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1 de 35 APRESENTAÇÃO Olá! Meu nome é Morgana Diefenthaeler e estarei com você nas matérias de LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO, disponibilizando um material aprofundado para ajudar você a conquistar o cargo dos seus sonhos. Para que você possa me conhecer melhor, vou resumir meu histórico profissional, especificamente na seara do Trânsito. Em 2014, com 18 anos, fui aprovada em dois concursos públicos: o de agente administrativo da Polícia Rodoviária Federal, e o de técnico judiciário – área administrativa no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ambos com lotação na cidade em que já residia: Porto Alegre/RS. Assumi meu cargo na PRF-RS em outubro de 2014, e, devido ao fato de estar cursando a faculdade de Direito, fui lotada no Núcleo de Apoio Técnico - NUAT, setor responsável por subsidiar o Superintendente Regional nas demandas internas, emitindo orientações técnicas, e nas demandas externas, emitindo respostas aos órgãos solicitantes – em sua maioria, Advocacia-Geral da União e Ministério Público Federal. No Núcleo, a principal atribuição envolvia o fornecimento de subsídios à AGU nas demandas judiciais que envolviam a PRF, as quais, normalmente, consistiam em processos judiciais em que se discutia a validade de Auto de Infração de Trânsito lavrado pela PRF-RS. Trabalhei no NUAT no período de outubro/2014 até outubro/2017 – ou seja, aproximadamente três anos, nos quais adquiri densa experiência com a legislação e a prática de trânsito da Polícia Rodoviária Federal. Foi nesse período que descobri a minha paixão pela área de trânsito. Após, fui lotada na Corregedoria Regional, área na qual trabalhei até junho/2018, quando assumi meu atual cargo do TRF4. Como servidora do Poder Judiciário, encontro-me novamente trabalhando com trânsito, mas dessa vez, sob outra perspectiva: atualmente, estou lotada no gabinete da Desª Vivian Caminha, integrante da 4ª Turma do TRF4, sendo responsável pela análise dos processos do gabinete que envolvam matéria de trânsito (PRF e DNIT) e outras multas administrativas. Sou bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, graduada em junho/2018 e com Trabalho de Conclusão de Curso 2 de 35 aprovado sob orientação do Prof. Dr. Juarez Freitas, com o seguinte título: “As formas de remessa das notificações no processo administrativo de imposição de penalidade de multa de trânsito”. Se você tiver interesse, pode conferir a íntegra do trabalho aqui. Por fim, em 2019 concluí minha Pós-Graduação em Direito de Trânsito na Verbo Jurídico. Tenha, primeiramente, um cuidado básico: selecione a legislação mais atualizada para estudar. A matéria de trânsito é extremamente volátil e está constantemente sendo alvo de modificações, sejam elas legislativas, regulamentares, ou até mesmo jurisprudenciais, nos casos em que os Tribunais modificam a interpretação de algum dispositivo. Tenho ciência disto, e estou aqui para ajuda-lo, portanto: Busque sempre no site do Planalto a versão mais atualizada do CTB, até a data de publicação do edital do seu concurso (lembre que qualquer alteração legislativa após a publicação do edital não é cobrada). Eu, particularmente, gosto de estudar a legislação não compilada, de forma a poder visualizar todos os dispositivos que foram alterados e comparar a redação anterior com a atual. Isso incrementa o estudo e é particularmente interessante à longo prazo. Para estudo de revisão, ou curto prazo, priorize a leitura da versão mais atualizada da lei. As resoluções do CONTRAN estão disponíveis no site do DENATRAN, porém, em sua maioria, não estão em arquivos unificados e atualizados. Pensando nisso, sempre disponibilizarei as Resoluções a você, em arquivo separado, para poupá-lo desse trabalho. Busque no material do seu curso, que você irá encontrar! Por fim, e para encerrar essa parte introdutória, gostaria de ressaltar algumas dicas gerais de estudos: Tenha sempre a legislação atualizada em mãos, e leia, com calma, pelo menos uma vez, os dispositivos que cairão na sua prova, para ter contato com a “letra fria” da lei, normalmente cobrada; Utilize as nossas aulas para entender o que a legislação está trazendo: não basta decorar o artigo (e você terá grande http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.php?nrb=001077129&loc=2018&l=67adba6bcaf6a174 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm https://www.infraestrutura.gov.br/resolucoes-contran.html 3 de 35 dificuldade para decorar todos os artigos), sendo necessário entender o funcionamento da lei como um todo, sabendo compreendê-la, interpretá-la e conectá-la em si mesma e com as demais matérias; Estudos demonstram que o aprendizado é potencializado quando você pratica o que foi aprendido, portanto, faça muitas questões! Dedique um tempo específico do seu estudo diário apenas para resolver questões. Para tanto, refaça as questões trazidas em aula e utilize a plataforma de questões para ter acesso a questões inéditas, cadernos e simulados específicos. Se precisar de orientações nesse sentido, não hesite em me procurar. Se você gosta de escrever, fazer resumos à mão ou imprimir os materiais, tente utilizar folhas de ofício amarelas nessas tarefas. Parece bobagem, mas a cor amarela ajuda a fixar o conteúdo que você está colocando no papel. Já parou para pensar por que é que usamos marca texto amarelo para grifar partes importantes? Abraça essa dica! 4 de 35 1- Introdução ao Código de Trânsito Brasileiro Antes de iniciarmos o estudo das matérias específicas, vamos a uma brevíssima introdução acerca do Código de Trânsito Brasileiro. O Código de Trânsito Brasileiro – CTB foi instituído pela Lei Federal nº 9.503/97, publicado em 24/09/1997 e retificado em 25/09/1997 no Diário Oficial da União. O CTB é produto do exercício da competência privativa da União para legislar sobre trânsito, trazida pelo art. 22, XI, da Constituição Federal: O CTB é constituído por um total de 341 artigos e 2 anexos, encontrando- se assim estruturado: As DISPOSIÇÕES PRELIMINARES constituem os 4 primeiros artigos do CTB, cuja função é apresentar o Código e dar as linhas gerais de entendimento e funcionamento desta Legislação. Aqui iremos destrinchar esses 4 artigos que, apesar de parecerem tão pequenos, possuem enorme relevância para a sua aprovação e orientarão todo o entendimento do restante da matéria. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XI - trânsito e transporte; Art. 1º ao art. 290 Parte Administrativa Art. 291 ao art. 312 Parte Criminal Art. 313 ao art. 341 Disposições Finais e Transitórias Anexo I - Conceitos e Definições Anexo II - Sinalização de Trânsito 5 de 35 6 de 35 2- ABRANGÊNCIA DO CTB A abrangência do CTB, também chamada de territorialidade, está contida no art. 1º do CTB: Veja que o artigo pode ser dividido em 3 partes, que iremos estudar separadamente, para facilitar a sua compreensão! Qualquer Natureza O que significa “trânsito de qualquer natureza”? Significa que o CTB abrangerá todos os tipos de circulação nas vias, seja de veículos, pessoas, animais; sejam elas lícitas ou ilícitas (se relacionem a aspectos criminais ou administrativos) Vias Terrestres do Território Nacional Aqui temos 2 conceitos diferentes: vias terrestres e território nacional. As vias terrestres serão estudadas ainda nesta aula, em tópico adiante! Estudaremos o conceito de vias e as suas respectivas classificações. Quanto ao território nacional, o CTB regula apenas as vias que se encontram dentro do Brasil! Ou seja, mesmo que uma via possua continuação para fora do Brasil (caso que ocorre muito em rodovias federais), a partir da fronteira, não há mais ingerência do CTB. Abertasà Circulação O CTB só regula as vias que são abertas à circulação do público. Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. 7 de 35 Assim, e como estudaremos adiante, mesmo que uma via esteja localizada dentro de uma propriedade privada, ela poderá sofrer a regulação do CTB. Não confunda vias públicas com vias abertas à circulação do público! Veja no gráfico a seguir o significado de cada uma. 2.1- Conceito de Trânsito O trânsito é o objeto do CTB. Mas o que é “trânsito”? O próprio CTB traz essa resposta, no art. 1º, §1º: Ou seja, trânsito é um conceito definido ao redor de três elementos: O trânsito compreende a atividade de utilização das vias. Vias Públicas • São as vias de propriedade do poder público Vias abertas à circulação do público • São as vias, não necessariamente públicas, podendo ser se propriedade privada, mas que sejam acessíveis ao público em geral § 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. • Utilização das viasO quê? • pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não Por quem? • circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga Para quê? 8 de 35 As vias são utilizadas pelos seus usuários. Para fins de definição de trânsito, os usuários das vias são todos os tipos de: Pedestres; Veículos; Animais Quanto aos animais, estes podem estar: Sozinhos, ou não Conduzidos, ou não A utilização das vias por estes usuários compreende as atividades de: o Circulação A circulação, por ser um conceito menos técnico e mais intuitivo, consiste na movimentação dos usuários nas vias de trânsito, seja através de veículos, seja a pé. o Parada A parada, segundo o Anexo I do CTB, é a imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros. o Estacionamento Estacionamento, na definição trazida no Anexo I do CTB, é a imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros. Utilização das vias Circulação Parada Estacionamento Carga e Descarga 9 de 35 O fator que distingue a parada do estacionamento é justamente o tempo necessário para embarque ou desembarque de passageiros. Tanto parada quanto estacionamento são definidos em razão do tempo necessário para embarque e desembarque de passageiros. Quando a operação em tela envolver carga e descarga (aqui incluindo-se cargas e animais), sempre se considerará que o veículo está estacionado – mesmo que a imobilização seja somente para o tempo de carga ou descarga!! o Carga e Descarga Segundo o CTB, a operação de carga e descarga é imobilização do veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com circunscrição sobre a via. Esquematizando.... (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) De acordo com o art. 1.º do C.T.B., considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, A) isoladas ou em grupos, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. B) veículos, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, estacionamento e operação de carga ou descarga. C) veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. D) veículos, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Embarque e Desembarque Passageiros Parada ou Estacionamento Operação de Carga e Descarga Carga ou Animais Estacionamento 10 de 35 E) veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada e operação de carga ou descarga. Comentário: A questão traz a literalidade do art. 1º, §1º, do CTB e tenta confundir o candidato ao trocar palavras-chave do conceito: Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Gabarito: C 2.2- Direito de Todos e Dever dos órgãos e entidades do SNT Este tópico é bastante intuitivo, de forma que pela leitura já é possível compreender sua essência: A emenda constitucional nº 82/2014 elevou a segurança viária ao status de direito constitucional, nos moldes já previstos pelo CTB: § 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. 11 de 35 O CTB traz uma escala de cuidados que devem ser observados pelos usuários das vias, os quais são responsáveis pelo cuidado uns com os outros. O velho chavão: “o maior cuida do menor”. Os veículos de maior porte são responsáveis pelos de menor porte Todos os motorizados são responsáveis pelos veículos não motorizados E todos são responsáveis pela segurança dos pedestres. 12 de 35 3- RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO Primeiramente, vamos ler o que o art. 3º do CTB traz acerca da responsabilidade dos órgãos de trânsito: Responsabilidade Objetiva ou Subjetiva? A responsabilidade administrativa trazida na Constituição Federal é, tradicionalmente, objetiva para os atos da Administração Pública e subjetiva para as omissões. Aqui não nos alongaremos nas considerações acerca da responsabilidade civil pública, pois esta constitui matéria de Direito Constitucional e Administrativo, mas revisaremos brevemente o regime de responsabilidade administrativa tradicional e qual a sua diferença para o regime de responsabilidade dos órgãos de trânsito. A responsabilidade das pessoas de direito público está disposta tanto na Constituição Federal quanto no Código Civil: § 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro. CF, Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. CC, Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver por parte destes, culpa ou dolo.” 13 de 35 Adotou-se, com isso, a teoria da responsabilidade objetiva da Administração,a qual possui o dever de indenizar pelos danos causados em decorrência dos atos praticados. Assim, basta provar a existência da ação pública, do dano, e do nexo causal entre eles: A responsabilidade administrativa não necessariamente advém de atos ilícitos: ela pode ser proveniente da prática de atos lícitos também! Até agora falamos de atos praticados pela Administração, mas.... E quanto às omissões? Nesse caso, em que pese a existência de divergências doutrinárias e jurisprudenciais, o entendimento majoritário ainda é o de que há, nesse caso, a necessidade de comprovar que houve DOLO ou alguma das modalidades de CULPA, enquadrando-se na teoria da responsabilidade subjetiva da Administração: Indenização Nexo Causal Ação Dano Responsabilidade Objetiva da Administração 14 de 35 Quanto à responsabilidade específica dos órgãos e entidades integrantes do SNT, não há essa diferença entre ação e omissão: independente do que tenha ocorrido, a previsão do CTB é de que a responsabilidade será sempre objetiva! Ou seja, não há necessidade de comprovar o dolo ou a culpa dos órgãos do SNT, bastando a comprovação do dano, do nexo causal e da ação/omissão/erro. Lembre-se, entretanto, que pode haver a ocorrência de alguma das hipóteses de excludente ou mitigação de responsabilidade: culpa exclusiva da vítima; culpa exclusiva de terceiro; caso fortuito ou força maior ou culpa concorrente! Omissão Dano Nexo causal Dolo ou Culpa Indenização • Ação • Omissão • Erro na execução e manutenção Dano Nexo Causal DIREITO À INDENIZAÇÃO PELOS ÓRGÃOS DO SNT! Responsabilidade Subjetiva da Administração Responsabilidade Objetiva dos Integrantes do SNT 15 de 35 Nesses casos, a responsabilidade do órgão público é completamente afastada, ou então, mitigada. Em um exemplo prático: imagine que um usuário está transitando por uma rodovia federal, dentro da velocidade regulamentada quando se depara com um redutor de velocidade, do tipo “quebra molas”, que não estava sinalizado. Ao frear e tentar desviar do redutor, o usuário termina por perder o controle do veículo, vindo a se acidentar. Estava, entretanto, transitando sem o cinto de segurança. Neste caso: Há a responsabilidade do órgão responsável pela sinalização da rodovia; A responsabilidade do órgão público é mitigada pela culpa concorrente da vítima, haja vista que, caso estivesse utilizando o cinto de segurança, os danos sofridos teriam sido menores. Acerca dos problemas na sinalização, o art. 90, §1º do CTB atribui que a responsabilidade por falta, insuficiência ou incorreta colocação de sinalização será do responsável pela sinalização da rodovia: Apenas para ressaltar desde já, o responsável pela sinalização da via é, em regra, o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via, mas há uma exceção, que se relaciona às vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo, em que a responsabilidade pela sinalização é do proprietário do estabelecimento: Art. 90 […] § 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação. Art. 80 […] § 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) 16 de 35 (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito respondem por danos causados aos cidadãos, no âmbito de suas respectivas competências, (A) subjetivamente, por ação, omissão ou erro na execução de suas ações. (B) objetivamente, apenas por ação ou omissão em suas ações. (C) subjetivamente, por ação ou omissão em suas ações. (D) objetivamente, por ação, omissão ou erro na execução de suas ações. (E) nem objetiva nem subjetivamente em suas ações. Comentário: A responsabilidade dos órgãos de trânsito é sempre objetiva, independente de se tratar de ação, omissão ou erro. ATENÇÃO à alternativa “B”, que tentou confundir o candidato, ao colocar que a responsabilidade se referia ‘apenas’ à ação ou omissão. Lembre-se que o CTB traz a hipótese do erro também! Gabarito: D 17 de 35 4- PRIORIDADE DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO O CTB traz uma prioridade para todas as ações dos integrantes do SNT, que é a Defesa da Vida. A vida está em primeiro lugar no trânsito, de forma que todas as ações, sejam elas regulamentadoras, fiscalizatórias ou punitivas, devem estar alinhadas com esse objetivo principal. Em última análise, a preservação da vida relaciona-se diretamente com a redução do número de acidentes de trânsito, pois são essas ocorrências as responsáveis por ceifar as vidas dos usuários. Ainda, como veremos adiante, relaciona-se, também, com a preservação ambiental (a flora e a fauna também são aspectos da vida que deve ser protegida). Nesse sentido, a defesa da vida pode ser considerada como um princípio basilar do trânsito. Para contextualizar, imagine alguns exemplos práticos: o A Polícia Rodoviária Federal precisa escolher os trechos em que irá montar uma blitz de trânsito. Para isso, pode considerar, por exemplo, os trechos com maior índice de acidentalidade; o O órgão de trânsito municipal, responsável pela instalação da sinalização de regulamentação, ao observar que em determinado trecho houve um aumento do número de acidentes, deverá estudar o local e melhorar as sinalizações existentes, buscando a redução desse índice. Leia agora o dispositivo legal trazido pelo CTB sobre o assunto: PRIORIDADE do SNT é diferente de OBJETIVOS do SNT, bem como das COMPETÊNCIAS de cada integrante do SNT, que são objeto de aula específica sobre o assunto. Cuidado para não confundir! § 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente. 18 de 35 Você deve ter notado que o artigo traz duas nuances acerca do princípio da defesa da vida: a preservação da saúde e do meio ambiente. (VUNESP - 2013 - DETRAN-SP - Oficial de Trânsito) Os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, nos termos do art. 1.º, § 5.º do C.T.B, darão (A) prioridade em suas ações à defesa da vida, à preservação da saúde e do meio ambiente. (B) prioridade em suas ações à defesa da vida, à segurança, à preservação da saúde e do meio ambiente. (C) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança e à preservação do meio ambiente. (D) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança, à preservação da saúde e do meio ambiente. (E) preferência em suas ações à defesa da vida, à segurança, à circulação, à preservação da saúde e do meio ambiente. Comentário: A questão cobra a literalidade do art. 1º, §5º, do CTB! Atente-se para termos como “prioridade” e “preferência”, para não cair em “pegadinha”. Gabarito: A Defesa da vida Preservação da saúde Preservação do meio ambiente PRIORIDADE das ações do SNT 19 de 35 5- VIAS TERRESTRES Já vimos que a utilização das vias terrestres se relaciona intimamente com o conceito de trânsito. 5.1- Conceito de Via Antes de mais nada, vamos definir o que é uma via (Anexo I do CTB): Ou seja, a via, primeiramente, é uma superfície. Sobre essa superfície, podem transitar veículos, pessoas ou animais. Ainda, a via é composta de diversos elementos, dentre os quais se incluem a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. O que são veículos, pessoas e animais, nós já sabemos... Vamos focar no conceitodos componentes da via, novamente extraídos do Anexo I do CTB. Note que cada componente possui uma definição e uma finalidade diferente: Pista- parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. Calçada- parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. Acostamento- parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. Ilha- obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção. VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. 20 de 35 Canteiro Central- obstáculo físico construído como separador de duas pistas de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício). A pista destina-se, normalmente, para o trânsito de veículos. Há hipóteses, entretanto, em que se admite a circulação de pedestres. Ou seja, não é exclusiva para a circulação de veículos. Em diferente situação está a calçada: ela é reservada para a circulação de pedestres. 5.2- Tipos de Vias Terrestres Veja o que dispõe o art. 2º sobre as vias terrestres: Você deve ter notado que há vários tipos de vias terrestres, quais sejam, as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias. Mas qual o conceito de cada uma delas e as diferenças respectivas? Vamos inicialmente tomar emprestadas algumas definições trazidas pelo Anexo I do CTB: Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 21 de 35 Em sua totalidade, as vias terrestres são: Tenha atenção ao disposto no parágrafo único desse artigo do CTB! As vias terrestres não são apenas aquelas listadas no caput... Há ainda mais três vias, muito cobradas em prova por não serem tão intuitivas! Vamos analisar? Leia primeiro o que diz a legislação: • espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, parques, áreas de lazer, calçadões. LOGRADOURO PÚBLICO • via rural não pavimentada.ESTRADA • via rural pavimentada.RODOVIA ruas avenidas logradouros caminhos passagens estradas rodovias Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 22 de 35 Você notou que há duas vias ali que são vias privadas, porém, abertas à circulação do público? Atenção a elas! Praias abertas à circulação pública [PÚBLICA] Vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas [PRIVADA] Vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo [PRIVADA] As áreas portuárias também constituem vias terrestres passíveis de fiscalização! Veja o que diz o art. 7º-A do CTB: Para ilustrar algumas peculiaridades, vamos tomar por exemplo um posto de gasolina. Os postos de gasolina, em sua totalidade, NÃO SÃO vias terrestres! Pela redação do art. 2º, parágrafo único, do CTB, são consideradas como “vias Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessionária de porto organizado poderá celebrar convênios com os órgãos previstos no art. 7o, com a interveniência dos Municípios e Estados, juridicamente interessados, para o fim específico de facilitar a autuação por descumprimento da legislação de trânsito. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) Também são vias terrestres praias abertas à circulação pública vias internas condominiais vias e áreas de estacionamentos privados de uso coletivo áreas portuárias 23 de 35 terrestres” as VIAS e as ÁREAS DE ESTACIONAMENTO dos estabelecimentos privados de uso coletivo. Ou seja, não é o estabelecimento inteiro, mas sim, as suas vias de circulação e as áreas de estacionamento (em que os veículos não circulam, mas permanecem estacionados). E quem pode fiscalizar esses locais? A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via. Essa competência, conforme o CTB, é dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios (art. 24, VI), podendo autuar e aplicar penalidades, nestes locais, SOMENTE para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos: Perceba que a inclusão das “vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo” no rol de vias terrestres foi feito pela Lei nº 13.146/2015, a qual instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Essa lei, na parte de trânsito, visou regulamentar a questão do ESTACIONAMENTO para os deficientes, esclarecendo a legislação nesse sentido e abrindo a possibilidade de os órgãos de trânsito autuarem pessoas que estacionassem indevidamente na vaga destinada às pessoas com deficiência. À título de curiosidade, veja o que diz seu art. 47, na redação dada pela Lei nº 13.281/16: VI – executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edificações de uso público e edificações privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis e as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular do poder de polícia de trânsito, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso coletivo, somente para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) 24 de 35 (UFMT - 2015 - DETRAN-MT - Auxiliar do Serviço de Trânsito) De acordo com a Lei N.º 9.503/1997, Código de Trânsito Brasileiro (CTB), NÃO são vias terrestres: A) Praias privadas. B) Vias internas pertencentes aos condomínios. C) Ruas. D) Estradas. Comentário: Apenas as praias abertas à circulação pública enquadram- se como vias terrestres, as praias privadas, na medida em que não são abertas ao público, não. Veja o que diz o CTB: Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) Gabarito: A Art. 47. Em todas as áreas de estacionamento abertoao público, de uso público ou privado de uso coletivo e em vias públicas, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoa com deficiência com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados. § 3º A utilização indevida das vagas de que trata este artigo sujeita os infratores às sanções previstas no inciso XX do art. 181 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) 25 de 35 5.3- Classificações das Vias Terrestres Cada tipo de via terrestre pode ser enquadrado em uma ou mais classificações. Veja as definições do Anexo I do CTB: As vias urbanas são, ademais, separadas entre vias de trânsito rápido, vias arteriais, vias coletoras e vias locais. Veja as definições e diferenças entre cada uma no quadro abaixo: VIA RURAL • estradas e rodovias. VIA URBANA • ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão. 26 de 35 Para fins de prova, saber a classificação de uma via é particularmente importante para definir a velocidade máxima e mínima que poderá ser desenvolvida nessa via. O estudo dessas velocidades, entretanto, será visto em outra aula. As diferenças entre os tipos de vias são basicamente relativas à presença ou não se semáforo e de interseções em nível. A definição de interseção é a seguinte: todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. Vias urbanas Trânsito rápido caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível. Arterial caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. Coletora destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. Local caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. 27 de 35 [FCC – TÉC. SEGURANÇA E TRANSPORTES - TRT 6ª – 2012] Via caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível é caracterizada como: (A) via arterial. (B) via de trânsito rápido. (C) estrada. (D) via local (E) passarela Comentário: A questão aborda as definições acerca dos conceitos das vias, expostas no Anexo I do CTB. Gabarito: B POSSUI SEMÁFORO? NÃO SIM SIM NÃO POSSUI INTERSEÇÃO? NÃO SIM SIM SIM TIPO RESULTANTE Trânsito Rápido Arterial Coletora Local 28 de 35 6- APLICAÇÃO DO CTB O art. 3º do CTB prevê a quem são aplicáveis as suas disposições: Assim, o CTB é aplicável tanto a pessoas (proprietários, condutores), quando a coisas (veículos), nacionais ou estrangeiros, desde que estejam circulando nas vias no território nacional. Se um veículo ou uma pessoa estrangeira estiver circulando pela via dentro do território nacional, ela sofrerá a influência do CTB? SIM, mesmo sendo estrangeira! Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente mencionadas 29 de 35 7- ANEXO I DO CTB O Anexo I do CTB traz uma série de conceitos que são utilizados ao longo do Código. A leitura e compreensão destes conceitos é fundamental para o estudo do CTB, pois ao longo do texto normativo, são utilizados apenas os termos técnicos, sem retomar, a todo momento, a definição de cada um deles. Ainda, por serem tratados diferentes tipos de vias, veículos e outros termos técnicos, é comum que a banca tente causar confusão, trocando os conceitos e tentando levar os candidatos a erro. Veja o que diz o art. 4º: Assim, sempre que for aplicável, trarei os conceitos trazidos no Anexo I para dentro do material, em quadros de destaque. Você irá notar que a leitura do Anexo I é bastante intuitiva, técnica e esclarecedora. Não deixe de lê-lo por inteiro! Aqui, trago alguns dos conceitos mais importantes e “problemáticos”, essenciais para esse momento inicial, os quais serão oportunamente comentados nas respectivas aulas. Por enquanto, apenas os leia: Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. 30 de 35 AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento. AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha a função específica de proporcionar maior segurança ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que possam colocar em risco sua integridade física e dos demais usuários da via, ou danificar seriamente o veículo. FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas neste Código INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o nascer do sol. OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir as interferências tais como veículos quebrados, acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e condutores. 31 de 35 Quem faz PATRULHA é a Polícia Rodoviária Federal. Quem faz Policiamento Ostensivo são as Polícias Militares. As Operações de Trânsito relacionam-se à Engenharia de Tráfego. A Fiscalização é o exercício do poder de polícia administrativa de trânsito – não necessariamente exercida por um órgão policial! Pode ser o órgão municipal. PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de regulamentação pelo órgão ou entidade competente com circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de direção, tipo de estacionamento, horários e dias. SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres. SINALIZAÇÃO - conjuntode sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam. RENAVAM Registro Nacional de Veículos AutoMotores RENAINF Registro Nacional de INFrações RENACH Registro Nacional de Condutores Habilitados. 32 de 35 8- ADENDO: ANEXO II do CTB Lá no início desta aula, referi que o CTB possuía dois Anexos, você recorda? O primeiro anexo, como vimos no capítulo anterior, refere-se aos conceitos e definições dos termos usados na legislação. Já o segundo anexo, refere-se à regulação dos sinais de trânsito estipulados no art. 87 do CTB: Originalmente, o Anexo II fora aprovado junto com o corpo do CTB, assim como o Anexo I. Posteriormente, entretanto, e seguindo a orientação do art. 336, ele passou a ser regulamentado por Resolução do CONTRAN: Dessa forma, Anexo II do CTB, encontra-se, desde o ano de 2004, instituído e regulamentado pela Resolução nº 160/2004 do CONTRAN, e suas respectivas alterações. O Anexo II regula as sinalizações de trânsito, aprofundando os sinais trazidos pelo art. 87 do CTB, e encontra-se estruturado da seguinte forma: Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: Verticais Horizontais Dispositivos de sinalização auxiliar Luminosos Sonoros Gestos do agente de trânsito e do condutor Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e obedecidos os padrões internacionais. 33 de 35 ANEXO II DO CTB 1. SINALIZAÇÃO VERTICAL 2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL 3. DISPOSITIVOS AUXILIARES DE SINALIZAÇÃO 4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA 5. SINALIZAÇÃO DE OBRAS 6. GESTOS 7. SINAIS SONOROS 34 de 35 Você gostou deste material? Confira no site do EXPONENCIAL CONCURSOS todas as opções de cursos e apostilas, com muita esquematização e resolução de questões!! Para acessar, clique aqui! https://www.exponencialconcursos.com.br/produto/legislacao-de-transito-policial-prf#af=mg2&acid=5e28edcc 35 de 35 9- Referências Bibliográficas CIRINO, Paulo André da Silva. Legislação de Trânsito. Coleção Sinopses para Concursos. V. 48. Coord. Leonardo Garcia. Salvador: Editora JusPodivm, 2018. GOMES, Ordeli Savedra. Código de Trânsito Brasileiro Comentado e legislação complementar. 13. Ed. Curitiba: Juruá, 2018. LUZ, Valdemar P. da. Trânsito e veículos: responsabilidade civil e criminal. 7. Ed. Leme (SP): JH Mizuno, 2018. MACEDO, Leandro; MENDES, Gleydson. Curso de Legislação de Trânsito. 5. Ed. rev. Atual. e ampl. Salvador: Editora JusPodivm, 2018. PAULUS, Adilson Antonio; WALTER, Edison Luis. Manual de Legislação de Trânsito. 10. ed. rev. atual. ampl. Santo Ângelo (RS): Nova Geração do Trânsito, 2016.
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