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COMO TRATAR COLUNAS RETIFICADAS COM PILATES Escrito Por Janaína Cintas Como já sabemos Joseph Pilates e todos seus contemporâneos, achavam e preconizavam que uma coluna saudável deveria ser reta. E que as curvas, que hoje sabemos naturais e fisiológicas da coluna vertebral eram deformidades. Hoje com a evolução científica, sabemos que as curvas fisiológicas da coluna vertebral devem ser preservadas. Pois servem para melhor distribuir a força gravitacional dentro de nosso polígono de sustentação. São essas curvas que distribuem força da gravidade que nos empurra a todo momento para o centro da Terra. Diminuindo assim consideravelmente a carga axial aplicada pela força gravitacional sobre nosso sistema musculo esquelético. Nesse texto vamos analisar toda a anatomia das curvaturas da coluna e saber como tratar a as colunas retificadas com o Pilates. Confira. SOBRE AS CURVATURAS Segundo a ontogênese, nascemos numa flexão global, ou seja, totalmente cifosado, sendo as curvas cifóticas chamadas também de curvaturas primárias. Como nosso desenvolvimento neuro-psicomotor é cefalo caudal e próximo distal, o primeiro controle motor que ganhamos é o da cabeça. Sendo assim a primeira curvatura secundária que adquirimos é a lordose cervical, seguida do controle de tronco, moldando assim a cifose torácica. Em seguida com nossa vivência e amadurecimento do sistema nervoso central (S.N.C.), conquistamos a segunda curva secundária, mais conhecida como lordose lombar. A partir desse momento, dependendo de nossa experimentação motora, estamos prontos para andar e lidar com os deslocamentos gravitacionais. As curvaturas primárias ou cifóticas são curvas de proteção, com menor mobilidade. E servem como pontos fixos para os músculos multi articulares moverem as curvas secundária, ou seja, as lordoses. É feito para que o movimento nelas ocorra, portanto as lordoses são mais móveis, porém mais susceptíveis a lesões. Sendo assim, a coluna vertebral é constituída por: o Uma cifose craniana (para proteger nosso crânio); o Uma lordose cervical, cifose torácica (para proteção de nossos órgãos vitais, pulmões e coração); o A lordose lombar; o Seguida da cifose sacral (protegendo nossos órgãos reprodutores, útero e ovários nas mulheres, e a próstata nos homens). TIPOS DE COLUNA Como vimos as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral tem diversas funções e não estão colocadas no corpo humano por acaso. E como lidamos mais frequentemente com colunas retificadas, o Pilates terapêutico pode ser uma ótima ferramenta para preservarmos essas curvas. Ou ainda, para trata-las e reconstruí-las, funcionalmente . Sendo assim, precisamos analisar. Possuímos didaticamente dois tipos de coluna: CLIQUE E SAIBA MAIS 1 – Coluna Funcional Estática Tem por característica o apagamento das curvaturas fisiológicas. É uma coluna menos móvel, menos equilibrada e mais susceptível a lesões pela força de cisalhamento ou por diminuições dos espaços articulares. Pois sabemos, hoje em dia, que numa coluna do tipo funcional estática (retificada) a compressão nos discos intervertebrais, pode estar aumentada em até 30 vezes. Independente, da formação de uma hérnia ou uma compressão neural, devemos devolver a esta coluna mobilidade para tratarmos a causa mecânica dessa alteração musculoesquelética. 2- Coluna Funcional do Tipo Dinâmica ou Cinética É uma coluna mais móvel, com as curvas mais marcadas pelo aumento das curvaturas secundárias (as lordoses), mais equilibradas. Porém muito mais susceptíveis a lesões devido a sua mobilidade, por vezes aumentada. Claro que esta divisão é puramente didática uma vez que na prática clínica. Poucas vezes encontramos uma coluna puramente do tipo funcional estática ou dinâmica, mas sim uma mistura. Exemplo Como por exemplo, numa hipercifolordose, temos uma coluna mista, com aumento da cifose torácica e consequentemente com a perda da sua mobilidade local. E ainda assim um aumento também da lordose lombar, com aumento de sua mobilidade lombar, e por esse motivo, mais chance de se lesionar. TRATANDO COLUNAS RETIFICADAS Hoje vamos falar somente de colunas retificadas no tórax, com diminuição da mobilidade, na pratica clínica como lidar com esse tipo de coluna hipomóvel. Primeiro devemos lembrar-nos do posicionamento correto de nosso paciente em decúbito dorsal. Não podemos esquecer-nos de preservar o posicionamento neutro ideal de todas as suas curvas: o Na coluna cervical esse apoio com o solo deve ser feito na calota craniana, preservando assim a lordose cervical. o A cifose torácica estará apagada e devera estar em contato com o solo. Muita atenção aqui: as vezes somos iludidos pelo posicionamento das escapulas e não da coluna no solo. o A lordose lombar deverá estar moldada, de forma que impeça o contato da coluna lombar com o solo. Chamamos de retificação lombar a total retroversão da coluna lombar. Lembremos aqui que a retificação lombar pode aumentar em ate trinta vezes a pressão nos discos intervertebrais dessa região da coluna. A lombar deverá ter um apoio no solo, de maneira que a sínfise púbica fique na mesma linha das espinhas ilíacas anterô-superiores para evitar o aumento da pressão discal. E durante todo nosso trabalho faremos o possível para que essas curvaturas sejam preservadas utilizando a força abdominal para isso. PASSO A PASSO DO TRATAMENTO COM PILATES Nossa principal ferramenta para começarmos a tratar, moldarmos e reequilibrarmos essa coluna retificada é a respiração. Segundo Joseph Pilates devemos primeiro ensinar o paciente a respirar. Com nosso paciente já bem posicionado em decúbito dorsal, vamos então solicitar que o paciente inspire. De modo que leve o ar para a parte posterior do tronco, de forma sutil e controlada. Esse tipo de respiração vai tentar mover a curvatura retificada da cifose torácica e expiração o Power House de ser ativado corretamente. Sem deixar os retos abdominais ativos durante a expiração para que não aja a retroversão lombar, mantendo assim a curvatura lombar. Ainda em decúbito dorsal, solicitamos que o paciente inspire nas costas, com a ação do Power House. E nesse momento incluiremos mais um comando verbal que será o de abaixamento do externo, para que aliviemos a tensão cervical dos nossos pacientes. Durante os abdominais, o grande truque é o afundamento do externo, será o externo que tirara a pressão e dor cervical de nosso paciente. Uma vez bem compreendido esse tipo de respiração que será nosso comando verbal para os retificados, somente para os retificados. CONTINUANDO Passamos então para a construção do movimento de flexão cervical e dorsal, para que possamos preparar o paciente para subir em uma flexão. Seja num Teaser, The Hundread, e em todos exercícios em que iremos flexionar o tronco. Com segurança, solicitamos então, a flexão cervical, sem levar o queixo para o tórax e nem tão pouco a anteriorização da cabeça. Se o nosso paciente não consegui subir na flexão sem anteriorizar a cabeça, podemos coloca-lo sentado e posicionaremos nossa mão em sua calota craniana. Assim solicitamos que ele empurre levemente a cabeça para trás empurrando nossa mão, até ele compreender o posicionamento da cabeça, essa forca e muito sutil e serve somente para o paciente não mais anteriolizá-la. Colocamos nosso paciente novamente em decúbito dorsal com flexão de joelhos e pés apoiados ao solo e reiniciando o comando de flexionar a cervical, com pescoço alongado e sem rugas. Sem que esqueçamos dos comandos anteriores, a partir daí a flexão dorsal até a base inferior das escápulas, repetiremos quantas vezes forem necessárias esse enrolamento até a dorsal, com mobilidade torácica. O paciente subirá na flexão da coluna, como Joseph Pilates preconizava, vértebra por vértebra e voltará à posição inicial dando então ênfase nesse movimento terapêutico, a possibilidade de formação da cifose torácica com a preservação da lordose cervical. Concomitantea esse trabalho, iniciaremos com exercícios de mobilidade tanto para flexão, tanto para extensão da coluna. DICAS Exercícios como Rolling Like a Ball, exercícios com grau de dificuldade baixa, porém com ênfase na mobilidade e não na força, em um primeiro momento, devem ser escolhidos. Só depois que essa construção da flexão cervical e dorsal com curvaturas preservadas estiverem prontas, passaremos para exercícios mais elaborados e poderemos agregar exercícios de nível intermediário. Para reconstruirmos essa curvatura cifótica perdida, ainda usaremos como ferramenta o comando verbal da organização escapular. Vale salientar que para pacientes retificados nunca devemos solicitar comandos como: encaixar as escápulas, colocar as escápulas no bolso da calça, mas sim o afundamento do externo, com a construção nos braços e cintura escapular de uma esfera. Ótimo para construção dessa esfera seria: o Single Leg Strech. Enquanto o aluno realiza os movimentos com os membros inferiores deve imaginar uma esfera logo abaixo ao esterno. Que deve ser mantida fixa somente com a flexão da coluna. Pode-se inclusive utilizar uma bola real e não somente o estímulo verbal. CONCLUINDO Agora mãos à obra e não à Retificação! Colunas saudáveis são colunas móveis e estabilizadas, a dor gerada por falta de movimento se cura com movimento! CLIQUE E SAIBA MAIS http://materiais.vollpilates.com.br/mes-da-coluna-2020-b?utm_source=pdfcta&utm_medium=colunasegmentada&utm_campaign=whatsapp
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