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Madeira Materiais e Técnicas de Construção II Profa. Dr. Edgar Vladimiro Mantilla Carrasco Hitória 9.000 AC Século XI Século XIX Século XXI História Industrialização 1940s Konrad Wachsmann e Walter Gropius 7 PRECONCEITOS Prof. Edgar V. Mantilla Carrasco 1. A madeira não tem resistência mecânica 2. A madeira não tem durabilidade. 3. Todas as madeiras queimam rapidamente. 4. A madeira vai acabar 8 RESISTÊNCIA MECÂNICA Concreto Aço ASTM A36 Pinus elliotti Parajú Compressão 15 500 40,4 82,9 Tração 1,5 66,0 138,5 MOE 21000 210000 11889 22733 9 DURABILIDADE SISTEMA CONSTRUTIVO TRATAMENTO PRESERVATIVO 10 Tratamento preservativo Pincelamento (2 à 5 anos proteção) filtro solares ação fungicida hidrorrepelente (retarda entrada de água na madeira e controla a saída) Imersão (5 à 10 anos proteção) Autoclave (20 anos proteção) 11 Queima da madeira 12 MADEIRA NATIVA REFLORESTAMENTO A MADEIRA VAI ACABAR 13 14 Madeira de reflorestamento (Eucalipto e Pinus) 15 Eucaliptos por Estados 16 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ESTRUTURAS DE MADEIRA Desde os primeiros tempos, o homem vem utilizando a madeira obtendo bons resultados. Inicialmente nas coberturas das primárias moradias, nos pilares, nas fundações, na roda, nos primeiros veículos, etc. Atualmente, a madeira é largamente usada, nos mais variados tipos de estruturas, como por exemplo: 17 Vihantasalmi - Finlândia- Ponte híbrida (Vão total de 182 m) Longarinas de MLC (21 m - 42 m - 42 m - 42 m - 21 m) ; laje concreto armado (11 m + 3 m) 18 Combinando Aço / Madeira 19 Biblioteca em São Paulo 20 Vila Taguaí – SP Casa em Itú – SP 21 Construções em Belo horizonte 22 VALOR ESTRUTURAL DA MADEIRA Valor estrutural = Tabela 1.2 - Índices comparativos para avaliação do valor estrutural da madeira em relação ao aço e ao concreto (custo em 19/02/2014) Especificações Aço A-36 Concreto Armado Maçaranduba (Paraju) Tensão de referência σc (MPa) 253 15 82,9 Coeficiente de segurança médio 1,67 1,61 5 Tensão admissível σadm (MPa) 150 9,3 16,6 Peso específico γ (g/cm3) 7,80 2,50 1,14 Custo (U$/kg) 1,48 0,15 0,651 Valor estrutural 16,72 24,8 22,40 1 Neste valor já está incluído o custo de tratamento preservativo contra fungos e microorganismos (20% do valor total) 23 EXEMPLO Para comparação do custo do concreto, do aço e da madeira, será adotada uma coluna de 500 cm de comprimento solicitada por uma carga de 351 kN a) Para o aço uma seção vazada de 20 cm de diâmetro interno e 21 cm de diâmetro externo b) Para o concreto armado uma seção quadrada c) Para a madeira um pilar de uma seção transversal quadrada de 20 cm. P 50 0 cm 25 cm 25 c m 20 cm 20 c m20 cm 0,5 cm 4 Ø 1/2' Aço Concreto armado Madeira (Maçaranduba) 24 Tabela 1.3 - Comparação do custo do aço, do concreto e da madeira Material Carga Admissível (kN) Peso (kg) Custo (U$ / kg) Custo Total da Peça (U$) Aço 351,17 125,59 1,48 185,87 Concreto 351,17 781,25 0,15 117,19 Madeira 351,17 248,29 0,65 161,34 É uma simples amostra de cálculo, mas os resultados são amplamente significativos. Para a mesma capacidade de carga a coluna de maçaranduba tem pouco menos que o dobro do peso da coluna de aço e um terço do peso da coluna de concreto armado. Entretanto, o preço do aço será 58% mais elevado e o do concreto armado 27% menor do que o preço da madeira, destacando-se que no preço da madeira encontra-se incluído o custo de tratamento contra fungos, insetos e microorganismos, e no preço do concreto não está incluído o custo das formas. 3 - ESTRUTURA MACROSCÓPICA MEDULA Primeira fase de crescimento (madeira fraca) CERNE Camadas mais antigas ⇒ mais resistêntes Armazena resinas, gomas, óleos ALBURNO Camadas mais novas ⇒ menos resistênte Mais claras, menos densas CASCA Tecido que recobre o lenho CAMBIO Membrana entre a casca e o alburno Parte viva da madeira 4 - ESTRUTURA MICROSCÓPICA TRAQUEIDES • Responsáveis pela resistência mecânica • 3 a 5 mm de comprimento • Diâmetro de 40 a 60 µ • Cerne → depósito de seiva elaborada • Alburno → conduzem a seiva bruta VASOS MEDULARES • Conduzem a seiva elaborada da casca até o cerne • Constituim 10 % da madeira LIGNINA • “cimenta” os elementos anatômicos CONÍFERAS 4 - ESTRUTURA MICROSCÓPICA DICOTILEDONEAS VASOS • São chamados de poros • 0,2 a 1 mm de comprimento • 20 a 300 µ de diâmetro • Conductor da seiva • 20 a 50 % da madeira FIBRAS • 0,7 a 1,4 mm de comprimento • Diâmtro <<< vasos • função de resistir os esforços mecânicos • Transporta a seiva RAIOS MEDULARES = CONÍFERAS 5 - CONSTITUIÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA 5 - CONSTITUIÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA 5 - CONSTITUIÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA Determinação através de aparelhos elétricos PARÂMETROS DE PROJETO Classes de umidade Umidade relativa ao ambiente (Uamb) Umidade de equilíbrio (Ueq) 1 ≤ 65% 12% 2 65%<Uamb≤75% 15% 3 75%<Uamb≤85% 18% 4 Uamb>85%(longos períodos) ≥ 25% Secagem da Madeira: Estufas de secagem Fonte de calor Dispositivo de umidificação Dispositivo de circulação de ar Esquema de funcionamento Determina se o teor de umidade da madeira Regulam-se a temperatura e a umidade da estufa para uma umidade de equilíbrio higroscópio imediatamente inferior Repetem-se as operações sucessivamente Estufas de secagem Estufas de secagem Classificação das madeiras em função da secagem Tipo de secagem Madeira Fácil secagem Cedro, guarapuruvú, caixeta e tamboril Média secagem Pinho do Paraná, peroba rosa, cabriúva, ipê, pau marfim, feijó, açoita cavalos, jequitibá Difícil secagem Imbuia, canela, amendoeira, caviúna, aroeira, jatobá, faveiro PRODUTOS COMERCIAIS As peças lineares de madeira podem ser classificadas segundo as dimensões das peças de madeira utilizadas na sua fabricação: Madeira roliça Madeira falquejada Madeira serrada MLC (Madeira Laminada Colada) CLT (Cross Laminated Timber) LVL (Laminated Veneer Lumber) LSL (Laminated Strand Lumber) PSL (Paralel Strand Lumber) Vigas pré-moldas de madeira Os painéis de madeira também podem ser classificadas segundo as dimensões das peças de madeira utilizadas na sua fabricação: Madeira compensada Madeira aglomerada Painéis de fibra de madeira: Painéis de isolamento - MDF (Médium Density Fiberboard) - HDF (Hard-board) OSB (Oriented Strand Board) Os produtos industrializados derivados da madeira passam por um processo de fabricação segundo a sua utilização final. O processo de fabrição pode ser dividido em 3 etapas que são comuns a todos os produtos industrializados de madeira. 1ª Etapa: Corte da árvore e transporte das toras 2ª Etapa: Processamento e tratamento da madeira 3ª Etapa: Verificação da qualidade e distribuição do produto 1ª Etapa: Corte da árvore e transporte das toras 2ª Etapa: Processamento e tratamento da madeira 3ª Etapa: Verificação da qualidade e distribuição do produto A segunda etapa varia de acordo com o produto final, que deve sempre buscar uma utilização mais racional da madeira. MADEIRA ROLIÇA É utilizada com maior frequência como elemento estrutural sujeito apenas à esforços axiais (pilares, postes e estacas) ou em estruturas provisórias (escoramentos). Também pode estar solicitada à esforços de flexão. As madeiras roliças mais usadas no Brasil são o Pinho do Paraná e o Eucalipto. Quando a madeira utilizada não apresenta durabilidade natural satisfatória à sua condição de uso, ela pode ser tratada com produtos químicos, para maior durabilidade das peças. Um tratamento muito comum é a aplicação dos produtos químicos em autoclaves. O CCA (Arsenito de Cobre Cromatado), é o produto químico maisusado no mundo para tratar madeira. O cromo funciona como fixador, o arsênio como agente inseticida e o cobre como fungicida. O CCA é aplicado à madeira em solução aquosa. TRATAMENTO 1. Operação de vácuo inicial, é retirado o ar das células da madeira 2. Bomba de vácuo ligada, temperatura ambiente, a solução preservativa é transferida para a autoclave. 3. Com a utilização da bomba, é aplicada uma pressão no interior da autoclave. 4. A bomba é desligada para aliviar a pressão, uma válvula é aberta para permitir a saída da solução preservativa que não penetrou na madeira. Pode ser aplicado o vácuo novamente, para facilitar a retirada da solução preservativa. 5. Aplicação de pressão final. ( ) 3 2 máxmín cal DD D +× = Figura 4.8 – Madeira Roliça Preservação das madeiras Preservação das madeiras Preservação das madeiras Preservação das madeiras Preservação das madeiras Preservação das madeiras Preservação das madeiras Preservação das madeiras Preservação das madeiras Ponte de madeira roliça MADEIRA FALQUEJADA É obtida de troncos por cortes de machado com seções transversais quadradas ou retangulares. Dependendo do diâmetro dos troncos, podem ser obtidas seções maciças falquejadas de grandes dimensões, como por exemplo (30 x 30) ou (60 x 60) cm. A seção que produz menos perda é a quadrada. A seção que dá maior momento de inércia é um retângulo b h d 2 db = dh 2 3 = MADEIRA SERRADA A madeira serrada é obtida pelo processo de desdobramento das toras de madeira em lâminas com dimensões variadas. O desdobramento do tronco em lâminas de madeira deve ser feito o mais cedo possível, após o corte da árvore, a fim de evitar defeitos decorrentes da secagem da madeira. Os troncos são cortados em serras especiais, na espessura desejada. Outro processo de desdobramento é o processo no qual o tronco é dividido inicialmente em 4 partes. Estas partes podem ser desdobradas segundo a necessidade. Quando se faz o desdobro na direção radial, as lâminas são mais homogêneas, porém mais onerosas. O comprimento da tora é limitado por problemas de transporte e manejo, fixando em geral na faixa de 4 a 6 metros. A madeira serrada antes de ser utilizada nas construções deve passar por um período de secagem. Essa secagem pode ser feita naturalmente empilhando a madeira, deixando um espaço entre elas para a circulação do ar, e deve estar abrigada contra a chuva. O tempo de secagem demora em tomo de 1 a 3 anos, dependendo da espécie, da espessura e da densidade da madeira. Para acelerar essa secagem foram desenvolvidos métodos artificiais que consistem basicamente na circulação de ar quente com baixa umidade. O tempo de demora é geralmente de 5 a 10 dias para cada 5 cm de espessura. As madeiras serradas são vendidas com seções padronizadas Tabela 4.1 - Bitolas comerciais em Minas Gerais NBR Tipo Ipê Madeira de Lei* Caibro 7,5 x 4 7,5 x 4 Ripa 1,5 X 4 1,5 X 4 Tábua 30 x 4 30 x 4 Tábua 30 x 5 30 x 5 Tábua 30 x 7,5 30 x 7,5 Vigas 7,5 x12 7,5 x12 Vigas 7,5 x 15 7,5 x 15 Vigas 7,5 x18 7,5 x18 Vigas 7,5 x 20 7,5 x 20 Vigas 7,5 x 23 7,5 x 23 Vigas 7,5 x 30 7,5 x 30 Vigas 8 x 15 8 x 15 Vigas 8 x 12 8 x 12 Vigas 20 x 20 20 x 20 Vigas 15 x 15 15 x 15 *paraju, jatobá, angico vermelho, angelim pedra, rochinho, garapa amarelo. PROCESSAMENTO DA MADEIRA MACIÇA SERRADA Extração cuidadosa (época da seca), corte (bitolas comerciais), secagem (redução de umidade) e tratamento. Aparelhamento ou bitolagem Nomenclatura de peças de madeira serradas COMERCIAL Nome Espessura (cm) Largura (cm) Pranchão > 7,0 > 20,0 Prancha 4,0 - 7,0 > 20,0 Viga >4,0 11,0 - 20,0 Vigota 4,0 - 8,0 8,0 - 11,0 Caibro 4,0 - 8,0 5,0 - 8,0 Tábua 1,0 - 4,0 > 10,0 Sarrafo 2,0 - 4,0 2,0 - 10,0 Ripa < 2,0 < 10,0 Dimensões da madeira serrada (cm) Pranchões 15,0 x 23,0 10,0 x 20,0 7,5 x 23,0 Vigas 15,0 x 15,0 7,5 x 15,0 7,5 x 11,5 5,0 x 20,0 5,0 x 15,0 • Caibros – 7,5 x 7,5 – 7,5 x 5,0 – 5,0 x 7,0 – 5,0 x 6,0 • Sarrafos – 3,8 x 7,5 – 2,2 x 7,5 • Tábuas – 2,5 x 23,0 – 2,5 x 15,0 – 2,5 x 11,5 • Ripas – 1,2 x 5,0 Dimensões da madeira beneficiada (cm) Soalho Seção de 2,0 x 10,0 Forro Seção de 1,0 x 10,0 Batente Seção de 4,5 x 14,5 Rodapé Seção de 1,5 x 15,0 Seção de 1,5 x 10,0 Taco Seção de 2,0 x 7,5 Pranchão Caibro Caibro Tábua Tábua MADEIRA LAMINADA COLADA A MLC é um produto estrutural formado por associação de duas ou mais lâminas de madeira selecionadas e secas, coladas com adesivo. As fibras das lâminas têm, geralmente, direção paralela ao eixo das peças. A espessura das lâminas varia de 1,5 a 3,0 cm, podendo atingir até 5,0 cm. As lâminas são emendadas com adesivos formando peças de grandes dimensões e comprimentos. controle de qualidade. Esse processo de associação de lâminas permite confeccionar peças de grandes dimensões, peças de eixo curvo como arcos, cascas, etc. Exemplos de estruturas com MLC Exemplos de estruturas com MLC Exemplos de estruturas com MLC Exemplos de estruturas com MLC Exemplos de estruturas com MLC Exemplos de estruturas com MLC Exemplos de estruturas com MLC Exemplos de estruturas com MLC Exemplos de estruturas com MLC MADEIRA LAMINADA CRUZADA (XLAM) É um produto de madeira na qual a tecnologia consiste na utilização de lâminas cruzadas de madeiras resinosas e cola de poliuretano, sem formaldeído. É apresentada em painéis de diversos tamanhos e espessuras para atender a diferentes projetos. Exemplos de estruturas com XLAM Exemplos de estruturas com XLAM COMPÓSITOS ESTRUTURAIS DE MADEIRA (SCL – Structural Composite Lumber) Os compósitos estruturais de madeira são todas as peças formadas a partir da colagem de pequenos pedaços de madeira unidos com adesivos. Os principais compósitos de madeira são: LVL (Laminated veneer lumber) O LVL é formado a partir da colagem de lâminas finas de madeira (veneer) com a direção das fibras de todas as lâminas orientadas na direção longitudinal da peças. Em peças de grandes espessuras, algumas lâminas podem ser posicionadas com a direção das fibras perpendiculares ao eixo da peça com o objetivo de reforçar a peça e aumentar sua estabilidade. As lâminas utilizadas (veneers) possuem espessura que variam entre 2,5 a 3,2 mm e são obtidas das toras de madeira pelo corte utilizando-se facas especiais Depois de cortadas, as lâminas finas de madeira são submetidas a secagem artificial ou natural. Na secagem natural as lâminas são abrigadas em galpões cobertos e bem ventilados. A secagem artificial se faz a temperatura de 80 a 100º C, impedindo os empenamentos com auxílio de prensas. A secagem artificial é rápida podendo variar de 10 a 15 minutos para lâminas de 1 mm. Os adesivos utilizados são a prova d’água, geralmente formaldeídos e isocianetos. As emendas entre as folhas podem ser de topo, com as extremidades sobrepostas por uma determinada distância que assegure a transferência de carga. A prensagem utilizada é normalmente a quente. As peças são normalmente produzidas com larguras variando de 0,6 m a 1,2 m e espessura de 3,8 cm. A dimensão do comprimento pode ser ilimitada desde que a pressão aplicada seja continuamente. Depois de fabricados, eles podem ser cortados com as dimensões desejadas. As propriedades resistentes são elevadas e o material bem homogêneo, pois as características que diminuem sua resistência (como os nós) são dispersadas dentro das lâminas, tendo pouca influência nas suas propriedades resistentes. LSL (Laminated Strand Lumber) É um produto fabricado a partir de uma extensão da tecnologia para se fabricar OSB. As tiras finas de madeira (strand) utilizadas são maiores do que as utilizadas no OSB e mais largas que as utilizadas no PSL, comum comprimento de aproximadamente 0,3 m. É fabricado com adesivos à prova d’água, sendo necessários um alto grau de alinhamento das tiras de madeira, alta pressão e temperatura. O produto final possui elevada densidade. PSL (Parallel Strand Lumber) O PSL é formado a partir da colagem de tiras longas e finas de madeira (strand) com adesivos a prova d’água, geralmente fenol-resorcinol formaldeídos. A aparência final do PSL é a de um “espaguete grudado”. A tiras são orientadas e distribuídas por um equipamento especial. A pressão aplicada na prensagem aumenta a densidade do material e a cura é feita com microondas. As dimensões das peças são normalmente 0,28m x 0,48m e podem ser serradas em dimensões menores. O comprimento é limitado apenas pelas condições de manejo das peças, desde que a pressão seja contínua. Pode utilizar restos das lâminas de LVL.. VIGAS PRÉ-FABRICADAS As pré-fabricadas mais utilizadas são as de seção I normalmente com seção composta, sendo a alma de um painel estrutural e as mesas de compósitos estruturais de madeiras (SCL) ou MLC. São produzidas com diferentes dimensões. Também são comuns as treliças pré- fabricadas de madeira com diferentes produtos de madeira e mesmo aço. OS PAINÉIS DE MADEIRA A madeira compensada é formada pela colagem de 3 ou mais lâminas finas de madeira (veneers), secas naturalmente ou artificialmente conforme descrito para a fabricação de LVL, sempre em numero ímpar. A direção das fibras da madeira nas lâminas adjacente é sempre ortogonal COMPENSADO DE MADEIRA Colagem sob pressão. Prensas à frio e à quente. Os compensados destinados a utilização em seco, como portas, armário, divisórias, etc., podem ser colados com colas de caseínas, solúvel em água. Os compensados estruturais, sujeitos a variações de umidade ou expostos ao tempo, devem ser fabricados com colas sintéticas. Dimensão das chapas: 2,20 X 1,60 m Espessura das chapas: 3mm, 4mm, 6mm, 10mm, 15mm,18mm, 20mm, 25mm Colagem de três ou mais lâminas, alternando as direções das fibras em ângulo reto (número impar de lâminas) → colagem sob pressão a quente (cola sintética) ou a frio - uso a seco (portas, armários e divisórias) → cola de caseína - uso estrutural a sujeito a variação de umidade → cola sintética MADEIRA – COMPENSADO 2,20 X 1,10 6 MM 10 MM 12 MM 14MM 17 MM 20MM CHAPA DE COMPENSADO RESINADA Dimensões das chapas 2,20 X 1,10m 2,44 X 1,22m Espessura das chapas 6 mm 10 mm 12 mm 14 mm 17 mm 20 mm COMPENSADO RESINADO PARA CONSTRUÇÃO (MADEIRIT → marca registrada) ( Madeirit resinado → obras, cercas → chapas prensadas com cola branca. Madeirit fenólico (mais resistente) → palcos e construções pesadas → chapas prensadas com cola preta (fenol) Madeirit plastificado (suporta mais a umidade) → fôrmas de concreto, piso de carroceria de caminhões) → chapas prensadas com cola preta (fenol) e com uma película. Conforme a espessura das chapas muda a montagem dos miolos. Madeirit → marca registrada de compensado resinado para construção → chapas formadas por número impar de camadas de superpostas de fibras (c/ direção alternada), prensadas com cola O painel de compensado é utilizado pela indústria da construção civil, pela indústria moveleira e como embalagens. É um produto, que no mercado mundial, vem sendo substituído pelos painéis de aglomerado e MDF, uma vez que vem sofrendo restrições ambientais, escassez de matéria-prima e elevação dos custos de produção. COMPENSADO COMPENSADO Madeira compensada MADEIRA AGLOMERADA São geralmente feitos de fibras de madeira. A partir dos troncos, com um desfibrador, retiram-se as fibras que são lavadas e misturadas com produtos químicos que irão garantir sua durabilidade e permanência na água. A polpa já tratada sofre uma desidratação antes de ser submetida à mistura com adesivo e à ação controlada do calor, pressão e umidade. A principal utilização da madeira aglomerada é na fabricação de móveis. A qualidade da madeira aglomerada depende da qualidade das matérias primas utilizadas: a madeira e o adesivo e da tecnologia do processo de fabricação. O painel de aglomerado pode ser pintado ou revestido com vários materiais, destacando-se papéis impregnados com resinas melamínicas, papéis envernizáveis, lâminas ou folhas de madeira natural. Madeira aglomerada com adesivo estrutural Madeira aglomerada MADEIRA – FOLHA Esses painéis são produzidos a partir de fibras de madeira misturadas com adesivos e consolidadas com pressão e calor. PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA A fabricação destes painéis vem crescendo no mundo, pois se apresentam como solução para o aproveitamento de resíduos da indústria da madeira. A principal utilização dos painéis de fibra de madeira é na indústria moveleira, mas pode também ser usado nas estruturas. Como revestimento podem ser utilizados vernizes, pinturas, lâminas de madeira ou de PVC. Existem três tipos de painéis de fibras de madeira que de acordo com a sua densidade: • painéis de isolamento • Chapa dura • MDF e • HDF. Painéis de isolamento São painéis de baixa densidade e utilizados como isolantes em geral. Depois de fabricados, alguns processos podem ser usados para melhorar a estabilidade dimensional e suas propriedades mecânicas, como por exemplo: • Tratamento a quente: reduz a absorção da água e melhora a colagem entre as fibras. • Temperados: é um tratamento a quente com a adição de óleos inicialmente. Melhora a aparência da superfície, a resistência à abrasão e à água. • Umidificação: adição de água para equilibrar o teor de umidade do painel com o ar. Chapa dura Chapas duras ou hardboards Obtidas pelo processamento da madeira de eucalipto, de cor natural marrom, apresentando a face superior lisa e a inferior corrugada. Fibras de eucalipto aglutinadas com a própria lignina da madeira são prensadas a quente, por um processo úmido que reativa esse aglutinante, formando chapas rígidas de alta densidade de massa, com espessuras que variam de 2,5 mm a 3,0 mm. MADEIRA – MDF (MEDIUM DENSITY FIBERBODER) placa de fibra de madeira de média densidade (principal matéria prima: pinus)D material homogêneo, plano e denso, boa maleabilidade, boa resistência e durabilidade; não possui nós (fibras sem orientação), pode ser cortado em qualquer direção; uso: móveis, etc → Fibras madeira são cozidas no vapor e pressão, se separando uniformemente. → Fibras são aglutinadas com resinas sintéticas termofixa (processo de calor e pressão). Densidade elevada - superior a 800kg/m3 Acabamentos das chapas de MDF - chapa crua (permite pintura, revestimento com PVC ou estamparia) - chapa com revestimento laminado (papel melaminico - impressa com padrões: madeira ou cor), produzida por meio de pressão e temperatura - chapa com revestimento finish foil - com adição de uma película de papel de fotografia (impressa com padrões: madeira ou cor). Camadas de partículas de madeira (100% pinus) + resinas sintéticas → prensadas sob alta temperatura MADEIRA – MDP (medium density particle board) placa de partícula de madeira de média densidade (principal matéria prima: pinus) Densidade elevada - superior a 1000kg/m3 - maior resistencia a flexão, ao empenamento e arrancamento de parafusos - maior estabilidade dimensional - menor absorção de umidade que o aglomerado de MDF - bom acabamento para pintura, impressão e revestimento - camadas superficiais – párticulas mais finas (acabamento painel de madeira decorada) - camadas internas – párticulas com maiores dimensões - não permitem usinagens de baixo relevo, entalhes ou cantos arredondados - principais aplicações: portas retas, laterais de armários, frentes de gavetas. OSB (Oriented Strand Board) É um painel estrutural fabricado com fibras de madeira finas, alinhadas e coladas com resina à prova d’água,pressionadas com elevada temperatura. São utilizados principalmente como painéis estruturais em pisos, telhados e paredes. A segunda etapa do processo de fabricação tem início com a chegada das toras à um tanque de alimentação do processo de fabricação. A água neste tanque é normalmente aquecida. As toras são encaminhadas para a fase seguinte onde são preparadas para o corte. Os pedaços finos de madeira (strand) são cortados com as dimensões adequadas e seguem para um depósito úmido. Neste depósito os pedaços de madeira são secos, misturados à cera e resina. É feita a orientação dos pedaços de madeira e formação das camadas. É importante notar que as camadas adjacentes são dispostas perpendicularmente. A seguir há prensagem do painel a elevada temperatura e cura da resina. Depois de prensado os painéis têm em média 1/8 da sua espessura inicial (antes da prensagem). Os painéis são cortados com as dimensões desejadas e são dados os acabamentos finais. É importante ressaltar ainda que o OSB é um produto muito uniforme, de elevada resistência mecânica e não agressivo ao meio ambiente. Devido a estas vantagens sua utilização vem aumentando. OSB (Oriented Strand Board) Dimensão dos painéis: 1,22 X2,20m ; 1,22 X2,44m Camadas de partículas de madeira ou feixes de fibras (100% pinus) orientadas em uma mesma direção + resinas fenólicas (termofixas) → prensadas sob alta temperatura MADEIRA – PAINEL OSB (ORIENTED STRAND BOARD) Espessura dos painéis: 6mm, 8mm, 10 mm, 12 mm, 15mm, 18 mm → o painel tem 5 a 6 camadas orientadas em ângulo de 90o Resistência similar aos compensados estruturais Mobiliário industrial, embalagens, conteiners, vagões, vedação de edificações Aplicações da Madeira na Construção Civil Pisos Forros Esquadrias Coberturas Construções contemporâneas Wood Frame Tacos → peça de madeira reduzida → dimensões 7x21 → assentamento sobre a argamassa → Na parte inferior são colocados pregos para aderir na argamassa PISOS DE MADEIRA → encaixe das tábuas REVESTIMENTOS INTERNOS - PISOS DE MADEIRA Assoalho ou tábua corrida → :largura das tábuas: 12, 15 e 20 cm → assentamento sobre barroteamento → tacos (barrotes) para nivelar o piso Carpete de madeira (lâminas de madeira) → compensado revestido com lâmina de madeira natural (jacarandá, jatobá, tauari, ipê e cerejeira imperial), acabamento de verniz → amortecimento de som; → baixa resistência a riscos e abrasão. → evita-se raspagem e tratamento in loco → espessuras: 2,5, 4,0 (colado) e 7mm (encaixe - sistema macho-fêmea) → piso flutuante instalado ao contrapiso : - colocado sobre uma manta de separação, e preso um ao outro por meio de encaixes do tipo macho e fêmea - nas bordas é aplicado um rodapé que arremata o revestimento, evitando que ele saia do lugar. PISO COLADO E PISO FLUTUANTE Processo de fabricação → Tora de madeira é desbastada, retira-se a casca, corte em blocos e cozimento; → laminação das peças (esp.: 1,5 - 2,0mm) e secagem à estufa; → tratamento à base de inseticida (cupins/fungos); → as lâminas são coladas e prensadas (parte interna - camadas de madeiras menos nobres) → a madeira é lixada, cortada e impermeabilizada (aplicação de selador com secagem em forno ultravioleta + aplicação de verniz acrílico importado (secagem no forno) PISO COLADO E PISO FLUTUANTE Laminado melamínico (ou fenólico). principal fabricante: Fórmica → Resistência a abrasão, facilidade de limpeza → pisos de alta resistência. pisos fabricados a partir da impregnação do papel com resinas (fenólicas e melamínicas) prensadas em alta pressão e temperatura - sistema de encaixe tipo Click, que permite encaixar as réguas entre si dispensando o uso de cola. Nunca deverão ser encostados na parede, respeitando o espaço para dilatação e contração PISOS COLADO (OU ASSENTADO SOBRE ARGAMASSA) Laminado melamínico (ou fenólico). → produto sintético produzido sob alta pressão (~ 100kgf/cm2) e temperatura (145ºC) durante 60min → maior compactação Base – papel kraft im pregnado com resina fenólica + MDF Miolo - papel kraft (com película fotográfica com alta resolução (imagem de madeira, pedra) impregnado com resina melamínica (resistencia a umidade atritos) Superfície - camada superficial com papel overlay impregnado com resina melamínica base miolo superfície → filme de proteção overlay, mais durável que o verniz do carpete de madeira Pinus Cedro Angelim Itaúba Eucalipto FORRO DE MADEIRA (LAMBRI) No forro de madeira, as tábuas precisam ser aparelhadas na face que ficar à vista. FORRO DE MADEIRA (LAMBRI) FORRO DE MADEIRA (LAMBRI) Pinus Imbuia Cedro Cedro FORRO DE MADEIRA (COLMÉIA) FORRO DE MADEIRA GRELHA ESQUADRIAS DE MADEIRA • MATERIAL NATURAL • MAIOR PESO • EXIGE PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIE • É COMBUSTÍVEL • SOFRE ATAQUE DE INESETOS • RESISTÊNCIA → DEPENDE DO TIPO DE MADEIRA ESQUADRIAS DE MADEIRA construção de esquadrias sendo o cedro, a canela, imbuía, agelim-pedra as madeiras mais indicadas. CUMEEIRA TERÇA CONTRA-FRECHAL CAIBROS RIPAS TESOURA COBERTURAS - TELHADO DE MADEIRA TELHADOS DE MADEIRA Tesoura romana Tesoura de linha suspensa Tesoura francesa Tesoura clássica Tesoura de Santo André Tesoura de caibro armado TELHADOS DE MADEIRA Caibro armado Varanda e alpendre Ornamento na parede Arquitetura contemporânea em Madeira Referência Wood Frame Exercício 4 pontos Detalhamento técnico de um elemento de vedação ou acabamento usando madeira natural ou derivados de madeira. Aula 9 - Madeira-introdução-produtos comerciais Aula 9b - Madeira-produtos comerciais Aula 9c - Madeira-aplicações
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