra e faixa etária a que se destinam, 
isentando os funcionários e gerentes. 
D) A criança tem direito à liberdade de expressão, que compreende, inclusive, liberdade de 
procurar, receber e expandir informações e ideias, sem restrições, de forma oral ou por qualquer 
outro meio à escolha da criança. 
 
3- (Exame VIII) O Pacto de São José da Costa Rica estabelece que todas as pessoas são iguais 
perante a Lei, não se admitindo qualquer discriminação, sendo assegurada a proteção legal. 
No que tange ao direito indigenista, segundo a norma brasileira, assinale a afirmativa 
correta. 
A) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam‐se a sua posse permanente, 
cabendo‐lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos, irrelevante o 
interesse público da União, sendo nulos e não produzindo efeitos jurídicos os atos que 
tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras. 
B) Os índios e as comunidades indígenas ainda não integrados à comunhão nacional ficam 
sujeitos ao regime tutelar, mas qualquer índio poderá requerer ao juiz competente a sua 
liberação do regime tutelar, mesmo que não conheça a língua portuguesa. 
C) O Ministério Público Federal, com exclusão de qualquer outro órgão público ou privado, deve 
promover a plena assistência ao índio e a defesa judicial ou extrajudicial dos direitos dos 
silvícolas e das comunidades indígenas. 
D) Os atos praticados entre um índio não integrado e qualquer pessoa estranha à 
comunidade indígena, quando não tenha havido assistência do órgão tutelar competente, 
são nulos, salvo se o índio revelar consciência e conhecimento do ato praticado, desde que 
não lhe seja prejudicial, dianteda extensão dos seus efeitos. 
 
4- (Exame VIII) A Declaração Universal dos Direitos Humanos idealizou a figura do “ser 
humano livre”, caso fossem atendidos os elementos que criassem condições que 
permitissem que os indivíduos usufruíssem de direitos econômicos, sociais e culturais, 
além dos civis e políticos. No Brasil, a Lei n. 10.098/2003 criou mecanismos para a 
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade 
reduzida. A respeito de tais disposições legais, as afirmativas a seguir estão corretas, à 
exceção de uma. Assinale‐a. 
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A) A pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida é aquela que em caráter 
permanentemente, não temporário, tenha limitada sua capacidade de relacionar‐se com o meio 
e de utilizá‐lo. 
B) O Programa Nacional de Acessibilidade dispõe de dotação orçamentária específica a fim de 
tratar de medidas de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade 
reduzida. 
C) O Programa Nacional de Acessibilidade foi instituído no âmbito da Secretaria de Estado de 
Direitos Humanos do Ministério da Justiça. 
D) Os edifícios de uso público, em que seja obrigatória a instalação de elevadores, devem 
atender ao requisito de percurso acessível que una a edificação à via pública, exigindo‐se o 
mesmo de edifícios de uso privado. 
 
5- (Exame VII) O IBGE estima que nos próximos trinta anos a previsão é de que os idosos 
ultrapassem cinquenta milhões de pessoas, o que corresponderá a 28% da população 
brasileira. Os Direitos Humanos inerentes à população idosa no Brasil são amplamente 
reconhecidos. A Constituição Federal estabelece que a família, o Estado e toda a sociedade 
devem amparar pessoas idosas, defendendo sua dignidade e bem‐estar. Em 1994 foi criado o 
Conselho Nacional do Idoso, por meio da Lei nº. 8.842 e, atualmente, o Estatuto do Idoso 
(Lei nº. 10.741/03) contempla políticas diversas de proteção aos maiores de sessenta anos 
e estabelece, ainda, que os idosos 
A) têm direito a alimentos, mas a obrigação alimentar é subsidiária e não cabe ao idoso 
optar por quem os prestará, devendo obedecer à ordem estabelecida na lei civil. 
B) devem contar com direito à prioridade, nisso consistindo, inclusive, prioridade no 
recebimento da restituição do imposto de renda. 
C) podem ser admitidos em qualquer trabalho ou emprego, vedada, em qualquer hipótese, 
discriminação e fixação de limite máximo de idade. 
D) maiores de sessenta e cinco anos têm direito à gratuidade dos transportes coletivos 
públicos urbanos, mesmo os serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente 
aos serviços regulares. 
 
6- (Exame XIX) Você, advogado, foi procurado por Maria. Esta relatou que era funcionária de 
uma sociedade empresária e seu empregador lhe disse que ela estava cotada para uma 
promoção, mas para tanto deveria entregar um laudo comprovando que não estava grávida. 
O empregador ainda afirmou que se soubesse, por meio de laudo médico, que ela havia 
feito algum procedimento que a impedisse de ter filhos, teria a certeza de que Maria estaria 
plenamente dedicada à sociedade empresária, o que seria muito favorável a sua carreira. 
Maria terminou o relato que fez a você, informando que se negou a entregar tal laudo e 
acabou sendo demitida no mês seguinte. Você sabe que o Brasil é signatário da Convenção 
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. A conduta 
praticada pelo empregador de Maria pode ser caracterizada como 
A) ato moralmente reprovável mas plenamente lícito, uma vez que o empregador agiu na 
sua esfera de autonomia e dentro do exercício de seu direito potestativo. 
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B) violação à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra 
a Mulher, porém sem ensejar consequência jurídica de responsabilização do empregador, 
uma vez que não há nenhuma outra lei nacional que proteja a mulher trabalhadora em 
casos como esse. 
C) abuso de direito que sujeita o empregador, única e exclusivamente, ao pagamento de 
indenização pelo dano moral causado à funcionária. 
D) violação à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a 
Mulher e, também, um crime que pode acarretar ao empregador infrator multa 
administrativa e proibição de empréstimo, além de ser possível a readmissão da funcionária, 
desde que ela assim deseje. 
 
7- (Exame XXIII) João sempre agiu de forma prestativa e solidária na comunidade, ajudando 
todas as pessoas conforme suas possibilidades. Agora, os conhecidos estão revoltados porque 
ele foi abandonado pelos filhos, quando eles se tornaram adultos. Enquanto os filhos estão 
empregados, João tem dificuldades financeiras até para comprar comida. Você foi 
procurado(a) por um grupo de pessoas que buscam amparo para esse idoso. Tendo em vista 
a Constituição da República e o Estatuto do Idoso, assinale a afirmativa correta. 
A) O dever de amparo, incluindo obrigação alimentar, dá-se apenas dos pais para os filhos; 
portanto, não se pode exigir juridicamente dos filhos a prestação alimentar para os pais que 
estejam em necessidade. 
B) João pode exigir judicialmente dos filhos prestação alimentar que funcione como amparo, 
mas caso seus filhos se mantenham omissos, o Poder Judiciário ou o Ministério Público podem 
determinar medida de orientação e apoio temporários. 
C) A pensão alimentícia por parte dos filhos é exigível judicialmente, mas se houver 
inadimplência, não há nenhuma medida de proteção que o Poder Judiciário possa determinar, 
pois se trata de questão privada. 
D) Não há alternativa jurídica para o problema de João de acordo com a legislação brasileira, 
sendo a única solução possível a solidariedade de pessoas próximas e sensíveis. 
 
“Direito Internacional dos Direitos Humanos” 
1- (Exame XIII) Considere a seguinte informação jurisprudencial: “Súmula Vinculante nº 25 
do STF: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do 
depósito.” Os debates no STF que levaram à alteração de sua própria jurisprudência e à 
adoção da Súmula acima consagraram a prevalência do Pacto de São José da Costa Rica 
e de sua proibição de prisão civil (Artigo 7º, item 7, do Pacto). Assinale a opção que contém 
a tese majoritária que fundamentou a decisão do STF. 
A) A natureza supraconstitucional das Convenções de Direitos Humanos já que estas são 
universais e possuem força vinculante. 
B) A natureza constitucional das Convenções de Direitos Humanos que no Brasil decorre 
do Artigo 5º, § 2°, da Constituição de 1988. 
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C) A natureza supralegal das Convenções de Direitos Humanos que faz com que elas 
sejam hierarquicamente superiores ao código civil e ao de processo civil. 
D) A natureza de lei ordinária das Convenções de Direitos Humanos, considerando que lei 
posterior revoga lei anterior.

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