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CENTRO UNIVERSITÁRIO 
MAURÍCIO DE NASSAU 
 
 
 
Disciplina: Fundaçãoes 
Professor: Me. Felipe Pimentel 
 
 
 
 
 
 
TESTES DE SONDAGEM SEMIDIRETO E INDIRETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glaucia Maria Miranda de Lima – MAT. 01196806 
FORTALEZA-CE – 2020 
 
 
 
SUMARIO 
 
1.0 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 03 
2.0 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral............................................................................................... 04 
2.2 Objetivos específicos.................................................................................... 04 
3.0 MATERIAS E MÉTODOS 
3.1 MÉTODO SEMIDIRETO 
3.1.1 Ensaio de Palheta........................................................................ 05 
3.1.2 CPT............................................................................................. 07 
3.1.3 Ensaio Pressiométrico................................................................. 09 
3.1.4 Ensaio Dilatométrico................................................................... 10 
3.1.5 Ensaio de permeabilidade........................................................... 11 
3.2 MÉTODO INDIRETO 
3.2.1 Método da resistividade elétrica................................................. 13 
3.2.2 Método sísmico........................................................................... 15 
3.2.3 Método eletromagnético............................................................. 16 
4.0 ESTUDOS DE CASOS 
4.1 Estudo de caso I............................................................................................ 18 
4.2 Estudo de caso II............................................................................................23 
5.0 CONCLUSÃO..........................................................................................................22 
6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O solo como parte integrante de uma construção tem fundamental 
importância no processo como um todo, pois nele serão descarregado todos os 
carregamentos da estrutura. O conhecimento do tipo de solo é de extrema importância 
para determinar o tipo de fundação ou o tipo de tratamento que o mesmo deve receber 
para que as fundações que nele se apoiem estejam seguras. 
Por meio de testes de sondagens é possível detectar o tipo de solo e suas 
particularidades. Regido por norma técnica os testes devem ser feitos de maneira a 
retratar ao máximo suas características não devendo por tanto conter erros, visto que um 
erro no solo pode ser fatal para a estabilidade de uma estrutura. 
Falhas ocasionadas no teste de sondagem, principal ferramenta para 
conhecimento do solo, tem como consequências sinistros que podem resultar e dano 
parcial ou total a estrutura. Neste artigo nosso objeto de estudo é o método de sondagem 
semidireto e indireto. A escolha do tema tem o intuito de alertar ao leitor sobre a suma 
importância do teste, suas características e suas particularidades para que, durante o 
procedimento do teste o mesmo seja executado de forma correta e desta forma não 
venha a causar danos à estrutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 OBJETIVO 
 
 2.1 OBJETIVO GERAL 
Este artigo tem como principal objetivo informar sobre os métodos de 
sondagens apresentados tornando clara a importância dos mesmos. 
 
 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS 
- Descrever os métodos de sondagem semidireto. 
- Descrever os métodos de sondagem indiretos. 
- Analisar estudos de casos de sinistros de terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O método utilizado para este artigo é baseado em estudos, pesquisas e 
exemplos de aplicações relacionados ao tema do artigo a fim de coletar o máximo 
possível de informação sobre o assunto. Através da analise de dois estudos de casos de 
erros em relação a falhas em testes de sondagens, será possível concluir a importância 
do mesmo. 
 
3.1 METODO DE SONGAGEM SEMIDIRETO 
O método de sondagem SEMIDIRETO, diferente dos outros, nos fornece 
informações sobre o solo, porém sem que seja extraído qualquer tipo de amostra do 
mesmo. São indicados para solos onde há dificuldade na execução como, por exemplo, 
areias puras ou submersas e argilas sensíveis e muito moles. 
 
3.1.1 ENSAIO DE PALHETA 
 Método utilizado desde 1919 na Suécia, o método do ensaio da palheta é 
aplicado para obtenção da resistência não drenada quando se trata de solos moles. 
Consiste na medição do torque necessário à rotação de um molinete ou uma 
palheta cravada no solo, sob velocidade constante. O objetivo deste ensaio é indicar o 
valor da resistência ao cisalhamento de materiais argilosos, sob condições não drenadas. 
 Para a execução do teste usa-se um aparelho constituído de um e um torquímetro 
acoplado a um conjunto de hastes cilíndricas rígidas e tem na outra extremidade uma 
palheta formada por duas lâminas retangulares, delgadas, dispostas perpendicularmente 
entre si. 
 
Figura 1: Palheta utilizada no ensaio Vane - Test. Fonte: www.insitu.com.br 
http://www.insitu.com.br/
 
 
 
Este teste, normatizado pela ABNT NBR 10905/89 e 
ASTM D2573, consiste na cravação estática de palheta de 
aço, com secção transversal em formato de cruz com 
dimensões padronizadas, inserida até a posição desejada 
para a execução do teste. 
 
Uma vez posicionada a ponteira, aplica-se torque por 
meio de unidade de medição com velocidade de 6 graus / 
minuto. O torque máximo permite a obtenção do valor de 
resistência não drenada do terreno, nas condições de solo 
natural indeformado. Fonte: 
https://www.damascopenna.com.br/GridPortfolio/vane/ 
 
Os resultados obtidos e compilados em um grafico de torque em função da 
rotação, resistência não drenada nas condições naturais (SU), resistência não drenada 
nas condições amolgadas e sensibilidade da estrutura da argila. 
 
 
Figura 02: Consiste na rotação a uma velocidade de rotação padrão de uma 
palheta cruciforme em profundidades pré-definidas. A medida do torque T 
versus a rotação permite a determinação da resistência não drenada do solo. 
 
https://www.damascopenna.com.br/GridPortfolio/vane/
 
 
 
 
Figura 03: Exemplo resultado do teste de Palheta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.2 CPT 
 O ensaio CPT consiste em na cravação de uma haste com ponta cônica, de forma 
lenta, medindo desta forma a resistência na ponta da haste e a resistência por atrito 
lateral; desta forma a razão entre a resistência do atrito lateral e a resistência da ponta 
pode ser usada para classificar o tipo de solo atravessado. 
 O método de execução consiste na inserção, de forma lenta, do cone mecânico 
ou elétrico que armazena os dados em um computador a cada 2cm. Apos cravado ele 
adquire os dados de forma automática e o próprio sistema captura os índices e faz o 
registro continuo dos mesmos ao longo da profundidade. 
O equipamento do cone apresenta um conjunto de células de carga junto à ponta 
cônica, que permite a medida da resistência de ponta (qc), uma luva de atrito para 
determinação do atrito lateral do solo e transdutores de pressão capazes de medir a poro 
pressão do solo. 
 
Figura 04: Ponta da haste – cone. 
 
 
Figura 05: Medicação em campo. 
 
 
 
 
Figura 06: Dados coletados 
 
3.1.3 ENSAIO PRESSIOMÉTRICO (PMT) 
 O método pressiométrico consiste na inserção em um pré-furo de uma 
sonda pressiometrica e deformação radial de membrana por meio de inserção de gás 
nitrogênio, que por sua vez é responsável pela aplicação de uma pressão nas paredes de 
um furo de sondagem, fornecendo desta forma informações sobre o comportamento do 
solo numa expansão ou compressão. As medidas de deformação são coletadas através 
do painel de controle, que mede variações de pressõese volumes ocorridos com a 
deformação do solo. 
 
Figura 07: Aparelho de medição 
 
 
 
 
Figura 08: Grafico ensaio pressiométrico. 
 
O ensaio Pressiométrico tem uma maior aplicação nos solos e rochas brandas ou 
solos duros. O pressiómetro é, hoje em dia, um aparelho extremamente conhecido e de 
grande aplicação, principalmente em projetos de fundações. Com o ensaio, é possível a 
obtenção de informações tais como: Módulo pressiométrico de Ménard, Pressão limite 
de Ménard, Pressão residual. 
Estes resultados permitem avaliar, através de correlações, parâmetros como: 
Módulo de elasticidade do solo (E); Resistência não drenada dos solos argilosos 
saturados (Su); Resistência drenada dos solos arenosos (ø); Capacidade de carga e 
recalques em fundações rasas e profundas. O ensaio é padronizado pelas normas ISO 
22476-4 e ASTM D4719-07. 
 
3.1.4 ENSAIO DILATOMÉTRICO (DMT) 
O teste consiste na cravação de ponteira metálica, com interrupções desta 
cravação a cada 20 cm. Em cada uma dessas paradas é introduzido um gás nitrogênio 
que faz com que a membrana metálica da ponteira se expanda contra o terreno. Desta 
forma registram-se em um manômetro de precisão duas leituras: a primeira quando a 
dilatação da membrana “vence” o esforço de compressão do terreno, e a segunda 
quando esta deforma o solo de 1,1mm. Este tipo de ensaio é considerado uma das mais 
 
 
 
precisas ferramentas de ensaios “in situ” para previsão de recalques e estimativa do 
módulo de elasticidade (E) das camadas prospectadas. Com execução rápida e simples, 
pode ser utilizado em praticamente todos os tipos de solo. O ensaio é normalizado pelo 
Eurocode 7 e ASTM D6635 – 01(2007) Standard Test Method for Performing the Flat 
Plate Dilatometer. 
 
Figura 09: método DMT 
 
 
Por meio dos ensaios dilatométricos, é possível a obtenção dos seguintes 
parâmetros do solo prospectado: Coeficiente de empuxo em repouso (Ko), Módulo de 
elasticidade (E), Resistência ao cisalhamento não drenada em argilas (Su), Ângulo de 
atrito interno em areias (F), Classificação granulométrica, Razão de sobre adensamento 
(OCR). 
 
3.1.5 ENSAIO DE PERMEABILIDADE 
A permeabilidade dos solos é a propriedade relacionada à facilidade ou 
dificuldade de escoamento de água. Ela é expressa em forma numérica pelo coeficiente 
de permeabilidade. Conhecê-lo é fundamental para etapas como drenagem, 
rebaixamento do nível d’água, saneamento e também para saber o recalque esperado das 
fundações. A medida de permeabilidade do solo é fundamental para a estimativa do seu 
http://www.apl.eng.br/geotecnia/execucao-de-ensaio-de-permeabilidade-in-situ
 
 
 
potencial drenante. Este ensaio, também conhecido como ensaio de infiltração, 
permite a determinação da permeabilidade sem que seja retirada nenhuma amostra do 
solo. 
 
“As recomendações utilizadas para o ensaio de 
permeabilidade in situ são da Associação Brasileira de 
Geologia de Engenharia (ABGE), do U.S. Bureau of 
Reclamation — Earth Manual e Harry R. Cedergeen — 
Seepage, Darinage and Flow Nets, pois não 
existe normatização brasileira sobre o tema. Entretanto, é 
importante destacar que existe a NBR 13292, que 
regulamenta a determinação do coeficiente de 
permeabilidade de solos granulares à carga constante. Já 
a NBR 14545 de 2000 e a NBR 13292 de 1995 são as 
normas referentes aos ensaios realizados em laboratório”. 
Fonte: https://blog.apl.eng.br/saiba-como-e-executado-o-
ensaio-de-permeabilidade-do-solo/ 
Neste ensaio, bombeia-se água numa cavidade do terreno a uma determinada 
profundidade, medindo-se a velocidade com que ela escoa pelo tubo e se infiltra no 
terreno, segundo superfícies esféricas e concêntricas. As medidas de absorção de água 
obtidas por meio do ensaio de infiltração podem ser feitas com hidrômetro conectado à 
canalização da bomba, quando essas forem superiores a 0,01m³/min, ou com proveta 
graduada, quando forem inferiores a 0,001m³/min. 
A interpretação desse ensaio baseia-se na lei de Darcy, que afirma que a vazão Q 
é proporcional à permeabilidade K e à carga hidráulica h. 
 
 
Figura 10: Ensaio de permeabilidade 
https://blog.apl.eng.br/norma-abnt-as-exigencias-tecnicas-para-o-concreto-de-cimento-portland/
https://blog.apl.eng.br/saiba-como-e-executado-o-ensaio-de-permeabilidade-do-solo/
https://blog.apl.eng.br/saiba-como-e-executado-o-ensaio-de-permeabilidade-do-solo/
 
 
 
Segue abaixo dados de classificação a partir do coeficiente de permeabilidade 
que são usados para classificar o solo conforme sua permeabilidade. 
 
 
Tabela 01: Classificação dos solos. 
 
3.2 MÉTODO INDIRETO 
São aqueles em que as determinações das propriedades das camadas dos solos 
são feitas indiretamente pela medida da resistividade elétrica ou da velocidade de 
propagação de ondas elásticas (ondas sonoras). 
 
3.2.5 MÉTODO DA RESISTIVIDADE ELÉTRICA 
Comumente usado em ambientes urbanos, trata-se de um método simples e 
robusto; é feito através da passagem de uma corrente elétrica no solo por meio de 
eletrodos cravados no solo. Os resultados são medidos através da resistividade elétrica 
(ou seu inverso, condutividade elétrica) que varia conforme o grau de saturação do solo 
e a condutividade do fluido saturante. Esse método é mais utilizado na investigação de 
áreas onde ocorreram colapsos e subsidências do terreno, assim como no estudo da 
contaminação do solo e água subterrânea. 
O método da eletrorresistividade, através das técnicas de sondagem elétrica e 
caminhamento elétrico, é um dos mais utilizados em estudos ambientais, podendo 
fornecer informações sobre o perfil natural do solo, profundidade dos substratos 
rochosos e zona saturada, detecção e mapeamento de contaminação. 
 
 
 
 
Figura 11: Esquema simplificado 
 
 
 
Figura12: Fluxo do teste de eletroressistividade
 
Figura13: Teste executado pela empresa GEOSEA. 
 
Os métodos elétricos são considerados dos mais versáteis dentro da geofísica 
aplicada, sendo extensamente aplicada em prospecção mineral, prospecção de águas 
 
 
 
subterrâneas, estudos de geologia de engenharia e estudos ambientais. São exemplos 
de teste de resistividade: 
- Método da Polarização Induzida (IP) 
- Método do Potencial Espontâneo (SP) 
 
3.2.6 MÉTODO SÍSMICO 
Os métodos sísmicos são métodos ativos que se utilizam de ondas sísmicas. 
Existem vários tipos de ondas sísmicas, mas aquelas mais comumente utilizadas para 
estudos geotécnicos são as ondas compressionais e as ondas cisalhantes. Elas diferem 
entre si pelo tipo de perturbação que geram em um meio: enquanto nas compressionais a 
perturbação é paralela à direção de propagação da onda, nas cisalhantes ela é 
perpendicular. 
Os métodos sísmicos comumente aplicados em áreas urbanas são o crosshole, a 
sísmica de reflexão e, mais recentemente o MASW (uma evolução do método SASW). 
O crosshole fornece com precisão o perfil de variação de velocidade das ondas 
compressionais e das ondas cisalhantes com a profundidade. Necessita ao menos de dois 
furos, o que encarece o seu emprego se comparado aos métodos de superfície. É 
utilizado para a determinação dos módulos elásticos dinâmicos dos solos, parâmetros de 
grande interesse para a engenharia geotécnica e de fundações. 
 
Figura 14: Esquema do teste de “Crosshole” 
 
 
 
 
 
 
3.2.7 MÉTODO ELETROMAGNÉTICO 
Este método envolve a propagação de ondas eletromagnéticas de baixa 
frequência e baseiam-se nos fenômenos físicos de eletricidade e magnetismo. Um 
método geofísico muito utilizado em ambientes urbanos é o denominado GPR (Ground 
Penetrating Radar) que apresenta alta resolução por utilizar ondas eletromagnéticas de 
altíssimas frequências (da ordem de centenas a milhares de MHz) emitidas por uma 
antena situada na superfície do terreno. O GPR fornece como resultado uma seção que 
corresponde a uma imagem de alta definição do subsolo, mostrando as interfaces onde 
as ondas eletromagnéticassofreram reflexões e retornaram à superfície. 
O GPR tem grande aplicação na identificação de tubulações enterradas 
(metálicas e não metálicas), tais como dutos, galerias e adutoras, tanques de 
armazenamento e na inspeção de estruturas de concreto e pavimentos. Nestas duas 
últimas aplicações, como a faixa de investigação é extremamente rasa (centimétrica), 
antenas de altas frequências devem ser utilizadas (superiores a 1.000 MHz). 
A propagação do sinal depende da freqüência do sinal transmitido e das 
propriedades elétricas dos materiais, no caso, condutividade elétrica e permissividade 
dielétrica, que dependem muito do conteúdo de água no solo. Enquanto nos demais 
método EM, a permissividade elétrica é desprezada e é ela quem desempenha o papel 
importante na partição da energia nas interfaces no GPR, devido as altas freqüências 
usadas. 
 
Figura 15: Dois canos sob uma laje de concreto 
 
 
 
 
 
Figura 16: Contaminação em um posto de gasolina 
 
Outros exemplos de método indireto eletromagnético são: 
 - Método Input 
 - Métodos aéreos 
 - Métodos a fonte próxima 
 - Método MT 
 - Método AFMAG 
- Método VLF 
 - Métodos a fontes distantes 
 - Polarização Elíptica 
 - Espetros de amplitude e fase 
 - Campo primário e secundário 
 - Fontes de energia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 ESTUDOS DE CASOS 
 
OBRA 1: Santos –SP (1970) 
 
 Fonte: http://cafepasa.blogspot.com/2013/10/os-predios-tortos-de-santos.html 
 
 
 
“Aspectos relacionados com a investigação das 
características do subsolo são as causas mais freqüentes 
de problemas de fundações. Estatística francesa (Logeais, 
1982) mostra que em dois mil casos estudados naquele 
país, cerca de 80% dos problemas foram decorrentes do 
desconhecimento das características do solo. Patologias 
decorrentes de incertezas quanto às condições do subsolo 
podem ser resultado da simples ausência de investigação, 
de uma investigação ineficiente, de uma investigação com 
falhas ou ainda da má interpretação dos resultados das 
sondagens.” MILITISKY et al. (2005) 
 
 O estudo do solo é de suma importância. Negligenciar o mesmo assim como 
interpretar de forma errônea os laudos podem causar grandes prejuízos para a obra. 
 
 
 
“Segundo o engenheiro Pedro Marcão, professor da 
Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Santa 
Cecília (Unisanta) e mestre em Engenharia de Solos pela 
Universidade de São Paulo (USP), a inclinação nos prédios 
da orla da praia santista acontece por conta de 
rebaixamentos agravados pela proximidade dos edifícios. 
Isso acontece também porque estudos demonstram que a 
altura máxima recomendada para os edifícios em Santos 
seria de 10 pavimentos quando apoiados em sapatas. Mas 
existem edifícios que atingiram até 19 andares" Fonte:G1. 
 
 De forma clara e absurda os laudos são ignorados em relação à carga que deveria ter 
sido admitida para o determinado solo estudado; ainda que o teste não tenha sido feito em 
um nível mais profundo como determina a norma, já era previsto que o solo viesse a colapsar 
visto que a carga admissível pelo mesmo não foi respeitado. 
 
“Pelo seu caráter litorâneo e pelo fato de ter sido 
construída em parte sobre antigos terrenos de 
manguezais, a cidade de Santos tem um perfil de solos dos 
mais difíceis no país para a construção de fundações. Por 
este motivo, uma série de edifícios foram ergidos ao longo 
do século XX (especialmente a partir da década de 1.960) 
com fundações executadas a partir de equívocos de 
sondagem ou de projeto.” Fonte: 
http://cafepasa.blogspot.com 
 
“Hoje nós sabemos que o solo de Santos possuí uma 
determinada característica, e com as tecnologias atuais, 
conseguimos chegar até a profundidade “ideal” 
(aproximadamente 55 metros). Entretanto, lá em meados 
da década de 1950, os construtores embora soubessem 
dos riscos, achavam que a camada superficial da orla da 
praia iria conseguir resistir à todas aquelas cargas, tendo 
em vista que de 6 a 20 metros o solo é compacto, 
http://cafepasa.blogspot.com/
 
 
 
oferecendo uma boa resistência. O que eles não 
esperavam era que abaixo desta primeira camada havia 
um solo extremamente mole, tendo pontos com sua 
resistência igual a 0. Trazendo para o lado técnico, o SPT 
da primeira camada de solo varia de 9 a 30 golpes, 
enquanto a segunda camada varia de 0 a 4 golpes.” 
Fonte: GrupoAE: Arquitetura + Engenharia. 
 
Os prédios construídos em Santos, meados de 1950, nós retrata um erro 
clássico no teste de SPT visto que, talvez diante da falta de tecnologia, o estudo do solo 
não foi preciso a ponto de identificar uma camada sem resistência logo abaixo de 20m 
de profundidade, o que retrataria a problemática do solo caso tivesse sido feita. Diante 
do exposto o correto seria conforme a NBR 6484: 
 
“6.4.3.3 A sondagem deve ser dada por encerrada 
quando, no ensaio de avanço da perfuração por 
circulação de água, forem obtidos avanços inferiores a 50 
mm em cada período de 10 min ou quando, após a 
realização de quatro ensaios consecutivos, não for 
alcançada a profundidade de execução do SPT. Quando 
da ocorrência destes casos, constar no relatório a 
designação de impenetrabilidade ao trépano de lavagem. 
 
6.4.4 Caso haja necessidade técnica de continuar a 
investigação do subsolo até profundidades superiores 
àquelas limitadas em 6.4.1, o processo de perfuração por 
trépano e circulação de água deve prosseguir até que 
sejam atingidas as condições expressas em 6.4.3.3, 
devendo, então, a seguir ser substituído pelo método de 
perfuração rotativa.” Fonte: NBR 6484. 
 
O ensaio deveria ter prosseguido até chegar à sua camada impenetrável, 
onde desta forma mostraria o perfil adequado para posterior projeto de fundação a ser 
considerado para tal solo. A adoção de fundação foi irresponsável e equivocada, 
 
 
 
prevendo um solo estável que não existia. O correto teste teria dado subsidio para 
calcular conforme foto abaixo o tipo de fundação correta para tal solo. 
 
Fonte: GrupoAE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBRA 2: Millennium Tower em São Francisco (2005) 
 
 Fonte: https://engenhariae.com.br/tecnologia/millennium-tower-em-sao-francisco-esta-afundando 
 
 
“Desde que a construção iniciou em 2005, a torre de 
apartamentos de luxo de 58 pavimentos afundou cerca de 
43 centímetros e se inclinou aproximadamente 35 
centímetros em direção ao Norte. De acordo com um novo 
relatório da Arup Ground, o problema parece não ter se 
resolvido: nos últimos 7 meses, o edifício afundou mais 
2,5 centímetros e se inclinou mais cinco, aumentando as 
rachaduras. A solução dos engenheiros envolveria 
construir entre 50 e 100 novas estacas de fundação a 
partir do nível do porão na rocha 60 metros abaixo - uma 
estratégia considerada durante o processo de construção 
original, mas, em última análise, considerada 
desnecessária. As estacas existentes atingem apenas 18-30 
metros de profundidade.” Fonte: archdaily.com.br. 
 
 
 
 
“O Millennium Tower é composto de apartamentos para 
ricos e famosos, com preços acima dos US$10.000.000. 
De acordo com Tele San Francisco Chronicle, uma 
empresa independente foi contratada para verificar a 
extensão dos problemas de sedimentação na construção 
com a tarefa de corrigi-los. No momento, o arranha-céu 
de luxo de 58 andares está inclinando-se 5,08 cm para o 
noroeste devido às falhas no alicerce da estrutura.” 
Fonte: engenhariae.com.br. 
 
A clara negligencia do já conhecido, o teste de sondagem, custou caro à obra do 
arranha céu da cidade de San Francisco – Califórnia; já era conhecido o tipo de 
fundação que deveria ser feito, porém o sentimento de que não era necessária, talvez 
diante do alto custo e da demora que o mesmo iria causar, fez com que as fundações 
fossem adotadas de forma irresponsável. 
 
 
“A soluçãotem custo estimado entre US$ 100 e 150 
milhões, entretanto, quem irá arcar com os custos ainda 
não está certo, já que um processo envolvendo 
a Millennium Partners, a associação de proprietários e 
o Transbay Transit Center, localizado nos arredores, ainda 
não foi concluído.” Fonte: archdaily.com.br. 
 
“Para tentar segurar o edifício em pé, a 
incorporadora Millennium Partners contratou 
engenheiros da LERA and DeSimone Consulting, que 
estão propondo a seguinte solução: colocar novas estacas 
que se apoiem na rocha que fica 60 metros abaixo do 
porão. As estacas atuais não vão além de 18 a 30 metros 
de profundidade porque, na época, foi feita uma análise de 
que não seria preciso avançar tanto sob o solo. Agora, a 
proposta é colocar de 50 a 100 novas estacas de 
fundação, a um custo estimado entre US$ 100 e 150 
 
 
 
milhões. De acordo com a mídia que cobre o caso, um 
processo entre os proprietários e o moradores envolve 
também o Transbay Transit Center, que tem obras nos 
arredores do edifício e pode ser ser uma das causas do 
desequilíbrio da construção. Há também suspeitas de que 
os pareceres sobre os riscos envolvidos no tipo de 
fundação do edifício tenham sido ignorados por influência 
política, para não interromper o andamento e a 
inauguração da obra.” Fonte: Senge-ce. 
 
O custo financeiro do reparo não é a parte mais cara do processo; a reputação da 
empresa que fez a construção passou a ser questionado devido à péssima escolha do tipo 
de fundação a ser adota mesmo sabendo que o ideal não era o que tinha sido escolhido. 
Fora a disputa para decidir de quem seria à dívida milionária do reparo. 
 
 
 
 
5 CONCLUSÕES 
 
Independente do tipo de obra se faz necessário um bom teste de sondagem, 
apropriado para cada tipo de solo. 
O que se conclui diante das duas obras expostas é que não se deve negligenciar 
nem a maneira de fazer os testes muito menos como interpretá-los; Levar em 
consideração que a obra tem pressa pra ser inaugurada também não é a solução mais 
adequada. 
Faz-se necessário seguir as normas, onde estão pré-determinado todos os passos 
a seguir para realizar o teste de forma correta. 
Faz-se necessário também que não se tome decisões baseados em informações 
infundadas ou que não tem respaldo técnico. 
Faz-se necessário o planejamento da obra para que não se estime um prazo que 
não possa ser estendido após estudos técnicos, levando o construtor a fazer de qualquer 
jeito para que o prazo seja atendido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
- Tudo sobre ensaios de sondagem no solo - 
https://www.guiadaengenharia.com/ensaios-de-sondagem/ - ACESSADO EM 
23.02.2020 ÁS 14:19. 
- Conheça os três tipos principais de solo: areia, silte e argila - 
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&Cod=59 - ACESSADO EM 
24.02.2020 ÁS 10:16. 
- Método de Investigação de Solo - Ensaios de Palheta Vane Test. Conceito, Objetivo e 
Vantagens - http://www.suportesolos.com.br/blog/metodo-de-investigacao-de-solo-
ensaios-de-palheta-vane-test-conceito-objetivo-e-vantagens/165/ - ACESSADO EM 
24.02.2020 ÁS 10:27. 
- VANE TEST – ENSAIO DE PALHETA - 
https://www.damascopenna.com.br/GridPortfolio/vane/ - ACESSADO EM 24.02.2020 
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- Quais são os principais métodos de reconhecimento do solo? Quais deles são mais 
aplicados em obras residenciais? 
http://geotecniaefundacoes.blogspot.com/2007/07/quais-so-os-principais-mtodos-de.html- 
ACESSADO EM 24.02.2020 ÁS 11:14. 
- Patologias em fundações e suas correlações com as investigações geotécnicas - 
http://www.archus.com/dynamiccad/site/2018/05/01/patologias-em-fundacoes-e-sua-
correlacao-com-as-investigacoes-geotecnicas/ - ACESSADO EM 24.02.2020 ÁS 11:20. 
- Moradores dos prédios tortos de Santos sofrem com a desvalorização - 
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/06/moradores-dos-predios-tortos-de-
santos-sofrem-com-desvalorizacao.html - ACESSADO EM 24.02.2020 ÁS 13:20. 
- Os prédios tortos de Santos - http://cafepasa.blogspot.com/2013/10/os-predios-tortos-
de-santos.html - ACESSADO EM 24.02.2020 ÁS 9:50. 
- Engenheiros têm a solução para o arranha-céu de San Francisco que está afundando - 
archdaily.com.br/br/877304/engenheiros-tem-a-solucao-para-o-arranha-ceu-de-san-
francisco-que-esta-afundando - ACESSADO EM 24.02.2020 ÁS 14:35. 
- Qual será a solução para o arranha-céu que afunda em San Francisco? - 
https://sengece.org.br/qual-sera-a-solucao-para-o-arranha-ceu-que-afunda-em-san-
francisco/ - ACESSADO EM 24.02.2020 ÁS 14:35. 
- Saiba como é executado o ensaio de permeabilidade do solo - 
https://blog.apl.eng.br/saiba-como-e-executado-o-ensaio-de-permeabilidade-do-solo/- 
ACESSADO EM 24.02.2020 ÁS 14:47. 
https://www.guiadaengenharia.com/ensaios-de-sondagem/
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&Cod=59
http://www.suportesolos.com.br/blog/metodo-de-investigacao-de-solo-ensaios-de-palheta-vane-test-conceito-objetivo-e-vantagens/165/
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https://www.damascopenna.com.br/GridPortfolio/vane/
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http://www.archus.com/dynamiccad/site/2018/05/01/patologias-em-fundacoes-e-sua-correlacao-com-as-investigacoes-geotecnicas/
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https://www.archdaily.com.br/br/877304/engenheiros-tem-a-solucao-para-o-arranha-ceu-de-san-francisco-que-esta-afundando
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https://sengece.org.br/qual-sera-a-solucao-para-o-arranha-ceu-que-afunda-em-san-francisco/
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https://blog.apl.eng.br/saiba-como-e-executado-o-ensaio-de-permeabilidade-do-solo/

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