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Aula 4

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19/08/2018
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PETROQUÍMICA – CCE 0283
Daniela Sayão Vieira – danisayao@hotmail.com
PLANO DE AULA
❖ Divisões da Indústria Petroquímica
❖ Principais características de cada divisão da indústria
❖ Matérias primas principais da indústria petroquímica
✓ Nafta
✓ Gás Natural
❖ Nafta
http://portal.estacio.br/
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A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
Poucas 
indústrias
Dezenas de 
indústrias
Mais de 5000 
indústrias
O setor petroquímico brasileiro é, via de regra, organizado em
produtores de primeira, segunda e terceira geração com base na fase
de transformação de várias matérias-primas ou insumos petroquímicos
DIVISÃO DA INDÚSTRIA
Produtores de Primeira Geração
➢ Fabricação de materiais de base ou produtos de 1ª geração.
➢ Através do petróleo e do gás natural obtém-se vários produtos básicos.
➢ Os produtores de primeira geração do Brasil, denominados
“craqueadores” fracionam ou “craqueiam” a nafta, seu principal insumo,
em petroquímicos básicos.
➢ As unidades de craqueamento compram nafta, que é subproduto do
processo de refino de petróleo, principalmente da Petrobras, bem como de
outros fornecedores localizados fora do Brasil. Os petroquímicos básicos
produzidos pelas unidades de craqueamento de nafta incluem:
✓ olefinas, principalmente eteno, propeno e butadieno;
✓ aromáticos, tais como benzeno, tolueno e xilenos
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DIVISÃO DA INDÚSTRIA
➢ Os petroquímicos básicos, que apresentam forma gasosa ou líquida, são
primordialmente transportados às plantas dos produtores de segunda
geração, em geral localizadas próximo às unidades de craqueamento de
nafta, por meio de dutos, para passarem por processamento adicional.
Produtores de Segunda Geração
➢ Os produtores de segunda geração processam os petroquímicos
básicos comprados das unidades de craqueamento de nafta, produzindo
petroquímicos intermediários. Esses petroquímicos intermediários
incluem:
✓ polietileno, poliestireno e PVC (produzidos a partir do eteno);
✓ polipropileno e acrilonitrila (produzidos a partir do propeno);
✓ caprolactama (produzida a partir do benzeno); e
✓ polibutadieno (produzido a partir do butadieno).
DIVISÃO DA INDÚSTRIA
➢ Há aproximadamente 50 produtores de segunda geração operando no
Brasil. Os petroquímicos intermediários são produzidos na forma sólida em
pélets de plástico ou em pó e são transportados primordialmente por
caminhão a produtores de terceira geração que, em geral, não ficam
situados próximo aos produtores de segunda geração.
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DIVISÃO DA INDÚSTRIA
Produtores de Terceira Geração
➢ Os produtores de terceira geração, denominados transformadores,
compram os petroquímicos intermediários de produtores de segunda
geração e os transformam em produtos finais, incluindo:
✓ plásticos (produzidos a partir de polietileno, polipropileno e PVC);
✓ fibras acrílicas (produzidas a partir de acrilonitrila);
✓ nylon (produzido a partir de caprolactama);
✓ elastômeros (produzidos a partir de butadieno); e
✓ embalagens descartáveis (produzidas a partir de poliestireno).
DIVISÃO DA INDÚSTRIA
Produtores de Terceira Geração
➢ Os produtores de terceira geração fabricam vários bens de consumo e
industriais, inclusive recipientes e materiais de embalagem, tais como
sacos, filme e garrafas, tecidos, detergentes, tintas, autopeças, brinquedos
e bens de consumo eletrônicos. Existem mais de 5.000 produtores de
terceira geração operando no Brasil.
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COMPLEXO PETROQUÍMICO
COMPLEXO PETROQUÍMICO
➢ Principais empresas petroquímicas brasileiras:
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COMPLEXO PETROQUÍMICO
➢ Configuração atual da Braskem
COMPLEXO PETROQUÍMICO
➢ Configuração atual da Braskem Jornal O Globo
Dia 12/08/2018
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MATÉRIAS PRIMAS PRINCIPAIS
➢ Nas jazidas de hidrocarbonetos, os fluidos (óleo, água e gás) se
distribuem em três camadas (em função das suas diferentes
densidades)
➢ A quantidade relativa de cada fase determina o tipo de
reservatório
GásGás
Óleo + GásÓleo + Gás
ÁguaÁgua
Gás Livre
Gás em Solução GásGás
Óleo + GásÓleo + Gás
ÁguaÁgua
Gás Livre
Gás em Solução
Reservatório Produtor de Óleo Reservatório Produtor de Gás
PETRÓLEO
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PETRÓLEO 
Separação e 
Tratamento de Óleo
Tratamento da Água 
Produzida
Descarte
Reinjeção
Exportação de Óleo 
(REFINARIA)
Elevação Artificial
Gás Combustível
Exportação de Gás
Compressão e 
Tratamento de Gás
REFINARIA
➢ O refino do petróleo compreende uma série de
operações físicas e químicas interligadas entre si que
garantem o aproveitamento pleno de seu potencial
energético através da geração dos cortes, ou produtos
fracionados derivados, de composição e propriedades
físico-químicas determinadas.
➢ Refinar petróleo é, portanto, separar suas
frações e processá-las, transformando-o em
produtos de grande utilidade.
➢ Na instalação de uma refinaria, diversos fatores
técnicos são obedecidos, destacando-se sua
localização, as necessidades de um mercado e o tipo
de petróleo a ser processado.
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REFINARIA
➢ A escolha da região onde as unidades devem ser instaladas
depende de critérios técnicos, mas pode ser fortemente
influenciada pelas ações de empresários e governo.
➢ Os principais aspectos a ser considerados na instalação das 
unidades são:
✓ Proximidade do mercado consumidor
✓ Proximidade das fontes de matérias-primas
✓ Existência de meios de transporte
✓ Existência de recursos externos
✓ Mão-de-obra disponível e capacitada
✓ Escolha da micro-localização
REFINARIA
❖ Uma refinaria de petróleo, ao ser planejada e construída, pode
destinar-se a dois objetivos básicos:
✓ produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas;
▪ Maioria dos casos – a demanda por combustíveis é muitíssimo
maior que a de outros produtos.
✓ produção de lubrificantes básicos e parafinas.
▪ grupo minoritário cujo objetivo é a maximização de frações
básicas, lubrificantes e parafinas
▪ Estes produtos têm valores agregados cerca de duas a três vezes
maiores que os combustíveis
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REFINARIA
➢ A destilação atmosférica é normalmente a etapa inicial de
transformação realizada em uma refinaria de petróleo, após
dessalinização e pré-aquecimento.
➢ Tem por finalidade separar os subprodutos do petróleo, de acordo
com os seus respectivos pontos de ebulição.
REFINARIA
➢ Os principais derivados do petróleo e seus usos são mostrados 
na tabela abaixo
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/12/destilacao-petroleo.jpg
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MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ Para obter estas matérias, a indústria petroquímica utiliza os
procedimentos de “cracking” ou fracionamento de moléculas
pesadas em moléculas mais leves e o “reforming” ou modificação
da estrutura de moléculas do hidrocarboneto
➢ As principais matérias-primas base são as presentes no gás
natural, e nas naftas: olefinas leves (etileno, propileno e butenos) e
aromáticos
➢ Geralmente, altos investimentos são feitos em plantas que
utilizam matérias-primas mais pesadas, que requerem
craqueamento para obtenção dos produtos petroquímicos básicos.
MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ Ao se utilizar uma matéria-prima pesada consegue-se uma maior
variedade de co-produtos.
Quanto mais 
leves forem as 
matérias primas 
Investimentos 
menores
Menor variedade 
de co-produtos
➢ Com qualquer matéria-prima, o craqueamento pode ser realizado
com a finalidade de obter uma alta seletividade com produção
máxima de olefinas e aromáticos e produção mínima de metano e
hidrocarbonetos lineares com mais de cinco átomos de carbono.
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MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ Processo de fracionamento(crackers) da nafta ou do gás natural
Etano
Propano
Butano
Nafta
Eteno
Propeno
Buteno
Butadieno
Benzeno
Tolueno
➢ Pode ainda se utilizar o carvão e o álcool etílico para a produção
de produtos petroquímicos
MATÉRIAS PRIMAS BASE
Diferentes tipos de matéria-prima resulta em diferentes produtos
no processo de fracionamento
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MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ A principalmatéria prima para a produção de petroquímicos
básicos é a nafta
➢ Responsável pela produção de aproximadamente 47% dos
produtos petroquímicos no mundo e 86% dos produtos no Brasil
➢ A nafta é um derivado do petróleo, obtida no processo de
destilação, sendo composta por hidrocarbonetos com ponto de
ebulição na faixa de 28ºC a 220ºC
➢ Pode receber cortes diferentes nas refinarias e, dependendo do
ponto de corte na coluna de destilação, a nafta pode ser chamada
de leve ou pesada
MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ Os petróleos mais leves, com maior grau API, possuem maior
rendimento em nafta do que os petróleos mais pesados, como o
Marlim.
➢ Desse modo, a produção de nafta está intimamente relacionada à
utilização de crus mais leves e ao aumento da capacidade de refino
no país.
➢ Rendimentos (%V) em nafta de diferentes tipos de petróleo:
Petróleo Brent Árabe Leve Marlim
°API 38 34 19,3
Nafta (%V/V) 37 17 9
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MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ A maior parte das unidades de craqueamento a vapor procura
operar com naftas com ponto de ebulição da ordem de 177°C. Dessa
maneira, consegue-se alcançar maiores rendimentos em produtos
mais nobres (como eteno e propeno), de maior valor agregado
➢ A parafinicidade é um parâmetro de qualidade para a nafta
petroquímica.
➢ Quanto maior a parafinicidade, maior será a qualidade da nafta
para os fins petroquímicos.
➢ Dependendo do tipo de petróleo do qual foi extraída, a nafta pode
ser classificada em dois tipos: parafínica e naftênica.
MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ As cargas mais leves são responsáveis pela produção das naftas
mais parafínicas, enquanto os petróleos mais pesados produzem
naftas de baixa qualidade.
➢ A nafta parafínica, especialmente as com grandes quantidades de
cadeias normais, apresenta uma maior facilidade para o
craqueamento térmico
➢ A nafta parafínica é mais adequada para a produção de
olefinas, como eteno e propeno
teor de n-
parafinas
rendimento 
em eteno
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MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ A nafta naftênica é normalmente utilizada para cargas de
reformas catalíticas, unidades para produção de reformado de alta
octanagem para serem adicionados à gasolina ou para a produção
de aromáticos (benzeno, tolueno, xilenos)
➢ Devido às características físico-químicas dos hidrocarbonetos
que a compõem, naftas leves são, geralmente, parafínicas e naftas
pesadas são naftênicas.
➢ Os novos projetos utilizam matérias-primas alternativas à nafta,
como C2 e C3, extraídos do gás natural (caso da Riopol), e correntes
de refinarias (caso da PQU – Petroquímica União - SP)
MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ A nafta parafínica é mais
adequada para a produção de
olefinas, como eteno e propeno
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MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ Com base nos dados do estudo da ABIQUIM “Demanda de
matérias-primas petroquímicas e provável origem 2005 a 2015”, foi
possível fazer uma projeção da demanda e oferta de nafta para a
indústria petroquímica para os próximos anos
MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ O aumento da produção da nafta está diretamente
relacionado à qualidade do petróleo processado
➢ Com o aumento de processamento do petróleo nacional nas
refinarias (em substituição ao petróleo importado), há um
decréscimo no rendimento da nafta
Petróleo Brent Árabe Leve Marlim
°API 38 34 19,3
Nafta (%V/V) 37 17 9
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MATÉRIAS PRIMAS BASE - NAFTA
➢ Nafta
✓ 70% da nafta consumida poderia ser suprida pela Petrobras
✓ Apenas 30% da matéria-prima utilizada para a produção de
petroquímicos básicos deveria ser importada
MATÉRIAS PRIMAS BASE - NAFTA
NAFTA
Ind. 
Petroquímica
Pool de 
Gasolina
➢ Uma parte significativa da produção de nafta nas refinarias
nacionais está sendo encaminhada para compor o chamado “pool”
da gasolina (nafta é uma das correntes que entram na formulação
final da gasolina).
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MATÉRIAS PRIMAS BASE - NAFTA
➢ Motivação para essa estratégia:
- Nafta segue os preços internacionais;
- Gasolina segue os preços internos (mais baixos que os do
produto importado devido ao subsídio do governo)
✓ A Petrobras está utilizando a nafta produzida localmente para
fabricar a gasolina e importanto mais a nafta para abastecer a
indústria petroquímica
Petrobras importa a gasolina
pelo preço “normal (de
marcado) e vende no Brasil por
um preço menor (subsidiado
pelo governo)
Gerando prejuízo 
para a Petrobras
MATÉRIAS PRIMAS BASE - NAFTA
Volume de 7 milhões de toneladas
anuais de nafta por um prazo de 5
anos a preço de 102,1% da
referência internacional ARA*
*cotação da nafta nas cidades europeias de Amsterdã, Roterdã e Antuérpia
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MATÉRIAS PRIMAS BASE - NAFTA
Fevereiro 2018

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