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FisioWhatched - Aplicativo android para auxiliar profissionais da fisioterapia no tratamento assistido estimulando atividades físicas aos portadores do mal de Parkinson. Giovane Oliveira de Oliveira 1, Wagner Gadea Lorenz1 1 Sistemas de Informação – Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) Av. Martinho Lutero, 301 - CEP 96.501-595 - Cachoeira do Sul - RS - Brasil giovaneoliveira4@rede.ulbra.br, wagner.lorenz@ulbra.br Resumo. Parkinson é uma doença degenerativa neurológica que pode causar tremores e lentidão, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. Portanto, o objetivo geral deste trabalho é projetar e desenvolver um aplicativo para auxiliar profissionais da fisioterapia em acompanhamento assistido estimulando atividades físicas complementares no tratamento aos portadores de mal de Parkinson. Com isso, o app pode auxiliar estes profissionais obtendo informações relevantes dos pacientes com intuito de facilitar a prevenção da progressão da doença através de um tratamento eficaz, estimulando exercícios físicos para uma melhora de sua qualidade de vida. Palavras-chave: Parkinson, aplicativo, informações, fisioterapia. 1. Introdução A fisioterapia é uma ciência que estuda, previne e trata os distúrbios relacionados ao movimento, sendo de fundamental importância na reabilitação de pacientes com doença de Parkinson. A doença de Parkinson é uma doença neurológica crônica degenerativa e progressiva, caracterizada principalmente pelo distúrbio motor de uma maneira mais ampla, entretanto, apresenta alguns sinais considerados importantes para o diagnóstico, sendo eles: lentificação, o tremor de repouso, a rigidez muscular e a instabilidade postural. Além desses sinais, muitas vezes o paciente evolui com outras complicações motoras e pulmonares, tais como: queixa de dor, principalmente na coluna, alterações posturais, fraqueza muscular, diminuição da mobilidade global, alteração de marcha, alto risco de queda, além de complicações respiratórias, entre outras. O objetivo geral da fisioterapia não é só tratar os distúrbios já apresentados pelo paciente no momento da sua avaliação, ele deve também ter conhecimento sobre a possível evolução do quadro e estabelecer metas de prevenção – “tentando adiar o máximo as possíveis complicações, o quanto for possível”. Entretanto, os profissionais procuram fazer um tratamento assistido com intuito de obter informações para que seja possível efetuar a prevenção do agravamento dos sintomas. Como o tratamento é realizado periodicamente na clínica ou em algum centro de reabilitação. Os profissionais não têm contato direto com o paciente após a sessão de atividades, assim tendo a necessidade de marcar consultas para melhor entendimento sobre os sintomas e eficácia do tratamento executado. E isso acaba adiando o processo do tratamento que poderia ser imediato se tivesse informações necessárias mesmo à distância, e estas atualizadas constantemente para que auxiliasse o fisioterapeuta na tomada de decisão sobre qual recurso, método ou planejamento deverá ser executado para que o tratamento seja satisfatório e que atenda as necessidades do indivíduo. É importante que toda a família esteja envolvida no tratamento do portador de Parkinson, para que as atividades também sejam encorajadas em casa, já que períodos prolongados de pausa podem comprometer os objetivos. Entretanto, exercícios que possam complementar as sessões de fisioterapia, são de grande valia principalmente para os portadores que não tem acesso diário a fisioterapia. Isto sendo ocasionado pela dificuldade de locomoção e financeira dos pacientes, bem como a inexistência de profissionais suficientes para atender a demanda de enfermos. Com isso, é possível identificar o seguinte problema: Como auxiliar profissionais da fisioterapia no tratamento assistido estimulando atividades físicas aos portadores do mal de Parkinson? Uma possível hipótese para solução deste problema seria desenvolver um aplicativo que possa coletar informações do paciente após execução do tratamento realizado na clínica, perante a isso, fornecer atividades complementares através de imagens para que os pacientes possam executar em casa, tendo um diário para captação de informações do paciente sobre queixas, dificuldades funcionais, limitações e habilidades presentes. Estas informações serão inseridas pelos familiares, cuidadores ou até mesmos profissionais da área da saúde. Com a utilização, o profissional terá um acompanhamento assistido dos parkinsonianos através de informações geradas pelos mesmos, sendo anotações que serão notificadas sempre que houver uma nova informação. Diante desses procedimentos o profissional irá elaborar um plano de intervenção com condutas direcionadas individualmente. Portanto, o fisioterapeuta terá menos consultas, e com a informação fornecida poderá planejar novas metodologias de tratamento de acordo com as informações consultadas. Com isso, proporcionando ao paciente o início imediato ao tratamento com intuito prevenir agravações no estado clínico do portador do mal Parkinson. O presente trabalho está organizado da seguinte forma: na Seção 2 apresenta-se a fundamentação teórica, descrevendo aspectos conceituais sobre o Parkinson, características de cada uma delas e trabalhos relacionados. Na Seção 3 apresenta-se a metodologia, planejamento, especificação do projeto, estudo de caso e cronograma para o TCC II, e na Seção 4 as considerações finais. 2. Fundamentação Teórica Nesta Seção será abordado os assuntos que serão necessários para realização deste trabalho como: conceitualização sobre o mal de Parkinson, estudos sobre atividades físicas que englobam o tratamento, e comparativo entre a proposta e os trabalhos relacionados. 2.1 Aspecto conceitual sobre o mal de Parkinson O Mal de Parkinson foi descrito em 1817, pelo médico inglês James Parkinson, sendo caracterizado como um distúrbio neurológico causado pela degeneração das células nervosas da chamada “substância negra” localizada no cérebro [Graziele Ferreira e Fernanda Ren 2010]. O elemento químico produzido por essas células chamam-se dopamina, que é uma substância de uma das aminas neurotransmissoras da classe II (como a adrenalina e a noradrenalina), que leva a mensagem de um neurônio a outro, através da sinapse [Jack H. David Costil 2000]. A importância da dopamina na doença de Parkinson reside no papel que esse neurotransmissor desempenha no funcionamento dos gângliosda base (estriado, globo pálido interno e externo, núcleo subtalâmico e substância negra). Na doença de Parkinson o neurotransmissor Dopamina influencia o funcionamento da via direta ativada através da projeção córtico-estriatal, que é inibitória, ocorrendo uma pausa no globo pálido interno, que libera o tálamo excitando o córtex cerebral. Por sua vez, a ativação da via indireta inibe o globo pálido interno, resultando a inibição do tálamo com projeção tálamo cortical. Em consequência ao exposto, os dois sistemas, direto e indireto, apresentam efeitos antagônicos nas células do tálamo (o direto facilitando o movimento e o indireto suprimindo movimentos involuntários indesejados) [Graziele Ferreira e Fernanda Ren 2010]. A Dopamina influencia o funcionamento desse circuito, mas com o seu déficit a via direta que facilita o movimento fica inibida e a via indireta que é normalmente inibitória, encontra-se ativada [João Carlos P. Limongi 2000]. Dessa forma, as ordens para o movimento acontecer são passadas de forma distorcida. Com o comprometimento funcional, ou melhor, o desequilíbrio químico causado pela morte das células que produzem a Dopamina, o indivíduo apresenta sintomas como tremor, rigidez muscular, acinesia e bradicinesia, depressão, distúrbios do sono, alterações cognitivas, dificuldades na fala e respiração, sialorréia, tontura, problemas gastro-intestinais, marcha festinante, movimentos desordenados com alterações posturais e micrografia. O doente de Parkinson (DP), quando de pé, faz uma flexão de todas as articulações, levando a uma posição símea (joelhos e quadris ligeiramente flexionados, ombros arredondados, cabeça tombada para frente e membros superiores curvados em torno do corpo) [Patrícia Downie 1987]. A maioria dos portadores de Parkinson mostra os efeitos do descondicionamento músculo-esquelético generalizado. Quanto mais grave o sintoma, maior a inatividade e falta de condicionamento resultante. Entre esses problemas temos as seguintes complicações secundárias: atrofia e fraqueza muscular devido ao desuso; diminuição da capacidade articular (artrose); alterações respiratórias; perda do equilíbrio e do movimento automático; comprometimento das vísceras, pois da mesma forma que a rigidez se apresenta nos músculos, se apresenta nos órgãos internos tornando-os mais lentos (intestino,fígado e estômago). Acredita-se que há várias causas diferentes de Parkinsonismo, cada um produzindo um quadro clínico diferente afetando indivíduos de ambos os sexos a partir dos 50 anos, porém pode ocorrer antes dos 40 anos de idade. As estatísticas revelam que a prevalência na população geral é de 100 a 150 casos para 100.000 habitantes e a cada ano ocorrem 20 novos casos por 100.000 habitantes [João Carlos p. Limongi 2000]. 2.1.1 Atividades físicas na progressão da doença O mal de Parkinson deve ser tratado com o objetivo de se retardar a progressão da doença, já que ainda não se descobriu a cura para tal. Vários estudos têm demonstrado que a progressão dos sintomas em Parkinsoniano está também associada com a deterioração na condição física, caracterizada pela pobreza de movimentos com diminuição de sua amplitude, perda de força, resistência muscular e equilíbrio, diminuindo assim a capacidade funcional do indivíduo [Tambosco et al. 2014]. Com a progressão da doença, a coordenação motora fica comprometida, fazendo com que o DP diminua suas atividades diárias, desencadeando uma atrofia muscular, como explica o Princípio do Desuso [Jack H.David Costil 2000]. O aumento da mobilidade pode de fato modificar a progressão da doença e impedir contraturas, além de ajudar a retardar a demência[Duvoisin 1978]. Os exercícios resistidos consistem em trabalhar a musculatura para que fique fortalecida e menos suscetível à deterioração, causando menos trauma ao Parkinsoniano. 2.1.2 Atividade física: benefícios e adaptações Os benefícios da prática de atividade física regular e com orientação adequada são amplamente reconhecidos e contribuem para uma melhor qualidade de vida. No paciente com Parkinson os exercícios têm importância adicional visando não só os aspectos motores, como também os aspectos psicológicos e sociais. A atividade física não leva ao desaparecimento da doença, porém, pode retardar sua progressão, principalmente no que diz respeito à rigidez muscular e lentidão dos movimentos [Hauser e Zesiewicz 2001], [Shepard 1998] e [Kuroda et al., 1992]. Além disso, segundo [Shankar 2002] melhora a sensação de bem-estar e o estado funcional do paciente. Estudos têm mostrado que a prática de atividades físicas tem proporcionado benefícios a indivíduos com DP. Essa prática segundo os autores deve ser regular uma vez que seus benefícios tendem a desaparecer após um período de interrupção dessas atividades [Comella et al., 1994]. Segundo [Smith 2003] e [Sasco et al 1992], sugerem que a atividade física possui um efeito neuroprotetor sobre o cérebro, auxiliando na proteção de várias doenças neurodegenerativas. Segundo seus estudos realizados com ratos, os exercícios poderiam diminuir a vulnerabilidade da dopamina à agentes agressores. A plasticidade do cérebro e seu poder regenerador podem ser melhorados com a atividade física. 2.1.3 Treinamento de força, atividades posturais e de flexibilidade A diminuição da força muscular ocorre de forma efetiva no parkinsoniano. A fraqueza decorrente da doença leva os indivíduos à insegurança à realização das atividades se limitando às atividades estritamente necessárias, levando a uma maior atrofia muscular e conseqüente diminuição da força [Scandalis et al. 2001]. Segundo [Gallahue 2003], relata que o ganho de força muscular através de um programa adequado de treinamento para os membros inferiores, são efetivos no condicionamento e manutenção do equilíbrio evitando quedas que, agravadas pelos distúrbios de equilíbrio, são freqüentes nesses indivíduos.De acordo com [Shankar 2002], em um estudo de 12 semanas composto de um treinamento de caratê, envolvendo a parte superior do corpo junto com um programa de exercícios desenvolvido pelo United Parkinson Foundation, com dois grupos de pacientes com DP, conseguiu constatar benefícios na melhora da marcha, tremor, força de preensão e coordenação motora. De acordo com [Hauser e Zesiewicz 2001], exercícios de mobilidade, alongamentos e fortalecimento, contribuem imensamente para os parkinsonianos contribuindo para manter acapacidade de caminhar, aumento da flexibilidade, prevenção de uma postura encurvada e manter a mobilidade e a função mesmo com o progresso da bradicinesia e rigidez. Conforme[HAUSER 2000] e [NOBREGA et al. 1999] os exercícios de alongamento visando maior flexibilidade devem fazer parte de uma proposta de atividades físicas para indivíduos com Parkinson. Eles podem ajudar a diminuir rigidez muscular desses indivíduos, auxiliando na melhora da postura encurvada comum no doente de Parkinson. 2.1.4 Abordagem da Educação Física na doença de Parkinson Não foi encontrado pesquisas significativas na área da Educação Física que aborda pessoas com DP. Além disso, poucos são os profissionais de Educação Física trabalhando com essa população. Essa situação influencia no perfil dos trabalhos corporais realizados com esses indivíduos. Eles compreendem atividades físicas como terapia física. Dentro dessa terapia física segundo [Engelhardt 2002], são identificadas algumas especialidades como: terapia física em grupo ou individual, terapia esportiva, natação terapêutica, ergoterapia, terapia ocupacional e terapia da fala. Seus objetivos abrangem: (1) preservar e manter as funções em alto nível; (2) melhorar a função motora, incluindo a iniciação do movimento, estabilização do tronco e ampliar os movimentos; (3) reduzir o tremor e a rigidez; (4) melhorar atividades de vida diária; (5) prevenir complicações secundárias, causadas pela atrofia muscular ou mudança na postura. Devido a esta circunstância o foco na prática de exercícios por esta população pode limitar-se muito à esfera física do indivíduo e centrar-se nas disfunções ocasionadas pela DP [Efdeportes 2006 ]. Assim, um programa de atividade física com esta perspectiva, apesar do indiscutível ganho funcional, pode fragmentar as experiências corporais do indivíduo, excluindo por exemplo, os aspectos lúdicos, expressivos e de auto conhecimentos, enfatizados na prática do professor de Educação Física. 2.1.5 Trabalhos Relacionados Nesta seção serão apresentados os principais softwares encontrados que funcionam como o aplicativo para auxiliar portadores de Parkinson, levantando em conta suas principais características e funcionalidades, assim como o comparativo entre os sistemas relacionados e o sistema proposto neste trabalho. A primeira aplicação é a Parkinson Exercices FR, disponibilizada pela European Foundation for Health and Exercise (Fundação Europeia para a Saúde e o Exercício) que promove e apóia projetos de Pesquisa e Inovação em Saúde que, sem surpresa, abordam a relação entre saúde e exercício(s) físico(s). O aplicativo é disponibilizado gratuitamente pela play store e atualmente disponível apenas em língua francesa, utiliza vídeo para os pacientes e terapeutas exercer sobre a doença de Parkinson em casa, dicas e instruções para a execução destes e mobilidade diária. A segunda aplicação é a NEUROFIT, uma aplicação destinada a pacientes com Doença de Parkinson, seus familiares e cuidadores. Nesta doença, o tratamento é tão importante quanto o movimento. Esta aplicação visa ajudar o paciente a se exercitar regularmente, seguindo uma série de instruções básicas e de fácil execução, na forma de animações especialmente criadas para esta aplicação. Da mesma forma, com futuras atualizações, pretende-se auxiliar esses pacientes no seu dia a dia, com uma série de dicas sobre diversos aspectos cotidianos relacionados à doença e úteis no cotidiano.Esta aplicação foi criada pelo Dr. Nerea Foncea, Especialista em Neurologia, com a colaboração do laboratório da UCB. O aplicativo é gratuito e somente disponível em língua francesa. Para se ter um comparativo entre os trabalhos relacionados e a proposta foram levantados alguns critérios para efeito de comparação: • Criterio 1: Gratuidade; • Criterio 2: Exercícios físicos estimulados através de imagens; • Criterio 3: Diário de anotações para gerar relatórios do paciente; • Criterio 4: Intermédio de informação entre paciente e profissional; Na Tabela 1 pode se observar que os aplicativos Parkinson E. FR não é gratuito pois é por assinatura, já Neurofit e o sistema proposto são disponibilizados gratuitamente. O critério 2 que é exercícios físicos estimulados através de imagens, os outros apps também atendem esta funcionalidade. De acordo com critério 3, eles não contém diário de anotações, também não fazem intermédio de informação entre paciente e profissional conforme o critério 4. Portanto, o aplicativo proposto coleta informações do paciente após execução do tratamento realizado na clínica, perante a isso, estimula atividades complementares através de imagens para que os usuários possam executar em casa. Nesta seção será descrita o planejamento, projeto, tecnologías utilizadas, interface do aplicativo, estudo de caso e o cronograma para o TCC II. Parkinson E. FR Neurofit Sistema Proposto Gratuidade Não Sim Sim Exercícios físicos estimulados através de imagens Sim Sim Sim Diário de anotações para gerar relatórios do paciente Não Não Sim Intermédio de informação entre paciente e profissional Não Não Sim Tabela 1: Comparativo entre os trabalhos relacionados e a proposta. 3 Metodologia O objetivo da ferramenta mobile, é estimular atividades físicas complementares e auxiliar profissionais da fisioterapia em acompanhamento assistido no tratamento aos portadores do mal de Parkinson. As atividades físicas que serão estimuladas através de imagens no aplicativo serão de acordo com o Manual de Exercícios para o Doente com Parkinson desenvolvido pela MSDMANUALS, uma editora com colaboração entre centenas de médicos especialistas por todo o mundo, um comitê editorial independente de revisão por pares com equipe de redação formada por médicos e escritores médicos profissionais. A SPDMov (Sociedade Portuguesa das Doenças do Movimento) é um dos parceiros do manual, que promove o avanço científico na área das Doenças do Movimento e contribui para a melhoria da assistência clínica aos indivíduos que delas padecem. Reúne profissionais das diversas áreas da saúde, incluindo Médicos (Neurologistas, Neurocirurgiões, Psiquiatras, outros), Enfermeiros, Psicólogos, Fisioterapeutas e investigadores das ciências básicas com especial interesse nesta área do conhecimento. Nas Seções a seguir será apresentado a metodologia, projeto que especifica as funcionalidades do aplicativo, as tecnologias utilizadas para o desenvolvimento, interface do sistema proposto, estudo de caso da utilização da ferramenta bem como aobtenção dos resultados e o cronograma de atividades que serão executadas no TCC II. 3.1 Projeto O diagrama de Caso de Uso como observa-se na Figura 1 descreve as funcionalidades do aplicativo do ponto de vista do paciente e fisioterapeuta. O paciente poderá visualizar exercícios através de imagens descritivas. Digitar diário para que seja gerado um relatório e este possa ser acessado pelo fisioterapeuta. Acessar o aplicativo com uma conta já existente ou recuperar a conta também são funcionalidades do profissional além de cadastrar usuários. Pode-se observar na Figura 1 que o paciente poderá ter acesso às seguintes funcionalidades: ● Visualizar exercícios, que será representado por imagens seguido de informações; ● Digitar diário, onde o usuário poderá criar notas que posteriormente serão acessadas pelo fisioterapeuta.; ● Acessar conta, onde ele irá ter um login que será cadastrado pelo profissional, e com isto poderá logar no app; ● Recuperar conta, ao esquecer a senha do login o usuário poderá recuperar informando o e-mail para que seja recebido um link de redefinição de senha. Já o fisioterapeuta terá os seguintes uso: ● Acessar o relatório do paciente, que nada mais é que o diário digitado pelo usuário, ou seja, suas notas. ● Cadastrar usuário, o profissional poderá cadastrar os usuários (Pessoa envolvida no tratamento) através do aplicativo para que eles possam ter acesso. ● Acessar conta, o cadastro dos fisioterapeutas será direto pelo sistema online do Firabase. Entretanto, este procedimento poderá ser designado para outro colaborador da clínica como secretário(a) dentre outros, e após o profissional ter um cadastro poderá logar no app. Figura 1. Diagrama de Caso de Uso do aplicativo 3.2 Tecnologias utilizadas O aplicativo proposto neste trabalho será desenvolvido para plataforma android. Entretanto, para isso será utilizada as seguintes ferramentas e tecnologías como: Android Studio, Java, Firebase e Material Design. Android Studio é um ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) para desenvolver para a plataforma Android. Baseado no software IntelliJ IDEA de JetBrains, Android Studio foi feito especificamente para o desenvolvimento para Android. Está disponível para download em Windows, Mac OS X and Linux, e substituiu Eclipse Android Development Tools (ADT) como a IDE primária do Google de desenvolvimento nativo para Android. Java é uma linguagem de programação orientada a objetos desenvolvida na década de 90 por uma equipe de programadores chefiada por James Gosling, na empresa Sun Microsystems. Em 2008 o Java foi adquirido pela empresa Oracle Corporation. Diferente das linguagens de programação modernas, que são compiladas para código nativo, a linguagem Java é compilada para um bytecode que é interpretado por uma máquina virtual (Java Virtual Machine, mais conhecida pela sua abreviação JVM). A linguagem de programação Java é a linguagem convencional da Plataforma Java, mas não é a sua única linguagem. J2ME Para programas e jogos de computador, celular, calculadoras, ou até mesmo o rádio do carro. Firebase fornece um banco de dados em tempo real e backend como um serviço. O serviço fornece aos desenvolvedores de aplicativos uma API que permite que os dados de aplicativos sejam sincronizados entre os clientes e armazenados na nuvem do Firebase. Material Design é uma coleta de informações e conhecimentos que se transformaram em diretrizes para aprimorar a relação homem-máquina, isso tornou-se em um sistema de desenvolvimento para interface do usuário, definido por um conjunto de propriedades que qualquer objeto dentro do sistema deve aderir. 3.3 Protótipos das Telas Com base nas informações sobre as funcionalidades do aplicativo de acordo com diagrama de casos de uso na Seção 3.1, foram criados os respectivos layouts. Pode-se observar na Figura 2, que existem dois tipos de usuário, o cliente e o fisioterapeuta. Logo após que selecionar uma das opções será apresentada a tela de login que será utilizado por ambos. Figura 2. Tela de seleção de usuário e login De acordo com a Figura 3 pode-se observar que logo após logar como cliente no aplicativo surge na página principal a lista de exercícios, e ao selecionar uma das opções irá direcionar para outra tela com o vídeo e informações sobre a atividade. Figura 3. Tela de exercícios e tipo de usuário Pode-se observar na Figura 4, o diário que contém uma caixa de texto e quando clicado em cima deste surge um calendário para selecionar a data da nota que deseja procurar, e quando executado esse procedimento será apresentado uma lista de notas de acordo com a pesquisa efetuada. Ao selecionar a nota, aparece outra tela com o título da nota e a especificação da mesma. Podendo visualizar, editar e salvá-la novamente. Figura 4. Diário e notas Pode-se observar na Figura 5, que no diário contém um botão flutuante, e ao selecionar o mesmo será apresentada outra tela para a criação de uma nota já com a data especificada de acordo com o sistema operacional do próprio smartphone, também tendo uma caixa de texto para o título e outra para inserir as informações. Figura 5. Diário e criação de notas Pode-se observar na Figura 6, que a tela principal logo após escolher a opção de logar como fisioterapeuta representado na Figura 2 tem a lista de pacientes. Ao selecionar um determinado paciente irá direcionar para outra tela com informações complementares como estado clínico e um botão para acessar relatórios que nada mais é que o diário de anotações fornecidas pelos clientes da clínica. Figura 6. Lista e informações do paciente Pode-se observar na Figura 7, que após selecionar a opção de acessar relatório na tela de informações do paciente, será direcionado para outro layout para buscar relatórios tendo um calendário como filtro. Figura 7. Estado e relatório do paciente Pode-se observar na Figura 8, que após selecionar um item da lista de notas paciente será direcionado para outra tela para visualizar detalhes sobre o mesmo. Figura 8. Lista de informações e relatório do paciente Pode-se observar na Figura 9, no menu cadastrar terá a opção se inserir a foto do paciente e/ou cliente que poderá ser carregado a partir da galeria de imagens do smartphone, também caixas de texto para inserir informações como email, senha e um botão para a finalização do cadastro. Figura 9. Cadastro de Pacientes e/ou Clientes 3.4 Estudo de Caso Este estudo será realizadocom o intuito de avaliar a utilização do aplicativo, segundo o ponto de vista de seus usuários. Será elaborado um questionário com o objetivo de avaliar a utilização do app com perguntas chaves sobre desempenho, dificuldades na execução das funcionalidades, entendimento da interface e percepção e/ou evidências dos benefícios proporcionados. O questionário vai ser desenvolvido com o google forms de forma quantitativa com questões de afirmação e respostas de concordância, após a elaboração será enviado por email para pessoas cadastradas na clínica como familiares e cuidadores que são os principais protagonistas no auxílio ao tratamento, alimentando a base de dados do aplicativo com informações relevantes como evolução e dificuldades apresentadas pelos enfermos. As afirmações são: ● Você concorda ou discorda da seguinte afirmação? "O aplicativo proporciona fácil entendimento sobre suas funcionalidades." ● Você concorda ou discorda da seguinte afirmação? "Com a utilização do aplicativo diminuiu o número de consultas com o fisioterapeuta" ● Você concorda ou discorda da seguinte afirmação? "As atividades físicas estimuladas pelo aplicativo ajuda satisfatoriamente na mobilidade e execução de tarefas básicas do cotidiano ao portador". ● Você concorda ou discorda da seguinte afirmação? "Os exercícios apresentados pelo aplicativo é de fácil compreensão através da interface apresentada". ● Você concorda ou discorda da seguinte afirmação? "O monitoramento do portador de parkinson efetuado pelo cuidador é importante, e com isso facilita o trabalho do fisioterapeuta tendo como foco o tratamento através das informações fornecidas". ● Você concorda ou discorda da seguinte afirmação? "O cuidador consegue utilizar as funcionalidades do aplicativo de forma ágil". As respostas serão de forma quantitativa de concordância através deste modelo: ● Concordo totalmente ● Concordo mais ou menos ● Não concordo, nem discordo ● Discordo mais ou menos ● Discordo totalmente 3.5 Cronograma Nesta seção pode-se observar na Tabela 3, o cronograma para as atividades que serão realizadas durante o TCC II. Tabela 1. Cronograma de Atividades TCC II 02/20 03/20 04/20 05/20 06/20 07/20 Desenvolvimento do Aplicativo X X X X Testes e Melhorias do Aplicativo X X Estudo de Caso X Redação do Artigo TCC II X X X Correções do TCC II X X Banca de TCC II X 4. Considerações Finais O desenvolvimento do aplicativo foi pensado exatamente para auxiliar na prevenção do progresso da doença, dando foco exatamente num dos pontos que é mais importante para isso, o tratamento! É de suma importância proporcionar ao fisioterapeuta informações de forma instantânea e a qualquer momento, que tenha acesso a elas sempre que for preciso consultá-las, dando ênfase a análise do paciente, planejamento eficaz e a tomada de decisão, proporcionando ao parkinsoniano o tratamento imediato. O estímulo das atividades físicas complementares auxiliam a continuidade do tratamento, principalmente para aquelas pessoas que não tem acesso diário a clínica ou centro de reabilitação. Espera-se que este trabalho auxilie os profissionais no diagnóstico preciso, agilidade no tratamento, assim beneficiando uma melhora na qualidade de vida dos portadores. Referências Atividade física e doença de Parkinson ([2006]). https://www.efdeportes.com/efd101/parkins.htm, [accessed on Ago.24]. Braga, A., Xavier, A. L. I. de L. e Machado, R. P. de O. (2003). Benefícios do treinamento resistido na reabilitação da marcha e equilíbrio nos portadores da doença de parkinson. Rev Dig Vida Saúde, p. 1–9. Gonçalves, G. B., Leite, M. A. A. e Pereira, J. S. (2011). Influência das distintas modalidades de reabilitação sobre as disfunções motoras decorrentes da Doença de Parkinson Influence of Different Kinds of Rehabilitation on Motor Dysfunctions Resulting from Parkinson’s Disease. Rev Bras Neurol , v. 47, n. 2, p. 22–30. Souza, C. F. M., Almeida, H. C. P., Sousa, J. B., et al. (2011). A doença de parkinson e o processo de envelhecimento motor: Uma revisão de literatura. 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