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MEIOS DE CONTRASTE E SUAS NDICAÇÕES

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MEIOS DE CONTRASTE E SUAS INDICAÇÕES
UNIFAE – 2019
LPI RADIO – IMAGEM
PROF. NILO DAVID PARO
I. INTRODUÇÃO
Nos exames radiográficos, assim como na tomografia, mamografia e ressonância magnética, algumas estruturas possuem tecidos que são facilmente visualizados na imagem, como o tecido ósseo, visto na radiografia e na tomografia ou o tecido da mama, visto na mamografia. Porém, outras estruturas tem tecidos que não é possível visualizar na imagem. Por exemplo, uma radiografia dos rins ou estômago. Para isso, são utilizados em exames de imagens de determinados órgãos, substâncias químicas, chamadas meios de contraste, para deixar os órgãos com uma capacidade maior de absorver radiação. Dessa maneira, os exames radiográficos com utilização de meios de contraste são chamados de Exames Contrastados. 
Segundo Nischimura (1999), os meios de contrastes radiológicos são classificados quanto à capacidade de absorver radiação, composição, solubilidade, natureza química, capacidade de dissociação e via de administração. Conforme abaixo descrito: 
Quanto à capacidade de absorver radiação podem ser: 
• Positivos ou radiopacos: São os que quando presentes em um órgão; absorvem mais radiações do que as estruturas anatômicas que o rodeiam. 
• Negativos ou radiotransparentes: São considerados os que quando presentes em determinados órgãos absorvem quantidades menores de radiação do que as estruturas adjacentes. Este meio inclui a bolha de ar presente no estômago, o carbonato de cálcio utilizado na produção de gás carbônico na técnica de duplo contraste. 
Quanto à composição dividem – se em: 
• Iodados: Que contém Iodo (I) em sua composição como elemento radiopaco. 
• Não Iodados: São os que não contêm Iodo em sua composição, porém apresentam outros átomos como elementos radiopacos. Nestes enquadram – se o Sulfato de Bário e o Gadolínio. 
Quanto à solubilidade são: 
• Hidrossolúveis: Os que se dissolvem na água; 
• Lipossolúveis: Os que se dissolvem em lipídios; 
• Insolúveis: Estes não se dissolvem nem em água e nem em gorduras, como exemplo temos o Sulfato de Bário. 
Em relação à Natureza Química podem ser: 
• Orgânicos: Representam os que contêm Carbono (C) em suas moléculas; 
• Inorgânicos: São os que não contêm Carbono (C) nas moléculas. 
Quanto à capacidade de Dissociação dividem-se em: 
• Iônicos: São os elementos que quando em solução formam os chamados compostos iônicos, onde os ânions e os cátions se dissociam, dão íons positivos e negativos. 
• Não Iônicos: São os elementos que quando em solução não se dissociam em íons, assim a reação química entre os componentes se dá por covalência, apresentam baixa osmolaridade. Pelo fator de segurança alguns autores enfatizam a utilização de meios de contraste Não Iônicos. 
Vias de Administração dos Meios de Contraste
Os meios de contraste são administrados de 4 maneiras:
Oral: quando é administrado pela boca.
Parenteral: quando é administrado por via endovenosa ou artérias.
Endocavitário: quando é administrado por orifício naturais que se comunicam pelo meio externo, por exemplo: uretra, reto, útero.
Intracavitário: quando é administrado via parede da cavidade em questão, por exemplo: fistula.
Os exames contrastados mais comuns são:
Exames Contrastados do Sistema Urinário
Urografia Excretora 
Urografia Retrógrada (Pielografia)
Uretrocistografia Miccional 
Uretrocistografia Retrógrada 
Exames Contrastados do Sistema Digestório
Esofagograma
EED -Esôfago / Estômago / Duodeno
Trânsito Intestinal
Enema Opaco
Métodos de exame para Vesícula Biliar
Exame Contrastado do Sistema Reprodutor Feminino
Histerossalpingografia
Além destes exames, os meios de contraste são utilizados também para visualizar o sistema arterial e venoso, os ductos mamários, a medula espinal, articulações, entre outras estruturas. 
II. PREPARAÇÕES DE BARIO
Os meios de contraste baritados contém em sua estrutura o elemento químico Bário. 
O Sulfato de Bário é a forma química mais usada como meio de contraste e pode ser encontrado em forma de pó ou suspensão coloidal pronta para o uso. O Sulfato de bário é administrado por via oral ou retal e usado para estudo radiológico do tubo digestivo. Exemplos de exames do tubo digestivo realizados com Sulfato de Bário: exames contrastado do esôfago estômago e duodeno, transito delgado e clister opaco. Exames em duplo contraste são aqueles em que se usa um meio de contraste positivo junto com um meio de contraste negativo. Como exemplos temos: 1. Exame em duplo contraste do estomago e duodeno onde se utiliza um meio de contraste positivo (sulfato de bário) e um meio de contraste negativo (gás carbônico). 2. Exame em duplo contraste de uso comum o “Clister Opaco”, onde se utiliza um meio de contraste positivo (sulfato de bário) e um meio de contraste negativo (ar atmosférico).
A água (contraste neutro) algumas vezes pode ser utilizada como substituto de contraste negativo com o objetivo de promover distensão do tubo digestivo.
Por ser um composto insolúvel, o sulfato de bário é contra indicado se houver qualquer chance de que possa escapar para a cavidade peritoneal. Isso pode ocorrer através de vísceras perfuradas, ou no ato cirúrgico se este suceder o procedimento radiológico.
Em qualquer dos dois casos, deve ser usado então contraste iodado hidrossolúvel, que podem ser facilmente removidos por aspiração antes da cirurgia ou durante esta; por outro lado, se essas substâncias passarem para a cavidade peritoneal, o organismo pode absorvê-la facilmente. Quanto ao sulfato de bário não será absorvido e deverá ser removido pelo cirurgião, de qualquer lugar em que seja encontrado fora do canal alimentar. Embora seja raro, já foi descrito pacientes hipersensíveis ao sulfato de bário, por isso todo paciente deve ser observado quanto a quaisquer sinais de reação alérgica.
III. Agentes paramagnéticos
Como o próprio nome já diz, o objetivo do uso de meios de contraste em RM é o de criar uma diferença (contraste) entre um ou mais tecidos que não existiria se uma substância externa ao corpo humano não fosse utilizada. Apesar de a RM ter uma altíssima capacidade de diferenciar tecidos, determinadas lesões e estruturas somente serão visualizadas e ou diferenciadas dos tecidos vizinhos se um agente de contraste for usado. Os meios de contraste possuem a propriedade de alterar as características de relaxação do tecido (T1 e T2) em que estão presentes através de suas propriedades paramagnéticas e superparamagnéticas.
Os agentes de contraste mais comuns em RM estão baseados no uso de gadolínio (Gd), manganês (Mn) e óxidos de ferro. O paramagnetismo é uma propriedade de alguns materiais de se alinhar a um campo magnético externo aplicado, apresentando assim efeito de susceptibilidade ao campo positiva. Em outras palavras, podemos entender que quando o material paramagnético é colocado no campo, ele agrupa levemente as linhas de campo na região onde está - aumentando assim, o campo magnético local.
O superparamagnetismo é uma forma de magnetismo que surge em pequenas partículas ferromagnéticas, como o óxido de ferro. De forma prática, podemos imaginar que o efeito do material superparamagnético é o de aumentar numa proporção maior o campo magnético local, ou seja, seu efeito de susceptibilidade é muito maior.
O meio de contraste mais utilizado é o gadolínio, injetado endovenosamente. Meios de contraste a base de gadolínio são usados devido à propriedade paramagnética do íon de gadolínio. O paramagnetismo do gadolínio faz com que o campo magnético local aumente onde a substância está presente e este aumento acarreta a redução nos tempos de relaxação T1 e T2. 
O íon gadolínio é tóxico e sozinho não poderia ser utilizado. É utilizado junto ao íon, um agente (quelato) que dará segurança e permitirá que o mesmo seja eliminado após a administração basicamente por via renal. 
Os meios de contraste a base de gadolínio são utilizados para avaliar as mais diversas patologias. Especificamente no tecido cerebral, o gadolínio não ultrapassa a barreirahematoencefálica (BHE) normal e permanece no meio vascular. Entretanto, em tumores e outras lesões que afetam ou alteram a BHE, o gadolínio permanece no tecido e assim é detectado.
IV. Meios de contraste na ultrassonografia
	De uso corrente na Europa e nos EUA desde a última década e liberado pela Anvisa em 2013, o agente de contraste ultrassonográfico Sonovue® (Bracco – Itália) apresenta-se como uma nova ferramenta diagnóstica relacionada à ultrassonografia, configurando uma alternativa nos casos em que a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são contraindicadas.
 
	O contraste ultrassonográfico fica confinado ao espaço vascular e tem poucas contraindicações, que se restringem a doenças cardíacas isquêmicas recentes ou instáveis, desvios direita/esquerda conhecidos e hipertensão pulmonar grave. Por não ser nefrotóxico, não há necessidade de testes sanguíneos preliminares e a taxa de reações anafiláticas possivelmente fatais reportadas é extremamente baixa, menor que 0,002%. Entretanto, seu uso ainda não foi aprovado no Brasil para mulheres grávidas, lactantes e crianças.
Quando usar essa modalidade de ultrassom?
 Após injeção do Sonovue® em veia periférica, é possível avaliar, de maneira dinâmica, a presença e o padrão de realce do meio de contraste durante sua passagem pelo órgão estudado. Entre as principais aplicações, destacam-se:
 Investigação e controle de nódulos hepáticos por meio do acompanhamento em tempo real do padrão de realce durante as fases arterial e portal, particularmente em nódulos incaracterísticos à ultrassonografia que mereçam atenção especial ou no controle após embolização de lesões malignas. Por outro lado, há limitação desse estudo em nódulos menores que 1,0 cm, em posição muito profunda e em pacientes com esteatose hepática significativa, quando a avaliação pode ficar comprometida.
 Estudo de estruturas vasculares para controle pós-tratamento com endopróteses vasculares, detecção e seguimento de extravasamentos (endoleak) e caracterização de fluxo em artérias possivelmente obstruídas, o que também previne a sobrecarga de contraste iodado e a radiação em estudos angiotomográficos subsequentes.
 Diferenciação de lesões focais não vascularizadas, como cistos, abscessos, hematomas e áreas de isquemia, permitindo ainda avançar na caracterização das lesões vascularizadas em qualquer órgão, desde que acessíveis e com dimensões mínimas à ultrassonografia convencional.
>> RISCO DE EMBOLIA !!
V. Meios solúveis em óleo
Os meios de contraste lipossolúveis são compostos oleosos solúveis em gorduras e de difícil eliminação. Não podem ser administrados por via vascular venosa ou arterial, muito pouco utilizados hoje, estando em completo desuso.
VI. REAÇÕES ADVERSAS AO USO DE CONTRASTES
Os dois principais meios de contraste utilizados na radiologia são o iodo e o bário, cada um tem composições químicas diferentes. O iodo tem maiores contra indicações em comparação ao bário. O bário é uma substância que não dissolve na gordura, ou seja, caso haja alguma cavidade fora do comum, o bário pode estravazar e causar problemas. Por exemplo, em um exame de esofagografia, em pacientes com suspeita de perfuração na víscera, não é indicado utilizar o bário, pois ele pode vazar pela perfuração. 
Quando ao iodo, as reações são causadas por conta de alergia do paciente para o iodo, as reações podem ser leves, moderadas e graves. Uma reação leve pode causar náuseas e vômitos, uma reação moderada pode causar calafrios, cefaleia e sudorese e a reação grave pode causar dor torácica, taquicardia e até a morte. 
A maioria dos efeitos adversos relacionados ao uso dos meios de contraste são leves ou moderados, que não expõem os pacientes a risco de vida e não requerem tratamento. A maioria das reações graves apresentam sinais imediatamente após a injeção que permitem o diagnóstico precoce, possibilitando o início imediato de medidas terapêutica eficientes. 
Não é possível identificar os pacientes que terão reação alérgica aos meios de contraste. Então, é fundamental existir uma equipe preparada para acompanhar as reações.
Reação Anafilactóide
As reações ao contraste são idênticas a reações anafiláticas a drogas ou a alérgenos, porém, como não se estabeleceu uma resposta anticorpo-antígeno, chamamos de reação anafilactoide. O tratamento é o mesmo da reação anafilática.
Reação Leve
Reação limitada e sem progressão, os sintomas comuns são: náusea, vômito, tosse, calor, cefaléia, tontura, tremores, alteração do gosto, coceira, ETC.
Reação Moderada
Maior intensidade dos sintomas, os mais comuns são: taquicardia/bradicardia, hipertensão, eritema difuso ou generalizado, dispnéia, broncospasmo, chiado, edema laríngeo e hipotensão moderada.
Reação Grave
Edema laríngeo (acentuado ou rapidamente progressivo), arresponsividade, parada cardiorrespiratória, convulsões, hipotensão acentuada, arritimias com manifestação clínica
VII. Compreender os PRINCIPAIS procedimentos radiológicos intervencionistas e suas indicações
A Radiologia Intervencionista é uma subespecialidade médica que utiliza a radiologia não apenas para o diagnóstico, mas também para o tratamento de várias doenças através da associação de princípios clínicos e cirúrgicos. 
Recursos de imagem como radiografia, angiografia, tomografia computadorizada e ultrassonografia, historicamente utilizados apenas com finalidade diagnóstica, são combinados a instrumentos cirúrgicos para acessar e tratar praticamente qualquer órgão do corpo. Isso permite a realização de procedimentos comprovadamente seguros, eficazes e pouco dolorosos, que resultam em uma redução no tempo de recuperação do paciente, diminuindo a taxa de complicações e, consequentemente, o tempo de internação.
O radiologista intervencionista conduz instrumentos como cateteres por dentro de vasos sanguíneos para acessar órgãos profundos como fígado, rins e ossos, sem que sejam necessárias grandes incisões na pele e em outros tecidos.
A Radiologia Intervencionista pode ser dividida em duas modalidades principais:
Radiologia intervencionista vascular, que utiliza conceitos de hemodinâmica (radiologia vascular intervencionista cardiológica) para guiar os procedimentos em que, geralmente, um cateter introduzido por punção de uma veia ou artéria segue por dentro dos vasos sanguíneos até atingir o órgão a ser tratado. É dessa forma que são realizadas, por exemplo, a angiografia e a angioplastia, que podem diagnosticar e tratar bloqueios de vasos sanguíneos, ou a quimioembolização, que associa o uso de substâncias quimioterápicas à obstrução de vasos para o tratamento de tumores, principalmente no fígado, em que a cirurgia não pode ser realizada. 
Radiologia intervencionista não vascular, que utiliza agulhas e drenos especiais que podem ser introduzidos pela pele, com o menor trauma local ou cicatrizes. A ideia é que o paciente seja submetido ao procedimento da forma mais rápida e segura. Virtualmente, todos os órgãos e cavidades podem ser acessados por essas técnicas.
Quais são os procedimentos realizados por médicos Radiologistas Intervencionistas?
 Punção e Biópsia guiada por Tomografia ou Ultrassonografia
 Drenagem de coleções e abscessos guiado por Tomografia ou Ultrassonografia
 Drenagem biliar percutânea (incluindo dilatação de estenoses biliares e implante de stent / prótese biliar)
 Embolização
 Quimioembolização
 Implante de Filtro de Veia Cava
 Angioplastias (de carótida, de membros inferiores, de artérias renais e etc)
 Implantes de Stent
 Implante de endoprótese de Aorta e Ilíacas
 Nefrostomia
 Implante de cateter Duplo J
 Ablação por Radiofreqüência
 Alcoolização de tumores
 Implante de cateter venoso de longa permanência
 TIPS
viii. Identificar e descrever os procedimentos radiológicos intervencionistas e suas indicações
A) ANGIOGRAFIA:
Exame de diagnóstico que permite visualizar melhor o interior dos vasos sanguíneos, servindo para avaliar a sua forma e diagnosticar possíveis doenças como aneurisma ou arteriosclerose, por exemplo.
Dessa forma, esteexame pode ser feito em vários locais do corpo, como cérebro, coração ou pulmões, por exemplo, dependendo da doença que se está tentando diagnosticar.
Para facilitar a observação completa dos vasos, é preciso utilizar um produto de contraste, que é injetado através de cateterismo, que é uma técnica que usa um fino tubo inserido em uma artéria na virilha, do braço ou no pescoço, para chegar até ao local que se pretende avaliar.
B) ANGIOPLASTIA:
realizada com o intuito de desobstruir uma artéria do paciente. Essa técnica hemodinâmica utiliza um minúsculo balão na ponta de um catéter, que é insuflado dentro da artéria, que está obstruída com placas de gordura e sangue, além de uma mini tela de aço chamada stent que, aberta, facilita o fluxo sanguíneo. O procedimento é utilizado nos Estados Unidos desde 1983. 
Os riscos de uma angioplastia são: reação alérgica ao contraste radiológico; danos a algum vaso sanguíneo ou válvula; arritmia cardíaca; AVC (acidente vascular cerebral), embora seja pouco comum; insuficiência renal (o maior risco ocorre entre pessoas que possuem problemas renais antes do procedimento cirúrgico); obstrução do fluxo sanguíneo a determinada região do coração (trombose) e sangramento da área onde é introduzido o cateter.
C) EMBOLIZAÇÃO:
Formação de uma embolia = embolização terapêutica
A embolização é uma intervenção terapêutica que consiste em obstruir uma artéria injetando um produto nela. Essa técnica permite impedir o mau funcionamento de uma artéria ou a proliferação de uma patologia, como um aneurisma, por exemplo. A embolização tbm é frequentemente utilizada no câncer de fígado para interromper a circulação sanguínea ao tumor e fazer com que ele se necrose. Ela também é utilizada na cardiologia em casos de malformação de um vaso. A artéria pode ser obstruída graças a partículas de metal ou uma substância trombogênica (natural ou sintética), o que quer dizer que favorecem a formação de um coágulo sanguíneo. A técnica utiliza um cateter introduzido frequentemente na artéria femoral ou radial, que será dirigido até a artéria a ser tratada, por injeção do produto.
D) ACESSO VENOSO:
Em um novo estudo, publicado na Critical Care Medicine, pesquisadores avaliaram se a utilização do ultrassom point-of-care para guiar a punção pode reduzir o tempo de utilização do cateter.
Para isso, 68 pacientes foram submetidos a CATETERIZAÇÃO VENOSA CENTRAL COM ULTRASSOM e comparados com 92 controles, que apresentaram inserção de cateter central não assistida. O desfecho primário foi a colocação correta da ponta do cateter.
A ponta foi posicionada com precisão em 59 dos 68 pacientes (86,7%) no grupo assistido por ultrassom em comparação com 51 de 94 (54,8%) no grupo controle (p<0,001).
INJEÇAO DE CONTRASTES POR CATETERES CENTRAIS EM ANGIOGRAFIAS
RADIAL
ULNAR
BRAQUEAL
FEMORAL
SUBCLAVIO
JUGULAR
E) FILTROS NA VEIA CAVA:
	Filtros de VCI são dispositivos de metal que se destinam a ser utilizados na veia cava inferior (VCI), a veia grande que transporta o sangue venoso da metade inferior do corpo de volta para o coração.
A embolia pulmonar é um bloqueio na artéria principal do pulmão, e filtros de VCI podem ser usados para prevenir ou controlar embolia pulmonar consequente da trombose venosa profunda (TVP) e podem ser temporários ou permanentes. A forma de um filtro de VCI se assemelha à armação de um guarda-chuva e funciona de maneira semelhante.
	O radiologista intervencionista insere um tubo de plástico de 3 mm (chamado bainha) na veia do pescoço ou da virilha. Ele vai guiar o dispositivo até a veia cava inferior, local em que o filtro vai ser colocado.
Se você receber um filtro de veia cava inferior temporário, o radiologista intervencionista o removerá após o período necessário de tratamento. Para remover o filtro, será inserido um longo tubo de plástico e um sistema para captura (como um pequeno laço).
Tradicionalmente, filtros de veia cava têm sido indicados para pacientes com TEP aguda, na presença de contraindicação ou de complicação relacionada ao uso de anticoagulantes. 
 São também utilizados nas recidivas de TEP, a despeito de anticoagulação adequada, bem como na presença de TEP maciça e nos casos cirúrgicos de embolectomia. Mais recentemente, sobretudo com o advento dos filtros removíveis, sua indicação foi estendida para pacientes acometidos por TVP proximal com alto risco temporário para TEP. Nos últimos anos, devido à maior prevalência de trombos originários das extremidades superiores, filtros também têm sido instalados na veia cava superior.
Complicações com uso de filtros de veia cava permanentes são comuns. Complicações precoces incluem a trombose do sítio de punção, assim como a recorrência de TVP e a síndrome pós-trombótica tardias. A oclusão da veia cava inferior ocorre em 22% dos pacientes após 5 anos e em 33% após 9 anos, independentemente do uso e do tempo de anticoagulação.
O uso de filtros de veia cava deve ser considerado no pré-operatório de pacientes candidatos à cirurgia e acometidos por evento trombótico nos últimos 30 dias, para os quais a anticoagulação precisa ser interrompida. Filtros removíveis devem ser considerados na presença de uma contraindicação temporária à anticoagulação.
F) DESVIOS PORTOSSISTÊMICOS INTRA-HEPÁTICOS TRANSJUGULARES:
Diversas alternativas terapêuticas têm sido usadas, atualmente, na tentativa de reduzir a mortalidade de pacientes com hipertensão portal que desenvolvem varizes esofagianas. Abordagem de uma dessas alternativas que ainda é de exceção e pouco utilizada em nosso meio - o "shunt" (desvio) portossistêmico intra-hepático transjugular - TIPS ("transjugular intrahepatic portasystemic shunt"). O TIPS possibilita redução significativa do gradiente de pressão portohepático, uma vez que funciona como um "shunt" portocava látero-lateral, promovendo, dessa forma, descompressão eficiente do sistema portal, reduzindo significativamente o risco de sangramentos. A técnica consiste na inserção percutânea, através da veia jugular interna, de malha metálica através do parênquima hepático, sob controle angiográfico, criando verdadeira comunicação portocava.
O TIPS vem sendo utilizado nos casos de hemorragia digestiva refratária ao tratamento farmacológico e/ou endoscópico, principalmente em pacientes Child-Pugh B e C ou ainda como opção de controle do quadro, servindo como "ponte" para um futuro transplante hepático. Pode-se considerar ainda o tratamento da ascite refratária, da síndrome hepatorrenal e do hidrotórax hepático como promissoras indicações definitivas para a colocação do TIPS. As complicações dessa técnica estão relacionadas, sobretudo, a sua colocação, às conseqüências hemodinâmicas imediatas, como a encefalopatia hepática, e às complicações tardias envolvendo principalmente a oclusão do "stent" (prótese auto-expansiva).
G) BIÓPSIA PERCUTÂNEA:
	Procedimento cirúrgico realizado para realização de uma biopsia (retirada de um fragmento de algum tecido, como tumores ou órgãos para avaliação) que é realizada através de uma incisão na pele, próximo ao local afetado. 
	É um procedimento usualmente de baixa complexidade e de baixo risco, indicado em casos em que deseja-se identificar a natureza de alguma doença ou acometimento de algum órgão. 
	Realizada através de uma agulha que ultrapassa a pele e atinge o órgão ou tecido de interesse para a biópsia. Na maioria das vezes é realizada de maneira guiada, ou seja, com o auxílio de um método de imagem como por exemplo o ultrassom ou a tomografia. Em outras palavras, apesar de se tratar de um procedimento invasivo, não é necessário a abertura da cavidade com cirurgia para que a biópsia seja realizada, o que torna o procedimento com menos riscos e de menor morbidade, uma vez sendo realizado por médico treinado.
Basicamente existem dois tipos de biópsia percutâne: Punção Aspirativa por agulha fina (PAAF) e Biópsia por fragmentos.
Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)
Um procedimento pouco agressivo onde o material é obtido com movimentos rápidose firmes de uma agulha fina acoplada em uma seringa com vácuo.
Biópsia por fragmentos
Um pouco mais invasivo, neste procedimento são retirados pequenos fragmentos da lesão através de uma agulha cortante especial, que é acoplada a uma pistola de disparo automático, ou utilizando-se pistola acoplada a um sistema de tubos que por sua vez são ligados a um aparelho produtor de vácuo.
As complicações são raras e consideradas leves e de fácil tratamento, sendo as mais comuns:
Dor local
Formação de hematomas
Inflamação local
Qual o melhor tipo de biópsia percutânea?
Esta escolha depende de alguns fatores como tamanho da lesão, se é cística (líquida) ou sólida, aspectos do tipo de exame a ser feito ( US, mamografia, TC, RM), localização, etc. Entretanto, a escolha correta influencia diretamente no sucesso ou não do diagnóstico, por isso deverá ser orientada pelo seu médico através de exames de imagem e pelo quadro clínico da paciente.
É um exame rápido
Pouco invasivo
Quase não apresenta risco
Baixo custo financeiro
Bem tolerado pelas pacientes, visto que causa pouca ou nenhuma dor.
H) DESCOMPRESSÃO E DRENAGEM:
A Drenagem percutânea guiada por imagem envolve o uso de um cateter (tubo fino) para drenar um abcesso ou uma coleção de líquido ou ar sob a orientação de imagem. O radiologista intervencionista inserirá um cateter flexível através de um pequeno furo em sua pele e orientará o cateter para a coleta de líquido ou ar. O fluido ou ar será, então, recolhido em um saco de drenagem.
Cateteres de drenagem estão disponíveis em uma variedade de tamanhos, formas e tipos. O intervencionista escolherá o cateter de acordo com o tipo de líquido, juntamente com outros fatores.
H) IMPLANTE DE PARAFUSO PERCUTÂNEO 
A fixação por parafuso pedicular percutâneo é um procedimento cirúrgico utilizado no tratamento de traumatismos ósseos (mais comum na coluna vertebral), causados por diversos incidentes, como acidentes automobilísticos, colisões durante a prática de esportes ou, ainda, eventos envolvendo armas de fogo.
Quando dentro da coluna, esses parafusos ajudam a estabilizar os ossos da região acometida e diminuir a compressão dos nervos no local, reduzindo os danos neurológicos apresentados após o acidente que provocou a fratura.
Técnica menos invasiva e causa menos complicações ao paciente, como perda de sangue e risco de complicações.
Através de equipamentos e próteses especialmente desenvolvidos para o acesso, a colocação dos parafusos se dá através de pequenas incisões na pele, na qual passam apenas os parafusos. O controle do posicionamento dos mesmos na vértebra é guiado pela utilização de fluoroscopia intra-operatória, que fornece a visão exata dos parafusos. Com menor dano aos tecidos e músculos adjacentes, os parafusos são fixados às vértebras e a estabilidade do nível é alcançada de maneira menos invasiva.
ix. bibliografia
BIBLIOGRAFIA VIRTUAL - http://unifae.bv3.digitalpages.com.br/
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ABBAS, A.K.; KUMAR, V.; FAUSTO, N.; ROBBINS & COTRAN Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 9a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 
CBR - Colégio Bras. De Radiol. Fundamentos de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, 2014 
GOLDMAN, L.; AUSIELLO, D. Goldman Cecil Medicina. 2014 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
APPLEGATE, E. Anatomia e Fisiologia, 2012 
DAFFNER, R.H. Radiologia clínica básica 3a edição, 2013 
HANSEN. Netter Anatomia Clínica, 2015 
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; MITCHELL, R. Robbins Patologia Básica. 9a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013 
MITCHELL, R. N.; KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; ASTER, J. C. Robbins & Cotran Fundamentos de Patologia. 9a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017

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