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Trabalho sobre DANÇAS MILENARES

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Prévia do material em texto

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO 
SECRETARIA ADJUNTA DE ENSINO 
DIRETORIA DE ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL 
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANÇAS MILENARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Castanhal-PA 
Março - 2020
 
Adailton Pinto de Souza 
Edriely Rayane Lisboa Rodrigues 
Fábio Alessandro Oliveira Paulo 
Igor Eduardo Chagas 
Iza Maria Nepomuceno Garcia 
Raimundo Nazareno Santiago 
Widieli dos Santos Cruz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANÇAS MILENARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Escola de Artes São Lucas – 
Castanhal/PA, como requisito parcial para obtenção de 
nota na disciplina “História da Dança” sob orientação da 
docente: Marta Jardim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Castanhal-PA 
Março – 2020 
 
APRESENTAÇÃO 
Este trabalho é uma pesquisa sobre as “Danças Milenares”. “A dança é uma das três 
principais artes Cênicas da antiguidade, ao lado do teatro e da música”. (Wikipédia, 2020). Tida 
como uma terapia para muitos nos dias atuais, a dança é uma arte que se pratica desde que o 
homem existe. E, de acordo com os registros disponíveis através de várias fontes é possível 
verificar que a dança tem atravessado gerações pelo mundo inteiro. Cumprindo em cada região 
geográfica finalidades diversas, o que se constata nos relatos de Diniz (sd), ao citar Tavares, 
2005, que diz ser a dança uma atividade praticada pelo homem desde os tempos mais remotos 
e que todos os povos de todos os lugares dançaram para expressar revolta ou amor, reverenciar 
ou afastar deuses, para mostrar força ou arrependimento, para rezar, conquistar, distrair, ou seja, 
viver de alguma maneira. O trabalho pretende apresentar um RESUMO, sobre as danças 
milenares que foram praticadas por alguns povos de alguns países como Egito, Índia, Grécia, 
Roma, entre outros, desde 5000 a. C. até o século XX. 
 
 
1- DANÇAS MILENARES 
As danças milenares são aquelas que eram realizadas pelas civilizações antigas como 
meio de reverenciar os deuses. Tinham, portanto, uma forte ligação com o sagrado, Freitas, 
(2013). 
Dançar é uma atividade muito antiga que os seres humanos já praticavam em tempos 
remotos mesmo antes da história de Cristo. Considerada como linguagem social capaz de 
transmitir sensações e sentimentos vividos como: alegria, religiosidade e hábitos... “A dança 
surge da necessidade humana de se identificar com a eterna roda das forças criativas dos 
cosmos” (PORTIERIARE, 1995, P. 45 Apud MOREIRA & OLIVEIRA, 2009, p. 59). Dessa 
forma a dança foi cultivada como uma forma de identificação do ser humano que a usava para 
se expressar e se posicionar perante a sociedade nos seus diversos meios sociais. Ela também 
serviu para que as pessoas ganhassem desenvolvimento corporal, ou seja, um corpo escultural 
que por causa dessa cultura os homens adquiriam melhor comunicação através do corpo e, por 
conseguinte, boas relações pessoais com os seus pares. 
Para Huizinga, (1996, p. 189, apud MOREIRA & OLIVEIRA, 2009, P. 59) 
 
A dança é especialmente identificada como jogo por conta de característica de ser 
fundamentalmente ação de serem apreciados enquanto a ação que se repete. 
Executados diante de um público, caracterizam-se naquele instante, agindo sobre o 
espaço e o tempo em permanente alteração, se tornando uma linguagem artística que 
é simultaneamente musical, porque tem movimento e ritmo. 
 
O autor descreve a dança como sendo comparada a um jogo por causa de suas 
características que se aproximam de uma competição, uma vez que as apresentações são 
executadas com a presença de um público. Sendo que a dança é, por assim dizer, um ato de 
expressão e leveza do corpo que para ser executada entra em sintonia com a musicalidade. 
Estudos relatam que no período Paleolítico, ou seja, idade da pedra lascada, a dança não 
tinha a intenção de cultuar deuses. Segundo (FARO (sd), p. 39, apud MOREIRA E OLIVEIRA 
2009, p. 60) “Há em muitas cavernas, a representação de figuras humanas disfarçadas de 
animais, numa atitude dançante destinadas a alcançar algum intento”. Essas figuras nos fazem 
compreender que já na idade da pré-história a dança de alguma maneira já fazia parte do 
cotidiano daqueles seres humanos. 
Um exemplo da ocorrência das danças milenares pode ser lido num pequeno trecho do 
trabalho da Dra. Denise Espírito Santo1 que relata sobre uma pesquisa realizada na Índia e 
participou do grupo Teatro Dança-indiano, segundo seus estudos: 
 
1 Instituto de Artes/UERJ 
 
 
... Boa parte das tradicionais danças indianas remonta aos cultos e rituais sagrados que 
se tornariam seculares através dos ensinamentos dos mestres brâmanes e das 
sacerdotisas de Shiva – as devadãsi. As devadãsi coloriam o templo com a 
graciosidade de suas danças, eternizadas nas esculturas e murais pintados que 
guardam a memória de danças milenares secretas. A tradição da dança devadãsi serviu 
de modelo para muitas outras danças que com o tempo adquiriram sua estrutura atual, 
tais como Bharatanãtyam do Estado do Tamil Nadu, o Odissi de Orissa e tanto o 
Mohiniyãttam quanto o Kathakali do Estado de Kerala, danças essas que viriam a se 
tornar emblemáticas das Artes e da cultura indiana (SANTO, 2011, P. 3) 
 
 
Como vimos no fragmento acima, a partir das danças realizadas por seguidoras de Shiva, 
o deus supremo do hinduísmo, as danças milenares se popularizaram ao longo dos estados 
indianos e serviram de modelo para muitas outras danças que se tornaram emblemáticas das 
Artes e da cultura na Índia. 
 Também iremos apresentar a dança no Egito antigo que de acordo com estudos da 
pesquisadora Josiane Gomes da Silva em sua dissertação de Mestrado em 2013, no Rio Grande 
do Norte citando um estudo da autora Irena Lenxová publicado em 2000, classificou as danças 
Egípcias em onze modalidades, quais sejam: “A dança de puro movimento; A dança de 
ginástica; A dança imitativa; A dança par; O dança em grupo; A dança de guerra; A dança 
dramática; A dança lírica; A dança grotesca; A dança funeral e A dança religiosa”. Segundo 
Silva (2013) a maioria dos movimentos nessas danças egípcias fazem referência à sexualidade, 
e em seu estudo ela analisou apenas quatro dessas modalidades acima. O nosso trabalho não 
tem a pretensão de se aprofundar nas especificidades de cada modalidade das danças egípcias. 
Aqui vamos fazer apenas referências às danças milenares e trazer alguma curiosidade de acordo 
com a nossa concepção a partir do olhar para as danças milenares na história da Grécia, Egito, 
Roma e Índia. 
2- EGITO ANTIGO 
Desde os primórdios do Egito Antigo a 5000 a.C. a dança, assim como a música e o 
canto esteve presente, registrado em papiros e também comprovado por figuras encontradas em 
diversos túmulos, na qual eram retratados festas e banquete. 
2.1- OBJETIVO 
 A dança tinha como objetivo a comunicação com divino, bem como homenagens e 
agradecimentos aos deuses. Dançava-se para os deuses em casamentos, funerais, mudanças de 
estações e ritos de fertilidades. Alguns dos mais importantes eram Osíris e Bes. Osíris, era um 
 
dos mais importantes deuses egípcios, pois era associado à vida além da morte e também da 
vegetação. Já Bes, era um deus anão que protegia contra feitiçaria e favorecia um parto rápido. 
 
 
 
2.2- SOBRE A DANÇA 
A dança teve um papel vital na vida dos antigos egípcios. No entanto, homens e 
mulheres nunca são retratados dançando juntos. As dançarinas raramente usavam o vestido 
comum restritivo - uma bainha branca amarrada começando no busto e descendo até os 
tornozelos. Os dançarinos homens do Reino Antigo não são apenas representados em vestidos, 
mas também em aventais masculinos com um cachecol ou saias masculinas, os dançarinos 
adultos parecem mais escassamente vestidos, geralmente usando apenas um cinto ou cachecol 
nos quadris,às vezes com uma túnica transparente para permitir a observação de seus corpos. 
A dança era versátil e, além dos movimentos costumeiros, mulheres imitando os efeitos do 
vento com as mãos, batendo palmas, também incorporava acrobacias difíceis da época. Essas 
danças acrobáticas eram realizadas com menor frequência e mostrava habilidades de uma 
dançarina. 
 
 
Figura de Osíris Figura de Bes 
Figura de dançarinas nuas em uma 
pintura do Túmulo de Nebamun, 
1350 a.C. 
Figura de dança acrobática 
 
3- DANÇA ÍNDIANA 
 A dança indiana é uma das danças consideradas milenares, pois surgiu no período de 
2000 a.C. onde de acordo com as tradições hindu, a dança veio do divino e não da criação 
humana. Segundo os Vedas, texto sagrado do hinduísmo, através da relação entre o homem e o 
divino, que veio o aprendizado da dança. Os deuses eram grandes dançarinos, e a sua arte foi 
sendo registrada em todos os momentos da existência ao longo das eras. 
 Durante os anos surgiram várias versões do surgimento da dança indiana, algumas 
dizem, que os conquistadores Arianos reconhecem Brahmam como criador da dança, já os 
Dravianos o povo que vivia na Índia antes da invasão ariana, afirmam que Shiva foi o criador, 
sendo que esse deus é o mais antigo e mais popular no Sul, dentro da mitologia o mesmo, 
colocou o universo em movimento mediante a sua dança, onde ocorreu na cidade de 
Chidambaram, Estado de Tamil Nadu – Sudeste da Índia, e a filosofia Vaishnava aponta Krishna 
como criador. 
 Mesmo havendo várias versões, na Índia a maioria da população consideram Shiva o 
criador e deus da dança. Com suas danças e músicas os hindus procuravam uma união com a 
natureza, assim como a dança egípcia, a dança de Shiva tinha por conceito a atividade cósmica, 
onde o ritmo estava associada a criação e manutenção do mundo e destruição de algumas formas 
para o nascimento de outras. 
 
 
 
 
 
 
Figuras do deus da dança - Shiva 
 
3.1- ESTILO DE DAÇA INDIANA 
Os estilos de dança voltado para os deuses tem como teoria de que “o corpo inteiro deve 
dançar”, por isso as danças indianas tem gestos bem elaborados de pescoço, olhos, boca, mãos, 
ombros e pés. Cada movimento tem um significado divino, afetivo e espiritual. 
 
 
 
 
Todos os estilos e versões da dança indiana passaram por gerações, mas principalmente 
por dois tratados de dança Natya Shastra e Abhinaya Darpanam, considerado os textos mais 
antigos sobre a dança hindu. 
 NATYA SHASTRA (tratado sobre o Teatro): Datado do século II a.C. esse tratado an-
tigo mostra a existência sobre as artes cênicas. Enciclopédia sobre teatro, mostrando 
todos os aspectos de uma apresentação artística, por exemplo, visando a maquiagem 
adequada, a construção do palco e os movimentos de cada parte do corpo. 
 ABHINAYA DARPANAM (Nandikesvara): é um livro que mostra gestos e posturas 
de dança e drama datado do século III d.C. A palavra chave é Abhinaya, interligada à 
comunicação de um sentimento a uma plateia. Sendo que esse termo significa o desperta 
dos 9 sentimentos chamados navarasa por meio das expressões faciais: surpresa, cora-
gem, amor, fúria, entre outros, também pode significar o cuidado com a beleza ou dos 
vários aspectos de representação. Darpanam (espelho), onde os expectadores observam 
sua linguagem articulada no palco e compreendem sua condição pessoal. 
A dança indiana consiste em três tipos distintos do tratado de Natya Shastra: 
 “Nritta” é pura e simples dança com movimentos de tronco e pernas. 
 “Nritya” está relacionada com expressões faciais, gestos manuais e corpo simbólico. 
 “Natya” tem os elementos de um drama que é introduzido através da utilização fala 
muda. 
Figura de uma Dançarina Indiana 
 
 
 
 
 
3.2- O ADAVU 
A unidade básica da estrutura da dança Bharatha Natyam, é chamada de ADAVU 
(Corpo em ação) os movimentos do corpo, por meio dos quais a dança é criada. A palavra “adu” 
Figuras de posições de Natya Shastra 
 
significa “jogar” ou “dançar” nas línguas do sul da Índia. Adavu simboliza o movimento básico 
ou passos de dança. Os adavus resultam das combinações de “anga”, “upanga” e “pratyanga”. 
Estas são as três partes em que, segundo a tradição da dança, o corpo humano pode ser 
dividido: 
 Anga se refere ao um conjunto formado por cabeça, mãos, tórax, cintura, bacia e pernas. 
 Pratyanga se refere aos ombros, braços, estômago, coxas, joelhos e punhos. 
 Upanga se refere a olhos, sobrancelhas, pálpebras, boca, mandíbula, lábios, língua, 
queixo, nariz. 
As principais danças clássicas da Índia são: Kathakali, Kathak, Manipuri, Kuchipudi, 
Odissi ou Orissi e Mohini Attam. 
4- A DANÇA NA GRÉCIA 
A dança está inserida em todos os setores sociais da população grega: da religião, a 
educação, datas comemorativas e ritos, até mesmo nos estudos filosóficos. Ou seja, totalmente 
presente na vida cotidiana. Filósofos da Grécia antiga eram favoráveis a dança na formação dos 
cidadãos, como uma arte fundamental a um homem bem educado. Os gregos antigos 
acreditavam que dançar foi inventado pelos deuses e, logo, que seus criadores mereciam 
cerimônias religiosas e de culto, visto sua benevolência em lhes dar a dança. Para os gregos, os 
Deuses davam essa dádiva para alguns seletos mortais, e os mesmos ensinavam os outros 
(BAZZOTTI, 2018). 
 
 
 
Ritual para Dionísio 
 
4.1- LENDA DA CRIAÇÃO DA DANÇA 
A mitologia grega atribui a origem da dança a Reia. Após Cronos destronar seu pai 
Urano, com receio que seus filhos o fizessem o mesmo, os comia logo após o nascimento. Sua 
esposa, Reia, o enganou quando seu último filho nasceu, Zeus, o escondendo em uma caverna 
em Creta. Dando apenas uma pedra enrolada em faixas de pano para Cronos comer. Reia 
também pediu ajuda aos curetes, que eram semideuses armados para dançar uma dança de 
guerra em torno da caverna batendo suas espadas em seu escudos para que Cronos não ouvisse 
o choro de Zeus. Posteriormente Zeus destronou seu pai e os Curetes tornaram-se sacerdotes 
no novo mundo e seus descendentes então continuaram suas danças de guerra como parte de 
cerimônias religiosas (SOUZA, 2016). 
 
 
4.2- DANÇA: DE LITÚRGICA PARA PROFANA 
Cada Deus parecia ter seu próprio ritual. Os mais conhecidos são os para o Deus 
Dionísio, o Deus do despertar primaveril da vegetação, da fertilidade e da fecundidade, do 
entusiasmo e da embriaguez, do transe, do irracional. Este ritual que antes era cerimônia 
litúrgica passou para cerimônia civil, chegou a ser considerado um ato teatral, para então ser 
conhecido como dança de diversão, ou seja, sofreu variadas mudanças com o passar do tempo. 
A dança passou por uma transformação sendo considerado profano, seguindo o movimento 
(sagrado-profano) encontrado em muitos aspectos das culturas antigas. Como por exemplo, a 
dança Dionisíaca que era um cortejo, onde Dionísio era acompanhado por mênades (espécie de 
ninfa que representava uma amante insaciável) e sátiros (PAR OLHE, 2014). 
 
Cronos devorando um de seus filhos 
 
 
 
 
4.3- DANÇA COMO INSTRUMENTO DE ESTUDO 
Segundo os estudos de Platão sobre dança (PAVIANI, 2011): 
 "Classificou em dança de beleza e dança de feiúra,tendo ainda seus subgrupos"(Leis, 
I); 
 "A dança deveria ter ordem e ritmo, características estás dos deuses"(Leis, II); 
 "A dança é um meio excelente de ser agradável aos Deuses e honrá-los" (Leis, VI); 
 "Os que honram melhor os Deuses pela dança são também os melhores no combate" 
(Leis, VII); 
Os filósofos Pitagóricos afirmavam que "a dança expulsa as dores e tristezas da cabeça", 
um bom exemplo da crença de que a dança era divina porque dá alegria. Também há uma canção 
de Anacreonte diz: "Quando um velho dança, conserva seus cabelos de ancião, mas seu coração 
é o de um jovem". Corpo e espírito para eles são um só. Para eles, os Deuses ensinaram a dança 
aos mortais, para que estes os honrassem e os alegrassem através dela (Cecilia Bazzotti HistoriaDancar, 2018). 
Para além dos benefícios psicológicos, uma pesquisa divulgada no European Journal of 
Cardiovascular Nursing, merecendo destaque da Sociedade Europeia de Cardiologia, revelou 
que pacientes com insuficiência cardíaca crônica – doença que acarreta, entre outros, fraqueza 
e fadiga – apresentaram melhorias significativas em seu condicionamento físico através da 
prática da tradicional Dança Grega (BARROS, 2016). 
4.4- DANÇA NO COTIDIANO GREGO 
O cotidiano grego era infestado de danças. Eles dançavam em ocasiões como 
nascimentos, núpcias, banquetes, e outros. Essas danças eram livres, não havendo uma lista de 
Arte em vaso descrevendo o ritual para 
o deus Dionísio 
 
passos preestabelecidos ou que deveriam ser aprendidos, mas rodas e filas espontâneas. Os 
gregos costumavam dançar na meia ponta, as vezes tão alta que era representada como ponta. 
Buscavam a simetria, principalmente dos membros. Havia ainda uma posição muito comum: o 
pé colocado na altura da articulação atrás do joelho, lembrando um passé (Cecilia Bazzotti 
Historia Dancar, 2018). 
4.5- DANÇA NA EDUCAÇÃO E PREPARAÇÃO 
Uma das danças mais importantes era a pírrica, a dança guerreira e competitiva usada 
na educação e na preparação militar. As crianças a aprendiam desde os 5 anos, e o aprendizado 
compreendia exercícios preparatórios de flexibilidade onde os participantes jogavam o corpo 
para trás até alcançarem os tornozelos com as mãos. Alguns movimentos eram: o Podismo, 
movimento rápido para ultrapassar o inimigo (ou para fugir); o Xiphismo, ou luta simulada; e 
o Kosmos, saltos muito altos ou o treinamento para saltos sobre valas ou de muros (TA HIERA, 
2012). 
 
 
 
 
Nos exercícios de quironomia aprendia-se o porte dos braços e das mãos e simulava-se 
gestos de combate. Os discípulos de Sócrates relatam que o pensador acreditava que os 
melhores na guerra eram aqueles que sabiam dançar. O filósofo grego Platão aconselhava que 
todos os cidadãos gregos aprendessem a dançar desde crianças para desenvolver o autocontrole 
e o desembaraço na arte da guerra. Danças com armas faziam parte da educação dos jovens de 
Atenas e Esparta (CONTREIRAS, 2017). 
Outra dança antiga era a Gymnopaedia, uma celebração anual, durante o qual os jovens 
nus exibiam suas habilidades atléticas e marciais por meio da dança de guerra, exibindo 
Dança grega Pírrica 
 
posturas e movimentos usados na luta e no boxe ao som da música de liras. O costume era 
lubrificarem seus corpos nus para o exercício, de modo a realçar a sua beleza (SOUZA, 2016) 
 
 
 
 
4.6- DANÇA E O INTERCÂMBIO ENTRE CIVILIZAÇÕES 
Em outras danças, estás praticadas por mulheres, pode-se encontrar um gesto bem 
curioso: os braços em oposição, a dançarina quebra os antebraços na altura dos cotovelos, 
colocando-os num ângulo de 90º, um para baixo e um para cima. Sendo uma palma da mão em 
direção ao chão e a outra em direção ao céu. Gesto encontrado em representações das mais 
diversas danças, desde as pré-históricas às egípcias, e ilustrando como movimentos viajam além 
do tempo, e acabam chegando em outras épocas, logo, um intercâmbio que houve entre as 
civilizações(Cecilia Bazzotti Historia Dancar, 2018) 
Existiam passos e nomenclatura, e ainda com significações: os braços estendidos com 
as mãos voltadas para o céu significavam súplica, as mãos estendidas diante do espectador 
significavam apóstrofe ao público e as mãos horizontais, paralelas ao chão, significavam 
tristeza. Todas as danças e movimentos estão gravados em vasos, além dos escritos dos filósofos 
e estudiosos que dedicaram seu tempo às danças. Podemos encontrar representações da pírrica, 
por exemplo, no flanco da Acrópole e no friso do Partenon (PAR OLHE, 2014). 
5- DANÇA EM ROMA 
A história da dança dentro da civilização romana acontece em três períodos : 
monárquico , republicano e imperial. 
No primeiro, observa-se em Roma, que a dança era desenvolvida como cerimonial, 
frequentemente de origem agrária, onde em Roma tinha conjuntos de leis em favor dos plebeus 
para impedir os nobres de atravessar as terras do estado. Pode se mencionar, por exemplo o 
ritual saliano: uma dança guerreira, normalmente praticada na primavera, em honra de marte. 
Dança grega Gymnopoedia 
 
Por isso tudo, os rituais religiosos deveriam garantir a perenidade de Roma ,recorrendo a 
escudos sagrados usados apenas nesses eventos, no qual, a dança era tripudium, dançada ao 
som de cantos gregorianos, compassadas com tambores e tamborins, Logo a civilização romana 
permanecia sempre sobre influência dos gregos. 
 
 
 
 
Por outro lado, as músicas e danças gregas tinham características peculiares, que acabou 
provocando reações negativas nos romanos, pois os mesmos eram muito racionais e acabaram 
por desprezar essa pratica. Dado o exposto, o protetor das letras e das artes Scipione Emiliano, 
juntamente com o estadista Cícero, desaprovou os cursos de dança que, por volta do ano 150 
a.C., foi ordenado o fechamento de todas as escolas de dança, criadas a pouco tempo, que 
ensinavam dança as crianças de boa família. Para Emiliano essa pratica era considerada uma 
afronta aos bons costumes. Já Cícero, afirmou que a dança era um sinal de insanidade. Portanto, 
as pessoas que dançavam eram consideradas suspeitas, e perigosas pela aristocracia romana. 
Levando-se em consideração esses aspectos, Em Roma a dança não foi tão significativa 
como nas civilizações gregas e egípcias , afinal o que atraia na época eram as lutas de 
gladiadores e as contra animais ferozes geralmente ocorridos em arenas enormes como as de 
coliseu e circus maxi mus. Eventos que marcados pela brutalidade mostravam seu pequeno 
interesse místico. 
Dança no Império Romano 
 
 
 
 
Com o tempo, Rômulo, fundador de Roma, criou a dança que simbolizava o rapto das 
sabinas denominada como “bellicrepa”,a dança pelo qual se integrou a cultura romana, onde 
homens e mulheres começaram a ir à escola para estudar dança, dessa vez por requisito social 
e educacional. Nesse contexto, afirma Eliana Caminada , império romano de poucas danças “A 
tentativa, em 150 a .C., de fechar essas escolas revelou-se inútil. Mesmo estranha à sua natureza, 
Roma não conseguiu resistir ao apelo de uma arte inerente a todos os povos”. 
6- CONCLUSÃO 
Conclui-se que as danças milenares interpassaram de geração a geração, com intuito de 
que a dança é uma oferenda paras os deuses, voltada para o divino, onde algumas tem como 
objetivo a conexão do homem com o universo. 
Também, essas danças eram usadas principalmente em comemorações, para celebrar um 
casamento, uma conquista ou vitórias em guerras, como forma de agradecimento pela proteção 
e ajuda desses deuses. 
Alguns estilos tinha funções especificas para cura, fortalecimento, paciência, virtudes 
entre outros, então as danças milenares tinham vários significados, mas sempre com um 
objetivo fazer o corpo todo dança. 
 
Escultura de Glambologna 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=102 
 
http://wikidanca.net/wiki/index.php/Prim%C3%B3rdios_da_dan%C3%A7a_no_Egito 
 
http://histdanca.blogspot.com/2012/08/dancas-milenares-parte-2-5000a.html 
 
https://en.wikipedia.org/wiki/Dance_in_ancient_Egypt 
 
http://histdanca.blogspot.com/2012/08/dancas-milenares-parte-2-5000a.html 
 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/arte/danca-indiana 
 
http://misteriosaindia.blogspot.com/2018/04/a-danca-e-o-sagrado-na-india.html 
 
BARROS, Keyla. Pesquisa revela benefícios da dança grega em pacientes com doença cardíaca. 
2016. Disponível em: <http://site.dancaempauta.com.br/pesquisa-revela-beneficios-da-danca-
grega-em-pacientes-com-doenca-cardiaca/>. Acesso em: 28 fev. 2020. 
 
BAZZOTTI, Cecilia. História Dançar. A Dança na Grécia e Contexto Histórico. 2018. 
Disponível em: <http://ceciliabazzottihistoriadanca.blogspot.com/2012/05/danca-na-grecia-e-contexto-historico.html?m=1> Acesso em: 28 fev. 2020. 
 
CONTREIRAS, Leonardo. História da dança grega. 2017. Disponível em: 
<http://historiadaartegrecia.blogspot.com/2017/04/a-arte-da-danca-grega-e-
omovimento.html?m=1>. Acesso em: 28 fev. 2020. 
 
DINIZ, Thays Naig. – História da dança – Sempre. Disponível em: 
<www.uel.br/eventos/sepech/sepech08/arqtxt/resumos-anais/ThaysDiniz.pdf> Acesso em: 
18/02/2020. 
 
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE. Dança na Antiguidade. 2017. Disponível em: 
<https://educacaonantiguidade.wordpress.com/2017/02/04/danca-na-antiguidade/>. Acesso 
em: 28 fev. 2020. 
 
 LANGENDONCK, Rosana Van. História da dança – Disponível em: 
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