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AÇÃO DA GIBERERLINA EM LEUCENA (LEUCAENA LEUCOCEPHALA)

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FACULDADES ASSOCIADAS DE UBERABA – FAZU
JAVIER OTA ONAGA
JHONNY OSHIRO UITI
KENIA KEFER RODA
ROBERTO JUSTINIANO CÉSPEDES
AÇÃO DA GIBERELINA EM LEUCENA (LEUCAENA LEUCOCEPHALA)
UBERABA
2018
JAVIER OTA ONAGA
JHONNY OSHIRO UITI
KENIA KEFER RODA
ROBERTO JUSTINIANO CÉSPEDES
AÇÃO DA GIBERERLINA EM LEUCENA (LEUCAENA LEUCOCEPHALA)
Trabalho apresentado a Faculdades Associadas de Uberaba –FAZU – como requisito parcial para conclusão do Curso de Zootecnia. 
Professora: Marcia Borges Barbosa
UBERABA
2018
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO............................................................................................................
	04
	2 MATERIAIS E METODOS.......................................................................................
	06
	3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................
	09
	4 CONCLUSÃO..............................................................................................................
	11
	5 REFERÊNCIAS...........................................................................................................
	12
1 INTRODUÇÃO 
A Leucena (Leucaena leucocephala) é uma leguminosa originária do México, sendo encontrada em toda região tropical (SKERMAN, 1977). Essa planta apresenta múltiplo potencial de utilização, sendo muito empregada por exemplo no reflorestamento de áreas degradadas, uma vez que melhora as qualidades físico-químicas e biológicas do solo e como fonte de proteína para alimentação animal, mas neste caso com restrições, devido a presença de substâncias tóxicas nas folhas da leucina. (WEIMAR, 1998)
É uma das espécies forrageiras mais promissoras para a região semiárida, principalmente pela capacidade de rebrota, mesmo durante o período seco, e pela excelente aceitação por caprinos, ovinos e bovinos. Uma das causas da baixa produtividade da pecuária da região semiárida do Nordeste brasileiro é a escassez de forragem de boa qualidade durante a época seca, pois a disponibilidade e o valor nutritivo da forragem nativa são bastante reduzidos (SOUSA, 2001).
Devido à sua excelência para a formação de banco de proteína para fornecimento em caprinos, ovinos e bovinos; à conservação e ao enriquecimento do solo, proporcionando condições para uso como adubo verde no período chuvoso e aumento da produção das culturas existe a possibilidade de aumentar a produtividade, isso pode ser feito com a aplicação do fito hormônio Giberélina (GA3).
A Giberelina é um hormônio vegetal podendo ser encontrado nas raízes das plantas, nas folhas jovens, nas sementes em fase de germinação e nos frutos. As giberelinas foram descobertas quando foi estudada a razão do crescimento excessivo de plantas de arroz no Japão, devido a ocorrência de doença fúngica causada por Gibberella fujikuroi (KUROSAWA, 1926).
Kurosawa denominou essa substância de Giberelina e mais de 78 giberelinas já foram isoladas e identificadas quimicamente. De todas as GAs descobertas, uma pequena fração possui atividade biológica e entre essas podemos citar a GA1, GA3, GA4 E GA7. A GA1 é a bioativa mais comum nas plantas e o grupo mais bem estudado é o GA3, também conhecido por ácido giberélico, sendo produzido pelo mesmo fungo, Gibberella fujikuroi. Todas as outras GAs são consideradas precursores ou intermediários na biossíntese, podendo ainda se constituírem em compostos inativos (AMARAL, L. I. V.).
Segundo Taiz & Zeiger (2004), as giberelinas, como o ácido giberélico (GA3), aumentam a elongação e divisão celular, o que é evidenciado pelo aumento do comprimento e do número de células em resposta à aplicação deste fitorregulador. Isso também acontece com outra substância conhecida por Auxina. Apesar da produção ocorrer no mesmo local, o transporte da Giberelina é o inverso da auxina, ele é apolar, ou seja, ocorre sem a polarização, o transporte é feito pelo xilema e floema, do ápice até a base. Tem importância durante a germinação das sementes, ou seja, quando a semente do início ao processo e começa a absorver água para a germinação, ela induz o embrião a produzir Giberélina provocando a germinação e seu crescimento (mundoeducação.com/giberelinas/).
2 MATERIAIS E METODOS
O experimento foi realizado na cidade de Uberaba – Minas Gerais no mês de novembro de 2018. Foram utilizadas 60 sementes de Leucena (Leucaena leucocephala) as quais foram recolhidas de uma arvore encontrada no estacionamento das Faculdades Associadas de Uberaba – FAZU. 
As sementes foram escolhidas de acordo com forma e tamanho estabelecendo um padrão as quais foram escarificadas para romper a impermeabilidade do tegumento, principal causa da dormência das sementes. A semeadura ocorreu em uma bandeja preta com 128 células da marca Nutriplan, utilizando substrato Bioplant onde a profundidade para semeadura foi padrão, 0,5 cm.
O experimento foi realizado com 4 tratamentos distribuídos em espaços de 3x5 na bandeja, totalizando 15 sementes por tratamento (Figura 1). 
Figura 1. Disposição das sementes para experimento ação da Giberelina em Leucena (Leucaena leucocephala).
Foi utilizado Ácido Giberélico da marca ProGibb 400 o qual foi diluído em 3 garrafas de 1 litro de agua corrente em concentrações mostradas na Tabela 1. As aplicações foram realizadas a cada 2 dias no período da manhã com uma quantidade de 50 ml por tratamento, totalizando uma quantidade de 6 aplicações por tratamento. Nos dias que não foi aplicado o Ácido Giberélico, foi fornecido só agua corrente também em uma quantidade de 50 ml por tratamento no mesmo período do dia.
Tabela 1.
Fonte: Dos autores.
	
	Avaliou-se o índice de velocidade de germinação IVG (MAGIRRE, 1962) utilizando como padrão o aparecimento do epicótilo (Figura 2); porcentagem de germinação; e o crescimento das plântulas após a germinação.
	O IVG é dado pela fórmula:
Onde: 
· G1, G2, Gn = número de plântulas na primeira, na segunda e na última contagem. 
· N1, N2, Nn = número de dias de semeadura à primeira, segunda e última contagem.
Quanto maior o valor de IVG, maior a germinação média diária, melhor o tratamento.
Figura 2. Avaliação de plântulas germinadas de Leucena (Leucaena leucocephala), utilizando como padrão o aparecimento do epicótilo.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	As primeiras germinações das sementes de Leucena (Leucaena leucocephala) ocorreram em um 53%, 5 dias após a semeadura, mostrando os melhores resultados do IVG nos tratamentos com maiores concentrações de ácido giberélico (T4: 4,9; T3: 3,467) em comparação com os tratamentos T1 e T2, onde mostraram resultados de 3,167 e 3,033 respectivamente. Dados não diferentes foram encontrados nas porcentagens de germinação onde os melhores resultados foram encontrados no T4 com 100% de germinação.
	Os parâmetros avaliados apontaram que além da influência do fito regulador giberelina na germinação houve também crescimento das plântulas após a germinação, momento em que a análise de crescimento foi realizada com diferença significativa entre os tratamentos na análise da altura das plântulas. O ácido giberélico, em todas as concentrações testadas, promoveu um aumento na altura de plantas. Porém, os melhores resultados foram obtidos a partir da aplicação das maiores concentrações de giberelina, sendo cerca de ....... de comprimento na presença do T3 (50mg/L); ....... no T4 (100 mg/L), ambos diferindo dos demais tratamentos em que a concentração do fito regulador foi menor (T2 = 25mg/L: 13cm) ou ausente (T1 = 0 mg/L – controle: 9 cm) (Figura 3).
Tabela 2.
Fonte: Dos autores.
Figura 3. Plantas de Leucena (Leucaena leucocephala), aos 4 dias após a germinação.
Estes resultados confirmam o papel ativo da giberelina na divisão celular e no alongamento da planta, que promove a extensibilidade da parede da célula (TAIZ & ZEIGER, 2004).
4 CONCLUSÃO
	
As aplicações realizadas com o ácido giberélico aumentaram o índice de velocidade de germinação; a porcentagem de germinaçãoe crescimento significativo na parte aérea de Leucena (Leucaena leucocephala) onde os melhores resultados estiveram associados à dosagem de 50 mg/L (T2) e 100 mg/L (T4) permitindo atingir, aos 4 dias após a germinação, os valores médios de ...... de altura.
REFERÊNCIAS
AMARAL, L. I. V.; Os Hormônios Vegetais.
KUROSAWA, E. 1926 — Experimental studies on the secretion of Fusarium heterosporum on rice plants. Trans. Nat. Hist. Soc. Formosa 16: 213-227·
MAGUIRE, J. D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 1, jan./feb. 1962. 176-177p.
MUNDO EDUCAÇÃO. Giberelina. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/giberelinas.htm>. Acesso em: 20/11/18.
SKERMAN, P.J. Tropical forage legumes. Rome: FAO, 1977. 609p.
SOUSA, F. B. DE. Leucena. Embrapa, 2001. 
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 719 p.
WEIMER, P.J. Manipulating ruminal fermentation: a microbial ecological perspective. Journal of Animal Science, v.76, p.3114-3122, 1998.
1
TratamentoConcentração do Ácido Giberélico
T1Sem aplicação
T225 mg/L
T350 mg/L
T4100 mg/L

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