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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Atividade IV- Sociologia Organizacional Vanessa Meireles de Souza Matrícula 18113110260 De acordo com Rosângela Pereira e Sidnei Rocha, na idade média os trabalhadores se organizavam em associações denominadas Corporações de Ofício que regulamentavam e controlavam o processo produtivo artesanal nas cidades, agregavam pessoas que exerciam o mesmo ofício e eram responsáveis por determinar preços, qualidade, quantidade de produtos, margem de lucro, aprendizado e hierarquia de trabalho. Nessas corporações o domínio dos saberes estava centrado apenas em uma pessoa (mestre artesão) e a continuidade era garantida pelos seus aprendizes. Porém à medida que o capitalismo foi se consolidando, essa relação laboral foi desaparecendo. A produção artesanal começou a se opor aos interesses da burguesia comercial, pois os proprietários dos meios de produção, começaram a enxergar que o controle do trabalhador sobre a tarefa limitava a produtividade e tornava-se um empecilho ao desenvolvimento pleno das organizações. Desta forma, começaram as tentativas de controlar o processo de trabalho como forma de aumento de produção, e por consequência, a apropriação do saber do trabalhador. Nesta linha, surge o método de organização científica do trabalho proposto por Frederick Taylor, baseado no Estudo de Tempos e Movimentos elaborado pelo mesmo através de observação pessoal durante o tempo que foi aprendiz numa fábrica, de que a capacidade produtiva de um trabalhador de experiência média era sempre maior que a sua produção real na empresa. Seu estudo visava a racionalização do trabalho de forma a acabar com os tempos mortos do processo produtivo. Seu método seguia as premissas de que: A concepção, o planejamento e a gestão do funcionamento do processo de trabalho deveria ser centralizado nos gestores e nos quadros técnicos e a execução das tarefas focadas no processo de produção direta de mercadorias ficaria a cargo do operariado. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro A seleção dos trabalhadores deveria ser pautada por uma escolha científica baseada em critérios de força, disposição e responsabilidade com o trabalho e o treinamento individualizado permitiria encontrar o trabalhador mais adequado para cada função. A seleção e o treinamento adequados obteria um trabalhador mais produtivo e que poderia ser melhor remunerado por sua produção. O controle direto efetuado por supervisores sobre a execução das atividades garantiria a manutenção das atividades de acordo com as regras prescritas. Portanto, o controle é o elemento central da proposta de Taylor. Dividindo-se as tarefas de planejamento e execução, separa-se o controle da propriedade e o controle do trabalhador do processo de trabalho, reduzindo dessa forma, a utilização de suas capacidades, em termos de habilidade e perícia profissional. Henry Ford, dá prosseguimento a essa tendência de divisão social e técnica do trabalho ao introduzir a esteira rolante em sua fábrica de automóveis em Detroit, fazendo com que o ritmo de trabalho seja determinado pela cadência da máquina não sendo mais necessário que os trabalhadores interajam de forma livre e espontânea com seu saber fazer. Ford também percebeu que a produção em série com homogeneidade e uniformização dos produtos aumentaria as margens de lucro. E isso poderia ser obtido com o uso da força de trabalho em grandes quantidades e com salários que possibilitassem o acesso ao consumo em larga escala. Entretanto, nem todos recebiam os benefícios do fordismo. As desigualdades, principalmente, com relação à raça, gênero e origem étnica, que determinavam quem tinha acesso ao emprego privilegiado, causaram muitas insatisfações. Com isso, no final dos anos 60, esse modelo começou a entrar em crise. No Brasil, apenas a partir da metade dos anos 50, ocorreu a implantação do modelo fordista na organização e gestão do trabalho. Entretanto, no Brasil, o fordismo não chegou a se concretizar plenamente, ficando restrito a determinadas regiões apenas. Atualmente, o debate em torno do taylorismo e do fordismo, versam pela ruptura ou continuidade do modelo. Os defensores da ruptura afirmam que os mercados não aceitam a UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro padronização da produção característica do fordismo, exigindo produtos diferenciados de acordo com as demandas de diferentes segmentos sociais. Os defensores da continuidade, afirmam que não seria possível o rompimento com os princípios básicos, principalmente a separação entre a concepção e execução. Outros estudiosos, defendem que estamos num processo de transição do trabalho taylorista/fordista para formas mais flexíveis de relações do trabalho. Portanto, neste início do século XXI, apesar das transformações recentes, os princípios tayloristas continuam a ser total, ou parcialmente aplicados em todos os setores produtivos. Bibliografia: PEREIRA, Rosangela Maria; OLIVEIRA, Sidnei Rocha de. Taylorismo e fordismo: A racionalidade técnica na organização. Sociologia e Administração.
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