Buscar

matéria crimes em espécie I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MATÉRIA CRIMES EM ESPÉCIE I
Crimes em espécie I ( Art. 121 ao 212, CP) – Prof. Ricardo Valente
Crimes contra a vida – Art. 121 a 129, CP)
Art. 121(Homicídio)
- Sujeitos – comum(ativo e passivo) – qualquer pessoa;
- Elemento Objetivo – matar(núcleo do tipo) - alguém(ser humano com vida;
- Elemento Subjetivo (dolo e culpa);
- Consumação/tentativa – morte cerebral;
- Majorantes;
- Minorantes;
- Classificação -
Espécies de Homicídio:
Art. 121 caput – simples;
Art. 121 § 1º – privilegiado;
Art. 121 § 2º – qualificado;
Art. 121 § 3º – culposo.
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
Caso de diminuição de pena
§ 1.º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir
a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
§ 2.º Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino;
VII - contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo
até terceiro grau, em razão dessa condição:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Homicídio culposo
§ 3.º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Aumento de pena
§ 4.º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar
prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime
é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
§ 5.º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária.(Perdão judicial)
§ 6.º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia
privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
§ 7.º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência;
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
- Sujeitos – comum(ativo e passivo) – qualquer pessoa;
- Elemento Objetivo – induzir, instigar e prestar auxílio(núcleo do tipo) - alguém(ao suicídio);
- Elemento Subjetivo (dolo);
- Consumação – lesão corporal grave ou consequência morte cerebral;
* O crime não admite forma tentada.
- Majorantes; motivo egoístico ou vítima é menor (dobra a pena)
- Minorantes;
Pesquisa Doutrinária:
1) A Eutanásia caracteriza o homicídio qualificado ou privilegiado?
2)O homicídio privilegiado e qualificado pode ser considerado crime hediondo?
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3
(três) anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo único. A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
Infanticídio
- Sujeitos – próprio(ativo – mãe, passivo – filho recém nascido) ;
- Elemento Objetivo – matar(núcleo do tipo) - criança durante o parto ou logo após, pela mãe
em estado puerperal;
- Elemento Subjetivo (dolo);
- Consumação – morte cerebral do recém nascido;
* O crime admite forma tentada.
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo
após: Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena - detenção,
de 1 (um) a 3 (três) anos.
O STF, no julgamento da ADPF n. 54, de 12-4-2012, decidiu, por maioria de votos, julgar
procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade da interpretação segundo a qual a
interrupção da gravidez de feto anencéfalo é conduta tipificada neste artigo.
Aborto provocado por terceiro
Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10
(dez) anos.
Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4
(quatro) anos.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze)
anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave
ameaça ou violência.
•• O STF, no julgamento da ADPF n. 54, de 12-4-2012, decidiu, por maioria de votos, julgar
procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade da interpretação segundo a qual a
interrupção da gravidez de feto anencéfalo é conduta tipificada neste artigo.
•• A Resolução n. 1.989, de 10-5-2012, do Conselho Federal de Medicina, dispõe sobre o
diagnóstico de anencefalia para a antecipação terapêutica do parto e dá outras providências.
Forma qualificada
Art. 127. As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a
morte.
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou,
quando incapaz, de seu representante legal.
DAS LESÕES CORPORAIS
- Sujeitos – comum(ativo e passivo) – qualquer pessoa;
- Elemento Objetivo – ofender(núcleo do tipo) - alguém(incolumidade física);
* integridade corporal (anatômica)ou a saúde (fisiológica) de outrem.
- Elemento Subjetivo (dolo ou culpa);
- Consumação – efetivo dano a incolumidade física;
* É necessário o exame de corpo de delito
* O crime admite forma tentada(lesão corporal leve – Art. 129 caput).
- Majorantes : Aumento de pena §§ 7.º, 10, 11 e 12; 
- Minorantes: Diminuição de pena § 4.º.
Lesão corporal (natureza leve)
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1.º Se resulta:
I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
Lesão corporal de natureza gravíssima(classificação doutrina)
§ 2.º Se resulta:
I - incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização de membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3.º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem
assumiu o risco de produzi-lo:
Pena - reclusão,de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Diminuição de pena
§ 4.º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir
a pena de um sexto a um terço.(privilegiado)
Substituição da pena
§ 5.º O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; Art. 129§4º (privilegiado)
II - se as lesões são recíprocas.
Lesão corporal culposa
§ 6.º Se a lesão é culposa:
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano.
Aumento de pena
§ 7.º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4.º e 6.º do
art. 121 deste Código.
(§4º - a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não
procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo
doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa
menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
§6º - é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada,
sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.)
§ 8.º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5.º do art. 121.(perdão judicial)
Violência doméstica
§ 9.º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro,
ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1.º a 3.º deste artigo(lesão grave, gravíssima e que resulta morte)
e se as circunstâncias são as indicadas no § 9.º deste artigo (Violência doméstica), aumenta-se a
pena em 1/3 (um terço).
§ 11. Na hipótese do § 9.º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for
cometido contra pessoa portadora de deficiência.
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a
dois terços.
CASO 1 – Gergilei, contratado por Nestor por 5 mil reais, sequestrou e matou por asfixia a
menor impúbere Lilica. Em sede policial constatou-se que o fato gerador do crime foi uma dívida
de 50 mil reais que o pai da vítima se recusava a pagar Nestor. Considerando que Nestor
confessou sua conduta e que Gergilei já era reincidente dessa espécie de crime. Promova a
capitulação penal e a dosimetria da pena.
Dados:
Homicídio qualificado(Art. 121 §2º, III e §4º) - asfixia; agravante - reincidência e motivo torpe
(Art. 61, I e IIa)Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.Obs.: os dois respondem pelo
mesmo crime, devido ser autor e coautor.
Aumento de pena - a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa
menor de 14 (quatorze)- Lilica, impúbere. Atenuante Nestor – confessou, agravante Gergilei –
reincidente.
R- capitulação: Homicídio qualificado(Art. 121 §2º, III e §4º c/c Art. 61, I e IIa), dosimetria:
Nestor Pena básica de (12 a 30 anos)15 anos, causa de agravante(motivo torpe e asfixia)1/6,
atenuante(confessou) 1/6, caso de aumento(menor impúbere)1/3 e sem causa de diminuição de
pena = total de 20 anos em regime fechado e Gergilei Pena básica de (12 a 30 anos)15 anos,
causa de agravante(reincidente)1/3 sem atenuante, caso de aumento(menor impúbere)1/3 e sem
causa de diminuição de pena = total de 27 anos em regime fechado
Obs. só corrigiu o caso 1
CASO 2 – Perivaldo, ao chegar embriagado em casa irritou-se com sua esposa Gergiléia que
havia reclamado da para o jantar, veio a agredi-la com socos e pontapés. Socorrida pelos
vizinhos a vítima foi levada para o hospital e como estava gestante acabou abortando em virtude
das lesões. Considerando que Perivaldo foi tido na ação penal como semi-imputável. Promova a
capitulação penal e a dosimetria da pena.
Dados: Lesão corporal Art. 129 §2.º V, CP, Violência doméstica Art. 129 §§ 9.º e 10: Pena -
detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos e aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). Causa de
diminuição de pena – semi-imputável (Art.26 §U – 1/3 a 2/3)
R- capitulação :Lesão corporal Art. 129 §2.º V, CP , C/C Violência doméstica Art. 129 §§ 9.º e 10,
CP, dosimetria: Pena básica de (1 a 3 anos)3 anos, não existe causa de agravante nem atenuante,
caso de aumento(1/3)(1/3 e causa de diminuição de pena(1/3 a 1/2)1/3 = total de 3 anos
Para lembrar:
Inimputáveis
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Redução de pena
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Aula dia 15/03/18 - DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Perigo de contágio venéreo
Art. 130. Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de
moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: Pena - detenção, de 3 (três)
meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1.º Se é intenção do agente transmitir a moléstia: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos,
e multa.
§ 2.º Somente se procede mediante representação.
- Sujeitos – comum(ativo e passivo) – qualquer pessoa;
- Elemento Objetivo – expor(núcleo do tipo) - alguém( por meio de relações sexuais ou qualquer
ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea);
- Elemento Subjetivo (dolo: direto ou eventual);
- Consumação – efetivas relações sexuais ou qualquer ato libidinoso ;
* O crime admite forma tentada(perigo abstrato).
- Majorantes : Aumento de pena (Art 130 §1º - intenção do agente transmitir a moléstia); 
Perigo de contágio de moléstia grave
Art. 131. Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato
capaz de produzir o contágio: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
- Sujeitos – comum(ativo e passivo) – qualquer pessoa;
- Elemento Objetivo – Praticar ou executar(núcleo do tipo) - a alguém(a contágio com o fim de
transmitir a outrem moléstia grave);
- Elemento Subjetivo (dolo: direto);
- Consumação – efetivas relações sexuais ou qualquer ato libidinoso ;
* O crime admite forma tentada(perigo abstrato).
Perigo para a vida ou saúde de outrem
Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de 3
(três) meses a 1 (um) ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) se a exposição da vida
ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em
estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.
- Sujeitos – comum(ativo e passivo) – qualquer pessoa;
- Elemento Objetivo – Expor(núcleo do tipo) - a vida ou a saúde de outrem (perigo direto e 
iminente);
- Elemento Subjetivo (dolo: direto ou eventual);
- Consumação – perigo concreto;
- Majorante – (Art. 132 §U)* O crime admite forma tentada(perigo abstrato).
 CASO 3 – Gergiléia em depressão por ter sido abandonada pelo seu marido, deliberadamente,
abandonou o seu filho, menor impúbere, numa rua movimentada do Centro do Rio. A criança
dirigiu-se a um senhor depois identificado como Pirineu pedindoajuda. Pirineu chamando o
menor de “trombadinha” se recusou a ajudá-lo. A criança acabou sendo levada por um
indivíduo identificado como Zé Caveira que matou o menor, juntamente com a sua mulher
Cretinície, com emprego de fogo num ritual satânico. Considerando:
A. Que Gergiléia era maníaca depressiva.
B. Pirineu confessou a sua conduta na Delegacia.
C. Zé Caveira era reincidente em crimes contra a vida.
Promova a capitulação penal e a dosimetria da pena.
P/ próxima aula
Abandono de incapaz
Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - detenção, de
6 (seis) meses a 3 (três) anos.
§ 1.º Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5
(cinco) anos.
§ 2.º Se resulta a morte: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Aumento de pena
§ 3.º As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima;
III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
Exposição ou abandono de recém-nascido
Art. 134. Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: Pena - detenção, de
6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
§ 1.º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três)
anos.
§ 2.º Se resulta a morte: Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Omissão de socorro
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de 1 (um) a
6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico
hospitalar emergencial: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão
corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte.
Maus-tratos
Art. 136. Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância,
para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou
cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando
de meios de correção ou disciplina: Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1.º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos.
§ 2.º Se resulta a morte: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
§ 3.º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze)
anos.
DA RIXA
Rixa
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detenção, de 15 (quinze)
dias a 2 (dois) meses, ou multa.
Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da
participação na rixa, a pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
Calúnia
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena -
detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 1.º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2.º É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3.º Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n. I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.
Difamação
Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de 3
(três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e
a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de 1 (um) a
6 (seis) meses, ou multa.
§ 1.º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2.º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena correspondente à
violência.
§ 3.º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: Pena - reclusão de 1 (um) a 3
(três) anos e multa.

Outros materiais