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RESUMO
DIREITO CIVIL I
(ATÉ A AULA 5)
A. 1
- Conceito de Direito das Obrigações
É uma relação JIP (JURÍDICA INTERPESSOAL e PROVISÓRIA ) estabelecida entre credor(es) e devedor(res), que tem por objeto uma ou mais prestações econômicas - positivas ou negativas - devida por este(s) a aquele(s), cujo adimplemento recai sobre o patrimônio do(s) devedor(es).
· É uma RELAÇÃO” – Aqui também poderia usar os termos “vínculo” ou (de forma mais jurídica) “Liame”
· jurídica...” (J do JIP) - muitas vezes um vínculo natural, como o de parentesco, mostra sua “face jurídica”, como ocorre na obrigação de prestar alimentos entre pais e filhos e outros parentes, como no direito sucessório (entre parentes) e há limes que que se mostram jurídicos continuamente
· INTERPESSOAL” (I do JIP) - Como já dito, o lime se dá entre pessoas, seja entre pessoas físicas, seja entre pessoas jurídicas ou entre aquelas e essas – mas sempre entre pessoas (sempre entre aqueles que possuem personalidade jurídica)
· PROVISÓRIA” (P do JIP) – O ideal do liame jurídico é ser provisório, é ser passageiro.							
· Estabelecida entre credor(es) e devedor(res)” - o vínculo JIP se estabelece entre dois “papeis” (credor e devedor) sendo que tais nomes se relacionam ao “papel principal” que cada um ocupa na relação e se há “papel principal” é porque também há papel secundário, pois, na relação obrigacional ninguém é apenas credor ou apenas devedor.
· Todo liame obrigacional tem uma ou mais prestações (que é ou são as obrigações que o ocupante ou ocupantes do polo devedor tem para o ocupante ou ocupantes do polo credor).
· Tal obrigação tem conteúdo ECONÔMICO, pois, o objeto ou objetos da obrigação a cumprir só têm interesse para o direito, só haverá liame jurídico na obrigação se, de alguma forma, o credor tiver interesse econômico na obrigação.
· A prestação ou prestações econômicas a serem cumpridas podem ser positivas ou negativas, isso é, podem consistir em uma ação (pagar, devolver, construir, consertar...) – o que não gera maiores dúvidas mas... 	As prestações negativas (que implicam em um não fazer por parte do devedor ou devedores), não são tão facilmente visualizáveis, em especial, em razão do requisito do conteúdo econômico – nem sempre é fácil de enxergar que há vantagem econômica em uma inação do devedor – mas ela tem que existir, sob pena deste vínculo não ser jurídico.
· Adimplir é cumprir fielmente a obrigação, já pagar significa entregar ou devolver algo (seja dinheiro, produto ou prestação de serviço) e nas obrigações negativas nada é entregue, afinal, o "pagamento" é feito por um não fazer, por esta razão se prefere ao termo adimplir do lugar de - pagar.
· Quando se afirma que o patrimônio garante as obrigações do devedor isso não é sinônimo de afirmar que é possível se retirar de uma pessoa todos os bens que tiver, presentes e futuros, até que a obrigação esteja cumprida: 
· Por outro lado, há obrigações que podem retirar da pessoa natural o único imóvel próprio que tem para morar e há outras obrigações (que são a maioria) onde isso não é possível.
· - Outro ponto a lembrar é que nem toda a relação entre pessoas forma liame jurídico, mas só aqueles que apresentarem as características da definição.
· Diferenças entre: responsabilidade, obrigação (ônus) e sujeição :
Ônus
	É a exigência que o sujeito pratique determinada conduta sob pena de não alcançar um benefício, ou eventualmente suportar uma desvantagem naturalmente esperada no caso.
	O ônus não é uma punição, uma pena extra que se soma à consequência natural de ter feito ou deixado de fazer que lhe competia.
Dever - É o comando imposto pelo direito objetivo, através do qual o sujeito deve observar determinada conduta, sob pena de sanção, trata-se de gênero do qual obrigação é espécie.
Obrigação
	É um termo restrito, aplicável à relação JIP que liga credor-devedor, e tem por objeto a prestação...
Sujeição
É aquele que decorre de um direito potestativo (aquele que a lei estabelece em favor de alguém contra outrem, restando a parte obrigada apenas se submeter).
FIGURAS HÍBRIDAS: OBRIGAÇÕES PROPTER REM; ÔNUS REAIS;
 OBRIGAÇÕES COM EFICÁCIA REAL. 
Obrigação Propter Rem - Este tipo de obrigação "cai" na chamada "zona cinzenta" que existe na linha divisória entre o direito pessoal e real, de tal forma que fica difícil classificá-la apenas como um ou como outro e, por isso, acaba sendo um misto de ambos os tipos de Direito).
	O detalhe das obrigações deste tipo é que o bem que garante a obrigação (com direito real) não é entregue espontaneamente pelo devedor ao credor, pois, o débito é considerado do próprio bem e não, exatamente, de seu proprietário e sendo o débito considerado do próprio bem, é o próprio bem que garante o pagamento!
ÔNUS REAL
Ter um bem gravado com “ônus real” em favor de outrem, significa que o proprietário passa a ter limitação nos seus direitos de propriedade sobre tal bem como, por exemplo, o direito de alienar o bem (que é um direito típico do proprietário) e que se perde quando está gravado com ônus real.
OBRIGAÇÕES COM EFICÁCIA REAL - A primeira observação a ser feita é que a "obrigação" aqui não é um direito real, mas tem apenas eficácia de direito real, isso porque, como veremos nos exemplos, a eficácia de direito real ocorrem em razão de negociação entre as partes (as partes combinam que haverá essa eficácia). Como já dito, as hipóteses de direito real são aquelas fixadas taxativamente no Art. 1225 do CC, assim, as partes não podem criar hipóteses novas de direito reais, mas se obrigar a criar eficácia de direito real isso é possível (porque foi algo negociado e como tal, se torna obrigatório).
FONTES DAS OBRIGAÇÕES: FONTE MEDIATA (ou secundária) E FONTE IMEDIATA (ou primária):
É considerada fonte das obrigações qualquer fato gerador da relação obrigacional, ou seja, qualquer acontecimento que vincule a pessoa do credor ao devedor por meio de uma prestação.
FONTE IMEDIATA OU PRIMÁRIA
A Lei
A principal fonte do todo o Direito no Brasil (e não apenas do DOb.) é a LEI, logo, o direito das obrigações tem por principal fonte a LEI.
FONTE MEDIATA OU SECUNDÁRIA
São fontes mediatas ou secundárias das obrigações (que também derivam da lei)
As fontes Mediatas são:
a) os atos jurídicos (stricto sensu), 
b) os negócios jurídicos (atos jurídicos negociais – ato jurídico lato sensu) e 
c) os atos ilícitos.
A. 2
Elementos constitutivos do Direito Obrigacional:
1 – Sujeitos (credor e devedor) da obrigação – elemento subjetivo
2 - PRESTAÇÃO devida (objeto da obrigação) – elemento objetivo
3 - VÍNCULO entre credor e devedor – elemento abstrato
Elemento Subjetivo - é composto por sujeito:
· Ativo (accipiens/credor/ titular subjetivo de crédito) e
· Passivo (solvens/devedor/ devedor subjetivo do crédito) 
Elemento Objetivo (ou material) – É a prestação debitória que sempre será uma conduta humana positiva (dar e fazer) ou negativa (não fazer) que represente conteúdo patrimonial para o credor.
· - A prestação é considerada o objeto imediato (também chamado de próximo ou direto) que é a atividade, a ação (ou inação) que o devedor irá tomar (ou não tomar) destinada a satisfazer o credor.
· O objeto mediato (indireto ou distante) será a resposta à seguinte pergunta: dar, fazer ou não fazer - o que? 
· A resposta indicará o objeto mediato, assim, se a resposta for, por exemplo: “dinheiro”, “o muro construído”, “o imóvel demolido” ou “não abrir estabelecimento comercial de mesmo ramo no mesmo bairro” – esses serão os objetos mediatos (que só se verificam em razão da ação ou inação do devedor). 
· - Mais uma vez é necessário lembrar (conforme visto em D.Cv. I) que o tal objeto mediato deve ser: possível, lícito, determinado ou determinável (inc. II do Art. 104 CC) 
· 	Obs1 - A prestação deve ter conteúdo direta ou indiretamente patrimonial, obrigações que não tenham tal conteúdo (como não comer carne na sexta feira santa ou se confessar com um padre) não deixam de ser obrigações (religiosas) mas não são obrigações jurídicas.
Obs2 - Não se deve confundir entre objeto daOBRIGAÇÃO (que é a prestação) com o objeto da PRESTAÇÃO (que é o bem, serviço ou abstenção pretendidos)!
ELEMENTO ABSTRATO ou IMATERIAL (o Vínculo Jurídico) – Como dito na aula passada, é a relação, o vínculo ou o liame que une sujeito ativo e passivo, conferindo ao primeiro o direito de exigir do segundo determinada prestação (assim como o vento, não é visível, mas existe).
Fazem parte do liame obrigacional: 
A - O direito à prestação (obligatio) / B - O dever correlato (solutio) /C - A Responsabilidade (que é diferente de Obrigação – v. prx. Slide) /D - A Limitação à liberdade individual do devedor (pelo fato do liame ser jurídico, se não houver cumprimento espontâneo e isso for reclamado ao Estado Juiz, esse coagirá o cumprimento) / E - A transitoriedade de tal vínculo (P do JiP).
O primeiro momento é aquele onde se cria o débito (quando “A” se compromete a fazer ou não fazer algo em favor de “B”) - o débito é chamado de Shuld que - se for cumprido espontaneamente e conforme o contratado, impede que haja o segundo momento, porém:
- Se o débito assumido não for saldado (sem uma ou mais razões legais) surge o segundo momento – Haftung – isso é, a responsabilidade, que faculta (direito subjetivo) o credor a acionar o Judiciário para que este faça cumprir a obrigação.
Obs – A possibilidade de surgir Responsabilidade, a partir de uma obrigação (ilegalmente) descumprida, revela duas curiosas situações:
- Pode existir Obrigação (shuld) mas não haver Responsabilidade e 
· Pode existir Responsabilidade (haftung) mas não existir Obrigação.
Assim, em sentido jurídico, primeiro surge a Responsabilidade pelo débito (Schuld) assumido com terceiro ou terceiros que, se não for espontaneamente adimplido, poderá fazer surgir a Obrigação (Haftung) forçada pelo Judiciário, no sentido de saldar o débito assumido.
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÕES CONSIDERADAS EM SI MESMAS
1 - Quanto ao Vínculo Obrigacional: a Obrigação pode ser:
- Perfeita/Imperfeitas: se apresentam tanto o débito quanto a responsa. são perfeitas e se não apresentar um deles é imperfeita.
- Moral: são obrigações auto impostas (por dever de consciência ou princípios morais) – não integram as relações obrigacionais.
Civil: é o vínculo jurídico transitório que confere ao credor o direito de exigir do devedor uma determinada prestação (e a própria relação JIP...)
2 - QUANTO A NATUREZA DA PRESTAÇÃO: A obrigação pode ser de:
- Dar: tem por objeto a entrega (ou a restituição) de uma coisa móvel ou imóvel, certa ou incerta (porém, determinável), pelo devedor ao credor.
Fazer: tem por objeto a realização de um ato ou a confecção de uma coisa pelo devedor no interesse do credor.
Não fazer: tem por objeto a abstenção lícita de um ato pelo devedor da qual resulta benefício patrimonial ao credor.
– Obrigações positivas: a prestação é uma conduta comissiva do devedor. São obrigações positivas as obrigações de dar e de fazer. 
Exp. obrigação de pagar determinada quantia em dinheiro.
– Obrigações negativas: a prestação é uma conduta omissiva.
Exp.: obrigação do locatário de não sublocar o imóvel a outrem.
3 - QUANTO AO OBJETO: A obrigação pode ser:
- Simples: são obrigações cuja prestação recai somente sobre uma coisa ou ato, ficando o devedor liberado após cumpri-la(o). 
Exp. Contratar uma viagem de Uber e contar com o serviço desejado.
- Alternativa: a obrigações têm por objeto duas ou mais prestações (oficiais), sendo que, o cumprimento de só uma delas, já libera o devedor. 
Exp. Corretor de Imóveis que se compromete a vender ou alugar o imóvel do cliente e cumpre uma das obrigações.
- Cumulativa: o devedor se compromete a várias prestações e só fica liberado após cumprir todas elas.
Exp. Fazer a fundação e “subir” as paredes.
- Facultativa: há uma obrigação oficial prevista mas se admite (no contrato) o cumprimento por obrigação diversa à escolha do devedor (sendo que o credor só pode exigir a prestação principal nunca a facultativa). 
Exp. O arrendatário de uma imóvel rural que se compromete a pagar arrendamento com dinheiro, mas que também pode pagar, com os frutos que irá produzir na terra arrendada.
- Líquida: são certas quanto à existência e determinadas quanto ao objeto.
Exp. Venda das cinco sacas de 50Kg de café dentre as que estão no armazém.
- Ilíquida: são obrigações cujo objeto depende de apuração (prestação incerta). Deve converter-se em líquida para que seja possível o seu cumprimento.
Exp. Venda de 5 cabeças de gado do rebanho (após a escolha das “cabeças” a obrigação se torna líquida). 
– Divisível: o objeto da prestação pode ser fracionado sem prejuízo de seu valor.
Exp.: se A e B são devedores de C na quantia de 1000 reais, A pode pagar 600 e B pode pagar 400 que a obrigação restará adimplida
– Indivisíveis: o objeto da prestação não pode ser fracionado
Exp. “A” e “B” devem um cavalo a “C”
4 - QUANTO À ESTRUTURA: A obrigação pode ser:
- Simples: “tudo um” (um devedor; um credor e uma prestação).
Exp. “A” vende para “B” uma moto.
- Complexa: “mais de um” - obrigação que tem mais de um devedor e/ou mais de um credor e/ou mais de uma prestação. 
Exp. Dever de prestar assistência à saúde (obrigação comum entre União, Estados e Municípios).
5 – QUANTO AOS SUJEITOS: Em razão da forma como a responsabilidade se divide ou pode ser exigida, quando há mais de um sujeito nos polos da relação obrigacional: 
- Fracionárias ou parciais: são obrigações em que há pluralidade de sujeitos nos polos sendo que cada devedor responde por sua parte da dívida e cada credor só pode exigir a sua respectiva quota (pressupõe, portanto, uma obrigação divisível - o que nos lembra de bens divisíveis e indivisíveis).
- Conjuntas ou unitárias: Neste caso, concorre uma pluralidade de devedores e/ou credores, impondo-se a todos o pagamento ou a cobrança conjunta de toda a dívida, não se autorizando a um dos credores exigi-la individualmente de um dos devedores e nem um dos devedores pretendo pagar apenas sua cota parte.
Disjuntivas: há mais de um devedor e o credor pode escolher de qual deles cobrará a prestação. Adimplida a obrigação por aquele que foi cobrado, estará ou estarão desonerados os demais.
Solidárias: são obrigações em que há pluralidade de credores ou devedores, cada um com direito ou obrigado à dívida toda (Art. 264 CC).
Exp. (solidariedade ativa): “A”, “B”, “C” são credores de “D”. Nos termos do contrato, o devedor deverá pagar a quantia de R$ 300.000,00, havendo sido estipulada a solidariedade entre os credores. Assim, qualquer dos três credores poderá exigir toda a divida de ”D”, ficando, é claro, aquele que recebeu o pagamento obrigado a entregar aos demais as suas respectivas partes.
- Ao pagar quaisquer dos credores, “D” se exonera. 
- Nada impede, que dois dos credores, ou até mesmo todos os três, cobrem integralmente a obrigação pactuada.
Exp. (solidariedade passiva) - A, B e C são devedores de D. Nos termos do contrato, os devedores encontram-se coobrigados solidariamente (solidariedade passiva) a pagar ao credor a quantia de R$ 300.000,00. 
	O credor poderá exigir de qualquer dos três devedores toda a soma devida, e não apenas um terço de cada um. Nada impede, outrossim, que o credor demande dois dos devedores, ou, até mesmo, todos os três, conjuntamente. 
- Se não forem cobrados todos em conjunto o devedor ou devedores que pagaram a integralidade da dívida terá ou terão ação regressiva contra o outro ou demais coobrigados, para ter restituída a respectiva cota parte.
- Conexas: são obrigações que, embora distintas entre si, devem ser prestadas ao mesmo credor, em uma ordem lógica.
6 – QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO: A obrigação pode ser cumprida de forma:
– Instantânea: o pagamento é feito de maneira integral, imediatamente após o surgimento da obrigação. 
Exp.: Comprar um lanche na cantina do Tio Luiz. Você escolhe, recebe o salgado escolhido e paga o preço.
- Periódica (execução continuada ou de trato sucessivo): se perfazem em atos reiterados num determinado espaço de tempo de forma ininterrupta ou sucessiva. 
De execução diferida: são obrigaçõescujo cumprimento devem ser realizado em um só ato, mas em momento futuro.
7 – QUANTO AO CONTEÚDO: A obrigação pode ser de:
– Meio: o devedor obriga-se a utilizar todo empenho e conhecimento a fim de dar cumprimento a obrigação, mas não se obriga a garantir o resultado aguardado, cujo resultado, em última análise, não depende do devedor.
Resultado: o devedor fica obrigado a atingir o resultado esperado e só se exonera da obrigação se o atingir.
8 – ELEMENTOS ACIDENTAIS: A obrigação pode ter ou não elementos acidentais (conFIção, FermiCo e Encargo). Deste ponto de vista são classificadas como: 
 - Pura e simples: não tem elementos acidentais – produzem efeito imediato.
- ConFIcional: A obrigação fica subordinada a eventos Futuros e Incertos, que pode ser: suspensivo (do início da obrigação) ou resolutivo (acaba com a Obrigação).
A T(F)ERM(iC)O: A obrigação fica subordinada a eventos Futuro e Certo, que pode ser Inicial (equivalente a Suspensivo pois, projeta para o futuro a Obrigação) ou Final (que equivale a Resolutivo, pois, acaba com a obrigação)
· COM ENCARGO OU MODAL: é obrigação que se encontra onerada por cláusula acessória que impõe ônus ao beneficiário.
Obs – Devemos lembrar que o encargo vale para liberalidades onde o “beneficiante” pode impor ao “beneficiário”, desde que o faça de forma expressa, que benesse só se realizará (condição suspensiva) se o “beneficiário” cumprir o encargo estipulado, conforme Art. 136 do CC:
OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS:
– Obrigações principais: existem de maneira autônoma, independen-temente de outra obrigação. 
Exp. A obrigação decorrente de um contrato de compra e venda.
– Obrigações acessórias: dependem da existência de uma outra obrigação (lembram do Princípio da Gravitação Jurídica)? 
Às obrigações acessórias aplica-se o princípio da gravitação jurídica, ou seja, elas presumem a existência de uma obrigação principal. 
Exp. A fiança é uma obrigação acessória do contrato de locação.
A. 3
Diferenças entre Direito Obrigacional e Real:
	No Dir.Obrigacional, a obrigação recai sobre uma ou mais PESSOAS (é ou são elas que terão que dar, fazer ou não fazer algo) a fim de cumprir a obrigação.
	No Dir.Real a obrigação recai sobre a própria COISA (é como se a coisa, “em si”, “pessoalmente” – tivesse que cumprir a obrigação), mas como a coisa, por si mesma, nada pode fazer, tal obrigação se transfere ao proprietário ou possuidor de tal coisa, seja ele quem for.
1. Quanto ao Objeto: Segundo C.A.G, esta diferença ocorre porque os D.Obs. “... exigem o cumprimento de determinada prestação, ao passo que estes incidem sobre uma coisa;”
Isso é: No D.Ob. o credor tem direito a uma prestação a ser adimplida pelo devedor, no D.R. o direito que se tem incide sobre a própria coisa. 
2. Quanto ao Sujeito: Essa classificação tem a ver com a identidade do sujeito devedor: No D.Ob. este sujeito é a pessoa ou pessoas que integram o polo passivo da obrigação que têm que ser conhecidos, no mais tardar, até o momento do cumprimento da obrigação, logo, o devedor ou devedores são determinados ou determináveis.
Já no D.R. o sujeito passivo é (literalmente) “todo mundo” (com exceção do próprio titular que pode dispor de seu direito real) ou seja, todas as pessoas têm que respeitar o direito real de outrem, por meio da obrigações de não fazer (não turbar nem esbulhar a posse, não invadir a propriedade, etc).
3. Quanto à Duração: Como aprendemos no Conceito “JIP” o D.Ob. é, essencialmente, uma relação provisória, que nasce para morrer e, quanto antes isso ocorrer melhor. Já o D.R., em tese, dura eternamente, pois, mesmo que mude o titular de um direito real sobre um mesmo bem (como um terreno, por exemplo), o dever de todos respeitar tal direito para sempre existirá. Isso só não é válido se o bem for perecível, como o direito de propriedade sobre um veículo (que pode ter perda total e, com isso, morre o direito real sobre ele).
4. Quanto à (liberdade de ) Formação: Os parêntesis dão a ideia do que se trata esta diferenciação, isso é, como surgem D.Obs. e D.R.?
O D.Ob. surge (em sua imensa maioria) da vontade humana e desde que seja respeitada as leis e princípios, não há limitação no número de vínculos obrigacionais que podem surgir fruto da vontade e criatividade humana. Já os D.R. nascem exclusivamente da vontade do legislador (com uma exceção, todos os demais estão no Art. 1.225CC).
5. Quanto ao Exercício (direto ou intermediado): O exercício do DR independe de outra pessoa, isso é, seu titular exerce seu direito diretamente sobre o bem sobre o qual tem direito real. Já no D.Ob. o titular poderá exercer seu direito sobre o objeto mediato da obrigação se o devedor cumprir sua obrigação. 
6. Quanto à Ação (Judicial): Se houver inadimplemento, o titular do direito, no D.Ob., poderá (direito subjetivo) acionar apenas o devedor ou devedores da obrigação e não terceiros Já no D.R. o titular do direito poderá acionar no judiciário qualquer pessoa que descumprir a obrigação de não fazer relacionados a seu D.R.
Obs – C.A.G observa que: “Por vezes, direitos de crédito gozam de alguns atributos próprios dos direitos reais, como acontece com certos direitos obrigacionais que facultam o gozo de uma coisa, os chamados direitos pessoais de gozo: os direitos do locatário e os do comodatário, por exemplo”.
- Princípios do Direito obrigacional.
1 - Autonomia Privada: É um dos Princípios mais importantes do Direito Privado e se encontra, exatamente, na ampla liberdade que as pessoas (físicas e jurídicas) têm para criar regras aplicáveis aos seus negócios jurídicos, tais como: o preço; se será com ou sem entrada; número de parcelas; forma de garantir o pagamento (dinheiro, cheque, cartão de crédito ou débito...) etc, ou seja, consiste justamente no poder de autorregulamentação dos próprios interesses.
2 - BOA-FÉ: Como já disse no semestre passado, Direito Civil é (tem que ter, tem que se estar de ) boa fé, sendo esta a chamada – Boa Fé OBJETIVA (se fosse subjetiva, cada um teria a sua).
Obs 1 – Não é que não haja qualquer situação onde é importante analisar a Boa Fé Subjetiva, mas isso é exceção e não regra. Exemplo disso está em um caso julgado pelo STJ onde uma pessoa imprimiu no site do vendedor o boleto de pagamento e pagou, sendo que o site havia sido “raqueado”, assim, o valor pago foi para os fraudadores e não para o credor. Aqui o Tribunal considerou a boa-fé subjetiva porque, embora objetivamente, não tenha pago ao credor, subjetivamente é o que pretendia fazer. A boa-fé (objetiva), porém, é a regra como se vê nos arts. 113, 187 e 422 do CC.
Obs2 – Deveres anexos – Por intermédio da Boa-Fé objetiva se percebeu que os Ngs. Jrds. tem deveres anexos para as partes que vão daqueles que decorrem, logicamente, da obrigação assumida
Tais deveres não decorre na vontade das partes mas sim da exigência de que elas acham antes, durante e depois da contratação com boa-fé objetiva.
O exemplo mais famoso de dever anexo é o “dever de informação” que cabe ao todo o fornecedor de produtos ou serviços. Assim, qualquer informação omitida do consumidor que pudesse interferir na vontade de contratar o produto ou serviço é dever anexo da compra e venda de tal produto. (contar a Piadinha didática).
Obs 3 – Limitação do Exercício de Direitos Subjetivos – Alguns autores sustentam que o Art. 187 do CC (que prevê que o abuso, ao se exercer um direito implica em cometer ato ilícito) criou um sistema de limitação ao exercício de direitos subjetivos. Neste sentido sugiro a pesquisa dos termos: venire contra factum proprium, supressio, surrectio e tu quoque.
3 - Responsabilidade Patrimonial – Como já citado nesta aula, a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações assumidas não recai mais sobre o corpo do devedor, mas sim sobre seu patrimônio, conforme Arts. 391 CC e 789 CPC
4 - Relatividade das obrigações – O nome deste princípio não é o melhor para expressar aquilo que ele “quer dizer”: A intenção aqui é indicar que somente os sujeitos envolvidos em uma obrigação, a ela estão obrigados. Na falta de tais sujeitostais sujeitos a obrigação pode vir a não prevalecer, tal qual foi combinada, e por isso a mesma é relativa e não absoluta.
A. 5
Conceito das obrigações de fazer e de não fazer:
A OF (ou Obg. de Fato) pressupõe que o crédito a ser satisfeito implica em uma atividade física e/ou intelectual do devedor e essa atividade é o fato que precisa ocorrer para que se cumpra a Obrigação, assim, realizado o fato contratado, está cumprida a OF (a necessidade de entregar o que foi feito – o que nem sempre ocorre, como na construção de um muro) visa apenas evitar o Enriq.s/causa do devedor da obrigação – a entrega não foi a OF contratada.
Obs – É possível contratar tanto a OF quanto a OD da mesma pessoa: Exp.: Compra de um quadro de um artista que mora em outra cidade e contratação deste mesmo artista para fazer a entrega: Neste caso se estará contratando uma OF e uma OD da mesma pessoa mas, tal fato, não confunde os 2 tipos de obrigação: quando for dada a última pincelada a OF estará pronta e quando o quadro for entregue ao credor a OD (que é uma obrigação distinta da OF) estará cumprida.
OF - Consiste na execução de serviço humano em geral (físico e/ou intelectual) cujo resultado tenha utilidade econômica para o credor (a realização de uma missa de 7º dia, por exemplo, implica em uma OF, mas ela não é jurídica, pois, não tem utilidade econômica para o credor).
ONF – Consiste na inexecução de uma ou mais atividades humanas (seja por não fazer ou por tolerar que se faça) pelo devedor (sendo tal inexecução o objeto da obrigação) que resulta em uma ou mais utilidades econômicas para o credor.
2. Inadimplemento das OF fungíveis e infungíveis: Antes de estudar o inadimplemento destas obrigações, temos que relembrar o conceito de “fungível” e “infungível”:
 Fungível é “substituível” e Infungível o contrário disso.
Quando aplicado às OF e ONF, a ideia de in/fungível temos:
Infungível (Pessoal) - Não importa apenas que a OF seja adimplida, a PESSOA (que tem o RG tal, o CPF tal ou o CNPJ tal) é que tem que fazer ou não fazer a obrigação, sob pena de mesmo feita ou não feita o obrigação, está ser considerada inadimplida - se feita ou não feita por pessoa diversa.
Obs – A OF infungível é chamada de “intuitu personae”, expressão latina que significa: “em considera à pessoa” ou “caráter personalíssimo”.
Fungível (Impessoal) – Não importa quem fará, desde que seja feito.
INADIMPLEMENTO DA OF (corresponde à perda do objeto na OD): Se há inadimplemento da obrigação, é necessário analisar as dimensões em que isso se dá, porém, aqui, só DUAS dimensões precisam ser analisadas. (extensão – pp ou pt; responsabilidade do devedor- c/ ou sem)
Obs - embora faça sentido estudar a Extensão (pois ela pode existir ou não) nunca haverá PP, [enter] pois, ou a OF é feita por inteiro ou será PT (não servirá ao credor). No próximo slide isso vai ficar claro. 
Art.248- Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor... o que ocorre?
RESOLVER-SE-Á A OBRIG.
...se por culpa dele? O que ocorre?
RESPONDERÁ POR PERDAS E DANOS!
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
Art.249- Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre o credor mandá-lo executar à custa do devedor (depende de autorização judicial),havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
(A urgência se caracteriza quando a mora ou a inadimplência trouxer riscos para o credor, que se vê forçado pela premência de tempo a realizar o serviço ou solicitá-lo a outro profissional.)
3. Inadimplemento das ONF: O inadimplemento se dá quando SE FAZ aquilo que se obrigou a não fazer. Aqui continua não fazendo sentido analisar do ponto de vista do Momento e nem da Extensão, pois, a perda para o credor da ONF que é feita, será sempre é total.
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
Art.251- Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer a sua custas, ressarcindo o culpado perdas e danos”.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. (C/Culpa mas s/ Perdas e Danos – só há ressarc. dos gastos para desfazer)
Obs – Nem sempre a ONF praticada e que causa prejuízo a credor permite a este desfazer ou mandar desfazer aquilo que foi feito indevidamente: - Exp. Se a ONF for: o vendedor de um fundo de comércio não abrir outro comércio, do mesmo ramo, no mesmo bairro. Caso haja inadimplência desta ONF, o credor não poderá impedir ou mandar impedir o comércio indevidamente aberto de funcionar, só um juiz pode determinar isso.

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