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Regimes de Casamento

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Regimes de Casamento 
Direito Civil 
 
 
 
 
O CC/2002 traz, entre os seus arts. 1.639 a 1.688, regras relacionadas ao casamento, mas que também podem ser 
aplicadas a outras entidades familiares, caso da união estável. 
O regime de bens é regido pelos seguintes princípios fundamentais: 
I- Princípio da autonomia privada: Trata-se do direito dos cônjuges de regulamentar as questões patrimoniais, -retirado 
do art. 1.639, caput, do CC, in verbis: “é lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos 
seus bens, o que lhes aprouver”. 
Os cônjuges escolher outro regime que não seja o regime legal (comunhão parcial de bens); fazendo opção pela 
comunhão universal, pela participação final nos aquestos ou pela separação de bens 
II- Princípio da indivisibilidade do regime de bens. Apesar de ser possível juridicamente a criação de outros regimes 
que não estejam previstos em lei, não é lícito fracionar os regimes em relação aos cônjuges. Em outras palavras, o 
regime é único para ambos os consortes, diante da isonomia constitucional entre marido e mulher. 
O regime de bens é regido pelos seguintes princípios fundamentais: 
III- Princípio da variedade de regime de bens: O Código Civil de 2002 consagra quatro possibilidades de regimes de 
bens aos nubentes. No silêncio das partes, prevalecerá o regime da comunhão parcial, que é o regime legal ou 
supletório (art. 1.640, caput, do CC). O regime de bens adotado começa a vigorar desde a data do casamento (art. 
1.639, § 1.º, do CC). 
IV- Princípio da mutabilidade justificada: O CC/2002, possibilita a alteração do regime de bens, mediante autorização 
judicial, em pedido motivado de ambos os nubentes, apurada a procedência das razões invocadas e desde que 
ressalvados os direitos de terceiros. 
CPC dispõe: “art. 734, caput: “a alteração do regime de bens do casamento, observados os requisitos legais, poderá 
ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões que 
justificam a alteração, ressalvados os direitos de terceiros”. 
REGIME DE BENS: 
A escolha do regime de bens faz parte do princípio da autonomia privada, e os nubentes têm a liberdade de 
escolherem e, inclusive, alterarem o regime de bens, mesmo após o casamento. 
O regime legal de bens no Brasil é o da comunhão parcial de bens, ou seja, se os nubentes não fizerem nada, se 
casarão sob esse regime. Agora, caso queiram escolher regime diverso, antes da cerimônia de casamento, devem 
procurar um cartório de notas e celebrarem o pacto nupcial com a escolha do regime. 
Em algumas situações, não há a liberdade de escolha do regime pelos nubentes, nesses casos, são obrigados a se 
casarem no regime de separação obrigatória de bens, conforme Art. 1641. 
 
CONCEITO: O regime matrimonial de bens pode ser conceituado como sendo 
o conjunto de regras de ordem privada relacionadas com interesses patrimoniais 
ou econômicos resultantes da entidade familiar. 
 
 
 
 
I - Das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 
II – Da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010) 
III - De todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
 
Dispõe a lei que existem cinco regimes de bens: 
1) a comunhão parcial de bens; 
2) a comunhão universal de bens; 
3) a separação convencional de bens; 
4) a separação obrigatória de bens e; 
5) a participação final nos aquestos. 
• Ainda, a lei permite que o casal, se assim desejar, misture os regimes por meio de pacto antenupcial, criando 
regimes híbridos. 
 
ATENÇÃO: 
 
 
I - Praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua profissão, 
com as limitações estabelecida no inciso I do art. 1.647; 
II - Administrar os bens próprios; 
III - Desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento 
ou sem suprimento judicial; 
IV - Demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro 
cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647; 
V - Reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, 
desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver 
separado de fato por mais de cinco anos; 
VI - Praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente. 
 
 
I - Comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; 
II - Obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
 
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: 
 
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm
TIPOS DE REGIMES: 
I) COMUNHÃO PARCIAL DE BENS (CÓDIGO CIVIL, ART. 1.568) 
É o “regime padrão” da lei atual. Isso significa que, se nenhum outro regime for escolhido pelo casal, será aplicado ao 
casamento o regime de bens da comunhão parcial. Essa mesma regra vale para as uniões estáveis. 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do 
casamento, com as exceções dos artigos seguintes. 
Art. 1.660. Entram na comunhão: 
I - Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; 
II - Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; 
III - Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; 
IV - As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; 
V - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou 
pendentes ao tempo de cessar a comunhão. 
→ Como regra geral, a comunhão parcial possui uma diretiva simples: comunicam-se os bens que são adquiridos 
pelos cônjuges durante o casamento (chamados de aquestos) – e não se comunicam os bens que cada um 
dos cônjuges já possuía antes de se casar (chamados de particulares). 
→ Do ponto de vista sucessório, no regime da comunhão parcial, o cônjuge é herdeiro, porém apenas tem 
direito à herança sobre os bens particulares do cônjuge falecido. Sobre os aquestos, o cônjuge apenas tem 
direito à meação. 
II) COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS (CÓDIGO CIVIL, ART. 1.667) 
Como regra geral, a lógica da comunhão universal também é muito simples: todo o patrimônio dos cônjuges se 
comunica. Pouco importa se a aquisição de tal patrimônio ocorreu antes ou depois do matrimônio. 
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos 
cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: 
I - Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; 
II - Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; 
III - As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em 
proveito comum; 
IV - As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; 
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. 
III- SEPARAÇÃO CONVENCIONAL (CÓDIGO CIVIL, ART. 1.687) X SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA (CÓDIGO CIVIL, ART. 
1.641) 
O da separação convencional, pode ser livremente escolhido pelos nubentes (tal como os demais regimes acima 
explicados) e o outro, o da separação obrigatória, não é passível de escolha – pois é um regime imposto pela lei em 
determinadas circunstâncias. 
Súmula 377, que literalmente dispõe que os bens adquiridos na constância do casamento sob o regime da separação 
obrigatória devem sim secomunicar. 
 
 
 
 
 
I – Das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 
II – Da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010) 
III - De todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um 
dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real. 
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos 
rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial. 
IV- PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS (CÓDIGO CIVI, ART. 1.672) 
A lógica subjacente a tal regime é a seguinte: ao se casarem, os cônjuges não comunicam seu patrimônio pretérito. 
Igualmente, durante o casamento, cada um segue administrando seus bens, sem a interveniência do outro. No entanto, 
na hipótese de divórcio, cada um terá direito à metade dos bens (dos aquestos). 
Na prática, acaba sendo algo similar ao regime da comunhão parcial, com a ressalva de que na participação final dos 
aquestos, os cônjuges têm maior autonomia gerencial sobre seus patrimônios. 
 
CONCLUINDO: 
1- Na separação convencional de bens, não há bens comuns, todos os bens são particulares. 
2- Agora, no regime de comunhão universal de bens, todos são bens comuns, exceto aqueles recebidos por herança 
ou doação com a cláusula de incomunicabilidade. 
3- Já no regime de comunhão parcial de bens, há uma situação mista: existem os bens particulares, que são os bens 
adquiridos antes do casamento, recebidos por herança ou doação ou sub-rogados, e os bens comuns, que são os 
adquiridos posteriormente ou por fato eventual (loteria, indenização, prêmio em um reality show etc.). 
 
 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm
PACTO ANTENUPCIAL: Regras quanto ao pacto antenupcial 
O pacto antenupcial constitui um contrato formal e solene pelo qual as partes regulamentam as questões patrimoniais 
relativas ao casamento (arts. 1.653 a 1.657 do CC). 
O Pacto Antenupcial é um contrato solene realizado pelos noivos, antes do casamento no Registro Civil. 
Nele, é determinada a forma de comunhão e administração de bens presentes e futuros. 
O Pacto Antenupcial é facultativo. Somente se torna necessário se os noivos escolherem adotar regime matrimonial 
diferente do legal. 
Trazendo requisito formal e solene para o pacto antenupcial, enuncia o art. 1.653 do CC que o negócio deve ser feito 
por escritura pública no Cartório de Notas, sendo nulo se assim não o for e ineficaz se não ocorrer o casamento. 
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o 
casamento. 
O pacto antenupcial significa o momento antes do casamento, durante a habilitação, em que os noivos livremente 
estipulam o que quiserem sobre o regime de bens (CC 1.640, parágrafo único).

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