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Resumo Exame Físico Ginecológico

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EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO
Anamenese
Histórico
- Menarca; pubarca; telarca; DUM; atividade sexual; uso de métodos contraceptivos
História Obstétrica
- Número de gestações
- Número de partos e abortamentos 
(Identificar tipos, idades e complicações).
Antecedentes Pessoais
- Doenças infectocontagiosas
- IST
Na história familiar, valoriza-se a ocorrência de tuberculose, de diabetes melito, neoplasias, endocrinopatias e anomalias genéticas, principalmente câncer de mama, do endométrio, do ovário e do cólon.
EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO
OBS: Paciente deve vestir avental com abertura para frente. Solicitar que esvazie a bexiga antes do início do exame.
Exame das Mamas
Inspeção estática 
Realizada com a paciente sentada, com os membros superiores dispostos paralelamente ao longo do tronco.
Observar:
- pele, contorno, forma, volume e simetria glandular, pigmentação da aréola, aspecto da papila, presença de abaulamentos ou de retrações, circulação venosa e presença de sinais flogísticos (edema e rubor).
O carcinoma inflamatório pode cursar com edema do tecido subcutâneo, descrito classicamente como pele em casca de laranja. A retração da papila, quando recente, é sinal de alerta para câncer. A aréola deve ser cuidadosamente examinada, pesquisando eczema, dermatite de contato e doença de Paget, que é um tipo de câncer de mama. Na pele, eventualmente pode-se observar lesões vesiculares típicas de infecção viral por herpes-zóster
Inspeção dinâmica
Solicita-se à paciente que eleve os braços acima da cabeça ou que pressione as asas dos ossos ilíacos, colocando as mãos na cintura e fazendo compressão. (tais manobras tornam mais evidentes as retrações e assimetrias, além de possibilitar a avaliação do comprometimento muscular pela neoplasia).
Palpação dos Linfonodos
Palpação Mamária
Na presença de nódulo palpável, definir localização, tamanho, consistência (fibroelástica, cística ou endurecida), superfície (regular, lobulada ou irregular) e aderência a planos superficiais ou profundos.
Expressão papilar
Terminada a palpação, faz-se uma delicada pressão no nível da aréola e da papila, identificando as características da secreção como coloração (sero-hemática, citrina, serosa, láctea, esverdeada ou acastanhada); se ocorre por ducto único ou múltiplo, se é espontânea ou provocada.
Exame do Abdome
O exame do abdome deve ser realizado com a paciente deitada, localizando e anotando os dados clínicos de acordo com a divisão em quadrantes.
Inspeção
À inspeção do abdome, avaliar:
■ Forma (normal, plano, obeso, globoso, escavado, de batráquio, em avental)
■ Abaulamento (assinalando a região em que se localiza, tamanho, forma, mobilidade, desaparecimento ou não com a contração da musculatura da parede abdominal)
■ Umbigo (normal, desviado, hérnia, inflamação, neoplasia, dermatose)
■ Pelos (disposição androide ou ginecoide, ausência, escassez, hipertricose)
■ Marcas e manchas (estrias, cicatrizes, manchas hiper ou hipopigmentadas, equimoses, petéquias, víbices, telangiectasias)
■ Circulação colateral (tipo porto-cava, cava superior, cava inferior, síndrome de Cruveillier-Baumgarten)
■ Movimentos e pulsações (movimentos respiratórios, pulsações, peristaltismo visível)
■ Lesões cutâneas.
Palpação
A palpação do abdome deve ser iniciada em regiões distantes da zona dolorosa. Deve-se fazer a palpação superficial e a profunda, avaliando-se espessura da parede, hiperestesia, dor provocada, defesa, contratura, tumor (forma, volume, consistência, mobilidade, sensibilidade, pulsações), tensão da parede abdominal, soluções de continuidade (orifícios herniários, diástase) e ruídos hidroaéreos (vasculejo, patinhação e gargarejo).
Percussão
Na percussão, investigam-se zonas de macicez e de timpanismo, presença de ascite.
Ausculta
Na ausculta, pesquisa-se a presença de ruídos hidroaéreos e de sopros.
Exame da Genitália 
Inspeção
Examina-se a vulva, o períneo e o ânus
Na vulva, observam-se implantação dos pelos, aspecto da fenda vulvar (fechada, entreaberta, aberta), umidade, secreções, hiperemia, ulcerações, distrofias, neoplasias, lesões cutâneas, distopias e malformações.
No períneo, investiga-se se está íntegro ou se há ruptura de I, II ou III grau, complicada com extensão ao esfíncter e ao canal anal, cicatrizes de episiorrafias ou perineoplastia.
No ânus, procuram-se hemorroidas, fissuras, prolapso da mucosa e malformações.
A seguir, o examinador entreabre os grandes lábios e passa a observar o clitóris, o óstio uretral, o hímen e o introito vaginal.
Solicitar à paciente fazer esforço – manobra de Valsava, observando se há protrusão das paredes vaginais ou do colo que denuncie a presença de distopia.
Exame especular
A etapa que se segue é a do exame especular, que tem como finalidade inicial a coleta de material para exame citológico, bacteriológico, cristalização e filância do muco cervical.
Após a coleta de material, devem ser analisados os seguintes itens: presença e aspecto das secreções, coloração, epitelização e superfície do colo, forma do orifício externo, lacerações, neoplasias, ulcerações, pólipos, aspecto do muco cervical e das paredes vaginais durante a retirada lenta do espéculo (para observação pormenorizada das paredes vaginais, recobertas pelo espéculo).
Toque vaginal
O toque vaginal pode ser unidigital, bidigital e combinado.
■ Toque unidigital. Por ser bem tolerado, deve ser o inicial, pois propicia a indispensável colaboração da paciente. A seguir executam-se as seguintes manobras: expressão da uretra, palpação das glândulas vestibulares e palpação das paredes vaginais, observando-se elasticidade, capacidade, extensão, superfície, irregularidades, sensibilidade e temperatura.
Ainda no toque unidigital, obtém-se uma primeira impressão sobre os fundos de saco e o colo do útero.
■ Toque bidigital. No toque bidigital, analisam-se o colo do útero e os fundos de saco vaginais. No colo do útero analisam-se orientação, forma, volume, superfície, consistência, comprimento, sensibilidade, mobilidade, orifício externo (puntiforme, entreaberto, permeável à polpa digital) e lacerações.
Nos fundos de saco, ou fórnices, verificam-se distensibilidade, profundidade, sensibilidade, se estão livres ou ocupados, rasos ou bombeados. Quando ocupados, definir se trata-se de tumoração sólida ou cística, dolorosa ou indolor, fixa ou não.
■ Toque combinado. O toque combinado é realizado da seguinte maneira: enquanto uma das mãos palpa o hipogástrio e as fossas ilíacas, a outra realiza o toque vaginal, retal ou o combinado (retovaginal).
O toque combinado é a melhor maneira de obter uma ideia tridimensional da pelve da mulher; confirma e complementa os dados obtidos com as técnicas anteriores.
■ Corpo do útero. Quanto ao corpo do útero, analisam-se sua posição, situação, forma, tamanho, consistência, superfície, mobilidade e sensibilidade.
O tamanho do corpo uterino é anotado em centímetros, em relação à cicatriz umbilical ou em comparação às semanas de gestação, no caso das grávidas.
A consistência pode ser normal, amolecida, dura, lenhosa ou pétrea. A superfície pode ser lisa, regular, nodular ou lobulada. As retroversões podem ser de primeiro, segundo ou terceiro graus, fixas ou móveis (apenas as fixas têm expressão clínica).
Anexos
O primeiro dado é se são palpáveis ou não, dolorosos ou indolores, de volume normal ou aumentado, com presença ou não de tumor. Se tiverem aspecto tumoral, verificam-se forma, volume, consistência, superfície, mobilidade e sensibilidade, fazendo-se o diagnóstico diferencial com as neoplasias do corpo uterino, principalmente as pediculadas e as neoplasias extragenitais. As manobras de mobilização do corpo uterino, instrumentais ou não, são de grande utilidade.
Toque retal
É um exame opcional na avaliação dos órgãos genitais internos, mas se torna indispensável quando é necessária a avaliação dos paramétrios. Deve-se também verificar a presença de afecções do canal anal ou do reto.

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