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Crise do Apagão e a Matriz Energética Brasileira

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A chamada "crise do apagão", que ocorreu no Brasil em 2001 e 2002, foi o resultado da combinação da falta de investimentos na geração e na transmissão de energia elétrica com uma estiagem prolongada, que reduziu drasticamente os níveis dos principais reservatórios de água no país, nas regiões Sudeste e Nordeste. Essa combinação impossibilitou a produção de energia suficiente para atender ao consumo, tanto industrial quanto residencial, levando o governo federal a implantar rigorosa política de racionamento. Foram determinados cortes na iluminação pública e foi proibido o uso de energia em outdoors, monumentos e chafarizes. Também foram suspensos eventos esportivos a partir das 18h como: jogos de futebol, shows e exposições. A partir de 1º de julho de 2001, os consumidores tiveram que cortar voluntariamente 20% do consumo de eletricidade quem consumisse mais 100 quilowatts/hora por mês, a redução era obrigatória e os que não aderissem ao pacote corriam o risco de ter a luz cortada - por três dias na primeira infração e seis dias em caso de reincidência
	Outro fator que contribuiu para agravar a situação foi o fato de que mais de 90% matriz energética brasileira dependiam de usinas hidrelétricas, que necessitam de chuva para manter o nível adequado de seus reservatórios para a geração de energia. Além disso, a ausência de linhas de transmissão impediu o “manuseio” da geração de energia de onde havia sobra para locais onde havia falta de eletricidade. Nos dias atuas a matriz energética brasileira ainda tem boa parte da produção elétrica proveniente da energia hidráulica, mas vem se diversificando ano após ano.
	Segundo Aneel (2019), o potencial elétrico brasileiro é composto 66.6% Hídrico, 14.25% Fóssil, 7.6% Eólica, 8.5% Biomassa, 0.55% Solar e 2.5% Nuclear.
Visando eficiência, praticidade e dependência das fontes Hídricas bem como precações contra outros apagões como o 2001 o Brasil adotou a interligação do sistema Nacional(SIN) de energia é um sistema de coordenação e controle, formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, que congrega o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil. Com a interligação do sistema é possível que, em épocas de seca, a energia produzida seja aproveitada em diferentes regiões do País, reduzindo a produção por termelétricas, que são mais poluentes e a possibilidade de novos apagões. Antes Do SIN em algumas regiões do Brasil produzia mais energia do que consumia, já em outra era o contrario faltava! Se danificasse uma usina ou subestação as cidades atendidas por elas ficariam sem energia até determinado problema ser sanado, hoje com a interligação do sistema é possível atender essa demanda com uma usina de outro estado ate correção do problema assim como “transporta” energia de um lugar abundante para outro com escassez de energia. Mesmo com a interligação do sistema Nacional de energia ainda a dificuldades no setor de subtransmissão/distribuição em algumas regiões do país devido a diversidade territorial. Como por exemplo podemos citar a região Norte grande parte do sistema é isolado, devido ser uma região de mata densa, com trechos de alagamento e muitos rios dificultando a distribuição de energia, já região Sudestes mais especifico no Rio de Janeiro podemos destacar os problemas que Light (concessionaria de energia do local) enfrentam como, perca de equipamento como transformadores em favelas aonde os traficantes atiram de proposito nos mesmo, quando tem troca de tiro com a polícia, sem falar nos “gatos” tendo muito prejuízo no arrecadamento além do emaranhado nos postes da concessionaria.
Com a privatização do setor elétrico, houve uma separação dos negócios da cadeia produtiva da energia, quais sejam, geração, transmissão e distribuição. E passou a se cobrar tarifas tratando-se, portanto, de tarifas pagas na compra de energia elétrica, com o propósito de remunerar o uso do sistema de distribuição e de transmissão, respectivamente, são elas: TUSD é a sigla para Tarifa de Utilização de Serviços de Distribuição e TUST para Tarifa de Utilização de Serviços de Transmissão. Por traz Setor Elétrico Brasileiro foi criado a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), vinculada ao Ministério de Minas e Energia com a finalidade regulamentar o setor elétrico brasileiro e garantir os direito ao consumido, para que o mesmo não fique a mercê da concessionarias e desempenha diversas atividades para garantir que o setor elétrico se desenvolva com equilíbrio e em benefício da sociedade. São competência da ANEEL tais como: Leiloa concessões do setor, faz a gestão dos contratos de fornecimento, estabelece as regras para o serviço de energia, define tarifas, fiscaliza o fornecimento do serviço, mediação e ouvidoria entre outras competências.
A matriz energética brasileira ainda é muito dependente de usinas hidrelétricas, caso haja uma forte crise hídrica no país, a geração de energia será comprometida e sem eletricidade não temos desenvolvimento e por aí vai. O consumo consciente de energia elétrica é essencial para um desenvolvimento sustentável. É preciso, sempre que possível, reduzir o consumo de energia elétrica, evitando gastos desnecessários que demandam mais energia e podem, combinados com outros fatores, desencadear crises energéticas. Comece agora mesmo a praticar o consumo consciente de energia! Aqui está uma seleção de dicas para e economizar na conta de luz como: apagar as luzes ao sair do ambiente, Desligue aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso, já que o stand-by (modo espera) aumenta o consumo em 20%, Se for trocar modelos de eletrônicos, escolha aqueles que possuem selos de eficiência energética do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), Chuveiros elétricos são os maiores consumidores elétricos de residências - eles representam cerca de 33% do valor da conta. Verifique a possibilidade da instalação de chuveiros a gás ou solares (melhor ainda) nos prédios, diminua o tempo de banho e, em dias quentes, coloque a chave de eletricidade do aparelho na posição "verão", a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes irá economizar bastante energia e se a troca for por modelos LED melhor ainda, instale sensores de luz. Os sensores de luz permitem que as luzes se apaguem automaticamente quando não há ninguém no ambiente essas são algumas formas de se diminuir a demanda de energia na sua residência e consequentemente para sistema elétrico brasileiro.

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