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Direitos Reais - Formas de Aquisição da Propriedade

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Laís Ramos Barboza
Advogada OAB/AL nº 12.731
Bacharel em Direito pela UFAL
Mestra em Direito Público pela UFAL
Especialista em Direito Constitucional pela Damásio
DIREITO DAS COISAS
 Tem como parâmetro 
legal a formalização do 
Código Civil de 2002 e 
sua correlação para 
com a Constituição 
Federal de 1988.
 É um fenômeno de 
despatrimonialização
do direito civil.
 O direito civil assume o 
papel de efetivação dos 
direitos fundamentais a 
partir da delimitação 
da autonomia da vida 
privada.
 Trata-se de hipótese de 
intervenção do poder 
público na esfera 
privada.
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL
 Exemplo da Constitucionalização do Direito Civil 
relativa a disciplina de Direito das Coisas:
▪ FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE:
Art. 5º da CF/88:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL
 CONCEITO:
Trata-se da disciplina 
que regulamenta a 
relações subjetivas de 
uma pessoa estabelecida 
sobre bens de conteúdo 
patrimonial, quer sejam 
eles corpóreos ou 
incorpóreos.
BENS PATRIMONIAIS
CÓRPOREO
IMÓVEIS E 
MÓVEIS
INCÓRPOREO
CRÉDITO / 
DIREITO 
AUTORAL
DIREITO DAS COISAS
BENS
IMÓVEIS
NATURAL ARTIFICIAL LEGAL
MÓVEIS
DE 
MOVIMENTO 
PRÓPRIO
DE 
REMOÇÃO 
POR FORÇA 
ALHEIA
LEGAL
DIREITO DAS COISAS
IMPORTANTE
Não confundir a 
disciplina de DIREITOS 
DAS COISAS para com as 
demais disciplinas do 
direito civil (CONTRATOS 
E OBRIGAÇÕES).
ESPÉCIE DE 
RELAÇÃO
CONTRATOS / 
OBRIGAÇÕES
SUJEITO ATIVO 
DETERMINADO
SUJEITO 
PASSIVO 
DETERMINADO
DIREITO DAS 
COISAS
SUJEITO ATIVO 
DETERMINADO
SUJEITO 
PASSIVO 
UNIVERSAL 
DIREITO DAS COISAS
 NOMENCLATURA:
DIREITO DAS COISAS 
X 
DIREITOS REAIS
O código civil brasileiro 
adota a nomenclatura 
direito das coisas, pois 
divide o estudo da matéria 
em direitos reais e posse.
DIREITO DAS 
COISAS
DIREITOS 
REAIS
POSSE
DIREITO DAS COISAS
DIREITO DAS COISAS
 A diferenciação apresentada se fundamenta na 
discussão à respeito da natureza jurídica da posse:
POSSE É OU NÃO É UM DIREITO REAL? 
 A doutrina majoritária entende que a posse é um 
DIREITO REAL e, portanto não há que se fazer a 
distinção proposta pelo Código.
DIREITOS REAIS PROPRIAMENTE DITOS:
Art. 1.225 do Código Civil
•I – Propriedade
•II- Superfície
•III – Servidões
•IV – Usufruto
•V – Uso
•VI – Habitação
•VII – O Direito do Promitente Comprador do Imóvel
•VIII – Penhor
•IX – Hipoteca
•X – Anticrese
•XI – Concessão de Uso Especial
•XII – Concessão de Direito Real de Uso
•XIII - Laje
DIREITO DAS COISAS
TEORIA SUBJETIVA
 Proposta pro SAVIGNY.
 Posse se constitui 
mediante a presença de 
dois elementos: corpus
e animus domni.
 Nunca foi positivada no 
direito brasileiro.
TEORIA OBJETIVA
 Proposta por IHERING.
 Posse se constitui 
mediante a presença de 
dois elementos: corpus
e affectio tenendi.
 É a teoria adotada pelo 
código brasileiro.
POSSE
 Verifica-se a partir das teorias a respeito da posse 
que a proteção jurídica do referido instituto tem 
como razão de ser a própria proteção da 
PROPRIEDADE.
POSSUIDOR
Código Civil Brasileiro
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que 
tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos 
poderes inerentes à propriedade.
POSSE
P
R
O
P
R
IE
T
Á
R
IO
Gozar / Fruir
Reaver
Usar
Dispor
PROPRIETÁRIO
Art. 1.228. O 
proprietário tem a 
faculdade de usar, 
gozar e dispor da coisa, 
e o direito de reavê-la 
do poder de quem quer 
que injustamente a 
possua ou detenha.
PODERES DA PROPRIEDADE
 Dentre os poderes inerentes à 
PROPRIEDADES apenas o poder de dispor 
e de reaver não pode ser transferido.
 O direito de propriedade é caracterizado 
como o mais plenos dos direitos reais e 
diante dos inúmeros poderes que lhe são 
inerentes é caracterizado um direito 
ELÁSTICO.
PODERES DA PROPRIEDADE
 O proprietário será 
sempre um 
possuidor, pois 
sempre disporá de 
ao menos dois 
poderes inerentes à 
propriedade.
POSSE
Ius
Possidendi
Possuidor 
Proprietário
Ius
Possessionis
Possuidor 
NÃO 
Proprietário
POSSUIDOR
 CONCEITO:
É a exteriorização da propriedade.
AÇÕES POSSESSÓRIAS
INTERDITO 
PROIBITÓRIO
Ameaça Iminente 
de Turbação ou 
Esbulho da Posse
MANUTENÇÃO DA 
POSSE
Turbação da 
Posse
REINTEGRAÇÃO 
DA POSSE
Esbulho da Posse
POSSE
 CONCEITO:
Posse simultânea de 
duas ou mais pessoas 
sobre um mesmo bem 
indivisível.
 EXEMPLO:
Senhor viúvo proprietário 
de uma casa de praia e 
pai de 3 (três) filhos, ao 
falecer os filhos se 
traduzem coproprietários 
e copossuidores da 
respectiva casa de praia.
AÇÕES 
POSSESSÓRIAS
COPOSSUIDOR NA 
POSSE DIRETA
Não cabe ação 
possessória dos 
copossuidores
indiretos contra 
copossuidor direto.
SEM POSSE DIREITA
Cabe a propositura 
de ação possessória 
para cada um dos 
copossuidores.
COMPOSSE
É ADMITIDA A USUCAPIÃO POR UM 
COPOSSUIDOR DA PARCELA PERTENCENTE 
A OUTRO COPOSSUIDOR?
ATENÇÃO:
Uma vez reconhecida a posse sobre o bem 
se operam todos os efeitos que lhe são 
inerentes, inclusive a USUCAPIÃO.
COMPOSSE
INDEPENDENTEMENTE DA CORRENTE DOUTRINÁRIA A 
QUAL VOCÊ SE FILIAR, A QUE ADMITE SER A POSSE 
COMO UM DIREITO OU QUE A PREVÊ A POSSE COMO 
FATO SOCIAL RELEVENTE, É COMUM A TODOS QUE A 
POSSE PRODUZ EFEITOS JURÍDICOS.
 EFEITOS JURÍDICOS DA POSSE:
 Legitimidade para propositura de ações possessórias.
 Indenização pela benfeitorias realizada no bem.
 Usucapião
POSSE
 NATUREZA JURÍDICA: 
É incontestavelmente uma situação de fato que não 
produz nenhum efeito jurídico.
TEORIAS SOBRE A POSSE
SAVIGNY
POSSE
CORPUS + ANIMUS 
DOMNI
DETENÇÃO
CORPUS
IHERING
POSSE
CORPUS + 
AFFECTIO TENENDI
DETENÇÃO
DEFINIDA NA LEI
DETENÇÃO
 HIPÓTESES:
Art. 1.198 do Código Civil Brasileiro.
Considera-se detentor aquele que, 
achando-se em relação de 
dependência para com outro, 
conserva a posse em nome deste e 
em cumprimento de ordens ou 
instruções suas.
DETENÇÃO
 1ª HIPOTÉSE DE DETENÇÃO: 
Também denominado de serviçal da posse ou 
fâmulo da posse, se caracteriza pela relação de 
subordinação, no qual o detentor conserva a 
coisa em nome de outrem.
 Exemplo: Caseiro, carteiro, porteiro, 
motorista, policial e o uso de arma funcional.
DETENÇÃO
Art. 1.208 do Código Civil Brasileiro.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos 
de mera permissão ou tolerância assim 
como não autorizam a sua aquisição os 
atos violentos, ou clandestinos, senão 
depois de cessar a violência ou a 
clandestinidade.
DETENÇÃO
 2ª HIPOTÉSE DE DETENÇÃO: 
A autorização ou permissão de contato com o 
bem não se caracteriza posse e sim detenção.
 Exemplo: Autorização para estadia em casa 
de praia. Realização de jantar em casa com 
convidados. Carro emprestado a 
colega/familiar.
DETENÇÃO
Art. 1.198 do Código Civil Brasileiro.
Parágrafo único. Aquele que começou a 
comportar-se do modo como prescreve este 
artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, 
presume-se detentor, até que prove o contrário.
 Enunciado nº 301 da CJF.
É possível a conversão da detenção em posse, 
desde que rompida a subordinação, na hipótese 
de exercício em nome próprio dos atos 
possessórios.
TRANSFORMAÇÃO DA 
DETENÇÃO EM POSSE
QUAL A DEFESA QUE O 
DETENTOR FAZ JUS AO 
SER DEMANDADO EM 
AÇÃO NA QUAL O 
DEMANDANTE TEM 
DIREITO EM FACE DO 
POSSUIDOR?
D
E
T
E
N
Ç
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O
NOMEAÇÃO À AUTORIA
(Código de Processo Civil de 1973)
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE 
PASSIVA COM INDICAÇÃO CORRETA DO 
RÉU SEMPRE QUE TIVER 
CONHECIMENTO SOBRE ESSE.
(Código de Processo Civil de 2015)
DETENÇÃO
COMO REGRA A 
DETENÇÃO NÃO PRODUZ 
NENHUM EFEITO 
JURÍDICO, SENDO ESSA A 
CARACTERISTÍCA QUE A 
DIFERENCIA DO INSTITUTO 
DA POSSE, HÁ ALGUMA 
EXCEÇÃO A ESSA REGRA?
D
E
T
E
N
Ç
Ã
O
Art. 1.210 do Código Civil Brasileiro.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido 
na posse em caso de turbação,restituído no de 
esbulho, e segurado de violência iminente, se 
tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá 
manter-se ou restituir-se por sua própria força, 
contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de 
desforço, não podem ir além do indispensável à 
manutenção, ou restituição da posse.
DETENÇÃO
DESFORÇO IMEDIATO:
Uso da força para evitar ou resguardar a prática 
por terceiros de atos violentos contra a coisa.
ATENÇÃO:
O uso da força deve ser feito de forma 
moderada, ou seja sob o crivo da 
proporcionalidade sob pena de 
responsabilização civil ou penal.
DETENÇÃO
Art. 1.210 do Código Civil 
Brasileiro.
Art. 1.197. A posse direta, 
de pessoa que tem a coisa 
em seu poder, 
temporariamente, em 
virtude de direito pessoal, 
ou real, não anula a 
indireta, de quem aquela 
foi havida, podendo o 
possuidor direto defender a 
sua posse contra o indireto.
POSSE
DIRETA
Posse 
temporária da 
coisa decorrente 
de um direito 
real ou pessoal.
INDIRETA
Proprietário da 
coisa.
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
Enunciado nº 76 do CFJ.
O possuidor direto tem direito de defender a sua 
posse contra o indireto, e este, contra aquele 
(art. 1.197, in fine, do novo Código Civil).
Ao possuidor direito bem como ao possuidor 
indireto é garantida a legitimidade para a 
propositura das ações possessórias.
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
P
O
S
S
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A
 X
 P
O
S
S
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 I
N
D
IR
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T
A
JÁ SE SABE QUE HÁ 
LEGITIMIDADE TANTO PARA 
O POSSUIDOR DIREITO 
COMO PARA O INDERETO 
PARA A PROPOSITURA DE 
AÇÃO POSSESSESSÓRIA, 
ENTRETANTO SERÁ 
SEMPRE ESSA A AÇÃO 
CABÍVEL?
ATENÇÃO
Será cabível a propositura de ação 
possessória para a defesa do direito à 
posse (proprietário) sempre que não 
existente ação própria e, portanto 
especial com tal finalidade.
Exemplo: Ação de Despejo
Lei nº 8.245 – Lei de Locação
POSSE DIRETA X POSSE INDIRETA
POSSE JUSTA X POSSE INJUSTA
Art. 1.200 do Código Civil Brasileiro
É justa a posse que não for violenta, 
clandestina ou precária.
VÍCIOS OBJETIVOS DA POSSE
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
P
O
S
S
E
JUSTA
Sem violência, 
clandestinidade e 
sem precariedade. 
INJUSTA
VIOLENTA
Adquirida mediante 
força.
CLANDESTINA
Adquirida na 
obscuridade.
PRECÁRIA
Decorre de um abuso 
de confiança.
POSSE JUSTA X POSSE INJUSTA
 Art. 1.208 do Código Civil Brasileiro
Não induzem posse os atos de mera permissão ou 
tolerância assim como não autorizam a sua 
aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão 
depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
ATENÇÃO:
OS VÍCIOS DA POSSE PROVENIENTES DA VIOLÊNCIA 
OU CLANDESTINIDADE PODEM SER SANADOS.
A POSSE INJUSTA NÃO PRODUZ EFEITOS JURÍDICOS .
POSSE JUSTA X POSSE INJUSTA
POSSE DE BOA-FÉ X POSSE DE MÁ-FE
 Art. 1.201 do Código Civil
É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o 
vício, ou o obstáculo que impede a aquisição 
da coisa.
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
POSSE
BOA-FÉ
Desconhece obstáculo para a 
permanência na posse do 
bem.
MÁ-FÉ
Tem conhecimento de 
obstáculo para a permanência 
na posse do bem.
A CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
EM JUSTA E INJUSTA TEM COMO 
CONSECTÁRIO A DEFINIÇÃO DA 
PRODUÇÃO DE EFEITOS 
JURÍDICOS. EM RELAÇÃO A 
CLASSIFICAÇÃO EM POSSE DE 
BOA-FÉ E POSSE DE MÁ-FÉ 
APLICA-SE O MESMO?
P
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B
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A
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 X
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É
ATENÇÃO
Tanto a posse de má-fé quanto à posse de 
boa-fé produzem efeitos jurídicos, ou seja 
o tempo no seu exercício tem como 
consequência, por exemplo, o cômputo 
para fins de USUCAPIÃO, a legitimidade 
para a propositura de AÇÕES 
POSSESSÓRIAS.
POSSE DE BOA-FÉ X POSSE DE MÁ-FE
 Art. 1.214 do Código Civil.
O possuidor de boa-fé tem direito, 
enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
FRUTOS PERCEBIDOS: são os frutos que já 
foram destacados do bem principal.
NÃO GERA O DIREITO DE INDENIZAR.
POSSE DE BOA-FÉ
 Art. 1.216 do Código Civil.
O possuidor de má-fé responde por todos 
os frutos colhidos e percebidos, bem 
como pelos que, por culpa sua, deixou de 
perceber, desde o momento em que se 
constituiu de má-fé.
DEVER DE INDENIZAR O PROPRIETÁRIO.
POSSE DE MÁ-FÉ
 Art. 1.217 do Código Civil.
O possuidor de boa-fé não responde pela 
perda ou deterioração da coisa, a que não 
der causa.
NÃO GERA DIREITO A INDENIZAÇÃO.
POSSE DE BOA-FÉ
 Art. 1.218 do Código Civil.
O possuidor de má-fé responde pela 
perda, ou deterioração da coisa, ainda 
que acidentais, salvo se provar que de 
igual modo se teriam dado, estando ela 
na posse do reivindicante.
GERA DIREITO A INDENIZAÇÃO.
POSSE DE MÁ-FÉ
 Art. 1.219 do Código Civil.
O possuidor de boa-fé tem direito à indenização 
das benfeitorias necessárias e úteis, bem 
como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem 
pagas, a levantá-las, quando o puder sem 
detrimento da coisa, e poderá exercer o direito 
de retenção pelo valor das benfeitorias 
necessárias e úteis.
POSSE DE BOA-FÉ
 Art. 1.220 do Código Civil.
Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas 
somente as benfeitorias necessárias; não lhe 
assiste o direito de retenção pela importância 
destas, nem o de levantar as voluptuárias.
POSSE DE MÁ-FÉ
 Art. 1.205 do Código Civil.
A posse pode ser adquirida:
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu 
representante;
II - por terceiro sem mandato, dependendo de 
ratificação.
 Art. 1.206 do Código Civil.
A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do 
possuidor com os mesmos caracteres.
AQUISIÇÃO E TRANSMISSÃO DA POSSE
QUESTÃO 01
(CONSULPLAN / 2017) Sobre o tratamento que o Código
Civil dá à Posse e sua Classificação, analise as
afirmativas a seguir.
I. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu
poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal,
ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o
indireto.
II. Considera-se detentor aquele que, achando-se em
relação de dependência para com outro, conserva a posse
em nome deste e em cumprimento de ordens ou
instruções suas.
III. É justa a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o
obstáculo que impede a aquisição da coisa.
IV. É de boa-fé a posse que não for violenta, clandestina
ou precária.
QUESTÃO 01
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e IV.
QUESTÃO 02
Sobre a aquisição da posse, assinale a alternativa INCORRETA.
A) A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do
possuidor com os mesmos caracteres.
B) Induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância
assim como autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou
clandestinos.
C) Adquire-se a posse desde o momento em que se torna
possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes
inerentes à propriedade.
D) Posse pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende
ou por seu representante; por terceiro sem mandato,
dependendo de ratificação.
DIREITOS REAIS
Laís Ramos Barboza
Advogada OAB/AL nº 12.731
Bacharel em Dire i to pela Universidade Federal de Alagoas
Especial ista em Dire ito Const i tucional Apl icado pelo 
Complexo Educacional Damásio
Mestranda em Dire ito Públ ico pela Universidade Federal 
de Alagoas
la isramos.adv@gmail .com
DIREITOS REAIS
DIREITOS REAIS PROPRIAMENTE DITOS:
Art. 1.225 do Código Civil
•I – Propriedade
•II- Superfície
•III – Servidões
•IV – Usufruto
•V – Uso
•VI – Habitação
•VII – O Direito do Promitente Comprador do Imóvel
•VIII – Penhor
•IX – Hipoteca
•X – Anticrese
•XI – Concessão de Uso Especial
•XII – Concessão de Direito Real de Uso
•XIII - Laje
ATENÇÃO: O rol disposto no art. 1225 do CC/02 é TAXATIVO.
 CONCEITO:
É um direito real pleno, exclusivo, elástico 
e perpetuo formado por um conjunto de 
poderes, denominado de dominiais, sendo 
eles GOZAR, REAVER, USAR e DISPOR.
(Prof. Rafael da Mota Mendonça)
PROPRIEDADE
 CARACTERÍSTICAS:
1. DIREITO REAL:
- É oponível erga omnes , 
ou seja, todos tem o 
deverde abstenção.
- Produz efeitos jurídicos, 
qual seja o direito de 
sequela sobre o bem. 
 CARACTERÍSTICAS:
2. PLENO:
- O seu titular pode exercê-
lo conforme melhor 
entender.
- OBS: O desenvolvimento 
do Estado Democrático 
de Direito tem traçados 
meios de limitação ao 
exercício do direito de 
propriedade.
(Exemplo: Direito de Vizinhança)
PROPRIEDADE
 CARACTERÍSTICAS :
3. EXCLUSIVO:
Em regra a titularidade diz 
respeito à um único 
indivíduo.
Como exceção o 
ordenamento jurídico 
permite a copropriedade, 
inclusive sobre bem 
indivisível.
 CARACTERÍSTICAS:
4. ELÁSTICO:
O proprietário pode dispor 
dos poderes dominiais 
inerentes ao direito de 
propriedade.
É com fundamento nessa 
característica que subsiste 
direitos reais sobre coisa 
alheia.
(Usar, gozar ou usufruir).
PROPRIEDADE
 CARACTERÍSTICAS:
5. PODERES DOMINIAIS:
G ozar / Fruir
R eaver
U sar
D ispor
 CARACTERÍSTICAS:
6. PERPÉTUO:
O não uso do bem não 
afasta o direito de 
propriedade sobre ele.
- OBS: Não confundir a 
perpetuidade do direito 
de propriedade com 
usucapião.
PROPRIEDADE
F
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IMÓVEL
Usucapião
Acessão
Registro
MÓVEL
Usucapião
Ocupação
Tradição
Confusão
Achado do 
Tesouro
Especificação
PROPRIEDADE
Laís Ramos Barboza
Advogada OAB/AL nº 12.731
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Alagoas
Especial ista em Direito Constitucional Aplicado pelo 
Complexo Educacional Damásio
Mestranda em Direito Público pela Universidade Federal de 
Alagoas
laisramos.adv@gmail .com
PROPRIEDADE:
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE IMÓVEL
 CONCEITO:
Qualquer tipo de bem que esteja ligado ao solo, quer
seja por força da natureza ou em função da conduta
humana.
 CLASSIFICAÇÃO:
Natural: decorrente de força da natureza. Ex: árvore.
Artificial: decorre da atividade humana. Ex: poste, casa.
ACESSÃO
 MODALIDADES: Art. 1248 do CC/02.
Art. 1.248. A acessão pode dar -se:
I - por formação de ilhas;
II - por aluvião;
III - por avulsão;
IV - por abandono de álveo;
V - por plantações ou construções.
Obs: A maior parte das modalidades de acessões são 
decorrentes da força da natureza.
ACESSÃO
 DA ACESSÃO POR FORMAÇÃO DE ILHA:
Por força da natureza um aglomerado / acúmulo de 
terra forma uma ilha.
 Fundamento legal:
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes 
comuns ou particulares pertencem aos proprietários 
ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
ACESSÃO
 Hipóteses de divisão:
Ilha centralizada no curso do rio:
I - as que se formarem no meio do rio 
consideram-se acréscimos sobrevindos aos 
terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as 
margens, na proporção de suas testadas, até a 
linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
ACESSÃO POR FORMAÇÃO DE ILHA
Ilha entre a margem e a linha de testada:
II - as que se formarem entre a referida linha e uma 
das margens consideram-se acréscimos aos terrenos 
ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
Ilha formada mediante divisão do curso do rio:
III - as que se formarem pelo desdobramento de um 
novo braço do rio continuam a pertencer aos 
proprietários dos terrenos à custa dos quais se 
constituíram.
ACESSÃO POR FORMAÇÃO DE ILHA
 CONCEITO:
Forma clássica de aquisição da propriedade imóvel por
acessão, decorrente de acréscimo depositado força da
natureza.
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e
imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais
ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio
das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos
marginais, sem indenização.
ACESSÃO POR ALUVIÃO
 CONCEITO:
Se constitui em um pedaço de terra que se destaca do
terreno vizinho e gera acréscimo na propriedade,
decorrente de força natural violenta.
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma
porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a
outro, o dono deste adquirirá a propriedade do
acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem
indenização, se, em um ano, ninguém houver
reclamado.
ACESSÃO POR AVULSÃO
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de
indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção
de terra deverá aquiescer a que se remova a parte
acrescida.
OBS: Tal regramento decorre na vedação ao
enriquecimento sem causa, de modo que se constitui
uma medida coercitiva do pagamento de indenização
correspondente ao acréscimo auferido.
 Percebe-se, portanto que na avulsão alguém ganha 
algo em detrimento de outrem que o perdeu.
ACESSÃO POR AVULSÃO
 CONCEITO: Formação de terra decorrente do
desvio do curso de um rio.
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente 
pertence aos proprietários ribeirinhos das duas 
margens, sem que tenham indenização os donos 
dos terrenos por onde as águas abrirem novo 
curso, entendendo-se que os prédios marginais se 
estendem até o meio do álveo.
ACESSÃO POR ÁLVEO ABANDONADO
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente
em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à
sua custa, até que se prove o contrário.
Obs: Presunção JURIS TANTUM de aquisição da
propriedade imóvel.
- Essa presunção é relativa, ou seja, admite prova em
sentido contrário.
ACESSÃO POR PLANTAÇÃO OU 
CONSTRUÇÃO
 TEORIA DA ACESSÃO INVERTIDA:
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em
terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as
sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-
fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação
exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele
que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a
propriedade do solo, mediante pagamento da
indenização fixada judicialmente, se não houver
acordo.
ACESSÃO POR PLANTAÇÃO OU 
CONSTRUÇÃO
 Fórmula clássica de aquisição da propriedade imóvel.
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade
mediante o registro do título translativo no Registro de
Imóveis.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o
alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
REGISTRO DO TÍTULO
Obs: Não é a compra e venda que transfere a 
propriedade, ela apenas confere ao adquirente o direito 
de aquisição da propriedade.
Obs: A compra e venda é um contrato bilateral que 
estabelece obrigações para ambas as partes, sendo 
obrigação do alienante a transferência da propriedade 
da coisa.
 MELHORAMENTO DA PROPRIEDADE:
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa,
com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais
poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir,
poderá o devedor resolver a obrigação.
REGISTRO DO TÍTULO
 RISCO DA NÃO TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da
coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por
conta
 PRODUÇÃO DE EFEITOS DO REGISTRO:
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em
que se apresentar o título ao oficial do registro, e este
o prenotar no protocolo.
REGISTRO DO TÍTULO
 CONCEITO:
Modo originário de aquisição da 
propriedade imóvel, móvel ou 
de outros direitos reais, 
decorrente de um posse 
qualificada.
 POSSE QUALIFICADA 
(AD USOCAPIONEM) :
Mansa e pacífica, ininterrupta, 
sobre período de tempo 
definido em lei, exercida sobre 
bem usucapível e com o ânimo 
de se constituir proprietário.
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POSSE MANSA E 
PACÍFICA
ININTERRUPTA
PRAZO DEFINIFO 
EM LEI
BEM USUCAPÍVEL
ANIMUS DOMNI
USUCAPIÃO
 MANSA E PACÍFICA:
É aquela exercida sem 
oposição, ou seja a 
propositura de ação 
possessória 
descaracteriza a posse 
mansa e pacífica.
 ININTERRUPTA:
Exercida continuamente 
pelo possuidor.
 PRAZO LEGAL:
A legislação nas 
diversas hipóteses de 
usucapião determina o 
período de posse. 
USUCAPIÃO
 BEM USUCAPÍVEL:
Bem passível de ser 
usucapido.
ATENÇÃO
Art. 102. Os bens 
públicos não estãosujeitos a usucapião.
 ANIMUS DOMNI:
Dispor do ânimo de ser 
proprietário do bem.
OBSERVAÇÃO:
Esse requisito se 
constitui no resquício 
da Teoria Subjetiva da 
posse existente no 
Código Civil. 
USUCAPIÃO
Os vícios objetivos e 
subjetivos pretéritos 
sobre a posse são 
extintos à partir da 
usucapião.
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A usucapião pode se 
constituir na aquisição do 
direito de propriedade, 
mas também de outros 
direitos reais como o 
usufruto, a servidão e o 
uso especial para fins de 
moradia.
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A sentença que 
reconhece a usucapião 
sobre bem imóvel tem 
natureza declaratória, na 
medida em que apenas 
reconhece um situação 
que já se consolidou.
 USUCAPIÃO EXTRORDINÁRIA:
Fundamento Legal: Art. 1238 do Código Civil.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem 
interrupção, nem oposição, possuir como seu um 
imóvel, adquire-lhe a propriedade, 
independentemente de título e boa-fé; podendo 
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a 
qual servirá de título para o registro no Cartório de 
Registro de Imóveis.
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA
 Dispensa a verificação da boa-fé sobre a posse, haja 
vista dispor como único requisito o prazo de 15 anos 
de posse mansa, pacífica e ininterrupta.
REDUÇÃO DO PRAZO PARA POSSE
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA SOCIAL
Art. 1238 do Código Civil, parágrafo único.
 Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo 
reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver 
estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou 
nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA
 USUCAPIÃO ORDINÁRIA:
Fundamento Legal: Art. 1242 do Código Civil.
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do 
imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, 
com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
 Imprescindível a existência de JUSTO TÍTULO
Título capaz de induzir / gerar a propriedade sobre o bem.
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
VÍCIOS DO TÍTULO NO PLANO DA EXISTÊNCIA
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO 
NEGÓCIO JURÍDICO
PARTES
OBJETO
CONSENTIMENTO
FORMA
ATENÇÃO:
Na hipótese de vício no 
plano da existência o 
título não se caracteriza 
como justo título para fim 
de usucapião ordinária.
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
ATENÇÃO:
O vício no plano da 
validade sobre o título se 
constitui hipótese de 
justo título previsto para 
propositura de 
USUCAPIÃO ORDINÁRIA.
VÍCIOS DO TÍTULO NO PLANO DA VALIDADE
REGULARIDADE DOS 
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO 
NEGÓCIO JURÍDICO
CAPACIDADE DAS PARTES
OBJETO LÍCITO, POSSÍVEL, 
DETERMINADO OU 
DETERMINÁVEL
FORMA PRESCRITA EM LEI 
OU NÃO VEDADA POR ESTA
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
ATENÇÃO:
O vício no plano da 
eficácia sobre o título se 
constitui hipótese de 
justo título previsto para 
propositura de 
USUCAPIÃO ORDINÁRIA.
VÍCIOS DO TÍTULO NO PLANO DA EFICÁCIA
CONTRATO DE COMPRA E VENDA 
REALIZADO POR QUEM NÃO É 
PROPRIETÁRIO.
FILHO QUE VENDE IMÓVEL 
PERTENCENTE AO PAI
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
O JUSTO TÍTULO 
considerado para fins de 
USUCAPIÃO ORDINÁRIA 
é aquele capaz de gerar 
propriedade mas que por 
alguma razão não o fez, 
pois dispõe de um vício 
no plano da VALIDADE 
ou da EFICÁCIA.
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 Além do JUSTO TÍTULO requer como requisito a BOA -FÉ, 
ou seja, a ignorância / desconhecimento sobre o vício no 
plano da validade ou da eficácia do título que induziu a 
propriedade.
REDUÇÃO DO PRAZO PARA USUCAPIÃO ORDINÁRIA
Art. 1242 do Código Civil, parágrafo único.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste 
artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, 
com base no registro constante do respectivo cartório, 
cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele 
tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado 
investimentos de interesse social e econômico.
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
 REQUISITOS:
1. AQUISIÇÃO ONEROSA: 
É aquisição que se dá 
pela compra e venda ou 
dação em pagamento.
2. POSSE SOCIAL:
Utilizada para o trabalho 
ou para fins de moradia.
3. TÍTULO REGISTRADO
O título chegou a ser 
registrado todavia o 
registro foi cancelado 
posteriormente.
OBS: O tempo de registro 
é computado para fins de 
usucapião.
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
 USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL:
Fundamento Constitucional: Art. 191 da CF.
Fundamento Legal: Art. 1239 do CC.
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de 
imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco 
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em 
zona rural não superior a cinqüenta hectares, 
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua 
família, tendo nela sua moradia, adquirir -lhe-á a 
propriedade.
USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL
 REQUISITOS:
1. NÃO POSSUIR 
PROPRIEDADE 
IMÓVEL.
➢ Não ser proprietário 
de outro imóvel quer 
seja rural ou urbano.
➢ Finalidade social.
2. ARÉA EM ZONA 
RURAL DE ATÉ 50 
HECTARES.
3. POSSE SOCIAL.
4. PRAZO DE 5 ANOS.
USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL
 O QUE É AREA RURAL?
Toda a área que NÃO estiver definida como área 
urbana.
(Definição em caráter residual)
 O QUE É AREA URBANA?
Sua definição se encontra ampara em lei municipal 
elaborada com essa finalidade. 
Nos municípios cujo número de habitantes seja 
superior à 20.000 mil habitantes denomina-se a 
referida lei de Plano Diretor.
USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL
 USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA:
Fundamento Constitucional: Art. 183 da CF.
Fundamento Legal: Art. 1240 do CC.
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área 
urbana de até duzentos e cinqüenta metros 
quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem 
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua 
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja 
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL
2. PARA FINS DE MORADIA.
3. NÃO POSSUIR 
PROPRIEDADE IMÓVEL.
➢ Não ser proprietário de 
outro imóvel quer seja 
rural ou urbano.
➢ Finalidade social.
 REQUISITOS:
1. ÁREA URBANA DE ATÉ 
250m².
➢ O requisito espacial se 
refere a terreno, o que não 
impede que no caso de 
parcelas autônomas seja 
usucapida área superior.
USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA
 USUCAPIÃO POR ABANDONO DO LAR:
Fundamento Legal: Art. 1240-A do CC.
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos 
ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com 
exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² 
(duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja 
propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro
que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou 
de sua família, adquirir -lhe-á o domínio integral, desde 
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou 
rural.
USUCAPIÃO POR ABANDONO DO LAR
USUCAPIÃO POR ABANDONO DO LAR
 REQUISITOS:
1. ÁREA URBANA DE ATÉ 
250m².
➢ O requisito espacial se 
refere ao imóvel como 
um todo.
2. PARA FINS DE MORADIA.
3. NÃO POSSUIR 
PROPRIEDADE IMÓVEL.
➢ Não ser proprietário de 
outro imóvel quer seja 
rural ou urbano.
➢ Finalidade social.
USUCAPIÃO ESPECIAL COLETIVA URBANA
 USUCAPIÃO ESPECIAL COLETIVA URBANA:
Fundamento Legal: Art. 10 do Estatuto da Cidades
(Lei nº 10.257)
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem 
oposição há mais de cinco anos e cuja área total 
dividida pelo número de possuidores seja inferior a 
duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor 
são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, 
desde que os possuidores não sejam proprietários de 
outro imóvel urbano ou rural.
2. NÃO POSSUIR 
PROPRIEDADE IMÓVEL.
➢ Não ser proprietário de 
outro imóvel quer seja 
rural ou urbano.
➢ Finalidade social.
USUCAPIÃO ESPECIAL COLETIVA URBANA
 REQUISITOS:
1. ÁREA TOTAL 
INDIVIDUAL DE ATÉ 
250m².
➢ O requisito espacial se 
refere ao imóvel como 
um todo individualizado 
por possuidor.
TRANSMISSÃO DA POSSE
ENTRE VIVOS
Negócio Jurídico
Accessio Possessionis
CAUSA MORTE
Sucessão Hereditária
Sucessio Possessionis
TRANSMISSÃO DA POSSE NA USUCAPIÃO
Art. 1.207. O sucessor universal continua dedireito a posse do seu antecessor; e ao sucessor 
singular é facultado unir sua posse à do 
antecessor, para os efeitos legais.
ATENÇÃO
A transferência da posse ocorre mediante a 
permanência dos mesmos caracteres, assim 
como o tempo de exercício dessa, o qual se 
transfere também ao novo possuidor.
TRANSMISSÃO DA POSSE NA USUCAPIÃO
 Fundamento Legal: Art. 1.243 do CC.
Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de 
contar o tempo exigido pelos artigos 
antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus 
antecessores (art. 1.207), contanto que todas 
sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 
1.242, com justo título e de boa-fé.
TRANSMISSÃO DA POSSE NA USUCAPIÃO
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1207
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1242
A USUCAPIÃO SE 
CARACTERIZA UMA HIPÓTESE 
DE PRESCRIÇÃO AQUISITIVA, 
QUAL SEJA O TRANSCURSO 
DO TEMPO CULMINA NA 
AQUISIÇÃO DE UM DIREITO.
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Laís Ramos Barboza
Advogada OAB/AL nº 12.731
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Alagoas
Especial ista em Direito Constitucional Aplicado pelo 
Complexo Educacional Damásio
Mestranda em Direito Público pela Universidade Federal de 
Alagoas
laisramos.adv@gmail .com
PROPRIEDADE:
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
 USUCAPIÃO
 Fundamento Legal:
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, 
contínua e incontestadamente durante três anos, com 
justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por 
cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de 
título ou boa-fé.
➢ COM JUSTO TÍTULO: 3 ANOS
➢ SEM JUSTO TÍTULO 5 ANOS
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
 OCUPAÇÃO:
 FUNDAMENTO LEGAL
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono 
para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa 
ocupação defesa por lei.
➢ A aquisição da posse por ocupação também pode
recair sobre bens imóveis. Todavia a aquisição da
propriedade por ocupação, somente para bens
móveis.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
➢ Gera a aquisição do bem móvel independentemente
do ato volitivo do possuidor, de modo que a simples
ocupação já o denomina proprietário. (Ex: concha
colhida durante caminhada na praia.)
▪ DO ACHADO DO TESOURO:
▪ FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, 
oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido 
por igual entre o proprietário do prédio e o que achar 
o tesouro casualmente.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao
proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em
pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
Obs: O terceiro não autorizado não tem direito à 
aquisição do tesouro encontrado em propriedade alheia.
 TRADIÇÃO
➢ Forma clássica de aquisição da propriedade móvel,
assim como o é o registro para a aquisição da
propriedade imóvel.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos
negócios jurídicos antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o
transmitente continua a possuir pelo constituto possessório;
quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa,
que se encontra em poder de terceiro; ou quando o
adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio
jurídico.
➢ Constituto possessório = Cláusula contratual. Tem o condão
de transmutar o possuidor pleno em mero possuidor direto.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
➢ Direito à restituição da coisa. (Ex: Retrovenda =
Direito de compra no mesmo valor).
Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a
tradição não aliena a propriedade, exceto se a coisa,
oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento
comercial, for transferida em circunstâncias tais que,
ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o
alienante se afigurar dono.
Obs: A tradição em regra não irá transferir a 
propriedade de bem móvel quando procedida por quem 
não é proprietário.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
§ 1º Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante
adquirir depois a propriedade, considera-se realizada a
transferência desde o momento em que ocorreu a
tradição.
➢ Hipótese em que o alienante se constitui
posteriormente proprietário.
Exemplo: Alienação procedida por filho em detrimento do 
carro pertencente ao seu pai, cujo falecimento ocorrido 
posteriormente o constitui proprietário decorrente do 
direito de herança.
Obs: Efeito ex tunc = Retroage para a data da tradição.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
 ESPECIFICAÇÃO:
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em
parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário,
se não se puder restituir à forma anterior.
 DA CONFUSÃO:
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos,
confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o
consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo
possível separá-las sem deterioração.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
 § 1º Não sendo possível a separação das coisas, ou
exigindo dispêndio excessivo, subsiste indiviso o
todo, cabendo a cada um dos donos quinhão
proporcional ao valor da coisa com que entrou para a
mistura ou agregado.
➢ Divisão em partes iguais.
 § 2º Se uma das coisas puder considerar-se principal,
o dono sê-lo-á do todo, indenizando os outros.
➢ Regra de que o acessório, segue o principal.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA 
PROPRIEDADE MÓVEL
Laís Ramos Barboza
Advogada OAB/AL nº 12.731
Bacharel em Direito pela Universidade Federal 
de Alagoas
Especialista em Direito Constitucional Aplicado 
pelo Complexo Educacional Damásio
Mestranda em Direito Público pela Universidade 
Federal de Alagoas
laisramos.adv@gmail.com
PROPRIEDADE:
FORMAS DE PERDA DA 
PROPRIEDADE
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se
a propriedade :
I - por alienação;
II - pela renúncia;
III - por abandono;
IV - por perecimento da coisa;
V - por desapropriação.
➢ Rol exemplificativo, de modo que podem existir no Código
Civil outras hipóteses de perda da propriedade.
Exemplo: Casamento sob o regime de comunhão universal 
Usucapião
FORMAS DE PERDA DA PROPRIEDADE
 ALIENAÇÃO:
➢ Trata-se de ato bilateral, ou seja que depende de acordo entre
os interessados, o qual se transmite um de direito real.
➢ Em algumas hipóteses depende de ato formal para sua
convalidação:
Bem imóvel superior a 30 (trinta) salários mínimos requer que a 
alienação seja feita por escritura pública.
➢ Em se tratando de bem móvel depende da tradição e se
tratando de bem imóvel depende do registro.
➢ É uma transmissão do direito de propriedade, que pode ser
procedida a título oneroso (compra e venda) ou a título
gratuito (doação).
FORMAS DE PERDA DA PROPRIEDADE
 RENÚNCIA:
Ato jurídico pelo qual alguém abandona um direito sem 
atribuir-lhe a outrem, caracterizado como unilateral pois 
não depende da aceitação do outro para que se opere.
➢ Irrevogável e Solene: depende de manifestação expressa.
Art. 1275 do CC:
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da
perda da propriedade imóvel serão subordinados ao
registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no
Registro de Imóveis.
FORMAS DE PERDA DA PROPRIEDADE
 ABANDONO:
Ato material, no qual o proprietário se desfaz da coisa 
por não querer mais ser o seu dono.
➢ Não se perfaz um ato expresso, por isso deve resultar 
de atos concretos exteriores que evidenciem não mais 
ser o sujeito dono da coisa.
Obs: O simples desuso não pode configurar a perda 
propriedade sobre o bem, de modo que o abandono 
deve restar demonstrado.
FORMAS DE PERDA DA PROPRIEDADE
 FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar,
com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio,e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à
propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se
achar nas respectivas circunscrições.
§ 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas
mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem
vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União,
onde quer que ele se localize.
FORMAS DE PERDA DA PROPRIEDADE
§ 2o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se
refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar
o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
➢ Se configura em uma hipótese de perda da propriedade
decorrente do não pagamento de tributos.
➢ Discute-se a constitucionalidade do referido artigo pela
hipótese de configuração de confisco.
Art. 5º da CF:
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens 
sem o devido processo legal; 
FORMAS DE PERDA DA PROPRIEDADE
 PERECIMENTO DA COISA:
Com a perda do objeto, tem-se também por extinto o direito de 
propriedade que lhe recai.
 DESAPROPRIAÇÃO:
Ato unilateral do poder público de intervenção na propriedade
privada.
- Modalidade especial de perda da propriedade.
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor 
da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que 
injustamente a possua ou detenha.
§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de 
desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse 
social, bem como no de requisição, em caso de perigo público 
iminente.
FORMAS DE PERDA DA PROPRIEDADE
 DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL PRIVADA:
Art. 1.228 do CC/02:
§ 4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o 
imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse 
ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de 
considerável número de pessoas, e estas nela houverem 
realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços 
considerados pelo juiz de interesse social e econômico 
relevante.
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa 
indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a 
sentença como título para o registro do imóvel em nome 
dos possuidores.
FORMAS DE PERDA DA PROPRIEDADE
Laís Ramos Barboza
Advogada OAB/AL nº 12.731
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de 
Alagoas
Especialista em Direito Constitucional Aplicado 
pelo Complexo Educacional Damásio
Mestranda em Direito Público pela Universidade 
Federal de Alagoas
laisramos.adv@gmail.com
DIREITO DE SUPERFÍCIE
 CONCEITO:
É um direito real aplicado sobre bens imóveis, que realiza o
desdobramento do direito de propriedade instituindo duas
propriedades autônomas: a propriedade do solo e a propriedade da
superfície.
- Propriedade da Superfície: SUPERFICIÁRIO
- Propriedade do Solo: FUNDIEIRO / PROPRIETÁRIO
▪ FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1 .369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de 
construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, 
mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de 
Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no 
subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão.
DIREITO DE SUPERFÍCIE
- Suspende os efeitos da Teoria da Acessão:
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um 
terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, 
até que se prove o contrário.
Obs: Em se tratando de direito de superfície a construção 
ou plantação feita sobre o solo pertence ao superficiário e 
não ao proprietário / fundieiro.
 FORMAS DE CONSTITUIÇÃO:
- Dentre as propriedades autônomas constituídas, a
propriedade da superfície, se caracterizará por uma
propriedade resolúvel.
DIREITO DE SUPERFÍCIE
- Propriedade Resolúvel: direito de propriedade que se
resolve pela implementação de uma condição ou termo.
Condição: EVENTO FUTURO E INCERTO.
Termo: EVENTO FUTURO E CERTO.
- FUNDAMENTO LEGAL:
Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da 
condição ou pelo advento do termo, entendem-se também 
resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e 
o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode 
reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha.
DIREITO DE SUPERFÍCIE
 COMO É PROCEDIDO O DIREITO DE SUPERFÍCIE?
Art. 1 .370. A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; 
se onerosa, estipularão as partes se o pagamento será feito de 
uma só vez, ou parceladamente.
 O SUPERFICIÁRIO pode alugar a SUPERFÍCIE?
Sim, pois se trata de um direto autônomo, inclusive pode ser 
dado em hipoteca.
 OBRIGAÇÕES DO SUPERFICIÁRIO:
Art. 1.371. O superficiário responderá pelos encargos e tributos 
que incidirem sobre o imóvel.
DIREITO DE SUPERFÍCIE
Laís Ramos Barboza
Advogada OAB/AL nº 12.731
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de 
Alagoas
Especialista em Direito Constitucional Aplicado 
pelo Complexo Educacional Damásio
Mestranda em Direito Público pela Universidade 
Federal de Alagoas
laisramos.adv@gmail.com
DIREITO REAIS 
DE GARANTIA
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IA HIPOTECA
PENHOR
ANTICRESE
 São espécie de direito 
real sobre coisa alheia.
 PREVISÃO LEGAL:
Art. 1.419. Nas dívidas 
garantidas por penhor, 
anticrese ou hipoteca, o 
bem dado em garantia 
fica sujeito, por vínculo 
real, ao cumprimento da 
obrigação.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Código Civil de 2002.
Art. 958. Os títulos 
legais de preferência 
são os privilégios e os 
direitos reais.
Lei de Falência – Lei nº 
11.101/2005.
Art. 83. A classificação 
dos créditos na falência 
obedece à seguinte 
ordem:
II - créditos com garantia 
real até o limite do valor 
do bem gravado;
DISPOSIÇÕES GERAIS
▪ PREFERÊNCIA ENTRE CREDORES
Art. 1.420 do CC/02.
Art. 1.420. Só aquele 
que pode alienar 
poderá empenhar, 
hipotecar ou dar em 
anticrese; só os bens 
que se podem alienar 
poderão ser dados em 
penhor, anticrese ou 
hipoteca.
ATENÇÃO
SÓ OS BENS 
PASSÍVEIS DE SEREM 
ALIENADOS PODEM 
SER DADOS EM 
DIREITO REAL DE 
GARANTIA.
DISPOSIÇÕES GERAIS
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O BEM DE FAMÍLIA PODE 
SER DADO EM DIREITO 
DE GARANTIA REAL?
 AQUISIÇÃO POSTERIOR DO DIREITO DE PROPRIEDADE:
Art. 1.420 do CC/02.
§ 1o A propriedade superveniente torna eficaz, desde o 
registro, as garantias reais estabelecidas por quem não era 
dono.
 DIREITO REAL DE GARANTIA EM COPROPRIEDADE:
Art. 1.420 do CC/02.
§ 2o A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser 
dada em garantia real, na sua totalidade, sem o 
consentimento de todos; mas cada um pode individualmente 
dar em garantia real a parte que tiver.
DISPOSIÇÕES GERAIS
 PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE:
Art. 1.420 do CC/02.
Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestações 
da dívida não importa exoneração correspondente da 
garantia, ainda que esta compreenda vários bens, 
salvo disposição expressa no título ou na quitação .
 DIREITO DE EXCUTIR O BEM:
Art. 1.422. O credor hipotecário e o pignoratício têm o 
direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, e 
preferir, no pagamento, a outros credores, observada, 
quanto à hipoteca, a prioridade no registro.
DISPOSIÇÕES GERAIS
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O TITULAR DE UM 
DIREITO DE GARANTIA 
REAL PODE AO INVÉS DE 
EXCUTIR O BEM 
ADJUDICÁ-LO?
 CLÁSULA COMISSÓRIA
Art. 1.428 do CC/02.
Art. 1.428. É nula a 
cláusula que autoriza o 
credor pignoratício, 
anticrético ou hipotecário 
a ficar com o objeto da 
garantia, se a dívida não 
for paga no vencimento.
• Trata-se de cláusula nula, 
nulidade absoluta.
▪ DAÇÃO EM PAGAMENTO:
Art. 1.428 do CC/02.
Parágrafo único. Após o 
vencimento, poderá o 
devedor dar a coisa em 
pagamento da dívida.
• É plenamente admitida, 
desde que o credo aceite.
DISPOSIÇÕES GERAIS
 REQUISITOS FORMAIS:
Art. 1.424 do CC/02.
Art. 1.424. Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca 
declararão, sob pena de nãoterem eficácia:
I - o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo;
II - o prazo fixado para pagamento;
III - a taxa dos juros, se houver;
IV - o bem dado em garantia com as suas especificações .
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
DISPOSIÇÕES GERAIS

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