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Manual de identificação de percevejos da soja Autor: Paulo Edimar Saran Paulo Edimar Saran Manual de identificação de percevejos da soja S u a s a t i v i d a d e s p r o fi s s i o n a i s t i v e r a m i n í c i o e m 1 9 9 0 e m l a v o u r a s d e a l g o d ã o n o E s t a d o d o P a r a n á . N e s s e p e r í o d o , f o i p r e m i a d o p o r d o i s a n o s c o n s e c u t i v o s c o m o p a d r ã o e m “ M o n i t o r a m e n t o d e p r a g a s n a c u l t u r a d o a l g o d ã o ” n o E s t a d o d o P a r a n á . D e 1 9 9 4 a 2 0 0 5 , a t u o u e m a s s i s t ê n c i a t é c n i c a , p e s q u i s a , d e s e n v o l v i m e n t o d e m e r c a d o e m a r k e t i n g n o s e s t a d o s d o P a r a n á e d e S ã o P a u l o ( 1 9 9 4 a 1 9 9 7 ) , m i g r a n d o p a r a a s r e g i õ e s d e c e r r a d o , o n d e a t u o u n o s e s t a d o s d e M a t o G r o s s o , G o i á s , M a t o G r o s s o d o S u l , B a h i a e M a r a n h ã o ( 1 9 9 7 a 2 0 0 5 ) . P a u l o E d i m a r S a r a n As diversidades entre as regiões e as várias atividades realizadas foram fundamentais para o acúmulo do conhecimento técnico atual. Desde 2005, atua como consultor técnico em lavouras de algodão e soja na região oeste da Bahia, onde é proprietário da empresa Solo e Planta Consultoria Agronômica, e desenvolve treinamentos técnicos para profissionais iniciantes e reciclagem técnica para profissionais experientes nas culturas do algodão e da soja. Para a execução e o aprimoramento dos treinamentos técnicos e confecção dos manuais técnicos, acumula um acervo particular de milhares de fotos sobre os temas abordados (insetos, pragas e benéficos, doenças e fisiologia de plantas) que são renovadas constantemente. A g r a d e c i m e n t o s a o s f a m i l i a r e s A l z i r a C a t a r i n a B . S a r a n ( M ã e ) J o ã o S a r a n ( P a i ) J o ã o S a r a n ( F i l h o ) M a u r o E d s o n S a r a n ( I r m ã o - i n m e m o r i a n ) S e l m a F . d o s S a n t o s S a r a n ( E s p o s a ) Introdução .................................... 02 Apresentação ............................... 04 Períodos e épocas de ocorrência ................................ 08 Percevejo castanho ...................... 10 Percevejo verde............................ 14 Percevejo pequeno ...................... 18 Percevejo marrom ....................... 23 Percevejo asa preta ...................... 28 Percevejo barriga verde .............. 31 Registros fotográficos ................. 35 Bibliografia ................................... 35 Sumário O b s e r v a n d o a s m u d a n ç a s d e c o m p o r t a m e n t o d a s p r a g a s n o c u l t i v o d a s o j a n o s ú l t i m o s a n o s , o n d e a s p r a g a s s u g a d o r a s c o m o o s p e r c e v e j o s v ê m c r e s c e n d o d e i m p o r t â n c i a e m r e l a ç ã o à s m a s t i g a d o r a s , e x e m p l o a s l a g a r t a s , m o n t a m o s u m m a n u a l p r á t i c o d e b o l s o p a r a a u x i l i a r n a r á p i d a i d e n t i fi c a ç ã o d o s p e r c e v e j o s . P e r c e v e j o s s ã o i n s e t o s s u g a d o r e s c o m c o m p o r t a m e n t o c a r a c t e r í s t i c o e g r a n d e p o t e n c i a l d e d a n o n a c u l t u r a d a s o j a . C o m a b r a n g ê n c i a n a c i o n a l e o c o r r ê n c i a n a s p r i n c i p a i s r e g i õ e s p r o d u t o r a s d o p a í s . O c o n t r o l e q u í m i c o c o m o f e r r a m e n t a d o m a n e j o d e p r a g a s n a c u l t u r a d a s o j a é u m a d a s p r i n c i p a i s e s t r a t é g i a s c a p a z e s d e e v i t a r o u r e d u z i r o s d a n o s c a u s a d o s p e l o s p e r c e v e j o s . A c o r r e t a i d e n t i fi c a ç ã o d o s p e r c e v e j o s é m u i t o i m p o r t a n t e p a r a d e t e r m i n a r o s n í v e i s d e i n f e s t a ç ã o e a s s i m d e fi n i r a é p o c a e a p r á t i c a m a i s a d e q u a d a s p a r a o c o n t r o l e . I n t r o d u ç ã o 2 Este manual foi elaborado com o objetivo de munir técnicos, agrônomos e produtores interessados em conhecer melhor os principais pecevejos de ocorrência na soja e seus estágios de desenvolvimento. Com foco em solucões para manejo de pragas, a FMC busca contribuir com a geração de informação técnica de forma prática e acessível. Gustavo Canato Gerente de Produto Inseticidas FMC Agricultural Products 3 O s p e r c e v e j o s r e p r e s e n t a m u m d o s g r u p o s m a i s i m p o r t a n t e s d e i n s e t o s n o c i v o s à c u l t u r a d a s o j a . D e n t r e o s p e r c e v e j o s , o s d e m a i o r i m p o r t â n - c i a p e r t e n c e m à f a m í l i a p e n t a t o m i d a e q u e s u g a m o s r a m o s , h a s t e s e v a g e n s e m f o r m a ç ã o e o s g r ã o s , i n j e t a n d o t o x i n a s e i n o c u l a n d o f u n g o s q u e c a u s a m m a n c h a s , s e g u i d o s p e l o p e r c e v e j o c a s t a n h o , q u e p e r t e n c e à f a m í l i a c y d n i d a e , q u e s u g a a s r a í z e s . O s p e r c e v e j o s p e n t a t o m í d e o s q u a n d o s u g a m o s r a m o s e h a s t e s p r o v o c a m a r e t e n ç ã o f o l i a r e d i fi c u l t a m a c o l h e i t a ; q u a n d o s e a l i m e n t a m d a s v a g e n s e m f o r m a ç ã o , p r o v o c a m v a g e n s c h o c h a s e s e c a s s e m f o r m a ç ã o d e g r ã o s ; e q u a n d o a t i n g e m d i r e t a m e n t e o s g r ã o s p r o v o c a m m u r c h a m e n t o , m á - f o r m a ç ã o e m a n c h a s , a f e t a n d o a p r o d u t i v i d a d e e a q u a l i d a d e d a s s e m e n t e s . A p r e s e n t a ç ã o 4 A cada nova safra são observadas populações crescentes desses insetos, fruto de monitoramentos inadequados e de aplicações que não atingem o alvo ou são realizadas de forma indiscriminadas e que provocam a tolerância ou resistência e rápidas reinfestações dos percevejos. Tão importante quanto identificar a presença de percevejos adultos nas lavouras é conhecer seu ciclo biológico, identificando também as posturas e as fases das ninfas (composta por cinco estádios ou instares) e entender seu comportamento no ambiente em que se encontra, seja ele lavouras cultivadas ou plantas hospedeiras (involuntárias ou silvestres), que muitas vezes são as principais fontes das infestações primárias das lavouras de interesse econômico. Na soja, a colonização se inicia no final da fase vegetativa (Vn) e início da fase reprodutiva (R1 e R2) com a migração dos hospedeiros alternativos. 5 A p a r t i r d a f a s e R 3 , i n i c i a - s e a r e p r o d u ç ã o n a s l a v o u r a s e u m e x p r e s s i v o a u m e n t o d o n ú m e r o d e n i n f a s . A m a i o r s u s c e t i b i l i d a d e d a l a v o u r a a o a t a q u e d e p e r c e v e j o s p e n t a t o m í d e o s o c o r r e n a f a s e R 4 ( fi n a l d o d e s e n v o l v i m e n t o d a s v a g e n s ) e f a s e R 5 . 1 ( i n í c i o d e e n c h i m e n t o d o s g r ã o s ) , q u a n d o o c o r r e u m a u m e nt o d a s p o p u l a ç õ e s . A f a s e c r í t i c a s e e s t e n d e a t é a f a s e R 6 ( g r ã o v e r d e o u v a g e m c h e i a ) , q u a n d o o s p e r c e v e j o s a t i n g e m o p i c o p o p u l a c i o n a l , e t e n d e a d e c r e s c e r a p a r t i r d a f a s e R 7 ( i n í c i o d a m a t u r i d a d e ) . N a f a s e R 8 ( d e s f o l h a n a t u r a l ) a t é R 9 ( m a t u r i d a d e p l e n a ) o c o r r e m o a c ú m u l o d e i n s e t o s e m a l g u m a s p l a n t a s c o m a t r a s o fi s i o l ó g i c o e a d i s p e r s ã o p a r a p l a n t a s h o s p e d e i r a s a l t e r n a t i v a s . A s d i f e r e n t e s d a t a s d e p l a n t i o e n t r e a s p r o p r i e d a d e s v i z i n h a s o u o s p e r í o d o s p r o l o n g a d o s d e p l a n t i o n a m e s m a p r o p r i e d a d e t a m b é m 6 interferem na dinâmica da praga. As variedades precoces plantadas antecipadamente aos cultivos principais também antecipam as infestações de percevejos que migram para as variedades de ciclo médio ou tardio, aumentando assim o potencial de danos nas variedades plantadas posteriormente. Portanto, os amostradores técnicos de campo devem monitorar as lavouras a fim de antecipar danos e evitar prejuízos, identificando todas as fases da praga (posturas, ninfas e adultos), e vistoriar as áreas destinadas ao plantio, identificando espécies nocivas à cultura a ser plantada. Este manual busca orientar de forma simples os profissionais envolvidos no processo produtivo, responsáveis pelas amostragens nas lavouras, e recomendar formas de controle para antecipar danos, evitando prejuízos aos produtores. 7 VC V1 V3 VN V9 R1 R2 R3 R4 R5.1 R5.2 R5.3 R5.4 R5.5 R6 R7 R8 R9 V2 M igração de insetos dos hospedeiros ou de diapausa Período de colonização Período de alerta Período crítico Período de disperção Pico populacional Períodos de ocorrência de percevejos na soja Nº de percevejos 8 Cultivar de ciclo precoce Ciclo 25 - 25 dias Fase reprodutiva 120 Nº de dias Cultivar de ciclo médio 30 - 50 dias 120 a 130 Cultivar de ciclo tardio 50 - 65 dias > 130 Vegetativo Reprodutivo VC V1 V3 VN V9 R1 R2 R3 R4 R5.1 R5.2 R5.3 R5.4 R5.5 R6 R7 R8 R9V2 Variação dos períodos reprodutivos em relação aos ciclos de cultivares de soja 9 O p e r c e v e j o c a s t a n h o p a s s a p e l a s f a s e s d e o v o , n i n f a e a d u l t o e t e m h á b i t o s s u b t e r r â n e o s . É e n c o n t r a d o n o s o l o a u m a p r o f u n d i d a d e d e 2 0 a 4 0 c m , v a r i a n d o n o s p e r í o d o s c h u v o s o s e d e e s t i a g e n s . O s a d u l t o s s ã o d e c o r c a s t a n h a e m e d e m a p r o x i m a d a m e n t e 0 , 8 m m d e c o m p r i m e n t o . A s n i n f a s s ã o d e c o r b r a n c a e d e t a m a n h o v a r i á v e l , i n f e r i o r e s a 0 , 8 m m . A r e p r o d u ç ã o é s e x u a d a e a d i s p e r s ã o d o s a d u l t o s o c o r r e a t r a v é s d e r e v o a d a s . O p e r c e v e j o c a s t a n h o p o d e s e r e n c o n t r a d o n a s r a í z e s d e d i f e r e n t e s e s p é c i e s d e p l a n t a s , t a n t o c u l t i v a d a s q u a n t o s i l v e s t r e s e i n v a s o r a s . A p r e s e n ç a d a p r a g a p o d e s e r i d e n t i fi c a d a p e l a e x i s t ê n c i a d e u m o d o r c a r a c t e r í s t i c o q u e e l a e x a l a . P e r c e v e j o c a s t a n h o S c a p t o c o r i s c a s t a n e a ( P e t r y , 1 8 3 0 ) ( H e m í p t e r a : C y d n i d a e ) 1 0 Os danos nas plantas atacadas são o crescimento retardado com cor amarelo-avermelhada e as raízes com manchas escuras. Durante o período de estabelecimento da cultura, reduz o estande por consequência da morte das plantas atacadas, e durante todo o ciclo da cultura afeta a produção devido à sucção continuada da seiva. PC (Sc) Fig 01: Adultos de percevejo castanho no solo após revoada. 11 1 2 P C ( S c ) F i g 0 2 : A d u l t o e n i n f a s d e p e r c e v e j o c a s t a n h o n o s o l o . P C ( S c ) F i g 0 3 : A d u l t o d e p e r c e v e j o c a s t a n h o n o s o l o . 13 PC (Sc) Fig 04: Ninfa de p. castanho no solo. PC (Sc) Fig 05: Ninfa de p. castanho no solo. 1 4 O s a d u l t o s s ã o d e c o r v e r d e - e s c u r a c o m a f a c e v e n t r a l m a i s c l a r a . A s a n t e n a s s ã o m a r r o n s c o m m a n c h a s v e r m e l h a s n o s ú l t i m o s s e g m e n t o s . O s o v o s s ã o d e p o s i t a d o s e m m a s s a , e m f o r m a h e x a g o n a l e s ã o d e c o r i n i c i a l a m a r e l a , t o r n a n d o - s e m a r r o n s o u r o s a d o s q u a n d o p r ó x i m o d a e c l o s ã o d a s n i n f a s . S ã o e n c o n t r a d o s n a p á g i n a i n f e r i o r d a s f o l h a s . A s n i n f a s p o s s u e m h á b i t o g r e g á r i o d u r a n t e o 1 º e 2 º i n s t a r e s . D u r a n t e o 1 º i n s t a r s ã o a l a r a n j a d a s . D u r a n t e o 2 º i n s t a r , t o r n a m - s e p r e t a s e p o s t e r i o r m e n t e v e r d e s c o m m a n c h a s a m a r e l a s e v e r m e l h a s s o b r e o d o r s o . D u r a n t e o 3 º i n s t a r , s ã o p r e t a s c o m m a n c h a s a m a r e l a s n o a b d o m e . P e r c e v e j o v e r d e ( F e d e - f e d e ) N e z a r a v i r i d u l a ( L i n n a e u s , 1 7 5 8 ) ( H e m í p t e r a : P e n t a t o m i d a e ) 15 Durante o 4º instar, são verdes e pretas com manchas brancas, amarelas e vermelhas sobre o dorso. Durante o 5º instar, são verdes com manchas brancas, amarelas e vermelhas sobre o dorso, podendo ser pretas na parte dorsal do abdome. Ciclo biológico: • Ovos: 12,7 dias • Ninfa 1º instar: 7,0 dias • Ninfa 2º instar: 8,9 dias • Ninfa 3º instar: 7,9 dias • Ninfa 4º instar: 8,9 dias • Ninfa 5º instar: 12,8 dias • Adultos (longevidade): 60 dias 1 6 P V ( N v ) F i g 0 1 : P o s t u r a d o p . v e r d e . P V ( N v ) F i g 0 2 : N i n f a d o p e r c e v e j o v e r d e e m 4 º i n s t a r . 17 PV (Nv) Fig 03: Adulto do p. verde. 1 8 O s a d u l t o s s ã o d e c o r v e r d e c o m u m a l i s t r a d e c o r m a r r o m o u v e r m e l h a n a a l t u r a d o p r o n o t o . M e d e m a p r o x i m a d a m e n t e 1 0 m m d e c o m p r i m e n t o . P o d e m a p r e s e n t a r u m a c o l o r a ç ã o a m a r e l a d a n o fi n a l d a v i d a . O s o v o s s ã o d e p o s i t a d o s e m m a s s a s , d i s p o s t o s e m c o l u n a d u p l a , v a r i a n d o d e 1 0 a 3 0 o v o s , t ê m f o r m a d e b a r r i l e s ã o d e c o r p r e t a . A s p o s t u r a s g e r a l m e n t e s ã o d e p o s i t a d a s n a s v a g e n s , m a s t a m b é m p o d e m s e r e n c o n t r a d a s e m f o l h a s , c a u l e e r a m o s . A s n i n f a s r e c é m - e c l o d i d a s p o s s u e m a b d o m e a v e r m e l h a d o e c a b e ç a e t ó r a x p r e t o s ( n e s s e p e r í o d o , a s n i n f a s s ã o e n c o n t r a d a s e m g r u p o s p r ó x i m o sa o s o v o s ) ; p o s t e r i o r m e n t e , t o r n a m - s e d e c o r v e r d e c o m m a n c h a s v e r m e l h a s e p r e t a s n o d o r s o . P e r c e v e j o v e r d e p e q u e n o ( V e r d i n h o ) P i e z o d o r u s g u i l d i n ü ( W e s t w o o d , 1 8 3 7 ) ( H e m í p t e r a : P e n t a t o m i d a e ) 19 Ciclo biológico: • Ovos: 7 dias • Ninfa 1º instar: 4 dias • Ninfa 2º instar: 6 dias • Ninfa 3º instar: 6 dias • Ninfa 4º instar: 7 dias • Ninfa 5º instar: 10 dias • Adultos (longevidade): 35 dias 2 0 P V P ( P g ) F i g 0 1 : P o s t u r a d o p e r c e v e j o v e r d e p e q u e n o n a v a g e m . P V P ( P g ) F i g 0 2 : N i n f a 1 º i n s t a r d o p . v e r d e p e q u e n o . 21 PVP (Pg) Fig 01: Ninfa 3º instar do p. verde pequeno. PVP (Pg) Fig 02: Ninfa 5º instar do p. verde pequeno. 2 2 P V P ( P g ) F i g 0 1 : A d u l t o d o p . v e r d e p e q u e n o . 23 Os adultos medem cerca de 13 mm de comprimento, possuem expansões laterais do pronoto em forma de espinhos pontiagudos, são de cor marrom-escura com uma mancha branca em forma de meia-lua na extremidade do escutelo (acima da parte membranosa das asas). Os ovos são colocados em pequenas massas na forma de coluna, são de cor amarela e em número de 6 a 15 ovos. No início, os ovos são bege e de acordo com o desenvolvimento do embrião adquirem uma coloração rósea. As ninfas inicialmente são de cor amarelada ou marrom-claro, tornando-se esverdeadas ou acinzentadas. Percevejo marrom (Chifrudo, diabinho) Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Hemíptera: Pentatomidae) 2 4 C i c l o b i o l ó g i c o : • O v o s : 7 d i a s • N i n f a 1 º i n s t a r : 3 d i a s • N i n f a 2 º i n s t a r : 4 d i a s • N i n f a 3 º i n s t a r : 4 d i a s • N i n f a 4 º i n s t a r : 4 d i a s • N i n f a 5 º i n s t a r : 7 d i a s • A d u l t o s ( l o n g e v i d a d e ) : 7 8 d i a s 25 PM (Eh) Fig 01: Postura do percevejo marrom. PM (Eh) Fig 02: Postura do percevejo marrom 2 6 P M ( E h ) F i g 0 3 : E c l o s ã o d o p e r c e v e j o m a r r o m n a f o l h a . P M ( E h ) F i g 0 4 : N i n f a 4 º i n s t a r d o p e r c e v e j o m a r r o m . 27 PM (Eh) Fig 05: Adulto do p. marrom. PM (Eh) Fig 06: Adultos do percevejo marrom (acasalando). 2 8 O s a d u l t o s m e d e m e n t r e 1 1 a 1 4 m m d e c o m p r i m e n t o . A s u a c o l o r a ç ã o é v e r d e , c o m e x c e ç ã o d a s a s a s , q u e s ã o e s c u r a s ( c o m h e m i é l i t r o p r e t o ) e d a s a n t e n a s e p e r n a s , q u e p o d e m s e r a m a r e l a d a s o u c a s t a n h a s . O s o v o s s ã o d e p o s i t a d o s e m g r u p o , e m fi l e i r a s d u p l a s o u i s o l a d o s ; s ã o v e r d e - c l a r o s e e c l o d e m a l g u n s d i a s a p ó s a p o s t u r a . A s n i n f a s s ã o a m a r e l a d a s c o m p a r t e s e s v e r d e a d a s e m a n c h a s a v e r m e l h a d a s , c i n z a s e p r e t a s s o b r e o a b d o m e . P e r c e v e j o a s a p r e t a ( P e r c e v e j o d a S o j a ) E d e s s a m e d i t a b u n d a ( F a b r i c i u s , 1 7 9 4 ) ( H e m í p t e r a : P e n t a t o m i d a e ) 29 PAP (Em) Fig 01: Postura do percevejo asa preta. PAP (Em) Fig 02: Ninfa do percevejo asa preta. 3 0 P A P ( E m ) F i g 0 3 : A d u l t o d o p . a s a p r e t a . 31 O percevejo barriga verde (Dichelops furcatus) é mais comumente encontrado no Sul do Brasil. Com tamanho aproximado de 1 cm de comprimento, coloração marrom na região dorsal e abdome verde, possui nas laterais do protórax um par de espinhos que são da mesma coloração da cabeça e do pronoto. Os ovos são depositados nas folhas e vagens, são verdes e encontrados em grupos no formato de pequenas placas. As ninfas são de cor marrom ou castanho com o abdome também verde e cabeça pontiaguda bastante semelhantes aos adultos. Percevejo barriga verde Dichelops furcatus (Fabricius, 1775) (Hemíptera: Pentatomidae) 3 2 D i c h e l o p s m e l a c a n t h u s ( D a l l a s , 1 8 5 1 ) ( H e m í p t e r a : P e n t a t o m i d a e ) O p e r c e v e j o b a r r i g a v e r d e ( D i c h e l o p s m e l a c a n t h u s ) é m a i s c o m u m e n t e e n c o n t r a d o n a s r e g i õ e s S u d e s t e e C e n t r o - O e s t e d o B r a s i l . P o s s u i c e r c a d e 1 c m d e c o m p r i m e n t o , c o l o r a ç ã o m a r r o m n a r e g i ã o d o r s a l e a b d o m e v e r d e , p o s s u i n a s l a t e r a i s d o p r o t ó r a x u m p a r d e e s p i n h o s c o m a s p o n t a s m a i s e s c u r a s d o q u e s u a c a b e ç a e p r o n o t o . O s o v o s s ã o d e p o s i t a d o s n a s f o l h a s e v a g e n s , s ã o v e r d e s e e n c o n t r a d o s e m g r u p o s n o f o r m a t o d e p e q u e n a s p l a c a s . 33 PBV (Df) Fig 01: Ninfa do p. barriga verde (Dichelops furcatus). PBV (Df) Fig 02: Adulto do p. barriga verde (Dichelops furcatus). P B V ( D m ) F i g 0 3 : A d u l t o d o p . b a r r i g a v e r d e ( D i c h e l o p s m e l a c a n t h u s ) . 3 4 Registros fotográficos Percevejo castanho PC (Sc) Fig 01 a PC (Sc) Fig 05 Percevejo verde PV (Nv) Fig 01 a PM (Nv) Fig 03 Percevejo verde pequeno PVP (Pg) Fig 01 a PV (Pg) Fig 05 Percevejo marrom PM (Eh) Fig 01 a PM (Eh) Fig 06 Percevejo asa preta PAP (Em) Fig 01 a PAP (Em) Fig 03 Percevejo barriga verde PBV (Df) Fig 01 a PBV (Df) Fig 02 PBV (Dm) Fig 03 35 Bibliografia Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann- Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n. 30). CORRÊA-FERREIRA, B.S.; PANIZZI, A.R. Percevejos da soja e seu manejo. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1999. 45p. (EMBRAPA-CNPSo. Circular Técnica, 24). 1. Soja - Inseto praga - Manejo. I. Panizzi, A.R. II. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Soja (Londrina, PR). III. Título. IV. Série. CDD 595.754. 3 5 0 E C I d e n t i fi c a r u m p e r c e v e j o é t ã o i m p o r t a n t e q u a n t o s a b e r a n t e c i p a r a s s o l u ç õ e s p a r a q u e s e u s d a n o s s e j a m r e v e r s í v e i s . A c e s s e p e r c e v e j o s . c o m . b r e u t i l i z e e s t a g r a n d e a r m a q u e a F M C p r e p a r o u p a r a v o c ê c o n t r a e s s e s i n s e t o s . P e r c e v e j o i d e n t i fi c a d o , p l a n t a ç ã o s o b c o n t r o l e . p e r c e v e j s . c o m . b r Coletânea FMC: cada dia mais completa. Prático e completo, o Manual de Identificação de Percevejos da Soja é mais uma obra da Coletânea FMC. Todas as publicações deste acervo podem ser acessadas pelo fmcagricola.com.br e visualizadas em seu tablet ou celular. Baixe agora mesmo no App Store ou no Android Market.
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