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Prévia do material em texto

Universidade Federal de 
Santa Catarina - UFSC 
 
Assistente em Administração 
 
 
 
Língua Portuguesa 
Compreensão e interpretação de textos: ideias principais e secundárias, explícitas e implícitas; fatos e 
opiniões; relações intratextuais e intertextuais. ............................................................................................................ 1 
Coesão e coerência textual. .............................................................................................................................................. 12 
 Vocabulário: sentido de palavras e de expressões no texto; denotação e conotação. ........................................ 16 
Aspectos gramaticais: concordância e regência verbal e nominal; funcionamento de diferentes recursos 
gramaticais no texto (níveis fonético-fonológico, morfológico, sintático e semântico); ..................................... 21 
Pontuação. ......................................................................................................................................................................... 66 
Gêneros textuais: formas e funções. .............................................................................................................................. 68 
 
 
Noções de Informática 
Componentes de um computador e periféricos; ............................................................................................................ 1 
Utilização do sistema operacional Windows. ................................................................................................................. 9 
Utilização dos aplicativos Microsoft Office Word, Excel e Power Point 2013. ...................................................... 18 
Utilização de tecnologias, ferramentas e aplicativos associados à Internet. ......................................................... 38 
 
 
Raciocínio Lógico 
Sequências lógicas ................................................................................................................................................................ 1 
Gráficos e séries estatísticas: análise e interpretação ................................................................................................ 12 
Problemas com números naturais ................................................................................................................................. 17 
Problemas com números fracionários........................................................................................................................... 18 
Grandezas diretamente proporcionais; Grandezas inversamente proporcionais; Divisão de um número em 
partes diretamente proporcionais e inversamente proporcionais .......................................................................... 20 
Porcentagem ...................................................................................................................................................................... 25 
Regra de três simples e composta .................................................................................................................................. 26 
Cálculo de probabilidades................................................................................................................................................ 29 
 
 
Noções de Sustentabilidade 
Agenda Ambiental da Administração Pública – A3P (seis eixos temáticos: Uso dos recursos naturais; Qualidade 
de vida no ambiente de trabalho; Sensibilização dos servidores para a sustentabilidade; Compras sustentáveis; 
Construções sustentáveis; e Gestão de resíduos sólidos.) ........................................................................................... 1 
 
 
Apostila Digital Licenciada para Cintia Luiz - tita.cintia@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Conhecimentos Específicos 
1. Administração geral: evolução das teorias da administração, ideias e conceitos fundamentais. ..................... 1 
2. Organização do trabalho: departamentalização, planejamento, tomada de decisão, objetivos, gráficos de 
organização, controle, ambiente externo. .................................................................................................................... 21 
3. Relações humanas no trabalho: motivação, comunicação, liderança, trabalho em equipe, a organização 
informal. ............................................................................................................................................................................. 51 
4. Gestão de pessoas nas organizações. ........................................................................................................................ 73 
5. Orçamento e finanças públicas. .................................................................................................................................. 80 
Constituição Federal de 1988, Título VI, Capítulo II e suas alterações. ................................................................. 105 
6. Administração de compras, administração de materiais, ................................................................................... 111 
Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 e suas alterações. .............................................................................................. 125 
7. Arquivo e documentação. Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991 e suas alterações. ...................................... 152 
8. Redação oficial. ........................................................................................................................................................... 160 
9. Noções de direito administrativo: estrutura e princípios da administração pública ..................................... 180 
Ato administrativo. ........................................................................................................................................................ 187 
10. Estrutura e funcionamento da Universidade: Estatuto ..................................................................................... 196 
Regimento da Universidade Federal de Santa Catarina. ......................................................................................... 206 
11. Regime Jurídico Único (Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e suas alterações). ..................................... 218 
 
 
 
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A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, 
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira 
pública. 
 
O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites 
governamentais. 
 
Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos 
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista 
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos 
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos 
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www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como 
para consultar alterações legislativas e possíveis erratas. 
 
Também ficam à disposição doadquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, 
para eventuais consultas. 
 
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Código de Defesa do Consumidor. 
 
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código 
Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização. 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
 
Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. 
A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que 
cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas 
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o 
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto 
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa 
operação de compreensão. 
E assim teremos: 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis 
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de 
reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se 
preparando para a leitura interpretativa. Durante a 
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha 
adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da 
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e 
resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a 
compressão da coesão e coerência. 
 
Coesão 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos 
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou 
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos 
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta 
de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras 
que formam a oração e as orações que formam o período e, 
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num 
texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da 
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto 
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles 
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada 
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações 
e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavras específicas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: 
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, 
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de 
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é 
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O 
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e 
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante 
será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os 
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria 
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um 
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: 
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o 
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na 
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
Compreensão e 
interpretação de textos: ideias 
principais e secundárias, 
explícitas e implícitas; fatos e 
opiniões; relações 
intratextuais e intertextuais. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre 
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do 
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o 
sentido preferencial, o que comumente ocorre. 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, 
mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o 
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado,por que 
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido 
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele 
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. 
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma 
constante do pensamento antigo, cuja índole era 
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal 
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas 
teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao 
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética. 
 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura 
ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existe concordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de 
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 
perplexo diante de um oximoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são 
anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
Para compreender o sentido preferencial é preciso 
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de 
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto 
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma 
palavra no dicionário, dizemos que ela está 
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o 
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o 
sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser 
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o 
resultado médio, o que não impede que pela necessidade 
momentânea consideremos o significado preferencial para 
dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras 
palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se 
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, 
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos 
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido 
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão 
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com 
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o 
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o 
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido 
mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido 
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de 
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Questões 
 
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - 
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: 
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha 
também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de: 
 
(A) Adequação vocabular. 
(B) Falta de coesão. 
(C) Incoerência. 
(D) Coesão. 
(E) Coerência. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: 
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história 
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, 
continuará inalterado, em: 
 
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa 
história e de nossa realidade. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos 
de nossa história e de nossa realidade. 
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos 
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
 
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - 
VUNESP) 
 
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira 
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um 
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir 
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais 
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas 
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o 
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos 
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o 
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o 
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a administração do 
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, 
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor 
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz 
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por 
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um 
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a 
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os 
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o 
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte 
público? 
(Veja, 2009.) 
 
Há emprego do sentido figurado das palavras em: 
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... 
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. 
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações 
sociais... 
(D) Como ser pontual se o trânsitoé um pesadelo... 
(E) ... não se pode confiar no serviço público? 
 
04. (UNESP - Assistente Administrativo - 
VUNESP/2016) 
 
O gavião 
 
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco 
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a 
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais 
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata 
pombas. 
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à 
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das 
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros 
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar 
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na 
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com 
que a pomba come seu grão de milho. 
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das 
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar 
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. 
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente 
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, 
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. 
 (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 
 
O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no texto 
– … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. –, é empregado com sentido: 
 
(A) próprio, equivalendo a inspiração. 
(B) próprio, equivalendo a conquistador. 
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. 
(D) figurado, equivalendo a alimento. 
(E) figurado, equivalendo a predador. 
 
Gabarito 
01.D / 02.E / 03.D / 04.E 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é 
dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, 
narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte 
de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para 
isso, devemos entender, primeiro, algumas definições 
importantes: 
 
Texto 
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações 
de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma 
novela de televisão também são formas textuais. 
 
Interlocutor 
É a pessoa a quem o texto se dirige. 
 
Texto-modelo 
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado 
com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? 
(…) 
É normal você querer o máximo de atenção do seu 
namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte 
mais importante da sua vida.” 
(Revista Capricho) 
 
Modelo de Perguntas 
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar 
quem é o seu interlocutor preferencial? 
Um leitor jovem. 
 
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que 
permitem a você identificar o interlocutor preferencial do 
texto? 
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista 
Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas 
adolescentes. 
A linguagem informal típica dos adolescentes. 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura; 
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes; 
04) Inferir; 
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-
melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas/ 
 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O 
mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma 
delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a 
uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de 
entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional 
está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas 
do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise 
de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar 
suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas 
vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes 
em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência 
e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode 
apresentar aspectos surpreendentes que não foram 
observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos 
do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os 
parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom 
texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é 
porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias 
supracitadas ou apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não 
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, 
supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às 
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso 
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à 
revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com 
cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um 
analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve 
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de 
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece 
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
interpretacao-texto.html 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e 
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos 
congestionamentospor excesso de veículos motorizados, que 
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a 
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, 
nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por 
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da 
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, 
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país 
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o 
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O 
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, 
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já 
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos 
estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e 
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades. 
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 5 
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre. 
 
03. Considere o cartum de Evandro Alves. 
 
Afogado no Trânsito 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum 
é 
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. 
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. 
 
Televisão 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum , 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro 
ou pela TV são equivalentes. 
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma 
imaginação mais ativa. 
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair. 
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
 
Leia o texto para responder às questões: 
 
Propensão à ira de trânsito 
 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são 
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao 
comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em 
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa 
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com 
pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no-
transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 
 
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que 
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes. 
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristascom o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o 
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva. 
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
 
Gabarito 
 
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) 
 
IDEIAS PRINCIPAIS E IDEIAS SECUNDÁRIAS 
 
Para uma boa compreensão textual é necessário entender 
a estrutura interna do texto, analisar as ideias primárias e 
secundárias1 e verificar como elas se relacionam. 
As ideias principais estão relacionadas com o tema central, 
o assunto núcleo. Já as ideias secundárias unem-se às ideias 
principais e formam uma cadeia, ou seja, ocorre a explanação 
da ideia básica e a seguir o desdobramento dessa ideia nos 
parágrafos seguintes, a fim de aprofundar o assunto. 
Exemplos: 
 “Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte 
de ferro quando, de repente, um trem saiu do trilho, a cem 
metros da ponte. (Ideia principal) 
Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou 
para trás, mas, demonstrando grande presença de espírito, 
agachou-se, segurou com as mãos um dos dormentes e deixou 
o corpo, pendurado.” (Ideia secundária) 
 
Com este exemplo podemos perceber que a ideia principal 
refere-se a ação perigosa, agravada pelo aparecimento do trem 
e as ideias secundárias aparecem para complementar a ideia 
principal, no qual mostra como o primo do narrador conseguiu 
sair-se da perigosa situação em que se encontrava. 
 
Em geral os parágrafos devem conter apenas uma ideia 
principal acompanhado de ideias secundárias. Entretanto, é 
muito comum encontrarmos, em parágrafos pequenos, apenas 
a ideia principal. Veja outro exemplo: 
 
“O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio. Os dois 
filhos do Sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram 
aproveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e 
seguiram contentes pelos campos, levando um farto lanche, 
preparado pela mãe.” 
 
Nesse trecho, há dois parágrafos. 
No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que 
corresponde à ideia principal do parágrafo: “O dia amanhecera 
lindo na Fazenda Santo Inácio.” 
E no segundo, já podemos perceber a relação ideia 
principal + ideias secundárias. Observe: 
 
Ideia principal = Os dois filhos do Sr. Soares, administrador 
da fazenda, resolveram aproveitar o bom tempo. 
 
Ideia secundárias = Pegaram um animal, montaram e 
seguiram contentes pelos campos, levando um farto lanche, 
preparado pela mãe. 
 
Agora que já vimos alguns exemplos, você deve estar se 
perguntando: “Afinal, de que tamanho será o parágrafo?” 
Bem, o que podemos responder é que não há como apontar 
um padrão, no que se refere ao tamanho ou extensão do 
parágrafo. Há exemplos em que se veem parágrafos muito 
pequenos; outros, em que são maiores e outros, ainda, muito 
extensos. 
Também não há como dizer o que é certo ou errado em 
termos da extensão do parágrafo, pois o que é importante 
 
1http://portugues.camerapro.com.br/redacao-8-o-paragrafo-narrativo-ideia-
principal-e-ideia-secundaria/. 
mesmo, é a organização das ideias. No entanto, é sempre útil 
observar o que diz o dito popular – “nem oito, nem oitenta…”. 
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, 
usando apenas parágrafos muito curtos, também não é 
aconselhável empregarmos os muito longos. 
Essas observações são muito úteis para quem está 
iniciando os trabalhos de redação. Com o tempo, a prática dirá 
quando e como usar parágrafos – pequenos, grandes ou muito 
grandes. 
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua 
estrutura, uma ideia principal e outras secundárias. Isso não 
significa, no entanto, que sempre a ideia principal apareça no 
início do parágrafo. Há casos em que a ideia secundária inicia 
o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o 
exemplo: 
“As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três 
vezes, o solo estremeceu violentamente sob meus pés. Logo 
percebi que se tratava de um terremoto.” 
 
Observe que a ideia mais importante está contida na frase: 
“Logo percebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no 
final do parágrafo. As outras frases (ou ideias) apenas 
explicam ou comprovam a afirmação: “as estacas tremiam 
fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu 
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início 
do parágrafo. 
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos 
que as ideias podem organizar-se da seguinte maneira: 
 
Ideia principal + ideias secundárias 
ou 
Ideias secundárias + ideia principal 
 
Lembrando que ideia principal e as ideias secundárias não 
são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas em 
parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias 
devemos verificar as que realmente interessam ao 
desenvolvimento da ideia principal e mantê-las juntas no 
mesmo parágrafo. Com isso, estaremos evitando e repetição de 
palavras e assegurando a sua clareza. 
E ao termos várias ideias secundárias, é importante que 
sejam identificadas aquelas que realmente se relacionam à 
ideia principal. Esse cuidado é de grande valia ao se redigir 
parágrafos sobre qualquer assunto. 
 
Questões 
 
01. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com 
as outras ideias do parágrafo. Depois, complete o parágrafo 
utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 
 
Havia no rosto de cada criança a expectativa de uma festa 
maravilhosa. 
(A) a mesa, arrumada com todo carinho, estava repleta de 
docinhos e enfeites coloridos, reservando surpresas deliciosas 
para a meninada. 
(B) os palhaços entraram no palco, dando cambalhotas, 
fazendo piruetas e alegrando a todos. 
(C) O dentista chegou e as foi chamando, uma a uma, para 
iniciar o tratamento. 
 
02. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com 
as outras ideias do parágrafo. Depois, complete o parágrafo 
utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 
 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 7 
Os peixes nadavam agilmente no aquário. 
(A) na casa repleta, os animais viviam tranquilos e em 
harmonia. 
(B) todos davam reviravoltas, iam até o fundo, subiam à 
tona para pegar alimento, numa agitação encantadora. 
(C) as crianças, num alegria contagiante, jogavam migalhas 
de pão, e os peixes, muito agitados, vinham à tona para 
alcançá-las. 
 
03. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com as 
outras ideias do parágrafo. Depois, complete o parágrafo 
utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 
 
Na sala, a professora iniciava sua aula de Português. 
(A) os alunos, atenciosos, iam arrumando o material de 
desenho sobre as carteiras: régua, esquadro, compasso, lápis 
de cor, etc. 
(B) os alunos, a pedido da professora, abriram os livros à 
pág. 40, e iniciaram a leitura silenciosa do texto. 
(C) todos os alunos abriram o livro e a professora iniciou a 
explicação do texto. 
 
04. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com as 
outras ideias do parágrafo. Depois, complete o parágrafo 
utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 
 
O cantor popular iniciou o espetáculo musical. 
(A) em seu repertório havia canções variadas com que ele 
homenageava todos os Estados brasileiros. 
(B) no teatro lotado, o povo assistia ao balé moderno. 
(C) o som alegre dos instrumentos musicais misturava-se 
às canções mais conhecidas da plateia. 
 
05. Complete os parágrafos a seguir, escolhendo no 
retângulo uma ou mais ideias que estejam relacionadascom a 
ideia em dada. 
No meio da noite, despertei e ouvi vozes agitadas no 
corredor. ………….. 
 
(A) o quarto estava claro e silencioso. 
(B) pelas frestas da janela entravam alguns raios de sol. 
(C) a luz do lampião entrava por debaixo da porta. Sentei-
me na cama e fiquei a ouvir a discussão. 
(D) na casa reinava silêncio absoluto. 
 
Gabarito 
01.C / 02. A / 03. A / 04.B / 05.C 
 
 
INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS 
 
Para que seja possível compreender o que vem a ser 
informação explícita2 em um texto, é preciso compreender que 
a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode 
assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e 
diferentes leitores podem atribuir sentidos distintos a um 
texto, segundo Kátia Lomba Bräkling. Vejamos a interação a 
seguir: 
 
Aluno: [levantando a mão] Professora, você pode me dizer 
que horas são? 
Professora: [olha no relógio e responde] Podem guardar o 
material, pessoal! 
Aluno: Êba! [rapidamente, guarda o material, seguido por 
outros colegas] 
 
Podemos observar que o aluno não perguntou se poderia 
 
2http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-texto/implicitos-e-
pressupostos.html (Adaptado) 
guardar o material. No entanto, pela reação dele era o que 
queria saber. A professora, interpretando a sua intenção, 
autorizou a guarda do material, encerrando a aula. Nesse caso, 
o sentido dos enunciados foi definido por fatores externos ao 
texto, autorizados pelas características da situação 
comunicativa e pelo conhecimento mútuo dos interlocutores 
sobre si mesmos e sobre as regras de convivência colocadas. 
Se o texto tivesse sido compreendido no sentido literal – 
ou seja, se tivessem sido consideradas as suas informações 
explícitas– a resposta da professora teria que ser outra- como, 
por exemplo, “São cinco para as 11”. Nesse caso, as 
autorizações não teriam sido dadas e os alunos continuariam 
executando as tarefas. 
Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é 
constituído tanto por informações que são apresentadas 
explicitamente na superfície ou linearidade do texto, quanto 
por outras, que se encontram implícitas. As primeiras são 
facilmente localizáveis no texto, pois se encontram escritas 
com todas as letras. Já as segundas são dependentes do 
repertório prévio dos interlocutores e das características da 
situação comunicativa. 
A capacidade de localizar informações explícitas no texto é 
fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve 
ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, 
já no processo de alfabetização. 
Muitos consideram essa capacidade a mais simples de 
todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma 
capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em 
função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais 
complexo ou extenso, o processo de localização da informação 
solicitada – e a decorrente atribuição de sentido - poderá ser 
igualmente mais complexo. 
 
Informações Implícitas 
 
Muitos candidatos ao ENEM se perguntam como melhorar 
sua capacidade de interpretação dos textos. Primeiramente, é 
preciso ter em mente que um texto é formado por informações 
explícitas e implícitas. As informações explícitas são aquelas 
manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações 
implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas 
podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma 
leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler 
nas entrelinhas. 
Por exemplo, observe este enunciado: 
 
- Patrícia parou de tomar refrigerante. 
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar 
refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava 
refrigerante antes”. 
Agora, veja este outro exemplo: 
- Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante. 
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar 
refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem 
uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação 
implícita. 
Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir 
informações a partir de um texto. Fazer uma inferência 
significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. 
Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade 
fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos 
enunciados. 
A seguir, veremos dois tipos de informações que podem ser 
inferidas: as pressupostas e as subentendidas. 
 
Pressupostos 
Uma informação é considerada pressuposta quando um 
 
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Língua Portuguesa 8 
enunciado depende dela para fazer sentido. 
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando 
Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se 
considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos 
temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso 
Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que 
torna o enunciado sem sentido. 
Repare que as informações pressupostas estão marcadas 
através de palavras e expressões presentes no próprio 
enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no 
enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra 
“ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como 
certa pelo falante. 
 
Subentendidos 
Ao contrário das informações pressupostas, as 
informações subentendidas não são marcadas no próprio 
enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser 
entendidas como insinuações. 
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se 
esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se 
comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos 
são de responsabilidade do receptor, enquanto os 
pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores. 
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações 
subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e 
pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a 
anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a 
quebra de subentendidos. 
 
Questão 
 
01. Texto I 
 
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) 
 
Texto II 
Conexão Sem Fio no Brasil 
Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar 
publicações para o Kindle. 
 
 
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) 
 
A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um 
anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto 
II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade 
das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes 
regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se 
que o advento do livro digital no Brasil 
(A) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às 
informações antes restritas, uma vez que eliminará as 
distâncias, por meio da distribuição virtual. 
(B) criará a expectativa de viabilizar a democratização da 
leitura, porém esbarra na insuficiência do acesso à internet por 
telefonia celular, ainda deficiente no país. 
(C) fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos, 
em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais 
gratuitamente distribuídos pela internet. 
(D) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no 
país, levando em consideração as características de cada 
região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à 
informação. 
(E) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos 
brasileiros, uma vez que as características do produto 
permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades 
geopolíticas. 
 
Gabarito 
01.B 
 
FATO E OPINIÃO 
 
Muitas vezes nos encontramos com pessoas dialogando 
sobre qualquer que seja o tópico em questão, porém no meio 
do diálogo ouvimos “o fato é que...”, “mas na minha opinião...” 
E será que todos nós sabemos distinguir o que é FATO e o 
que é OPINIÃO? 
Então vejamos: 
- Fato: é algo que é de conhecimento de todos. Sendo um 
fato, ele pode ser provado através de documentos,ou de outras 
formas de registros. 
Ex.: O crescimento acelerado dos grandes centros 
econômicos mundiais, aumenta os problemas sociais. /O 
aumento dos estudantes estrangeiros nas universidades 
brasileiras. 
- Opinião: é a maneira particular de olhar um fato. A 
opinião vai divergir de acordo com inúmeros fatores 
socioculturais. 
Ex.: Se meu amigo não fosse tão baixinho, ele poderia jogar 
futebol. / Homens que assistem novelas são bons maridos. 
 
Quando é Importante Saber a Diferença 
 
Várias são as oportunidades de usar a diferença com 
propriedade, mas duas delas são principais. 
a) Quando nos engajamos em um debate de algum tema 
polêmico; 
b) Quando somos testados e devemos escrever um texto 
dissertativo. 
 
Variantes Dissertativas 
1. Expositiva: quando as ideias do texto estão claramente 
vinculadas a alguma reportagem ou notícia de jornais, revistas 
impressas ou eletrônicas, cujo conteúdo é conhecido por todos 
através do rádio ou da televisão, sendo, por sua vez, 
inquestionável. A dissertação expositiva tem como objetivo 
expor o fato, ficando em segundo plano a discussão sobre ele. 
 
2. Argumentativa: a dissertação argumentativa é aquela 
que exige de nós maior reflexão ao escrever sobre certos 
temas, mas que possui por objetivo a exposição do ponto de 
vista pessoal. Quem disserta, através de sua opinião bem 
embasada, faz com que os fatos ali apresentados e discutidos 
tenham uma conclusão. Esta é uma das maneiras mais difíceis 
de dissertar por apresentar juízos de valores que endossam a 
análise crítica de quem escreve. 
 
3- Mista: esta é uma forma de dissertação que tem 
inseridos nela os elementos dos dois outros tipos 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
dissertativos. Nela podemos expor os fatos como forma de 
exemplo, ou mesmo como argumento de autoridade para dar 
força às opiniões, juízos e análise crítica a serem feitos sobre o 
tópico ou tópicos discutidos.3 
 
Questões 
 
01. Leia o texto e responda à pergunta. 
 
Um pouco da história de Cecília Meireles 
 
Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura 
brasileira. Ela nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade 
do Rio de Janeiro e eu nome completo era Cecília Benevides de 
Carvalho Meireles. Sua infância foi marcada pela dor e solidão, 
pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não 
chegou a conhecer (morreu antes do seu nascimento). Foi 
criada pela avó dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, 
Cecília começou a escrever suas primeiras poesias. Estudiosos 
de sua obra dizem que seus poemas encantam os leitores de 
todas as idades. 
 
Qual frase apresenta uma opinião sobre Cecília Meireles? 
(A) Foi criada pela avó Dona Jacinta 
(B) Nasceu no dia 7 de novembro de 1901. 
(C) Perdeu a sua mãe com apenas três anos de idade. 
(D) Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. 
 
02. Leia o fragmento do texto O outro príncipe sapo de Jon 
Scieszka e responda o que se pede: 
 
Era uma vez um sapo. 
 
Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu 
uma linda princesa descansando à beira do lago. O sapo pulou 
dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por 
cima das plantas aquáticas. “Perdão, ó linda princesa”, disse ele 
com sua voz mais triste e patética... 
Qual é a opinião do autor a respeito da voz do sapo: 
(A) voz mansa e suave 
(B) estridente e aguda 
(C) triste e melancólica 
(D) triste e patética 
 
Gabarito 
01.D / 02.D 
 
INTERTEXTUALIDADE 
 
4Diálogo entre dois ou mais textos, que não precisam ser 
necessariamente de um mesmo gênero, a intertextualidade é 
um fenômeno que pode manifestar-se de diferentes maneiras. 
Essa ocorrência pode ser implícita ou explícita, feita por 
meio de paródia ou por meio da paráfrase. O que esses 
variados tipos têm em comum? Todos eles resgatam 
referências nos chamados textos-fonte, que são aqueles textos 
considerados fundamentais em uma cultura. 
Para que você entenda melhor o conceito de 
intertextualidade, basta analisar a estrutura da palavra: inter 
é um sufixo de origem latina e faz referência à noção de 
relação. Por isso, é correto afirmar que a intertextualidade 
refere-se às relações entre os textos, assim como é correto 
afirmar que todo texto, em maior ou menor grau, é um 
intertexto, e isso acontece em virtude das relações dialógicas 
firmadas. Veja só um exemplo: 
 
 
3 http://pt.slideshare.net/ElieteFarneda/diferena-entre-fato-e-opinio//lingua-
agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja-existencia-independe-de.html 
 
Bom conselho 
Ouça um bom conselho 
Que eu lhe dou de graça 
Inútil dormir que a dor não passa 
Espere sentado 
Ou você se cansa 
Está provado, quem espera nunca alcança 
 
Venha, meu amigo 
Deixe esse regaço 
Brinque com meu fogo 
Venha se queimar 
Faça como eu digo 
Faça como eu faço 
Aja duas vezes antes de pensar 
 
Corro atrás do tempo 
Vim de não sei onde 
Devagar é que não se vai longe 
Eu semeio o vento 
Na minha cidade 
Vou pra rua e bebo a tempestade. 
(Chico Buarque) 
 
Ao ler a letra da música composta por Chico Buarque, você 
notou algo familiar? Provavelmente sim! Isso aconteceu 
porque o cantor e compositor apropriou-se de alguns ditados 
populares, mas em vez de citá-los, isto é, empregá-los como 
eles exatamente são, Chico optou por parodiá-los, invertendo 
seus significados e atribuindo-lhes novos sentidos, o que 
confere à música o efeito de humor. Esse tipo de estratégia 
textual é muito comum na literatura brasileira, recorrente 
principalmente no gênero poema. Veja outro exemplo de 
intertextualidade: 
 
Canção do Exílio 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar — sozinho, à noite — 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
 
Que não encontro por cá; 
Sem qu’inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
(Gonçalves Dias) 
4 brasilescola.uol.com.br/redacao/intertextualidade-.htm 
escolakids.uol.com.br/intertextualidade.htm 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
Canto de regresso à pátria 
Minha terra tem palmares 
Onde gorjeia o mar 
Os passarinhos daqui 
Não cantam como os de lá 
 
Minha terra tem mais rosas 
E quase que mais amores 
Minha terra tem mais ouro 
Minha terra tem mais terra 
 
Ouro terra amor e rosas 
Eu quero tudo de lá 
Não permita Deus que eu morra 
Sem que volte para lá 
 
Não permita Deus que eu morra 
Sem que volte pra São Paulo 
Sem que veja a Rua 15 
E o progresso de São Paulo. 
(Oswald de Andrade) 
 
5Gonçalves Dias é um dos principais representantes da 
primeira fase do Romantismo brasileiro. A partir dele, Oswald 
de Andrade, integrou o movimento modernista, construiu uma 
paródia, transportando o poema escrito no século XIX para a 
então realidade da segunda década do século XX, dando-lhe 
assim um ar de modernidade. 
Como você pôde perceber, a intertextualidade pode 
acontecer com textos dos variados gêneros: pode surgir em 
uma letra de música, em um poema, nos textos em prosa e até 
mesmo nos textos publicitários. Só é capaz de reconhecê-la o 
leitor habilidoso, aquele que já entrou em contato com 
diversos textos-fonte ao longo da vida. 
Isso significa que a interpretação de texto não depende 
apenas do conhecimento do código (nossa língua portuguesa), 
mas também das relaçõesintertextuais que influenciam de 
maneira decisiva o processo de compreensão e de produção de 
textos. 
Nas nossas conversas do dia a dia, muitas vezes fazemos 
referência ao modo de dizer, aos gestos, às palavras ditas, 
manifestados por uma determinada pessoa, seja aquele 
personagem da televisão, aquele amigo de quem gostamos 
muito, alguém da família, enfim, várias são as pessoas às quais 
podemos nos referir. Quando escrevemos, também podemos 
proceder da mesma forma, fazendo alusão (referência) às 
palavras ditas por aquele escritor que admiramos, àquela 
canção de que gostamos, entre outros casos. Saiba que todas 
essas situações representam casos de intertextualidade. No 
entanto, ela pode estar presente em muitas outras 
circunstâncias. Veja alguns exemplos: 
 
- A ilustração abaixo se trata de um anúncio publicitário de 
uma marca de produto de limpeza (Bombril), no qual 
referência a obra de Leonardo da Vinci - “Mona Lisa”. 
 
 
 
5 http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-redacao/exercicios-
sobre-intertextualidade-explicita-implicita.htm 
- Nesse temos um anúncio publicitário de um produto 
alimentício (Leite Moça) que faz referência à música de Rita 
Lee – “Mania de você.’ 
 
 
 
- Aqui temos a intertextualidade realizada entre a criação 
de Matt Groening, criador dos Simpsons, e a obra “A 
persistência da memória”, de Salvador Dalí. 
 
 
 
Ao analisarmos todos esses exemplos, chegamos à 
conclusão de que intertextualidade se conceitua como o 
diálogo que se estabelece entre os textos verbais e não verbais. 
 
Questões 
 
01. 
Ideologia 
 
Meu partido 
É um coração partido 
E as ilusões estão todas perdidas 
Os meus sonhos foram todos vendidos 
Tão barato que eu nem acredito 
Eu nem acredito 
Que aquele garoto que ia mudar o mundo 
(Mudar o mundo) 
Frequenta agora as festas do “Grand Monde” 
 
Meus heróis morreram de overdose 
Meus inimigos estão no poder 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
O meu prazer 
Agora é risco de vida 
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll 
Eu vou pagar a conta do analista 
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou 
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo 
(Mudar o mundo) 
Agora assiste a tudo em cima do muro 
 
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Língua Portuguesa 11 
Meus heróis morreram de overdose 
Meus inimigos estão no poder 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
(Cazuza e Roberto Frejat) 
 
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3) 
Este verso pode ser lido como uma alusão a um livro 
intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac. Tal 
procedimento constitui o que se chama de: 
(A) intertextualidade 
(B) pertinência 
(C) pressuposição 
(D) metáfora 
(E) anáfora. 
 
02. 
Hora do mergulho 
 
Feche a porta, esqueça o barulho 
feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho 
 
eu sou moço, seu moço, e o poço não é tão fundo 
super-homem não supera a superfície 
nós mortais viemos do fundo 
eu sou velho, meu velho, tão velho quanto o mundo 
 
eu quero paz: 
uma trégua do lilás-neon-Las Vegas 
profundidade: 20.000 léguas 
“se queres paz, te prepara para a guerra” 
“se não queres nada, descansa em paz” 
“luz” - pediu o poeta 
(últimas palavras, lucidez completa) 
depois: silêncio 
 
esqueça a luz... respire o fundo 
eu sou um déspota esclarecido 
nessa escura e profunda mediocracia. 
 
(Engenheiros do Hawaii, composição de Humberto Gessinger) 
 
Na letra da canção, Humberto Gessinger faz referência a 
um famoso provérbio latino: si uis pacem, para bellum, cuja 
tradução é Se queres paz, te prepara para a guerra. Nesse tipo 
de citação, encontramos o seguinte recurso: 
(A) intertextualidade explícita. 
(B) intertextualidade implícita. 
(C) intertextualidade implícita e explícita. 
(D) tradução. 
(E) referência e alusão. 
 
03. a) 
 
(Super Interessante. Editora Abril, 2014.) 
 
b) 
O gordo é o novo fumante 
Nunca houve tanta gente acima do peso – nem tanto 
preconceito contra gordos. 
De um lado, o que há por trás é uma positiva discussão 
sobre saúde. Por outro, algo de podre: o nascimento de uma 
nova eugenia. 
(Super Interessante. Editora Abril. 2012.) 
 
Em relação ao texto, considere as afirmativas a seguir: 
I. O código não verbal, principalmente no que se refere ao 
segundo desenho, revela o discurso preconceituoso e, 
consequentemente, um aspecto ideológico. 
II. O sentido de proibição é captado por meio da 
intertextualidade estabelecida entre os códigos não verbais a 
qual, por sua vez, revela aspectos ligados ao gênero do humor. 
III. O conteúdo expresso na placa revela que, futuramente, 
indivíduos obesos sofrerão ainda mais discriminação social. 
IV. O efeito de sentido expresso pelo conteúdo não verbal 
serve para reforçar o caráter polissêmico da placa. 
 
Assinale a alternativa correta: 
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
04. Sobre a intertextualidade, assinale a alternativa 
incorreta: 
(A) A intertextualidade implícita não se encontra na 
superfície textual, visto que não fornece para o leitor 
elementos que possam ser imediatamente relacionados com 
algum outro tipo de texto-fonte. 
(B) Todo texto, em maior ou menor grau, é um intertexto, 
pois é normal que durante o processo da escrita aconteçam 
relações dialógicas entre o que estamos escrevendo e outros 
textos previamente lidos por nós. 
(C) Na intertextualidade explícita, ficam claras as fontes 
nas quais o texto baseou-se e acontece, obrigatoriamente, de 
maneira intencional. Pode ser encontrada em textos do tipo 
resumo, resenhas, citações e traduções. 
(D) A intertextualidade sempre acontece de maneira 
proposital. É um recurso que deve ser evitado, pois privilegia 
o plágio dos textos-fonte em detrimento de elementos que 
confiram originalidade à escrita. 
 
05. 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 12 
 
 
O cartum Vida de Passarinho, do cartunista Caulos, 
estabelece um interessante diálogo com um famoso texto-
fonte de nossa literatura. Assinale a alternativa que cita esse 
texto-fonte: 
(A) Canção do exílio, de Gonçalves Dias. 
(B) Erro de português, de Oswald de Andrade. 
(C) No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade. 
(D) Não há vagas, de Ferreira Gullar. 
(E) José, de Carlos Drummond de Andrade. 
 
Gabarito 
01.A / 02.B / 03.D / 04.D / 05.C 
 
 
 
COESÃO 
 
Coesão6 é a conexão e a harmonia entre os elementos de 
um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal 
definição quando lemos um texto e verificamos que as 
palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um 
dando continuidade ao outro. 
 
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias 
entre as frases e os parágrafos. 
 
Observe a coesão presente no texto a seguir: 
 
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a 
política agrária do país, porque consideram injusta a atual 
distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura 
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o 
 
6 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm 
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de 
sem-terra.” 
(JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007) 
 
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do 
texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do 
texto. 
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os 
principais são: 
 
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela 
coesão do texto,estabelecem a interrelação entre os 
enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, 
conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais. 
 
Veja algumas palavras e expressões de transição e 
seus respectivos sentidos: 
- inicialmente (começo, introdução) 
- primeiramente (começo, introdução) 
- antes de tudo (começo, introdução) 
- desde já (começo, introdução) 
- além disso (continuação) 
- do mesmo modo (continuação) 
- acresce que (continuação) 
- ainda por cima (continuação) 
- bem como (continuação) 
- outrossim (continuação) 
- enfim (conclusão) 
- dessa forma (conclusão) 
- em suma (conclusão) 
- nesse sentido (conclusão) 
- portanto (conclusão) 
- afinal (conclusão) 
- logo após (tempo) 
- ocasionalmente (tempo) 
- posteriormente (tempo) 
- atualmente (tempo) 
- enquanto isso (tempo) 
- imediatamente (tempo) 
- não raro (tempo) 
- concomitantemente (tempo) 
- igualmente (semelhança, conformidade) 
- segundo (semelhança, conformidade) 
- conforme (semelhança, conformidade) 
- quer dizer (exemplificação, esclarecimento) 
- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento) 
 
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso 
cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor 
qualidade de vida. 
 
- Coesão por referência: existem palavras que têm a 
função de fazer referência, são elas: 
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... 
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso... 
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele... 
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo... 
- pronomes relativos: que, o qual, onde... 
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá... 
 
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal 
resultado demonstra que ela se esforçou bastante para 
alcançar o objetivo que tanto almejava. 
 
- Coesão por substituição: substituição de um nome 
(pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do 
texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido 
próximo, evitando a repetição no corpo do texto. 
 
Coesão e coerência textual. 
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Língua Portuguesa 13 
 
Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital 
gaúcha”; 
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos 
Escravos”; 
João Paulo II: Sua Santidade; 
Vênus: A Deusa da Beleza. 
 
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. 
Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o 
mais importante da geração a qual representou. 
 
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados 
agrupados em conjuntos. 
 
Questões 
 
01. Bem tratada, faz bem 
 
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: 
“O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a 
reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? 
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. 
Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou 
o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo 
ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve 
entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los 
Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa. 
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta 
geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento 
global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é 
agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que 
a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) 
O transporte também esteve no centro dos protestos de 
junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a 
moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões 
para o debate do tema. 
(Sérgio Magalhães, O Globo) 
 
“Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.” 
 
Substituindo o termo destacado por uma oração 
desenvolvida, a forma correta e adequada seria: 
(A) para que se debatesse o tema; 
(B) para se debater o tema; 
(C) para que se debata o tema; 
(D) para debater-se o tema; 
(E) para que o tema fosse debatido. 
 
02. “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a 
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. 
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e 
adequadamente o gerúndio “advertindo” é: 
(A) com a advertência de; 
(B) quando adverte; 
(C) em que adverte; 
(D) no qual advertia; 
(E) para advertir. 
 
03. Corrida contra o ebola 
 
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África 
Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, 
mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para 
refrear o avanço da doença tenham sido eficazes. 
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 
contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas 
três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da 
enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de 
Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a 
afirmar que a epidemia está fora de controle. 
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De 
um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países 
afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização 
Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um 
contingente expressivo de profissionais para atuar nessas 
localidades afetadas. 
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se 
explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da 
entidade vêm de contribuições compulsórias dos países-
membros – o restante é formado por doações voluntárias. 
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa 
área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu 
orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para 
comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013, 
com cerca de US$ 6 bilhões. 
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A 
agência passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades 
globais crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O 
departamento de respostas a epidemias e pandemias foi 
dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais 
experimentados deixaram seus cargos. 
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para 
reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais 
foram limitados e mal liderados. 
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais 
possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. 
Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África 
Ocidental, com representantes dos países afetados. 
Espera-se também maior comprometimento das potências 
mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que 
possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné, 
respectivamente. 
A comunidade internacional tem diante de si um desafio 
enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. 
Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta 
a favor da doença. 
 
( http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-
ebola.shtml, 2014) 
 
Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o 
referente do termo em destaque. 
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) – 
organização 
(B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS 
(C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS 
(D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – 
gravidade da situação 
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade 
internacional 
 
4. Leia o texto para responder a questão. 
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, 
sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma 
universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o 
princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo 
dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os 
candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi 
de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A 
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ 
entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é 
mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma

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