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PlanoDeAula_489412 (1)

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Plano	de	Aula:	Regime	de	bens	do	casamento.
DIREITO	CIVIL	V	-	CCJ0225
Título
Regime	de	bens	do	casamento.
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
6
Tema
Regime	da	comunhão	parcial	de	bens.
Objetivos
-	Estudar	o	regime	da	comunhão	parcial	de	bens.
Estrutura	do	Conteúdo
Unidade	4	-	Regime	de	bens	do	casamento.
(...)
4.5.	 Regime	 da	 comunhão	 parcial	 de	 bens:	 conceito,	 disciplina	 legal,	 caráter
supletivo,	bens	incluídos	e	excluídos	e	administração	do	patrimônio.
Regime	da	comunhão	parcial	de	bens
A	partir	da	edição	da	Lei	do	Divórcio,	a	comunhão	parcial	de	bens	passou	a	ser
o	 regime	 subsidiário,	 aplicado	 quando	 os	 nubentes	 silenciam	 a	 respeito	 do
regime	a	ser	adotado	para	reger	a	relação	matrimonial,	encontrando	previsão
no	já	transcrito	art.	1.640,	CC/2002.
Este	regime	também	é	considerado	supletivo	na	união	estável,	dispondo	o	art.
1.725,	CC:
Art.	 1.725.	 Na	 união	 estável,	 salvo	 contrato	 escrito	 entre	 os	 companheiros,
aplica-se	 às	 relações	 patrimoniais,	 no	 que	 couber,	 o	 regime	 da	 comunhão
parcial	de	bens.
Gagliano	e	Pamplona	Filho	(2018,	p.	1.285)	definem	este	regime	de	bens	com
as	seguintes	palavras:
?Podemos	definir	o	regime	de	comunhão	parcial	de	bens	como	aquele	em	que
há,	 em	 regra,	 a	 comunicabilidade	 dos	 bens	 adquiridos	 a	 título	 oneroso	 na
constância	 do	 matrimônio,	 por	 um	 ou	 ambos	 os	 cônjuges,	 preservando-se,
assim,	 como	 patrimônio	 pessoal	 e	 exclusivo	 de	 cada	 um,	 os	 bens	 adquiridos
por	causa	anterior	ou	recebidos	a	título	gratuito	a	qualquer	tempo.
Genericamente,	 é	 como	 se	 houvesse	 uma	 ?separação	 do	 passado?	 e	 uma	 ?
comunhão	do	 futuro?	em	face	daquilo	que	o	casal,	por	seu	esforço	conjunto,
ajudou	a	amealhar.
Trata-se,	 pois,	 em	 nosso	 sentir,	 de	 um	 regime	 conveniente,	 justo	 e
equilibrado.?
O	Código	Civil	dispõe	sobre	este	regime	no	art.	1.658	e	ss:
Art.	 1.658.	 No	 regime	 de	 comunhão	 parcial,	 comunicam-se	 os	 bens	 que
sobrevierem	 ao	 casal,	 na	 constância	 do	 casamento,	 com	 as	 exceções	 dos
artigos	seguintes.
Enquanto	 o	 art.	 1.658	 esclarece	 em	 que	 consiste	 a	 comunhão	 parcial,	 os
dispositivos	que	seguem	trazem	detalhamentos	sobre	a	comunicabilidade	dos
bens	na	constância	do	casamento.
Os	bens	excluídos	da	comunhão	estão	previstos	nos	arts.	1.659	e	1.661.
O	art.	1.660,	por	seu	turno,	elenca	os	bens	incluídos	na	comunhão.
Havendo	dúvida	 sobre	a	 inclusão	ou	não	de	bens,	aplica-se	o	art.	1.662,	CC,
que	dispõe	sobre	bens	móveis:
Art.	 1.662.	 No	 regime	 da	 comunhão	 parcial,	 presumem-se	 adquiridos	 na
constância	do	casamento	os	bens	móveis,	quando	não	se	provar	que	o	foram
em	data	anterior.
No	que	pertine	à	administração	do	patrimônio,	prevê	o	Código	Civil,	amparado
na	isonomia	propugnada	pela	Constituição	Federal	e	que	se	irradia	por	todo	o
ordenamento	jurídico:
Art.	 1.663.	 A	 administração	 do	 patrimônio	 comum	 compete	 a	 qualquer	 dos
cônjuges.
§1°.	 As	 dívidas	 contraídas	 no	 exercício	 da	 administração	 obrigam	 os	 bens
comuns	e	particulares	do	cônjuge	que	os	administra,	e	os	do	outro	na	 razão
do	proveito	que	houver	auferido.
§2°.	 A	 anuência	 de	 ambos	 os	 cônjuges	 é	 necessária	 para	 os	 atos,	 a	 título
gratuito,	que	impliquem	cessão	do	uso	ou	gozo	dos	bens	comuns.
§3°.	Em	caso	de	malversação	dos	bens,	o	juiz	poderá	atribuir	a	administração	a
apenas	um	dos	cônjuges.
A	 disposição	 do	 art.	 1.644,	 CC,	 evidencia	 que	 ?os	 bens	 da	 comunhão
respondem	 pelas	 dívidas	 domésticas;	 pelas	 despesas	 de	 alimentação	 dos
membros	 da	 entidade	 familiar;	 pelas	 despesas	 de	 aluguel	 e	 condomínio	 do
apartamento	 onde	 reside	 o	 casal;	 pela	 contas	 de	 água,	 luz,	 telefone	 e	 gás;
pelos	tributos	do	imóvel	de	residência,	entre	outros?.	(TARTUCE,	2017,	p.	181)
A	 administração	 dos	 bens	 particulares	 compete	 a	 cada	 cônjuge,	 salvo
disposição	em	contrário	no	pacto	antenupcial,	como	se	vê	do	art.	1.665.
Finalizando	as	normas	atinentes	à	 comunhão	parcial	de	bens,	 vejamos	o	que
dispõe	a	atual	codificação	sobre	dívidas	particulares	dos	cônjuges:
Art.	1.666.	As	dívidas,	contraídas	por	qualquer	dos	cônjuges	na	administração
de	seus	bens	particulares	e	em	benefício	destes,	não	obrigam	os	bens
comuns.
Aplicação	Prática	Teórica
Questão	objetiva	1:
(Magistratura	 PE	 ?	 FCC/2011)	 Sendo	 o	 casamento	 realizado	 sob	 o	 regime	 da
comunhão	 parcial	 de	 bens,	 entram	 na	 comunhão	 aqueles	 adquiridos	 na
constância	da	sociedade	conjugal,
(A)	apenas	a	título	oneroso	por	ambos	os	cônjuges.
(B)	 considerados	 instrumentos	 de	 profissão	 pertencentes	 a	 cada	 um	 dos
cônjuges.
(C)	 pela	 herança	 recebida	 por	 qualquer	 dos	 cônjuges,	 salvo	 cláusula
testamentária	impondo	incomunicabilidade.
(D)	por	doação	a	qualquer	dos	cônjuges.
(E)	por	fato	eventual,	com	ou	sem	o	concurso	de	trabalho	ou	despesa	anterior.
Questão	objetiva	2:
(Ministério	Público/SP	?	2011)	Um	cônjuge,	casado	sob	o	regime	de	comunhão
parcial	de	bens	e	em	estado	de	solvência,	firma	contrato	de	fiança	em	favor	de
terceiro,	 sem	 a	 necessária	 outorga	 uxória.	 Pode(m)	 pedir	 a	 decretação	 de
anulabilidade:
(A)	ambos	os	cônjuges	e	o	afiançado.
(B)	o	cônjuge	que	não	firmou	o	contrato.
(C)	o	cônjuge	que	firmou	o	contrato.
(D)	o	cônjuge	que	firmou	o	contrato	e	o	afiançado.
(E)	os	credores	do	cônjuge	que	firmou	o	contrato.
Questão	objetiva	3:
(MP/MS	 XXI)	 Qual	 o	 tipo	 de	 regime	 de	 bens	 que	 é	 admissível	 a	 alteração,
mediante	 autorização	 judicial	 em	 pedido	 motivado	 de	 ambos	 os	 cônjuges,
apurada	 a	 procedência	 das	 razões	 invocadas	 e	 ressalvados	 os	 direitos	 de
terceiros?	Assinale	a	resposta	CORRETA.
(A)	comunhão	parcial	e	participação	final	nos	aquestos;
(B)	regime	de	comunhão	universal;
(C)	regime	de	separação	de	bens;
(D)	todas	as	alternativas	estão	corretas.
Questão	subjetiva:
João	e	Maria	são	casados	sob	o	regime	da	comunhão	parcial	de	bens.	João,
pretendendo	vender	ou	doar	um	bem	particular,	que	lhe	pertence	com
exclusividade,	necessitará	da	anuência	da	sua	esposa?	(GAGLIANO	e	PAMPLONA
FILHO,	2018)

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