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Cap 01 - Haletos Orgânicos

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Química Orgânica II Haletos Orgânicos 1 
 
1- HALETOS ORGÂNICOS 
São compostos que resultam da substituição de um ou mais hidrogênios de 
um hidrocarboneto, por átomos de halogênios (F, Cl, Br ou I – Família 7A). 
Apresentam pelo menos um átomo de halogênio ligado a um grupo derivado de 
hidrocarboneto, sendo representados genericamente por: R  X 
1.1- Classificação 
a) Quanto ao Halogênio 
 Podem ser cloretos, brometos e iodetos. Os fluoretos constituem uma “classe 
à parte” (têm preparação e propriedades bem diferentes dos outros compostos). 
Podem ser mono, di, tri ou polihalogenados. 
b) Quanto ao Radical Orgânico 
 Derivados halogenados alifáticos, alicíclicos e aromáticos. Os compostos 
halogenados alifáticos (haletos de alquila: RX) e os halogenados aromáticos (haletos 
de arila: ArX) são os mais importantes, pois apresentam propriedades e métodos de 
obtenção bastante diferentes. Podem ser saturados ou insaturados. 
1.2- Nomenclatura 
Nome Oficial: nome do halogênio + cadeia principal (mais longa e numeração 
mais simples). Os átomos de halogênios são considerados como substitutos de 
hidrogênios na cadeia carbônica do hidrocarboneto, e sua nomenclatura segue: 
Nome do Halogênio + Nome do Hidrocarboneto Correspondente 
Exemplos: 
H3C
H2
C C
H
CH3
Br
4 3 2 1
2 Bromo butano
 
Tricloro metanoC
Cl
H
Cl
Cl
 
H3C
H2
C C
H
C
H
Br
5 4 3 2 1
2 Metil, 3 bromo pentanoCH3
CH3
 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 2 
 
Na nomenclatura IUPAC, na numeração da cadeia principal, os halogênios 
não são considerados grupos funcionais, por isso, se a cadeia for insaturada, o 
menor algarismo deverá ser atribuído ao carbono que apresenta a insaturação. 
H3C C
H
C C
Br
5 4 3 2 1
3,4 dibromo, 2 metil 2 pentenoCH3
CH3Br
 
Nome Vulgar: é semelhante à dos ésteres e é feita com as palavras fluoretos, 
iodetos cloreto e brometo. Nessa nomenclatura, o nome do haleto precede o nome 
do grupo orgânico. 
H3C
H2
C CH3 Fluoreto de sec-butilaC
H
F
 
Outros exemplos: 
HALETO NOME OFICIAL (IUPAC) NOME VULGAR 
H3C
H2
C Cl 
Cloro etano Cloreto de Etila 
H3C C
H
CH3
Br
 
2 Bromo propano Brometo de isopropila 
H3C C CH3
I
CH3 
2 Iodo 2 metil propano Iodeto de terc-butila 
C
F
H
H
H
 
Flúor metano Fluoreto de metila 
C
Cl
H
Cl
Cl
 
Triclorometano 
Tricloreto de metila 
(Clorofórmio) 
Br
 
Bromobenzeno Brometo de fenila 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 3 
 
Características de alguns haletos conhecidos: 
Clorofórmio HCCl3 (tricloro metano): O clorofórmio começou a ser utilizado 
como anestésico, para fins cirúrgicos, em 1847. Atualmente, não se emprega mais o 
clorofórmio com essa finalidade porque está provado que ele pode causar parada 
respiratória e danos irreparáveis ao fígado. 
CFC (cloro flúor carbono) – freons: Os dois compostos mais comuns desse 
grupo de substâncias são: 
C
Cl
F
Cl
Cl
Tricloro fluor metano
C
Cl
F
F
Cl
Dicloro difluor metano 
Esses compostos conhecidos como CFC (cloro-flúor-carbono) eram utilizados 
como propelentes em aerossóis e como líquidos refrigerantes em refrigeradores e 
aparelhos de ar condicionado. O uso dos aerossóis e eventuais vazamentos nos 
aparelhos de refrigeração liberam os freons para a atmosfera, ocasionando um sério 
problema ambiental, pois estes podem destruir a camada de ozônio que protege a 
Terra dos raios ultravioleta. Atualmente, o CFC está sendo substituído por outras 
substâncias, como o butano, que não ataca a camada de ozônio. 
 
 
DDT (p-dicloro-difenil-tricloro etano): é um dos mais conhecidos inseticidas de 
baixo custo. Foi utilizado inicialmente na época da Segunda Guerra Mundial para 
controlar insetos que transmitiam doenças, como malária, tifo e febre amarela. Em 
muitas partes do mundo, seu uso foi proibido por apresentar efeito acumulativo no 
Quando a válvula é comprimida, a pressão interna do 
recipiente diminui e provoca a vaporização do propelente, o 
qual escapa para o ambiente misturado a uma parte do 
produto. 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 4 
 
organismo e por ser capaz de interromper o equilíbrio natural do meio ambiente, 
envenenando alimentos, como verduras, carnes e peixes, e, ainda, enfraquecendo 
as cascas de ovos das aves. 
Cl C Cl
C
Cl
Cl Cl
H
 
Gás lacrimogêneo: apresenta baixa toxicidade e começou a ser utilizado na 
Primeira Guerra Mundial. Ainda hoje é usado em manifestações de rua. 
C
O
C
H2
Cl
 
1 Cloro acetofenona (Cloreto de aceto fenona) 
1.3- Haletos de Ácido: Os haletos de ácido, também chamados haletos de 
acila, apresentam como grupo funcional a seguinte estrutura: 
C
O
X
em que X = F, Cl, Br ou I
 
Pode-se considerar que os haletos de ácido são provenientes da substituição 
da hidroxila (OH) presente em um ácido carboxílico por um átomo de halogênio: 
R C
O
OH
- OH
+ X
R C
O
X 
Sua nomenclatura é dada em função do nome do ácido carboxilico de origem, 
de acordo com o seguinte esquema: 
Brometo, Cloreto, Fluoreto ou Iodeto de NOME DO ÁCIDO 
 ICO 
+ ILA 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 5 
 
O nome obtido de acordo com o esquema será oficial ou usual conforme seja 
usada uma ou outra nomenclatura do ácido de origem. 
Exemplos: 
H3C C
O
OH
- OH
+ Cl
H3C C
O
Cl 
Ácido etanóico Cloreto de etanoila 
Ácido acético Cloreto de acetila 
C
H
C
O
OH
- OH
+ Br
CC
H
H3C
CH3C2H5
C
H
C
O
Br
CC
H
H3C
CH3C2H5
 
Ácido 3 etil 2 metil 3 pentenóico Brometo de 3 etil 2 metil 3 pentenoila 
1.4- Propriedades Físicas: Os haletos mais comuns e importantes são 
líquidos incolores, de cheiro agradável, porém tóxicos, insolúveis em água, mas 
solúveis em solvente orgânicos. 
 Estado físico: os mais simples são gases (CH3F, CH3Cl, CH3Br, C2H5F e 
C2H5Cl). Com o aumento da massa molecular (MM) eles são líquidos ou sólidos; 
 Densidade em relação à água: monofluoretos e monocloretos são menos 
densos que a água; os brometos e iodetos são mais densos que a água; os 
polihaletos são, em geral, mais densos que a água; 
 Ponto de Ebulição e Densidade: 
 Influência da massa molecular: com o aumento da massa molecular há 
aumento no ponto de ebulição e densidade (considerar a MM do halogênio); 
 Influência no número de halogênios: com o aumento do número de halogênios 
há aumento no ponto de ebulição e densidade. 
 Principais usos: em sínteses orgânicas (devido a grande reatividade dos 
compostos halogenados eles são matéria-prima de muitos compostos, no entanto, 
são produtos caros) e como solventes (principalmente os polihalogenados que 
são bons solventes para óleos e gorduras). 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 6 
 
1.5- Métodos de Obtenção. 
1.5.1- A partir de hidrocarbonetos. 
a) Por meio de Reações de Substituição. 
a) Em Alcanos: 
1ª etapa: Cisão homolítica (térmica/fotoquímica) na molécula de cloro (Cl2). 
 
 
 
2ª etapa: Ataque do radical livre à molécula do alcano, com formação de ácido 
halogenídrico. 
 
 
 
3ª etapa: Ataque do outro radical livre. 
 
 
 
 
A halogenação de alcanos é possível de ocorrer em todos os carbonos. Será 
mais fácil de ocorrer na seguinte ordem prefrencial: 
C terciário  C secundário  C primário 
Ou seja, o halogênio irá substituir preferencialmente o átomo de hidrogênio do 
carbono menos hidrogenado. 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 7 
 
b) Por meio de reações de adição em compostos insaturados. 
Halogênios ou ácidos halogenídricos podem ser adicionadosem compostos com 
duplas ou triplas ligações. A reação é geralmente realizada misturando-se o alceno 
com cloro ou bromo, à temperatura ambiente, na presença de um solvente inerte 
como o CCl4. Evitando-se altas temperaturas e exposição excessiva à luz, ocorre um 
processo de adição eletrofílica (Halogenação vicinal). 
 Adição de halogênios: 
 
 
 
- Cisão heterolítica: 
 
 
1ª etapa: ataque (eletrofílico) do cátion à dupla ligação, resultando a quebra 
heterolítica da ligação  do alceno, com formação do íon carbônio (carbocátion). 
Obedece à regra de Markownikoff. 
 
 
2ª etapa: ataque (nucleofílico) do ânion ao carbocátion. 
 
 
 
 
OBS.: Em altas temperaturas e sob influência da luz ultravioleta, os alcenos podem 
apresentar a halogenação alílica, isto é, a substituição de um dos átomos de 
hidrogênios alílicos por um átomo de halogênio (Q. Orgânica I: Capítulo 6, item 6.4.2.2). 

propeno
500-600ºC
 + Cl2C
H
CH3 H2C
H
C
H2
C Cl + HCl
3 cloro 1 propeno 
(cloreto de alila)
H2C
 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 8 
 
c) Adição de ácidos halogenídricos: 
Esta reação ocorre à temperatura ambiente na presença de um solvente 
polar. Deverá obedecer à regra de Markownikoff (o hidrogênio irá se adicionar ao 
átomo de carbono insaturado mais hidrogenado e o halogênio ao átomo de 
carbono insaturado menos hidrogenado). A reatividade é: HCl  HBr  HI. 
Propeno
H2C C
H
 + HBr H3C C
H
CH3
2 Bromo propano 
(Brometo de isopropila)
CH3
Br
Ex.:
Propeno
H2C C
H
 + HBr H3C C
H
CH3
2 Bromo propano 
(Brometo de isopropila)
CH3
Br
Ex.:
 
1ª etapa: Cisão heterolítica: 
 
 
 
2ª etapa: Ataque eletrófilico do cátion à molécula de alceno, formando um 
carbocátion. 
 
 
3ª etapa: Ataque do ânion (adição nucleofílica) ao carbocátion. 
 
 
OBS: Em alcenos assimétricos existe a possibilidade de se obter mais de um 
produto (isômeros). Mas, estes não se formam em quantidade iguais; existe 
sempre a predominância de um. No exemplo anterior pode também ser obtido o 
produto secundário: 
C CCH
H
Br
H
H
1 Bromo propano 
(Brometo de n-propila)
H
H
H
 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 9 
 
Os fluoretos, que são difíceis de obter por reação direta, são obtidos a partir 
de outros haletos. Os reagentes fluorados são menos solúveis e podem ser 
separados. 
d) Reação de alcinos com HCl ou HBr 
Controlando-se a temperatura pode-se obter haletos orgânicos insaturados. 
H3C
H2
C C CH HCl+ H3C
H2
C C CH2Ex.:
Cl
 
1ª etapa: Cisão heterolítica do HCl 
 
 
 
2ª etapa: Ataque eletrofílico do cátion formando um carbocátion 
 
 
 
3ª etapa: Ataque nucleofílico do ânion ao carbocátion 
 
 
 
 
OBS: Essa reação segue a regra de Markownikoff: na adição de HX ou XOH o íon 
positivo liga-se ao carbono insaturado mais hidrogenado. 
Ataque Eletrófilo: A substância que é atraída por elétrons: cátion, ou molécula, que 
contém átomo com deficiência de elétron, com tendência a unir-se por ligação 
covalente a um nucleófilo. 
Ataque Nucleófilo: A substância que é atraída por núcleo (atômico): ânion, ou 
molécula dotada de par de elétrons não-compartilhado, com tendência a formar 
ligação covalente com cátion ou molécula que possua um átomo parcialmente 
positivo (ou seja, com um eletrófilo). 
Química Orgânica II Haletos Orgânicos 10 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- Apresente a fórmula estrutural, o nome oficial e usual dos seguintes compostos: 
a) 3 3H C CHF CH  
b) 3 2 2 2H C CH CH CH Cl   
c) 2 2H C CH CH Br  
d) 3 2 2H C CHBr CH CH Cl   
e) 3 2H C CHBr CHBr CH Cl   
 
 
2- Apresentar o mecanismo de obtenção do brometo de propila a partir de um 
alcano; 
 
 
3- Apresentar o mecanismo de obtenção do 3 iodo pentano a partir de um alceno; 
 
 
4- Apresentar o mecanismo de obtenção do cloreto de isopropila a partir de um 
álcool; 
 
 
5- Apresentar o mecanismo de obtenção do 3 brometo 3 hexeno a partir de um 
alcino;

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