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Produção e Propagação do Figatil (Vernonia condensata )

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE 
MATO GROSSO DO SUL 
CAMPUS PONTA PORÃ 
CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM AGRICULTURA 
 
 
 
 
 
 
 
RICARDO GIMENES GUANES 
VALDECY RIBAS DE ARAUJO JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPAGAÇÃO E PRODUÇÃO DO FIGATIL (Vernonia condensata Baker) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA PORÃ - MS 
2019 
RICARDO GIMENES GUANES 
VALDECY RIBAS DE ARAUJO JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPAGAÇÃO E PRODUÇÃO DO FIGATIL (Vernonia condensata Baker) 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado à 
banca examinadora do Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia de Mato 
Grosso do Sul, Campus Ponta Porã, como parte 
dos requisitos para obtenção do título de 
Técnico em Agricultura. 
 
Orientador Prof. Msc. Elke Leite Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA PORÃ - MS 
2019
 
RICARDO GIMENES GUANES 
VALDECY RIBAS DE ARAUJO JUNIOR 
 
 
 
PROPAGAÇÃO E PRODUÇÃO DO FIGATIL (Vernonia condensata Baker) 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca 
examinadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia de Mato Grosso do Sul, Campus Ponta Porã, como 
parte dos requisitos para obtenção do título de Técnico em 
Agricultura. 
 
Orientador Prof. Msc. Elke Leite Bezerra 
 
Ponta Porã, 19 de junho de 2019. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus, pela força e principalmente pela saúde. 
Ao Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Ponta Porã, seu corpo 
docente, direção e administração. 
Ao orientador professor Msc. Elke Leite Bezerra, pelos incentivos, pelas 
correções e confiança. 
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio. 
E a todos os colegas, amigos e familiares, que direta ou indiretamente fizeram 
parte dessa etapa, o nosso muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A grande aceitação de uso de plantas medicinais para tratar sintomas de doenças, gera a 
necessidade de estudos tanto farmacêuticos quanto agronômicos. Assim, os objetivos da 
presente pesquisa foram avaliar os comportamentos fisiológicos da Venonia condensata 
Baker, relacionado à sua propagação vegetativa (estaquia) e seminal (sementes), além 
da sua capacidade produtiva de folhas. A propagação vegetativa foi realizada por 
estaquia, pelo qual o delineamento experimental foi um fatorial com três tipos de 
estacas, as herbáceas, semilenhosas e lenhosas cada com dois tipos de cortes, reto e em 
bisel. Esse experimento foi repetido três vezes na proposição de confirmar os resultados 
obtidos. Mudas advindas da propagação vegetativa por estaquia da espécie foram 
transplantadas em campo e acompanhou-se a produção de folhas quinzenalmente em 
cinco avaliações com a contagem de folhas produzidas e a determinação da emissão 
diária em cada período. O delineamento utilizado foi um fatorial com dois tratamentos 
tipos de estacas e dois tipos de cortes. Os dados foram submetidos à análise de variância 
no programa Sisvar® e as médias comparadas pelo teste Tukey em nível de 5% de 
probabilidade. A propagação por sementes não foi viável, pois não germinaram 
nenhuma semente. A propagação vegetativa se demonstrou viável e significativa para 
alguns tipos de estacas e para algumas interações estaca e corte. A produção de folhas e 
a emissão diária foram significativas apenas para as interações tipo de estaca e corte, 
com emissão de uma folha diária até próximo ao florescimento. 
 
Palavras-chave: Planta medicinal. Estaquia. Sementes. 
 
ABSTRACT 
 
The great acceptance of the use of medicinal plants to treat symptoms of diseases, 
generates the need for both pharmaceutical and agronomic studies. Thus, the objectives 
of the present research were to evaluate the physiological behaviors of Venonia 
condensata Baker, related to its vegetative propagation (stake) and seminal (seeds), 
besides its productive capacity of leaves. The vegetative propagation was accomplished 
by stake, whereby the experimental design was a factorial with three types of cuttings, 
the herbaceous, woody and semiwoody each with two types of cuts, straight and 
bevelled. This experiment was repeated three times in the proposition to confirm the 
obtained results. Seedlings from vegetative propagation by stake of the species were 
trans planted in the field and the leaf production was monitored biweekly in five 
evaluations with the leaf count produced and determination of the daily emission in 
each period. The design used was a factorial with two treatments types of cuttings and 
two types of cuts. Data were submitted to analysis of variance in the Sisvar® program 
and the means were compared by Tukey test at a 5% probability level. Seed propagation 
was not feasible, as no seed germinated. The vegetative propagation was shown to be 
feasible and significant for some types of cuttings and for some stake and cut 
interactions. The leaf production and the daily emission were significant only for the 
stake and cutting type interactions, with emission of a daily leaf until close to flowering. 
 
Key words: Medicinal plant. Stake. Seeds. 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Resultados para a variável número de folhas (NF) pelo tratamento e tipo do 
corte ................................................................................................................................ 20 
Tabela 2 – Resultados para a variável número de raiz (NR), pelo tratamento e tipo do 
corte ................................................................................................................................ 21 
Tabela 3 – Resultados para a variável comprimento da raiz (CR), pelo tratamento e tipo 
do corte ........................................................................................................................... 22 
Tabela 4 – Resultados para a variável massa fresca das folhas (MFF) pelotratamento e 
tipo do corte .................................................................................................................... 23 
Tabela 5 – Resultados para a variável massa fresca das raízes (MFR) pelo tratamento e 
tipo do corte .................................................................................................................... 23 
Tabela 6 – Resultados para a variável Pegamento (PEG) pelo tratamento e tipo do corte
 ........................................................................................................................................ 24 
Tabela 7 – Resultados para a variável massa média por folha (MMF), pelo tratamento e 
tipo do corte .................................................................................................................... 26 
Tabela 8 – Resultados para a variável Massa Média por Raiz (MMR), pelo tratamento e 
tipo do corte .................................................................................................................... 26 
Tabela 9 – Resultados para a contagem de folhas no período de 75 dias em um total de 
seis avaliações consecutivas ........................................................................................... 29 
Tabela 10 – Resultados para a variável emissão de folhas por dia................................. 30 
Tabela 11 – Total de folhas emitidas do experimento no período de 75 dias. ............... 32 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Aspecto da inflorescência na coleta das sementes ......................................... 13 
Figura 2 – Teste de germinação sobre o papel na caixa gerbox ..................................... 14 
Figura 3 – Teste de emergência em substrato comercial ................................................ 15 
Figura 4 – Tipos de estacas, da esquerda para a direita: herbáceo reto, herbáceo bisel, 
semilenhoso bisel, semilenhoso reto, lenhoso bisel e lenhoso reto. ...............................16 
Figura 5 - Condução do experimento em casa de vegetação .......................................... 16 
Figura 6 – Características das mudas na avaliação......................................................... 17 
Figura 7 – Quantificação quinzenal de folhas .............................................................. 18 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 8 
2.1 CARACTERÍSTICAS DA ESPÉCIE ....................................................................... 8 
2.2 MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO E COLHEITA ................................................... 10 
3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 13 
3.1 TESTE DE GERMINAÇÃO ................................................................................... 13 
3.2 TESTE DE EMERGÊNCIA EM SUBSTRATO COMERCIAL ............................ 14 
3.3 PROPAGAÇÃO VEGETATIVA POR ESTAQUIA .............................................. 15 
3.4 PRODUÇÃO DE FOLHAS .................................................................................... 17 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 19 
4.1 TESTE DE GERMINAÇÃO ................................................................................... 19 
4.2 TESTE DE EMERGÊNCIA EM SUBSTRATO COMERCIAL ............................ 19 
4.3 PROPAGAÇÃO VEGETATIVA POR ESTAQUIA .............................................. 20 
4.4 PRODUÇÃO DE FOLHAS .................................................................................... 28 
5 CONCLUSÕES ....................................................................................................... 33 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 34 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O uso de plantas no tratamento e na cura de doenças está presente na 
humanidade desde a antiguidade e muitas vezes é o único recurso terapêutico de 
diversos lugares (MACIEL et al., 2002). Algumas com efeitos comprovados 
cientificamente e outras usadas apenas sob prescrições do conhecimento popular, 
tornando o cultivo desses vegetais indispensáveis. 
É possível observar na fronteira, Brasil e Paraguai, o constante uso de plantas 
medicinais, principalmente os “yuyos” no tereré. São várias espécies comercializadas, 
porém a maioria é retirada da natureza por extrativismo, pois não existem produtores ou 
fornecedores estruturados financeiramente e tecnicamente, além de carecerem de 
estudos científicos que contribuem com a produção dessas plantas. 
O figatil (Vernonia condensata Baker) conhecido como boldo-baiano, é uma das 
espécies muito utilizada na medicina da região e encontrada facilmente nas feiras e 
pontos de vendas de “yuyos” paraguaio. Está distribuído em todas as regiões do país, 
possui propriedade analgésica, sedativa, antiulcerogênica, antibacteriana, antifúngica 
(CABIRÉ et al., 2013) e eficaz quanto ao ibuprofeno na inibição de contorção 
abdominal (AFONSO et al., 2015). 
Além disso, está listado entre as 71 espécies da Relação Nacional de Plantas 
Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (Renisus), programa do governo 
que busca fomentar pesquisas e estudos de fitoterápicos, visando inserir com segurança, 
eficácia e qualidade, plantas medicinais nos serviços relacionados à fitoterapia do SUS 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE–MS, 2009). 
Vale ressaltar, a existência de alguns sites que repassam informações populares 
na internet, desde as práticas para obtenção de mudas, até as indicações para uso 
medicinal. Do mesmo modo, encontra-se uma tímida comercialização de sementes e 
mudas, porém pouco adquirido devido à falta de estudos relacionado à viabilidade da 
propagação da planta. 
Nesse sentido, a pesquisa buscou estudar experimentalmente os comportamentos 
fisiológicos do figatil, tanto para analisar sua capacidade de produção, quanto elucidar a 
melhor forma de propagação, visando principalmente a parte de interesse terapêutico 
que são as folhas. 
 
8 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 CARACTERÍSTICAS DA ESPÉCIE 
 
O figatil está nas cinco regiões do país, e acaba recebendo outros nomes 
populares, podendo ser encontrado como: boldo-baiano, boldo-japonês, boldo-chinês, 
boldo-goiano, boldo-africano, acumã, alumã, boldo-do-pinguço, fel-de-índio, heparém, 
macelão, caferana (HARAGUCHI e CARVALHO, 2010) e boldo-paraguaio (COSTA e 
MAYWORM, 2011), na região de Ponta Porã é chamado de figatil. 
Biologicamente essa espécie recebe o nome de Vernonia condensata Baker, 
planta medicinal da família Asteraceae ou Compositae. Também é possível encontrar na 
literatura outros sinônimos botânicos, entre elas estão a Vernonia bahiensis, 
Vernonanthura condensata, Vernonia syulvestris (KAWA, 2015) e Gymnanthemum 
amygdalinum (ROCHA et al., 2015). 
Pode ser encontrado em todo território brasileiro, exclusivamente em 
Pernambuco, Bahia, Ceará, São Paulo e Minas Gerais, onde o interesse e procura pela 
espécie é maior (KAWA, 2015). Uma planta nativa da África tropical (ASAWALAM e 
HASSANALI, 2006) e possivelmente introduzida, no Brasil, pelos escravos durante o 
período colonial (CAMILLO, 2018). 
Caracteriza-se por ser um arbusto alto, podendo chegar a cinco metros de altura 
e muito ramificado. Considerada perene e tropical, desenvolve-se melhor em pleno sol, 
tolerando cultivo mesmo nas regiões com chuvas irregulares, além da baixa exigência 
hídrica, solos drenados, profundos e de baixa a média fertilidade, necessitando de uma 
adubação orgânica logo após a colheita das folhas (RIBEIRO e DINIZ, 2008). 
De acordo com Lolis e Milaneze-Gutierre (2003), as folhas são alternadas, um 
pouco rígidas, com as bordas serrilhadas ligadas por um pecíolo, contêm limbo inteiro, 
ovalado e simples, apresentando um ápice agudo. As nervuras secundárias são 
uniformemente curvadas, encontrando-se em arcos com as subjacentes por ângulos que 
podem variar de reto a agudo, os estômatos anomocíticos segundo o estudo de 
morfologia ocorre apenas na face abaxial. 
Já Duarte e Silva (2013), identificaram tricomas glandulares e não glandulares 
nas duas superfícies da epiderme, que o mesofilo abrange uma camada de parênquima 
paliçádico e algumas fileiras de parênquima esponjoso, a nervura central e o pecíolo são 
iguais. O caule é circular, a epiderme se estrutura de uma única série, tendo os 
9 
 
meristemas secundários logo abaixo, o limite interno consiste em uma endoderme 
normal. Possui um sistema vascular representado por um cilindro de floema externo ao 
xilema e ambos apresentam raios retos, o xilema é totalmente lenhoso e possuem grupos 
isolados de elementos traqueais, esse estudo também mostra a existência de capas 
esclerenquimáticas adjacentes ao floema e medula parenquimática. 
Outra característica do vegetal são as folhas e os galhos, que ao serem 
mastigados liberam substâncias com um gosto amargo, uma característica importante 
dos boldos e é responsável pelo principal nome popular da espécie nos Estados Unidos, 
“bitter leaf” traduzida significa “folha amarga” (MS; ANVISA, 2014). 
As flores são pequenas, brancas, aromáticas e reunidas em cachos no final dos 
ramos. Floresce no verão e normalmente somente as folhas são utilizadas para chás e 
podem ser colhidas em qualquer época do ano, mas preferencialmente antes da floração 
(CAMILLO, 2018), porém a época de florescimento varia conforme a região sugere-se 
que essa planta responde a fotoperíodo. As folhas são utilizadas na medicina popular na 
preparação de infusões, ou então maceradas para preparação de um sumo. 
É um vegetal muito utilizado para fins nutricionais e medicinais em todaa 
África Tropical, como também, no Brasil, tendo a capacidade de amenizar problemas de 
saúde, relacionados aos efeitos antioxidantes dos compostos que está presente na planta, 
principalmente nas folhas, como os compostos fenólicos, alcalóides, taninos, saponinas, 
flavonóides, terpenoides, esteróides, ácidos graxos, glicosídeo cardiotônico, substâncias 
amargas (lactonas sesquiterpênicas, vernosídeos A1, A2, A3 e A4) e óleo essencial 
(ERASTO; GRIERSON; AFOLAYAN, 2006). 
Em vista de estudos farmacológicos, a espécie de Vernonia condensata mostrou 
efeitos hipotensivos, fototóxicos, antibacterianos e antiinflamatórios, na ciência são 
especulados que esses aspectos podem ser atribuídos à presença de glicosídeos, 
terpenos, esteróides e flavonóides. Alguns autores defendem que o vernosídeo B2 
possui efeitos antinociceptivos, do mesmo modo, que as saponinas, os taninos, os 
alcaloides e os compostos fenólicos, estão ligados na atuação sobre malária, febre, 
vermes, dores, diurese, câncer e problemas gastrointestinais (SILVA et al., 2013). 
De acordo com o Formulário de Fitoterápicos Farmacopéia Brasileira para o uso 
interno, o remédio deve ser preparado por infusão utilizando três gramas de folhas secas 
para 150 ml de água, mergulhando o ingrediente em água fervente considerando a 
proporção indicada, pessoas acima de 12 anos de idade deve tomar os 150 ml do sumo 
logo após o preparo, três vezes ao dia antes das refeições. 
10 
 
Quanto a efeitos colaterais ou maleficência para o organismo, o figatil 
demonstrou em experimentos realizados com ratos, utilizando doses elevadas, uma 
ligeira redução do peso corporal fetal acompanhada por sinais de ossificação retardada. 
Portanto, os extratos aquosos das folhas apresentam baixa toxicidade aguda e não 
apresentam riscos teratogênicos ou mutagênicos (MONTEIRO et al., 2001). 
 
2.2 MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO E COLHEITA 
 
De acordo com a avaliação fenológica de Rocha et al. (2015), realizado no 
período de 2010 a 2012 pela Embrapa Amazônia Oriental, no município de Belém-PA, 
o mês de março, que possuiu maior média de precipitação a planta não floresceu, nos 
demais meses foi registrada presença de flores. Os meses que apresentaram alto índice 
de floração foram agosto, setembro e outubro, consoante com o período menos chuvoso 
do ano. 
 Entretanto, o início e a duração das fases de desenvolvimento variam de ano 
para ano, em função das condições climáticas e região. Esse estudo é importante, pois a 
forma do comportamento fisiológico, como a floração serve para visualizar o momento 
ideal para a colheita das folhas, isso especificamente para uso medicinal, sempre 
priorizando os ramos que não estejam em floração, pois essas podem conter uma menor 
quantidade do princípio ativo (ROCHA et al., 2015). 
Na região da comunidade de Sanga Puitã, as pessoas que cultivam o figatil nas 
hortas ou nos quintais das casas, não se observam o uso de sementes para obterem as 
mudas, a prática mais comum de propagação é por estaquia, isso devido à facilidade que 
o método proporciona, com êxito no enraizamento e na obtenção da planta. 
Segundo Vicente (2008) o boldo propaga-se por estacas mais novas, nos meses 
de setembro a janeiro, a clonagem é feito em substratos e após o enraizamento 
transplantado na horta ou no campo, apresentando crescimento rápido. O espaçamento 
recomendado é de dois metros, levando em consideração o sistema de poda utilizado 
(RIBEIRO e DINIZ, 2008). 
A espécie apresenta preferência pela luz, se comportando como uma espécie 
pioneira, isto é, plantas que só germinam em clareiras ou em áreas completamente 
abertas que recebe luz solar maior parte do dia (MACIEL et al., 2003). Da mesma forma 
as sementes se comportam como fotoblásticas positivas, germinam apenas na presença 
de luz com temperatura de 30 °C (SANTOS e BRAGA, 2017). 
11 
 
Quanto à influência de temperatura, enfatiza-se que quando muito alta ou baixa 
pode desfavorecer a germinação, sendo a temperatura ótima aquela que promove maior 
germinação em menor intervalo de tempo. No entanto as sementes de espécies pioneiras 
apresentam muitas das vezes dificuldades para a produção de mudas, principalmente 
através do uso de sementes, porque são em geral menores em tamanho, com poucas 
reservas energéticas, o que dificulta a coleta, além de apresentar germinação 
desuniforme (NASCIMENTO, 2011). 
Além disso, é importante ressaltar, os outros fatores que não é possível controlar 
e afeta diretamente a germinação, como a longevidade, que corresponde ao período em 
que a semente se mantém viva, determinado por suas características genéticas, e o 
período que a semente realmente vive e é determinado pela junção de fatores genéticos 
e ambientais, quanto à manutenção da qualidade das sementes são a água, os gases, a 
temperatura e a luz que podem limitar o êxito da propagação sexuada das plantas 
(LACERDA, 2007). 
Outro método de propagação é a vegetativa, como a estaquia, mergulhia, 
enxertia, cultura in vitro. Sendo a mais utilizada para a propagação de plantas a 
estaquia, principalmente quando o interesse é manter as mesmas características da 
planta de origem. 
Algumas plantas não produzem sementes, ou produzem sementes inférteis, como 
também dormentes, de modo que a propagação sexuada é inexistente ou dificultada. 
Existem diversas plantas medicinais que essa forma de propagação é inviável, pelo qual 
a multiplicação ocorre apenas utilizando parte de seus órgãos vegetais. 
De acordo com Fachinello, Hoffman e Nacthigal (2005), estaca é qualquer parte 
da planta que possui a capacidade de formar raízes e originar uma muda, como os 
ramos, folhas e raízes, podendo essa regeneração ser de raízes ou caulinar, também 
podem ser classificadas de acordo com a época de coleta, como: lenhosas, semilenhosas 
e herbáceas, atribuído a uma determinada estação do ano, as herbáceas à primavera e 
verão, semilenhosas final do verão e inicio do outono e lenhosas no inverno. Os 
aspectos estão relacionados ao período de crescimento vegetativo e de dormência das 
plantas, atribuídas ao grau de lignificação. 
Porém, em determinadas plantas pode-se encontrar esses tipos de estacas, em 
todas as estações do ano, como ocorre no figatil. Portanto, Rezende e Bezerra (2003) 
sugeriram outra classificação relacionada ao grau de lignificação e porções distintos dos 
12 
 
ramos, de modo que as herbáceas correspondem à porção apical, menos lignificada, 
semilenhosas à porção mediana, e as lenhosas à porção basal, totalmente lignificada. 
Como a estaquia caulinar consiste na regeneração das raízes, a capacidade de 
emitir as mesmas, está em função das características endógenas das estacas e condições 
do ambiente de condução da propagação. Com isso, pode-se caracterizar uma espécie 
como de fácil e difícil enraizamento (FACHINELLO, HOFFMANN E NACTHIGAL, 
2005). 
A formação das raízes adventícias ocorre devido aos fatores existentes nos 
tecidos e à translocação de substâncias das folhas e gemas. Nesse contexto, os 
fitohormônios exercem um papel fundamental, principalmente as auxinas, no entanto 
existem outros compostos que também influencia no enraizamento, porém poucos 
estudados (FACHINELLO, HOFFMANN E NACTHIGAL, 2005; PEIXOTO, 2017). 
Conforme esses autores, as auxinas possuem ação na formação das raízes, na 
ativação das células do câmbio e no crescimento das plantas, além disso, influencia a 
inibição das gemas laterais e abscisão das folhas e dos frutos. 
13 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
3.1 TESTE DE GERMINAÇÃO 
 
As sementes foram coletadas na Chácara do Anjinho, localizado no município 
de Ponta Porã – MS, especificamente no distrito Sanga Puitã, nas coordenadas (-
22,6244062, -55,6080049). As plantas eram adultas, com três anos, cultivadas no 
quintal, sem irrigação, apresentando bastantes ramificações, com altura média de quatro 
metros. A coleta das sementes foi realizada com o auxíliode uma sacola de TNT no 
mês de dezembro, embrulhando-os nos cachos das flores quando todas as pétalas do 
capitulo caíram, impedindo que as sementes se dispersassem ao serem liberadas da 
planta-matriz (Figura 1). 
 
Figura 1 – Aspecto da inflorescência na 
coleta das sementes 
 
Fonte: OS AUTORES, 2018 
 
Após 10 dias, as sementes foram recolhidas, não passaram por limpeza para 
retirada das estruturas dispersoras, mas realizou-se a assepsia superficial, utilizando 
hipoclorito de sódio e água destilada na proporção de 1:1 (v:v), ficando totalmente 
submersa na substância por cinco minutos. 
Após esse procedimento foram colocadas em uma peneira com papel toalha para 
serem lavadas em água corrente pelo mesmo tempo, em seguida colocadas sobre papel 
toalha para absorção da água em excesso contidas nas sementes, posteriormente a 
realização do teste de germinação com material propagativo seco e esterilizado. 
O teste de germinação realizou-se no laboratório de Sementes do Campus IFMS-
PP, imediatamente após o preparo, em papel germiteste de acordo com a Regra de 
14 
 
Análise de Sementes – RAS. Preparou-se quatro repetições com 50 sementes, 
distribuídas uniformemente sobre o papel na caixa transparente gerbox e levadas para a 
câmara germinadora B.O.D com fotoperíodo de 12 horas de luz fluorescente e 
temperatura considerada favorável de 30 °C (Figura 2). 
 
Figura 2 – Teste de germinação sobre o 
papel na caixa gerbox 
 
Fonte: OS AUTORES, 2018 
 
A proporção de água utilizada inicialmente foi o dobro da massa do papel e 
acrescentada cada três dias cinco milímetros de água destilada para a hidratação. A 
avaliação do experimento ocorreu após 31 dias, por contagem das plântulas 
consideradas como germinadas, as que apresentassem as estruturas de plântulas 
completas (raízes, hipocótilo e cotilédones). 
 
3.2 TESTE DE EMERGÊNCIA EM SUBSTRATO COMERCIAL 
 
O teste de emergência foi implantado em substrato comercial no mesmo dia do 
teste de germinação. Sucedeu na casa de vegetação do IFMS-PP, com temperatura e 
irrigação controlada, porém diferindo com a anterior pela troca do substrato. As 
sementes utilizadas não tiverem as estruturas dispersoras retiradas e sem adição de 
fitohormônio, dispostas em bandejas de isopor de 200 células com o substrato comercial 
Tropsubstrato HA®. 
Utilizou-se o delineamento de duas repetições com 200 sementes que foram 
desinfestadas por assepsia superficial e outras duas repetições com 200 sementes não 
esterilizadas (Figura 3), totalizando 800 sementes, dois tratamentos e duas repetições. O 
15 
 
período de avaliação ocorreu no decorrer de um mês, por contagem e quantificação do 
percentual das plântulas que emergiram. 
 
Figura 3 – Teste de emergência em 
substrato comercial 
 
Fonte: OS AUTORES, 2018 
 
3.3 PROPAGAÇÃO VEGETATIVA POR ESTAQUIA 
 
O experimento foi desenvolvido na casa de vegetação do IFMS Campus Ponta 
Porã. O material propagativo empregado, obteve-se no mesmo da coleta das sementes, 
selecionando os ramos que não apresentavam inflorescência. Os mesmos foram 
coletados com um corte reto utilizando uma tesoura de poda, e armazenados em isopor 
contendo água até chegar ao local, onde foi realizada a implantação imediata. Não foi 
realizado nenhum tipo de processo de desinfestação das estacas e nem a utilização de 
fitohomônio. Essas foram preparadas com cinco gemas ativas, em média 15 cm por 
estacas e as folhas foram totalmente retiradas. 
 Os ramos selecionados foram divididos para três tratamentos (herbáceo, 
semilenhoso e lenhoso). A delimitação dos cortes ocorreu visualmente, correspondendo 
às seguintes características: as estacas herbáceas à parte apical dos ramos da planta, a 
semilenhosa à porção mediana e a lenhosa à parte basal do caule, apresentando uma 
coloração totalmente acinzentada, que são os ramos maduros ou os mais velhos da 
planta, totalmente lignificado (REZENDE e BEZERRA, 2003). 
Adotou-se também dois tipos de corte, obtidas com um corte em bisel abaixo da 
última gema basal e corte reto acima da gema apical e outro com um corte reto abaixo 
da gema basal e apical (Figura 4). 
16 
 
Figura 4 – Tipos de estacas, da esquerda 
para a direita: herbáceo reto, herbáceo 
bisel, semilenhoso bisel, semilenhoso reto, 
lenhoso bisel e lenhoso reto. 
 
Fonte: OS AUTORES, 2018 
 
O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado em esquema fatorial, 
com seis tratamentos, três tipos de estacas, duas formas de cortes, 10 repetições, cada 
estaca uma repetição, totalizando 60 estacas. 
As estacas posteriormente foram colocadas em uma bandeja plástica de tubete de 
290 cm3 de 96 células com substrato comercial Tropsubstrato HA®, e levadas para a 
casa de vegetação (Figura 5). A irrigação do local ocorreu diariamente por 
microasperssão mantendo esse sempre úmido. 
 
Figura 5 - Condução do experimento em 
casa de vegetação 
 
Fonte: OS AUTORES, 2018 
 
A avaliação realizou-se 30 dias após a instalação (Figura 6). As mudas foram 
retiradas dos tubetes e os substratos agregados nas raízes foram retirados agitando-os 
17 
 
em uma bacia de água da torneira, depois colocados no balcão e secas a temperatura 
ambiente de laboratório. 
As características avaliadas foram: número de folhas por estaca brotada (NF), 
contadas por unidade, considerando apenas as folhas totalmente expandidas, 
comprimento da maior raiz (CR) utilizando régua para a mensuração, número de raízes 
(NR) com mais de um centímetro na estaca, massa fresca das folhas (MFF) e das raízes 
(MFR) contadas anteriormente, utilizando uma balança de precisão Marte® (0,000 g), 
massa média por folhas (MMF) e raízes (MMR). Esse ensaio foi repetido, nos meses de 
dezembro (EP. D), março (EP. M) e abril (EP. A). 
 
Figura 6 – Características das mudas na 
avaliação 
 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
 
Os dados obtidos nas avaliações foram submetidos à análise de variância em um 
programa de computador SISVAR, versão 5.6, analisado em esquema fatorial com 
interações duplas, e as médias comparadas pelo teste de Tukey com nível nominal de 
significância de 5% de probabilidade (FERREIRA, 2015). 
 
3.4 PRODUÇÃO DE FOLHAS 
 
As mudas obtidas através da propagação vegetativa foram transplantadas em um 
canteiro no Campus, espaçadas por 0,5 m entre plantas por 1 metro entre linha. As 
covas foram perfuradas utilizando um trado. Não foi agregado nenhum adubo, 
condicionador de solo e irrigação. O acompanhamento da produção de folhas ocorreu 
por contagem do número de folhas completamente desenvolvidas, avaliadas a cada 15 
dias (Figura 7). 
18 
 
 
Figura 7 – Quantificação quinzenal de 
folhas 
 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
 
As estacas transplantadas foram apenas dos tratamentos lenhosos e 
semilenhosos, não foram obtidas número suficiente de mudas do tratamento herbáceo, 
não sendo considerado nas avaliações de produção da espécie. Sendo 34 estacas 
semilenhosas e 22 lenhosas. 
 Para facilitar o processo das medidas sequenciais as folhas já avaliadas foram 
identificadas com perfurador de papel após a avaliação. Ao final da quinta avaliação os 
dados de contagem foram organizados e por cálculo determinou-se o número de folhas 
emitidas por dia (emissão de folhas). 
Os dados obtidos nas avaliações foram submetidos à análise de variância em um 
programa de computador SISVAR, versão 5.6, analisado em esquema fatorial com 
interações duplas, e as médias comparadas pelo teste de Tukey com nível nominal de 
significância de 5% de probabilidade (FERREIRA, 2015). 
 
19 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1TESTE DE GERMINAÇÃO 
 
Não germinou nenhuma semente durante todas as avaliações. Mesmo nas 
condições ideais apontadas por Santos e Braga (2017) para essa espécie. Esses mesmos 
autores obtiveram resultados diferentes, como maior média de porcentagem de 
germinação, de 70,5 %. 
Resultados semelhantes do presente trabalho foram obtidospor Velten e Garcia 
(2005), ao avaliarem os efeitos da luz e da temperatura na germinação de sementes de 
Eremanthus glomerulatus Less (Asteraceae), a mesma família do figatil. Nas condições 
de 30 °C com fotoperiodo de 12 horas germinaram apenas 5% das sementes, enquanto a 
maior porcentagem ocorreu à temperatura de 20 °C com 6% de sementes germinadas. 
Além disso, Maluf e Wizentier (1998), também obtiveram baixa germinação de 
sementes de quatro populações de Eupatorium vauthierianum, da mesma familia 
(Asteraceae) que variaram entre 1,31% a 13,40%. 
De acordo com Nascimento (2011), algumas sementes não possuem muitas 
reservas energéticas, e se mantém vivas por pouco tempo, denominadas como sementes 
pioneiras, caracterizadas por serem menores e apresentarem germinação desuniforme, 
uma característica da espécie estudada que pode ter influenciado na germinação. 
Diante desses resultados, acredita-se que as sementes da Vernonia condensata, 
utilizadas nos testes não estavam viáveis que pode ser pela formação ou por ataque de 
algum patógenos em tempo anterior ao teste causando a morte das sementes. 
Como esse trabalho, foi para obter respostas se a propagação seminal é viável, 
não foi aprofundado cientificamente quais foram os fatores endógenos que 
influenciaram na não germinação, demonstrando a necessidade de estudos da 
morfologia das sementes dessa espécie. 
 
4.2 TESTE DE EMERGÊNCIA EM SUBSTRATO COMERCIAL 
 
Durante as avaliações não foi identificado nenhuma plântula emergida em todos 
os tratamentos. Como a germinação é relativa à emergência, os resultados são coerentes 
entre si, descartando a influência do substrato. Isso explica o porquê de não ser possível 
20 
 
encontrar nas imediações do figatil outras plantas da espécie, por mais que as sementes 
possuem estruturas dispersoras, demonstrando a inviabilidade da propagação sexuada, 
nas condições locais. Justifica o estudo da propagação vegetativa dessa espécie. 
Resultados divergentes foram encontrados por Santos e Braga (2017), que 
obtiveram a maior média de porcentagem de plântulas emergidas, ocorrida em substrato 
sobre papel, não diferindo do substrato de serragem. De modo que a emergência mais 
sincronizada ocorreu nos tratamentos sobre areia, e sobre substrato comercial, que 
demonstraram maior uniformidade da emergência durante o período de avaliação. 
 
4.3 PROPAGAÇÃO VEGETATIVA POR ESTAQUIA 
 
Todas as variáveis analisadas foram afetadas de modo significativas pelos tipos 
de estacas. As interações entre os fatores estacas e cortes foi significativa apenas para as 
variáveis de massa fresca da raiz, massa média por raiz e pegamento. 
Os resultados para a variável número de folhas (NF), organizado na tabela 1 
demonstrou que as estacas semilenhosas emitiram mais folhas, se distinguindo dos 
outros tratamentos (TRT) no nível de significância, sendo potencialmente superior do 
lenhoso e herbáceo que não diferiram estatisticamente. 
Tabela 1 – Resultados para a variável número de folhas (NF) pelo tratamento e 
tipo do corte 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Média do corte (M. CT); Média do tratamento (M. TRT); Época de dezembro (EP. D); Época de 
março (EP. M); Época de abril (EP. A) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal e vertical diferem entre si a 5% de 
probabilidade pelo teste Tukey. 
 
Estaca semilenhosas foram superiores aos demais tipos de estacas quando se 
analisou a média do tratamento, mas não houve efeito significativo entre os tipos de 
cortes dentro de cada tratamento. Em relação a época os plantios de dezembro por ser 
um período de maior fotoperíodo houve uma resposta diferenciada em número de 
TRATAMENTO CORTE M. CT M. TRT EP. D EP. M EP. A 
SEMILENHOSO 
RETO 17,00 a 
17,68 a 
12,25 a 9,01 b 7,86 b 
BISEL 18,36 a 
LENHOSO 
RETO 7,76 a 
8,73 b 
BISEL 9,70 a 
HERBÁCEO 
RETO 3,80 a 
5,71 b 
BISEL 4,63 a 
CV% 45,87 
21 
 
folhas, não havendo distinção entre as duas épocas posteriores em função da redução do 
fotoperíodo. 
Ao avaliar o número de raízes emitidas por estacas, verificou-se que os 
tratamentos lenhosos e herbáceos apresentaram diferenças não significativas, porém o 
tratamento semilenhoso se diferenciou estatisticamente, apresentando aproximadamente 
três vezes mais raiz (Tabela 2). 
Tabela 2 – Resultados para a variável número de raiz (NR), pelo tratamento e tipo 
do corte 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Média do corte (M. CT); Média do tratamento (M. TRT); Época de dezembro (EP. D); Época de 
março (EP. M); Época de abril (EP. A). 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal e vertical diferem entre si a 5% de 
probabilidade pelo teste Tukey. 
 
Esses resultados estão de acordo com a pesquisa de Biasi e Boszczowski (2005), 
sobre a espécie Vitis rotundifolia considerada de difícil enraizamento, porém ao utilizar 
estacas semilenhosas, as mesmas conseguiram expressar uma boa capacidade de 
formação de raízes, sem a necessidade de utilizar auxinas. 
Da mesma forma, existe trabalho sobre uso de fitohormônio na minipropagação 
in vitro do figatil, no qual o material propagativo dessa espécie, também não respondeu 
a aplicação de fitohormônio exógenos, pois possuem quantidade de auxinas endógenas 
suficientes para emissão de raízes (VICENTE, 2008). 
Diante disso e dos resultados do presente trabalho, pode-se descartar a influência 
do fator genético no enraizamento e sobrevivência das estacas caulinar dessa espécie, já 
que todos os tipos de estacas emitiram raízes, caracterizando essa planta como de fácil 
enraizamento. O fato de algumas não sobreviverem, pode estar atrelado à 
disponibilidade de reserva, ao grau de lignificação e desidratação das estacas. 
Franzon, Antunes e Raseira (2004), observaram emissões mais demoradas e 
menos vigorosas das raízes adventícias nas estacas lenhosas de goiabeira-serrana (Acca 
sellowiana Berg), porém foram as que conseguiram sobreviver por mais tempo, 
atribuindo esse comportamento à quantidade de reservas contidas nelas. 
TRATAMENTO CORTE M. CT M. TRT EP. D EP. M EP. A 
SEMILENHOSO 
RETO 14,40 a 
16,46 a 
9,83 a 9,16 a 7,35 a 
BISEL 18,53 a 
LENHOSO 
RETO 5,00 a 
5,66 b 
BISEL 6,33 a 
HERBÁCEO 
RETO 3,60 a 
3,86 b 
BISEL 4,13 a 
CV% 32,46 
22 
 
Em relação ao comprimento da raiz, o tratamento semilenhoso apresentou raízes 
mais compridas que o lenhoso, se diferenciando a 5% de probabilidade, assim como, o 
lenhoso do herbáceo, mas não diferiram no nível de significância (Tabela 3). 
Tabela 3 – Resultados para a variável comprimento da raiz (CR), pelo tratamento 
e tipo do corte 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Média do corte (M. CT); Média do tratamento (M. TRT); Época de dezembro (EP. D); Época de 
março (EP. M); Época de abril (EP. A) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal e vertical diferem entre si a 5% de 
probabilidade pelo teste Tukey. 
 
Resultados divergentes foram encontrados por Amaro et al. (2013), que ao 
avaliar o comprimento das raízes pelo mesmo método, na propagação vegetativa de 
menta (Mentha arvensis L.) em função de substratos e estacas apicais e mediana, 
verificaram que as estacas apicais apresentaram maior comprimento de raiz do que as 
medianas, porém não diferiram estatisticamente, o que levou esses autores 
recomendarem os dois tipos de estacas para a propagação dessa espécie. 
Já Nicoloso, Fortunato e Fogaça (1999), obtiveram maior comprimento de 
raízes, para estacas medianas de ginseng-do-pantanal (Pfaffia glomerata S), da mesma 
forma, Maia et al. (2008) ao trabalharem com a planta medicinal bamburral (Hyptis 
suaveolens L), obtiveram melhores resultados com as estacas das porções medianas. 
Enquanto Ribeiro et al. (2007), ao avaliarem os efeitos das folhas e tipos das 
estacas sobre o enraizamento de cajarana (Spondias sp.), verificou resultados 
contrastantes, em que as lenhosas apresentaram raízes mais compridas quenão 
diferiram das estacas herbáceas e que o semilenhoso possuía raízes menores. 
É notório que os comportamentos dos materiais propagativos variam de acordo 
com a espécie, reforçando a necessidade de estudos isolados para cada vegetal. 
Considerando a massa fresca das folhas, observou-se que as folhas do tratamento 
semilenhoso possuíam mais massa, aproximadamente o triplo da massa das folhas dos 
tratamentos lenhoso e herbáceas (Tabela 4). O lenhoso e herbáceo, apresentaram 
diferenças não significativas. 
TRATAMENTO CORTE M. CT M. TRT EP. D EP. M EP. A 
SEMILENHOSO 
RETO 8,91 a 
9,60 a 
5,87 a 6,83 a 7,01 a 
BISEL 10,29 a 
LENHOSO 
RETO 5,65 a 
5,72 b 
BISEL 5,79 a 
HERBÁCEO 
RETO 2,98 a 
3,90 b 
BISEL 4,82 a 
CV% 43,96 
23 
 
Segundo Amaro et al. (2013) o ganho em massa das folhas está diretamente 
relacionado com o vigor das estacas após o enraizamento, apontando que quanto mais 
vigorosas forem as raízes, melhor será a capacidade de absorção dos nutrientes, de 
transformação e suprimento das reservas dos tecidos de armazenamento. Isso demonstra 
uma dependência do vigor das folhas do desenvolvimento das raízes. 
Tabela 4 – Resultados para a variável massa fresca das folhas (MFF) 
pelotratamento e tipo do corte 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Média do corte (M. CT); Média do tratamento (M. TRT); Época de dezembro (EP. D); Época de 
março (EP. M); Época de abril (EP. A) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal e vertical diferem entre si a 5% de 
probabilidade pelo teste Tukey. 
 
Ao analisar a massa fresca das raízes, o tratamento semilenhoso obteve mais 
massa de raízes do que o lenhoso e herbáceo, se diferenciando dos demais que não 
diferiram no nível de significância, de modo que o tratamento lenhoso para as condições 
do trabalho apresentou melhor resposta ao enraizamento que o herbáceo (Tabela 5). 
Tabela 5 – Resultados para a variável massa fresca das raízes (MFR) pelo 
tratamento e tipo do corte 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Média do corte (M. CT); Média do tratamento (M. TRT); Época de dezembro (EP. D); Época de 
março (EP. M); Época de abril (EP. A) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal e vertical diferem entre si a 5% de 
probabilidade pelo teste Tukey. 
 
De acordo com Nicoloso, Fortunato e Fogaça, (1999) os melhores enraizamentos 
de estacas oriundas das porções basais e medianas dos ramos das plantas, podem estar 
relacionados à maior concentração de carboidratos disponíveis nessas porções, obtendo 
TRATAMENTO CORTE M. CT M. TRT EP. D EP. M EP. A 
SEMILENHOSO 
RETO 1,81 a 
2,02 a 
1,40 a 0,98 b 0,76 b 
BISEL 2,23 a 
LENHOSO 
RETO 0,60 a 
0,62 b 
BISEL 0,64 a 
HERBÁCEO 
RETO 0,30 a 
0,49 b 
BISEL 0,69 a 
CV% 43 
TRATAMENTO CORTE M. CT M. TRT EP. D EP. M EP. A 
SEMILENHOSO 
RETO 1,26 a 
1,67 a 
0,78 a 0,60 a 0,98 a 
BISEL 2,07 b 
LENHOSO 
RETO 0,40 a 
0,58 b 
BISEL 0,77 a 
HERBÁCEO 
RETO 0,25 a 
0,34 b 
BISEL 0,43 a 
CV% 51,54 
24 
 
uma maior capacidade de se desenvolverem após o transplante. Essa hipótese se 
confirma, pois, as estacas foram retiradas de ramos com idades e disponibilidade de 
reservas diferentes, já que em tecidos lignificados e adultos essa concentração é maior e 
nos que estão em crescimento vegetativo são menores. 
Isso realça a relação entre raízes e as folhas, porque nas duas variáveis 
analisadas o tratamento semilenhoso obteve em ambas maiores massas frescas. Para 
Costa et al. (2016), as médias de massas fresca e seca, da parte aérea e das raízes, foi 
melhor para as estacas apicais ao avaliar hortelã (Mentha x villosa Huds). 
Além do presente trabalho, Ribeiro et al. (2007), não recomendou estacas 
herbáceas, pois não apresentaram quaisquer sinais de enraizamento e de sobrevivência, 
também apontou que as estacas retiradas da porção apical dos ramos possuem menor 
quantidade de reservas acumuladas. 
O tratamento semilenhoso também se destaca dos demais na variável pegamento 
(PEG), pois 95% das estacas emitiram estruturas completas de uma muda, folhas e 
raízes, enquanto o lenhoso obteve um pegamento de 73,33 % e 45% no tratamento 
herbáceo (Tabela 6). 
Da mesma forma Leão (2003), trabalhando com estacas herbáceas e lenhosas de 
videira (Vitis ssp.), obteve melhores resultados para as estacas retiradas das porções 
basais. Já Tagliani, Kazmierczak e Cenci (2011), obtiveram resultados semelhantes ao 
do tratamento de estacas herbáceas, ao trabalhar com pingo de ouro (Duranta repens), 
com um pegamento de 37,5%, porém com uma taxa superior que os tratamentos 
semilenhoso e lenhoso, 8,75% e 5% respectivamente. 
Tabela 6 – Resultados para a variável pegamento (PEG) pelo tratamento e tipo do 
corte 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Média do corte (M. CT); Média do tratamento (M. TRT); Época de dezembro (EP. D); Época de 
março (EP. M); Época de abril (EP. A) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal e vertical diferem entre si a 5% de 
probabilidade pelo teste Tukey. 
 
TRATAMENTO CORTE M. CT M. TRT EP. D EP. M EP. A 
SEMILENHOSO 
RETO 0,93 a 
0,95 c 
0,81 a 0,74 a 0,68 a 
BISEL 0,96 a 
LENHOSO 
RETO 0,76 a 
0,73 b 
BISEL 0,70 a 
HERBÁCEO 
RETO 0,33 a 
0,45 a 
BISEL 0,66 b 
CV% 25,22 
25 
 
Salomão et al. (2002), recomendou estacas oriundas das porções medianas e 
basal de maracujazeiros (Passiflora alata, D. e P. edulis f. flavicarpa, O.D), já que as 
apicais apresentaram mortes decorridas de podridão-aquosa, também verificado em 
algumas estacas herbáceas da Vernonia condensata. 
De acordo com Fachinello, Hoffman e Nacthigal (2005), estacas herbáceas 
mostram maior capacidade de enraizamento, porém são mais suscetíveis a desidratação 
e morte. A boa taxa de pegamento das estacas lenhosas demonstra a maior resistência 
desse tipo de estaca. Entretanto, o enraizamento menos vigoroso e o pequeno 
desenvolvimento do sistema radicial, conferem uma baixa eficiência dessas porções 
(GARBUIO, 2007). 
Esses mesmo autores afirmaram que estacas lenhosas formam mudas de 
qualidade ruim ao estudar a propagação vegetativa de Pogostemon cablin, porém para o 
figatil, essa baixa eficiência só ocorre inicialmente, pois após o transplante essas plantas 
advindas dessas porções se igualaram na produção de folhas com o semilenhoso, não se 
diferenciando estatisticamente num determinado período de tempo, tornando-as 
também, viáveis para a propagação. 
No semilenhoso, o tipo de corte influencia pouco no pegamento das estacas, pois 
no corte em bisel a taxa foi de 96,66% e no corte reto de 93,33%. No lenhoso os 
resultados são semelhantes, pois pegaram 70% das estacas com corte em bisel e 76,66% 
com corte reto. Já nas estacas herbáceas, o corte em bisel é potencialmente melhor que o 
corte reto, pois o corte em bisel apresentou 66,66% de pegamento e o reto 33,33% 
(Tabela 6). 
 Ferri (1986) citado por Costa et al. (2016) aponta que a concentração de auxina 
é elevada nos locais de biosíntese e permanece nas regiões de crescimento ativo, 
diminuindo a níveis muito baixos em tecidos adultos, isso explica a diferença no êxito 
de pegamento de estacas de porções diferentes, já que as auxinas são responsáveis por 
responder ao traumatismo causado pelo corte e emitir as raízes. 
De acordo com a razão entre a massa fresca e números de folhas, obteve-se que a 
massa média por folhas (MMF) do tratamento semilenhoso foi maior, enquanto o 
lenhoso e herbáceo apresentaram diferenças não significativa (Tabela 7). 
 
26 
 
Tabela 7 – Resultados para a variável massa média por folha (MMF), pelo 
tratamento e tipo do corte 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Média do corte (M. CT); Média do tratamento (M. TRT); Época de dezembro (EP. D); Época de 
março (EP. M); Época de abril (EP. A) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal e vertical diferem entre si a 5% de 
probabilidade pelo teste Tukey. 
 
Para a massa média por raízes, o tratamentosemilenhoso apresentou massa 
média maior que o tratamento lenhoso e herbáceo, de modo que os dois últimos 
tratamentos citados não deferiram a 5% de probabilidade (Tabela 8). 
Como apontado anteriormente, essa diferença no vigor do enraizamento de 
acordo com o tipo da estaca está relacionada à maior quantidade de auxinas endógenas 
em determinada parte da planta, consequentemente essas conseguem emitir raízes com 
massa maiores e ter uma maior viabilidade na propagação (FELICIANA et al., 2017). 
Tabela 8 – Resultados para a variável massa média por raiz (MMR), pelo 
tratamento e tipo do corte 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Média do corte (M. CT); Média do tratamento (M. TRT); Época de dezembro (EP. D); Época de 
março (EP. M); Época de abril (EP. A) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal e vertical diferem entre si a 5% de 
probabilidade pelo teste Tukey. 
 
Nos ensaios do presente trabalho as semilenhosas são melhores em todas as 
variáveis analisadas do que as lenhosas, portanto sugere-se que as lenhosas, a porção 
basal dos ramos, por conta da lignificação completa adere um papel de sustentação da 
planta, enrijecendo-se, dificultando a translocação de auxinas endógenas das porções 
apicais nas mesmas, enquanto a semilenhosa adere algumas características, a de reserva, 
TRATAMENTO CORTE M. CT M. TRT EP. D EP. M EP. A 
SEMILENHOSO 
RETO 0,09 a 
0,10 a 
0,061 a 0,060 a 0,065 a 
BISEL 0,11 a 
LENHOSO 
RETO 0,04 a 
0,04 b 
BISEL 0,04 a 
HERBÁCEO 
RETO 0,04 a 
0,03 b 
BISEL 0,20 a 
CV% 67,01 
TRATAMENTO CORTE M. CT M. TRT EP. D EP. M EP. A 
SEMILENHOSO 
RETO 0,079 a 
0,096 b 
0,038 a 0,045 a 0,054 a 
BISEL 0,11 b 
LENHOSO 
RETO 0,033 a 
0,033 a 
BISEL 0,034 b 
HERBÁCEO 
RETO 0,010 a 
0,016 a 
BISEL 0,022 a 
CV% 37,48 
27 
 
proximidade com as porções de biossíntese de auxinas e a menor diferenciação dos 
tecidos (FACHINELLO; HOFFMAN; NACHGTIGAL, 2011; FERRIANI et al., 2006; 
TAGLIANI; KAZMIERCZAK; CENCI, 2011; SILVA, 2012). 
Esses resultados, estão de acordo com os obtidos por Aguiar et al. (2005), ao 
estudar a propagação vegetativa do pessegueiro 'Okinawa', obteve que as estacas 
semilenhosas apresentaram maior porcentagem de enraizamento, maior número de 
raízes por estaca, maior comprimento de raízes e maiores massas fresca e seca de raízes 
por estacas. 
O tipo do corte não influenciou acentuadamente nos ensaios, equivalendo-se em 
quase todos os tratamentos, apresentando diferenças significativas apenas para as 
variáveis de massa fresca da raiz, massa média por raízes e pegamento das estacas, de 
acordo com as tabelas 5, 6 e 8. Os resultados demonstraram que o corte em bisel 
possibilitou o melhor enraizamento, com massa elevadas e se diferenciando do corte 
reto estatisticamente. 
Para as estacas herbáceas o corte em bisel possibilitou o pegamento duas vezes a 
mais das estacas de corte reto (Tabela 6). Nas demais variáveis o corte em bisel 
apresentou médias melhores, porém não se diferenciaram no nível de significância. 
Segundo Wendling; Ferrari e Grossi, (2002), o corte em bisel facilita o enraizamento, 
pois possibilita maior área de absorção de água e nutrientes, antes e após o plantio das 
mudas, por isso a maioria da estaquia de plantas utiliza esse método. Wendling e 
Zanette (2017) afirmaram que o corte em bisel facilita inserção das estacas nos 
substratos, amplia a superfície de enraizamento, logo a área de contato com o substrato. 
No que se refere à variação das condições climáticas durante os ensaios, a 
mesma não apresentou influência acentuada sobre a maioria das variáveis analisadas, 
apenas para o número de folhas e massa média das folhas frescas, conforme as tabelas 4 
e 7, pelo qual o mês de dezembro correspondeu às maiores médias e os meses de março 
e abril não se distinguiram estatisticamente. Resultados diferentes foram obtidos por 
Leonel e Rodrigues (1993), ao avaliar a estaquia de videira (Vitis vinifera L), 
conseguiram melhores resultados no inverno. Rios et al. (2012), obteve melhores 
resultados para umbuzeiro (Spondias tuberosa A) nas estacas retiradas no mês de 
março. 
Dutra et al. (2002) apontou que no período de crescimento vegetativo intenso, 
que ocorre principalmente na primavera e verão, as estacas possuem maior capacidade 
para enraizar e consequentemente emitir mais folhas e acumular biomassa, enquanto as 
28 
 
coletadas no inverno possuem mais dificuldades, sugere-se que isso está atribuído às 
condições climáticas, como à temperatura, à disponibilidade de água e luminosidade. 
A temperatura também é um dos fatores que pode influenciar o enraizamento, 
atuando, sobretudo na absorção de nutrientes e no metabolismo do material propagativo 
(CUNHA et al., 2009), aliada a alta umidade pode ser fundamental para o bom 
desenvolvimento das raízes, isso está de acordo com o trabalho de Amaral et al. (2012) 
pois a época chuvosa foi mais propícia para a produção de mudas de Duranta repens, 
com a melhor qualidade pelo processo de estaquia. 
 Como houve respostas significativas somente no que se refere às folhas, que 
estão relacionadas à fotossíntese, pode-se sugerir que dezembro foi a época com mais 
luminosidade, pois essa espécie responde bem ao fotoperíodo, de modo que houve mais 
emissão de folhas e acumulo de biomassa. 
Segundo Peixoto (2017), a luz é responsável por acelerar o processo de 
enraizamento, possibilitando manutenção da produção de carboidratos através da 
fotossíntese, principalmente em estacas com folhas, além disso, o sombreamento reduz 
a capacidade fotossintética. 
 
4.4 PRODUÇÃO DE FOLHAS 
 
No transplantio existiam 56 mudas viáveis advindas da propagação vegetativa. 
Em média as plantas estavam com oito folhas e apresentavam um coeficiente de 
variação alto em relação aos números de folhas 48,16%, fato este que se manteve e 
ampliou em alguns momentos das avaliações. É importante salientar que se partiu de 
uma heterogeneidade das plantas, o que é representativo das condições passíveis de 
serem constatadas nas condições de campo. A premissa do trabalho inicial foi em 
identificar ou determinar um número referencial inexistente na literatura, a produção de 
folhas pela planta Vernnonia condensata, e possibilitar uma referência inicial científica. 
No entanto sabe-se que novos estudos agora podem ser feitos para se chegar a 
um número exato representativo em uma situação de homogeneidade de plantas ao se 
estabelecer o cultivo no campo; porém isso não foi o objetivo deste trabalho. O 
princípio deste foi que para quem pretende explorar a planta como fitoterápico é muito 
importante saber a produção média de folhas da planta, já que é a principal parte de 
interesse terapêutico. 
29 
 
Estudos mais detalhados podem chegar às condições de manejo e determinação 
da produção máxima e mínima, no entanto na ausência dessas informações científicas 
pretende-se com este trabalho lançar uma referência científica. A relevância dessa 
informação está na quantificação de número de plantas para a exploração comercial de 
produção de folhas para uso como fármaco. 
A primeira avaliação feita no transplante as plantas advindas da propagação 
vegetativa de estacas lenhosas apresentavam em média cinco folhas e as semilenhosas 
nove folhas, e distintas entre si pelo Teste Tukey em nível de 5% de probabilidade. Não 
se obteve mudas viáveis de estacas herbáceas para ir para o campo. As estacas de corte 
em bisel semilenhosas foram as que apresentaram o maior número de folhas quando 
comparadas com as lenhosas se distinguindo no nível de significância (Tabela 9). Vale 
ressaltar que a contagem (CTG) 1 da tabela 9, se refere a quantificação de folhas das 
plantas no momento do transplante. 
Tabela 9 – Resultados para a contagem de folhas no período de 75 dias em um 
total de seis avaliações consecutivas 
CTG 
LENH 
RETO 
LENH 
BISEL 
SEMIL 
RETO 
SEMIL 
BISEL 
M. L M. S CV% 
15,75 a 4,0 a 8,33 a 10,00 a 5,00 a 9,21 b 48,16 
2 3,75 a 3,6 a 3,38 a 3,65 a 3,66 a 3,51 a 41,08 
3 5,75 a 6,0 a 5,28 a 5,15 a 5,88 a 5,21 a 41,24 
4 4,40 a 10,5 b 5,19 a 6,57 a 7,11 a 5,95 a 56,92 
5 21,25 a 15,4 a 11,14 a 18,34 b 18,0 a 15,12 a 72,42 
6 22,5 a 22,0 a 14,23 a 23,61b 22,22 a 19,42 a 52,40 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Contagem (CTG); Média do lenhoso (M. L); Média do semilenhoso (M. S); Lenhoso (LEN); 
Semilenhoso (SEMIL) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal diferem entre si a 5% de probabilidade 
pelo teste Tukey. 
 
Uma das possibilidades era que entre as avaliações as plantas pudessem 
apresentar diferença significativa entre si. Para certificar-se dessa possibilidade, na 
análise estatística considerou-se cada planta estabelecida no campo como uma 
repetição. Nas avaliações quinzenais as plantas não apresentaram diferença signifitiva 
entre si para todos os cinco períodos avaliados após transplante, reforçando a 
significância do trabalho que mesmo com plantas inicialmente heterogêneas (coeficiente 
de variação elevado), suas representantes individuais avaliadas no campo eram 
semelhantes, independentes da forma de propagação, ou seja, mesmo em campo essas 
plantas permaneceram semelhantes ao longo das avaliações. 
30 
 
Em média nos primeiros quinze dias as plantas de figatil emitiram em média 
0,2369 folhas por dia o que resulta em uma folha emitida a cada cinco dias. O 
coeficiente de variação foi de 41,08%, que é considerado alto, mas explicável em 
função da desuniformidade de crescimento das plantas no momento do estabelecimento 
no campo, algumas maiores e outras menores. Não houve efeito significativo na 
primeira quinzena entre os tratamentos e entre os cortes para o número de folhas por dia 
(Tabela 10). 
De acordo com os resultados apresentados na tabela 10, as plantas mais 
desenvolvidas, na segunda contagem aos trinta dias, com um número de folhas maior, 
aumentaram sua produção de folhas emitindo em média uma folha a cada três dias. O 
coeficiente de variação foi de 41,24% e o número médio de folhas emitidas por dia 
0,354. Entre os tratamentos e tipos de cortes não houve uma diferença significativa para 
análise de variância. 
Tabela 10 – Resultados para a variável emissão de folhas por dia 
QUIN 
LENH 
RETO 
LENH 
BISEL 
SEMIL 
RETO 
SEMIL 
BISEL 
M. L M. S CV% 
1 0,25 a 0,24 a 0,22 a 0,24 a 0,24 a 0,23 a 41,08 
2 0,38 a 0,40 a 0,35 a 0,34 a 0,39 a 0,34 a 41,24 
3 0,70 a 0,29 b 0,34 a 0,43 a 0,47 a 0,39 a 56,92 
4 1,41 a 1,02 a 0,74 a 1,22 b 1,20 a 1,08 a 72,00 
5 1,50 a 1,46 a 0,94 a 1,57 b 1,48 a 1,29 a 52,40 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Quinzena (QUIN); Média do lenhoso (M. L); Média do semilenhoso (M. S); Lenhoso (LEN); 
Semilenhoso (SEMIL) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal diferem entre si a 5% de probabilidade 
pelo teste Tukey. 
 
Na terceira quinzena as plantas aumentaram sua produtividade emitindo uma 
folha a cada 2,4 dias em média. Nessa quinzena as plantas apresentaram distinção 
significativa entre os tratamentos havendo respostas para a interação tipo de estaca e 
corte da estaca. Como as plantas vão crescendo, também vai aumentando a diferenças 
entre si o que resulta em um coeficiente de variação maior que nessa ocasião foi de 
56,92%. As plantas advindas de estacas lenhosas praticamente dobraram a emissão de 
folhas por dia, registrando uma folha emitida a cada 1,42 dias. Essa diferença pode estar 
relacionada a maior potencial de translocação da seiva nos vasos, o que favorece a 
fotossíntese e por consequência o crescimento da planta, manifestado pela maior 
emissão de folhas por planta na comparação das médias pelo teste Tukey em nível de 
31 
 
5% de probabilidade. As estacas lenhosas de corte reto foram as que apresentaram 
maior emissão de folhas nesse período (Tabela 10). 
Na quarta quinzena, em função das diferenças já existentes de tamanho, o 
coeficiente de variação aumentou para 72,42 %, o que era esperado, pois as plantas 
maiores crescerão mais rápidas e emitirão mais folhas que as plantas menores. Nessa 
fase não se constatou diferença significativa entre os tratamentos, as plantas emitiram 
em média uma folha por dia. Além disso, nessa quinzena as semilenhosas com corte em 
bisel apresentaram resultados significativos com a emissão de folhas de 1,22 folhas dia, 
apresentando-se distinta das demais, sendo superiores do corte reto que emitiu 0,74 
folhas dia (Tabela 10). Além disso, foi possível observar na tabela 10, o aumento 
considerado no número de folhas, principalmente da terceira para a quarta quinzena, 
isso deve-se ao surgimento das ramificações laterais nas plantas. 
Na quinta quinzena as plantas emitiram em média 1,32 folhas por dia, e nesse 
período apresentou respostas significativas para o tipo de corte. O coeficiente de 
variação começou a reduzir diminuindo a 52,40%. Ao que se percebeu em constatação 
no campo, esse comportamento se deve a senescência das plantas, que ao acumular 
certa reserva e aliada ao fator fotoperíodo estimulou as plantas entrarem em processo de 
reprodução com princípio de emissão de botões florais. Plantas oriundas do corte em 
bisel (1,55) emitiram meia folha a mais por dia em relação ao corte reto (1,03). 
Pode-se observar pelos resultados apresentados na tabela 10, as plantas de 
estacas semilenhosas de corte em bisel foram as que mais emitiram folhas nesse 
período. Estacas semilenhosas de corte em bisel (1,57) emitiram quase meia folha a 
mais que as estacas de corte reto (0,94). 
Uma análise geral de todo esse período pôde-se identificar uma pequena 
diferença entre os tipos de corte para a preparação das estacas. Ao analisar o total de 
folhas que cada planta emitiu após o transplante até a avaliação final pode-se quantificar 
que as plantas em média emitiram 59 folhas nesses 75 dias de condução do 
experimento, o que resulta em 0,79 folhas por dia. Não houve efeito significativo para 
os tipos de estacas e tipos de corte nessa análise geral, mas a interação entre estaca 
semilenhosa e corte em bisel, foi a única que apresentou efeito significativo para a 
média de total de folhas emitidas (Tabela 11). O coeficiente de variação foi de 43,23% 
(Tabela 11) bem similar ao do início do trabalho 48,16% (Tabela 9) quando do 
transplante das plantas no campo. 
32 
 
Tabela 11 – Total de folhas emitidas do experimento no período de 75 dias. 
VAR 
LENH 
RETO 
LENH 
BISEL 
SEMIL 
RETO 
SEMIL 
BISEL 
M. L M. S CV% 
TOTAL 69,50 a 
55,40 
a 
47,57 a 67,26 b 
61,66 
a 
58,46 a 43,23 
FLH/D 0,92 a 0,73 a 0,63 a 0,89 a 0,82 a 0,77 a 43,17 
Fonte: OS AUTORES, 2019 
Obs. Variável (VAR); Média do lenhoso (M. L); Média do semilenhoso (M. S); Lenhoso (LEN); 
Semilenhoso (SEMIL) 
* Médias seguidas por letras distintas minúsculas na horizontal diferem entre si a 5% de probabilidade 
pelo teste Tukey. 
 
Estacas semilenhosas de corte em bisel emitiram em média 67 folhas no período 
do experimento demonstrando-se distinta das demais para o Teste Tukey em nível de 
5% de probabilidade. Como também as estacas semilenhosas de corte em bisel foram 
distintas em número médio de folhas emitidas por dia 0,89 dos demais tratamentos em 
campo apresentando resultado médio superior no período de avaliação do trabalho, 
sendo, portanto, a forma de propagação que mais produziu folhas, aproximadamente 
uma folha por dia. 
Como a função básica da planta é produção de folhas, essa informação é 
relevante para o manejo, uma vez que a planta cresce em altura e necessita de podas 
periódicas para baixar a altura da planta e permitir a coleta de folhas para uso como 
fitoterápico. Sendo assim, após a poda e diante da necessidade de propagação da planta 
para ampliação da produção o produtor deve destacar as pontas dos ramos, utilizando na 
propagação estacas semilenhosas e lenhosas, similar ao que ocorre com a mandioca 
ondese utilizam as estacas de hastes maduras, que possuem reservas de nutrientes no 
caule, possibilitando uma maior eficiência na reprodução. 
Partindo-se da recomendação do Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia 
Brasileira para uso interno do fármaco deve-se utilizar três gramas de folhas secas por 
dia que aproximadamente equivale a 13 folhas, então serão necessárias 13 plantas para 
atender a uma demanda de cada paciente. 
Estimou-se a massa média das folhas secas através de simples amostragens 
representativas de um total de 90 folhas coletadas das plantas matrizes utilizadas no 
trabalho. A massa média das folhas secas foi de 0,241 g. 
 
33 
 
5 CONCLUSÕES 
 
Diante dos resultados desses experimentos, conclui-se que a propagação seminal 
não foi viável nas condições do presente trabalho. 
A melhor forma para propagar a Vernonia condensata foi utilizando estacas 
lenhosas e semilenhosas, sendo que as estacas semilenhosas com corte em bisel na parte 
basal e reto na apical apresentaram os melhores resultados durante todos os ensaios. 
As plantas dessa espécie produziram aproximadamente uma folha por dia com o 
manejo adotado. 
 
34 
 
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