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Profª Drª Adriana Aparecida Delloiagono de Paula O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído pela Portaria 529/2013. Objetivo = contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. Portaria Nº 529/2013 – Criação do PNSP Conceitos relacionados a segurança do paciente: Segurança do paciente: redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário ao paciente associado ao cuidado à saúde. Dano à saúde: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo. Incluem-se no dano à saúde: doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção. Pode ser classificado como dano físico, social ou psicológico. Portaria Nº 529/2013 – Criação do PNSP Conceitos relacionados a segurança do paciente: Incidente: evento que resultou (ou poderia ter resultado) em dano desnecessário ao paciente. Evento adverso: incidente que resulta em dano ao paciente. Gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avalição e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional. Portaria Nº 529/2013 – Criação do PNSP Conceitos relacionados a segurança do paciente: Cultura da segurança: configura-se a partir das cinco características operacionalizadas pela gestação de segurança e organização, citadas a seguir. ✓ Cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem responsabilidade pela sua própria segurança, pela segurança de seus colegas, pacientes e familiares. ✓ Cultura que prioriza a segurança acima de metas financeiras e operacionais. ✓ Cultura que encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança. ✓ Cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove o aprendizado organizacional. ✓ Cultura que proporciona recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança. É um dos seis atributos da qualidade do cuidado, e tem adquirido, em todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias, gestores e profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma assistência segura. Os incidentes associados ao cuidado de saúde, e em particular os eventos adversos (incidentes com danos ao paciente), representam uma elevada morbidade e mortalidade nos sistemas de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstrando preocupação com a situação, criou a World Alliance for Patient Safety( Aliança Mundial pela Segurança do Paciente) que tem como objetivos organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos. As ações do PNSP articulam-se com os objetivos da Aliança Mundial e comtemplam as demais políticas de saúde para somar esforços aos cuidados em redes de atenção à saúde. Portaria 529/2013 = Instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP. A (resolução da diretoria colegiada) RDC/ Anvisa nº 36/2013 institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Esta normativa regulamenta aspectos da segurança do paciente como: a implantação dos Núcleos de Segurança do Paciente, a obrigatoriedade da notificação dos eventos adversos e a elaboração do Plano de Segurança do Paciente. A Portaria nº 1.377, de 9 de julho de 2013 e a Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 aprovam os protocolos básicos de segurança do paciente. Os protocolos básicos de segurança do paciente são instrumentos para implantação das ações em segurança do paciente. Uma das formas de promover e apoiar a implantação de iniciativas voltadas à segurança do paciente é a implantação de Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) nos estabelecimentos de saúde. Os NSP devem promover a prevenção, controle e mitigação de incidentes, além da integração dos setores, promover a articulação dos processos de trabalho e das informações que impactam nos riscos ao paciente. O NSP tem papel fundamental no incremento de qualidade e segurança nos serviços de saúde. É função do NSP, promover a articulação dos processos de trabalho e das informações que impactem nos riscos ao paciente, além de articular com diferentes áreas intrahospitalares que trabalhem com riscos na instituição de saúde, considerando o paciente como sujeito e objetivo final do cuidado em saúde. O paciente precisa estar seguro, independente do processo de cuidado a que ele está submetido. Desde 2014 até março de 2017 foram implantados um total de 2.333 (dois mil trezentos e trinta e três) Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) no Brasil. Duas questões motivaram a OMS a eleger os protocolos de segurança do paciente: o pouco investimento necessário para a sua implantação e a magnitude dos erros e eventos adversos decorrentes da falta deles. Os protocolos Básicos de Segurança do Paciente tem por característica: Protocolos Sistêmicos; Protocolos Gerenciados; Promovem a Melhoria da Comunicação; Constituem instrumentos para construir uma prática assistencial segura; Oportunizam a vivência do trabalho em equipes; Gerenciamento de riscos. Ministério da Saúde desenvolve ações com vistas a promoção da segurança do paciente, por meio de medidas de educação e divulgação das boas práticas para profissionais de saúde, pacientes e acompanhantes e com ações preventivas como a implementação das seis metas da OMS. O Ministério da Saúde, em parceria com os Hospitais Certificados de Excelência, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (PROADI- SUS), realiza ações, por meio de projetos, para implantação do PNSP, disseminação da cultura de segurança, melhoria continua de processos e implementação de boas práticas. Esses projetos objetivam qualificar a gestão e governança, o desenvolvimento e qualificação dos profissionais atuantes e realização de pesquisas de interesse público em saúde. Os projetos fornecem: apoio à implantação dos NSP; à construção dos planos de segurança; à capacitação/qualificação de profissionais; estímulo à promoção da cultura de segurança com ênfase no aprendizado e aprimoramento organizacional; ao engajamento dos profissionais na prevenção de incidentes, com ênfase em sistemas seguros; e à implementação de protocolos, guias e manuais de segurança do paciente, e estímulo a notificação dos Eventos Adversos (EA) com análises dos EA ocorridos. Este projeto propõe realizar um diagnóstico da estrutura e processos hospitalares para a construção de um plano de ação com vistas ao melhor desempenho dos fluxos e processos hospitalares priorizando áreas de pronto socorro, terapia intensiva e centro cirúrgico porém ressalta-se a importância de todo hospital inclusive áreas de apoio ao diagnóstico. Tem como objetivo a Implantação/Qualificação do Programa nacional de Segurança do Paciente em instituições de saúde por meio de um projeto colaborativo com o desenvolvimento de ferramentas de gestão assistencial, estratégias de ensino aprendizagem e compartilhamento de práticas. Este projeto tem como objetivo avaliar a visita ampliada em UTI e fornecer subsídios para a continuidade do cuidado do paciente crítico após a alta hospitalar, contribuindo para a cultura de segurança e para a qualificação da assistência. Nas UTIs participantes do Projeto UTI visitas, existe a modalidade de visita ampliada ao paciente internado. Neste tipo de visita, até dois familiares próximos podem se habilitar a permanecer até 12 horas por dia com o paciente. O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – COREN-SP – ciente de que a equipe de enfermagem possui um papel fundamental nos processos que envolvem a atenção ao paciente,assumiu, para o ano de 2010, o compromisso de promover uma grande campanha pela segurança do paciente, esclarecendo a categoria de enfermagem e chamando-a à responsabilidade de lançar um novo olhar sobre suas práticas cotidianas e identificar falhas no processo possíveis de gerar erros. Assim, a cartilha 10 Passos para a Segurança do Paciente foi elaborada a partir de ampla discussão com membros do Polo São Paulo da REBRAENSP em parceria com a Câmara Técnica do COREN-SP , no sentido de contemplar os principais pontos que teriam impacto direto na prática assistencial de enfermagem, capazes de serem implementados em diversos ambientes de cuidados. 10 Passos para a Segurança do Paciente 1. Identificação do paciente; 2. Cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos; 3. Cateteres e sondas – conexões corretas; 4. Cirurgia segura; 5. Sangue e hemocomponentes – administração segura; 6. Paciente envolvido com sua própria segurança; 7. Comunicação efetiva; 8. Prevenção de queda; 9. Prevenção de úlcera por pressão e 10. Segurança na utilização de tecnologia. A identificação do paciente é prática indispensável para garantir a segurança do paciente em qualquer ambiente de cuidado à saúde. Falhas na identificação do paciente podem resultar em erros de medicação, erros durante a transfusão de hemocomponentes, em testes diagnósticos, procedimentos realizados em pacientes errados e/ou em locais errados, entrega de bebês às famílias erradas, entre outros. Higienizar as mãos é remover a sujidade, suor, oleosidade, pelos e células descamativas da microbiota da pele, com a finalidade de prevenir e reduzir as infecções relacionadas a assistência à saúde. A administração de fármacos e soluções por cateteres, sondas e seringas é prática de enfermagem comum que pode ser desenvolvida em ambientes de atendimento à saúde. A infusão de soluções em vias erradas, como soluções que deveriam ser administradas em sondas enterais serem realizadas em cateteres intravenosos, devido a possibilidade de conexão errada, é um evento frequente, porém pouco documentado, que pode causar graves consequências e até a morte do paciente. Este passo apresenta medidas para tornar o procedimento cirúrgico mais seguro e ajudar a equipe de saúde a reduzir a possibilidade de ocorrência de danos ao paciente, promovendo a realização do procedimento certo, no local e paciente corretos. A infusão só poderá ocorrer após a confirmação da identidade do paciente e sua compatibilidade com o produto (glóbulos vermelhos, plaquetas, fatores da coagulação, plasma fresco congelado, glóbulos brancos). A administração deve limitar-se, sempre que possível, ao componente sanguíneo que o indivíduo necessita, pois a administração do produto específico é mais segura e evita reações em decorrência da infusão de componentes desnecessários. O paciente pode e deve contribuir para a qualidade dos cuidados à sua saúde, fornecendo informações importantes a respeito de si mesmo e interagindo com os profissionais da saúde. Ele deve ser estimulado a participar da assistência prestada e encorajado a fazer questionamentos, uma vez que é ele quem tem o conhecimento de seu histórico de saúde, da progressão de sua doença e dos sintomas e experiências com os tratamentos aos quais já foi submetido. O paciente recebe cuidados de diversos profissionais e em diferentes locais, o que torna imprescindível a comunicação eficaz entre os envolvidos no processo. A queda pode ser definida como a situação na qual o paciente, não intencionalmente, vai ao chão ou a algum plano mais baixo em relação à sua posição inicial. A avaliação periódica dos riscos que cada paciente apresenta para ocorrência de queda orienta os profissionais a desenvolver estratégias para sua prevenção. A avaliação periódica dos riscos que cada paciente apresenta para a ocorrência de úlceras por pressão orienta os profissionais a desenvolver estratégias para sua prevenção. A segurança na utilização da tecnologia compreende o benefício e o impacto no uso de um ou mais recursos, em prol do restabelecimento da saúde do paciente. Visa identificar soluções que têm como propósito promover melhorias específicas em áreas de maior risco na assistência à saúde, para que a tecnologia seja utilizada de maneira apropriada. Por exemplo: 1. Consulte o manual do fabricante de qualquer equipamento. 2. Avalie se o equipamento apresenta condições adequadas para o uso.
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