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HISTOLOGIA - 3P word

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HISTOLOGIA – N1 – 3º PERÍODO 
Pedro Henrique Borges – XXXIX 
 
LÍNGUA: 
 Massa de M. E. Esquelético revestida de uma 
camada mucosa: Epitélio + tecido conjuntivo (lâmina 
própria) → Frouxo + denso não modelado; 
 
Quando há uma camada submucosa: só tem tecido 
conjuntivo frouxo na lâmina própria; quando não há 
submucosa lâmina própria é constituída: tecido 
conjuntivo frouxo + denso não modelado. 
 
FUNÇÔES DA LÍNGUA: 
Fonação (articulação das palavras); deglutição; sensorial 
(papilas linguais/botões gustativos); 
 
MORFOLOGIA: 
Superfície ventral → parte de baixo, lisa e brilhante 
Superfície dorsal → Contato com o palato, limitado até a 
valécula; há um sulco terminal na extremidade posterior 
da lingual; 
⅔ anteriores → aveludado 
⅓ posterior → mucosa mais lisa 
Ápice lingual: “ponta da língua” 
 
 
CAMADA MUCOSA: 
 Epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado; papilas filiformes tem queratina 
 Lâmina própria: TCF (nutrição e sustentação do 
epitélio) + TCD não modelado (suportar tração de forma 
multidirecional. Feixes musculares da musculatura 
intrínseca da língua). 
*Papilas filiformes apresentam queratina para proteção do 
epitélio, pois cumpre funções mecânicas, relacionado à 
obtenção de sabores. 
 
PAPILAS LINGUAIS: Projeções da camada mucosa 
(epitélio e lâmina própria) 
Podem ter botões gustativos (exceto a filiforme): tem 
função de gustação e podem ser denominados de papilas 
gustativas; 
Para sentir o sabor, o gustante deve se ligar à um botão 
gustativo. 
 
 
 
FILIFORME, FUNGIFORME, FOLIADAS, 
CIRCUNVALADAS 
 
FILIFORMES: 
 Muita quantidade no dorso da língua; 
Ápice pontiagudo; sem botões gustativos; Função 
mecânica (soltar os gustantes dos alimentos) 
 
 
 
FUNGIFORMES: 
 Região apical tem diâmetro maior que o basal; 
1-3 botões gustativos/papila, localizados no epitélio 
apical; não queratinizada. 
 
FOLIADAS: 
 Região dorso-lateral da língua; importante para a 
percepção gustativa; formato retangular; botões podem 
estar no epitélio apical ou lateral; há glândulas exócrinas: 
GLÂNDULAS DE VON EBNER e glândulas serosas. 
Ducto delas se abre no sulco profundo da papila foliada; 
produção de lipase lingual (retirar lipídios que ali 
grudarem) 
 
 
 
CIRCUNVALADAS: 
 Menor quantidade; formato circular; tem um sulco 
profundo, semelhante à uma vala; Epitélio não 
queratinizado, até 100 botões gustativos (formato de 
cebola), sulco profundo, glândulas de Von Ebner. 
 
 
Percepção de gosto na língua: salgado, azedo, amargo, 
doce, umami. Sabor (paladar e olfato) é diferente de gosto 
(paladar) 
 
*Botões gustativos: Estruturas semelhantes à cebolas, 
localizada no epitélio das papilas gustativas, repousando 
sobre a lâmina basal (há células neuroepiteliais 
repousando sobre as basais). 
Células basais são indiferenciadas. Sofrem diferenciação 
para substituir as células gustativas e de sustentação. 
Células de suporte: Células epiteliais que sustentam a 
gustativa. 
Células gustativas: Percepção gustativa. 
 Gustante se liga nos microvilos, entrando pelo 
poro gustativo, onde encontra receptores para cada tipo de 
gustante. 
 
 
CASOS CLÍNICOS: 
 Glossite migratória benigna (língua 
geográfica): Inflamação crônica/aguda, dependendo do 
momento. Surge lesões pela falha de produção de 
queratina. (bem avermelhada, ausência de papilas 
filiforme, com bordas esbranquiçadas) 
Muda o local da lesão, some e aparece em outra região; 
Diabetes tipo I, deficiência nutricional, psicológico, 
distúrbios hormonais, condição alérgica. 
 
Língua fissurada: Apresenta diversos sulcos: 2-6 mm de 
profundidade, sem sintomatologia. 
 
GLÂNDULAS SALIVARES: 
 São glândulas exócrinas, produtoras de saliva: 
fluido que possui propriedades digestivas, lubrificante e 
protetora; 
SALIVA: secreção serosa: água, eletrólitos e enzimas 
(amilase salivar e lisozima); 
Secreção mucosa: Água, eletrólitos, muco com mucina. 
 
Há glândulas: menores e maiores (parótida, 
submandibular e sublingual) 
 
GLÂNDULAS SALIVARES MENORES: 10% do 
total de saliva; secreção de mucina (lubrificação da 
cavidade oral). 
 
PARÓTIDA: Localizada externamente ao M. Masseter; 
tem um ducto parotídeo com abertura na cavidade oral. 
Há uma cápsula de revestimento: TCF (muitas fibras 
colágenas, que revestem em toda sua extensão; garantindo 
suporte e nutrição do epitélio). 
 
Há duas regiões: estroma (parte não funcional) e o 
parênquima (funcional/secretora). 
Estroma: TCF + ductos interlobulares + nervos + vasos 
sanguíneos + vasos linfáticos. 
Parênquima: Formado por vários lóbulos, compostos de 
células e terminações secretoras. 
 
 
 Estroma da glândula sublingual 
Células serosas: Formato piramidal, citoplasma acidófilo, 
núcleo basófilo, excêntrico e basal. 
Células mucosas: Muco com lisozima; cúbico ao colunar; 
Citoplasma com mucina (não cora o citoplasma) 
 
Terminações secretoras: 
 Acino seroso: Redondo, constituído por um 
conjunto de células serosas; pode ter lúmen central. 
(secreção rica em amilase salivar e pobre em lisozima) 
 Semilua serosa: formato semelhante à uma meia 
lua. (secreção rica em lisozima e pobre em amilase). 
 Túbulo mucoso: Sempre acompanha a semilua 
serosa, secreta mucina. 
 
 
Acinos serosos (lúmen não visível) 
 
Túbulos mucosos (células mucosas) e semilua serosa; sempre 
acompanhados 
Glândulas salivares MAIORES: 
 Mioepiteliais: são células epiteliais modificadas; 
semelhantes a células musculares; apresentam capacidade 
de retração depois de uma distensão; encontrado em 
acinos e semilua. 
 Limitam a quantidade de saliva: lúmen vazio → 
pressão igual a zero; lúmen enchendo, aumenta a pressão, 
sofre distensão, controlada pelas células mioepiteliais, 
controlando a quantidade de saliva que é liberada 
 
SISTEMA DE DUCTOS DAS GLÂNDULAS: 
 Há ductos interlobulares e intralobulares 
(estriados e intercalares). 
 DUCTOS INTERLOBULARES estão 
localizados no estroma, na parte não funcional. Tem 
diâmetro maior que os intralobulares; tem tecido 
conjuntivo revestindo-os externamente; formados por um 
epitélio cúbico ou colunar com até três camadas de células. 
 
Ductos interlobulares 
 DUCTOS INTRALOBULARES são os 
estriados e intercalares, sendo que a junção de dois ductos 
intercalares forma um estriado. 
 
 
Ductos estriados (intercalares não são muito visíveis) 
 
Ducto intercalar (raro de ser visualizado) 
GLÂNDULA PARÓTIDA: 
 Tem apenas um tipo de terminação secretora: 
acinos serosos, produzindo saliva com 100% de secreção 
serosa, rica em amilase salivar e muito aquosa; Caxumba 
→ Inflamação na glândula parótida. 
 
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: 
 Tem as três terminações secretoras: acino seroso; 
túbulo mucoso e semilua serosa; produz uma secreção 
salivar mista, 50% de cada, serosa rica em lisozima e a 
mucosa rica em mucina. 
 Observa-se os três tipos de ductos: ducto intercalar 
é o mais difícil de ser observado. (quando a professora 
cobra é na lâmina da parótida. 
 
 
GLÂNDULA SUBLINGUAL: 
 Semilua serosa e túbulo mucoso; semilua serosa 
menos desenvolvida que na submandibular; glândula 
sublingual pode corar o citoplasma pois os grânulos de 
mucina podem ter sido secretados. 
 Secreção mista: 99% mucosa e 1% serosa 
(encontra-se lisozima, mas não amilase salivar), essa 
secreção tem função de lubrificação. 
 Ductos interlobulares e estriados encontrados 
facilmente. Embora presentes, os ductos intercalares não 
são visualizados. 
 
EMBRIOLOGIA: 
 LÍNGUA: 
Início na 4º semana de desenvolvimento; dá-se pelos 4 
primeiros pares de arcos faríngeos; 
 Há três saliências, que formam o corpo e raiz ao 
mesmo tempo. 
2 SALIÊNCIAS LINGUAIS LATERAIS: 1º par de arcos 
faríngeos: Tubérculo ímpar. Tem o “V lingual”, sulco 
terminal e forame cego da língua. 
Há a elevação das duas saliências em direção à cavidade 
oral primitiva, fundem-seem cima; tubérculo ímpar quase 
não se desenvolve; → CORPO DA LÍNGUA 
 
Raiz da língua: Eminência hipobraquial (copula) → 
saliência; 2º, 3º e 4º pares de arcos faríngeos. 
 3º par sobrepõe o tecido do 2º e o sulco terminal 
da língua, ou seja, o 3º se desenvolve sobre o 2º. No final 
do desenvolvimento o 3º par de arcos irá formar a maior 
parte anterior da raiz da língua e o 4º para formará uma 
pequena parte posterior da região. 
 
DERIVAÇÃO DO SUPRIMENTO NERVOSO DA 
LÍNGUA: 
 Suprimento nervoso sensitivo geral 
 Suprimento nervoso especial (gustação) 
 Suprimento nervoso motor 
 
Vem dos arcos faríngeos: 
 
Par de arco faríngeo Nervos cranianos 
I V 
II VII 
III IX 
IV X 
 
Suprimento sensitivo geral: 
 Corpo da língua: V: N. trigêmeo; 
 Raiz da língua: IX: N. glossofaríngeo: derivado do 
3º par de arcos faríngeos (maior parte anterior da raiz da 
língua); X: N. Vago; vago é derivado do 4º par de arcos 
faríngeos (pequena parte posterior da raiz). 
 
 
 
Suprimento sensitivo especial: 
 Papilas fungiformes e foliadas: XII par de NC 
(somitos occipitais) 
 Papilas valadas: IX (glossofaríngeo) (terceiro par 
de arcos faríngeos). 
 
Suprimento motor: 
 XII: hipoglosso (somitos occipitais). 
 
CASOS CLÍNICOS: 
 Anquiloglossia: frênulo estende-se até o ápice da 
língua; interfere na protusão da língua; dificulta a 
alimentação no seio materno. 
 Macroglossia: hipertrofia generalizada da língua; 
comum na síndrome de Down; resultado da hipertrofia 
muscular ou linfagioma (tumor linfático benigno; 
obstrução dos capilares linfáticos) 
 Microglossia: rara, associada a micrognatia; 
língua não ocupa o espaço total; MICROGNATIA: baixo 
crescimento da mandíbula; acarreta problemas de fala, 
alimentação. 
 Língua bífida: (GLOSSOQUISE): fusão 
incompleta das saliências linguais laterais; sulco mediano 
muito profundo; 
 
FORMAÇÃO EMBRIONÁRIA DAS GLÂNDULAS 
SALIVARES: 
 Formam-se da 6º-8º semanas; formando-se a partir 
de brotos epiteliais maciços, na cavidade oral primitiva. 
ESTROMA: Células da crista neural (mesênquima 
circunjacente); 
PARÊNQUIMA: Proliferação do epitélio oral (ectoderma 
→ estomodeu ou endoderma → faringe primitiva) 
 
 4º semana, células da crista neural → todo o corpo 
do embrião = inclusive para o mesênquima da região 
cefálica → interação com células mesenquimais: se 
fundem formando o ectomesênquima. 
 
Epitélio indiferenciado → broto (proliferação) → cordão 
compacto → processo de canalização → apoptose celular 
(formação do ducto secretor) 
 
Formação do lúmen, terminações secretoras e ductos: 
Células se diferenciam em células do ducto e secretoras. 
 
GLÂNDULA PARÓTIDA: 
 6º semana (início); 
 Brotos de revestimento: ectoderma da cavidade 
oral → ramificam formando células secretoras (cordões 
compactos de extremidade arredondadas) 
 
 
 
 
 
GLÂNDULA SUBMANDIBULARES: 
 Fim da 6ª semana 
 Brotos do endoderma do assoalho do estomodeu; 
 Cordões compactos crescem em sentido posterior; 
 Ácinos: começam na 12ª semana; atividade 
secretora começa na 16ª semana. 
 Túbulos mucosos: Formam a partir do nascimento 
 
GLÂNDULA SUBLINGUAL: 
 Início na 8ª semana; 
 Brotos epiteliais endodérmicos → ramificam-se e 
se canalizam formando 10-12 ductos que se abrem no 
assoalho da cavidade bucal. 
 
ESTRUTURA GERAL DO TRATO 
DIGESTÓRIO: 
 4 camadas: mucosa, submucosa, muscular e 
serosa; 
 CAMADA MUCOSA: revestimento epitelial; 
lâmina própria; muscular da mucosa. 
Epitélio internamente tem função de revestimento, 
proteção e secreção; 
Lâmina própria é de tecido conjuntivo frouxo; pode haver 
glândulas; MALT (tecido linfóide associado à mucosa); 
vasos sanguíneos; nervos 
Muscular da mucosa: contrai independente da mucosa, 
aumentando a motilidade para facilitar a secreção das 
enzimas no lúmen dos órgãos, músculo liso. 
 
 CAMADA SUBMUCOSA: TCD não modelado; 
vasos sanguíneos; nervos e gânglios do plexo submucoso; 
glândulas (alguns órgãos) 
 
 CAMADA MUSCULAR: Externa → 
longitudinal; Interna → circular; 
Entre as camadas há o plexo mioentérico; 
 
 CAMADA SEROSA: Túnica adventícia: TCF; 
Mesotélio: epitélio pavimentoso simples

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