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Unidade 1 - Aula 3

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Aula 3
A estrutura do mercado de seguros no Brasil
Componentes do Sistema Nacional de Seguros Privados
A intervenção do Estado nas atividades de seguro não é recente, muito pelo contrário. Em 1934, através do Decreto nº 24.782, foi criado o Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização – DNSPC, em substituição à Inspetoria de Seguros, que o decreto extinguiu. O Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, extinguiu esse departamento e foi criada, em sua substituição, a Superintendência de Seguros Privados, instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP e criou o Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP.
Como vimos na aula anterior, o Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP tem como objetivo o fortalecimento do mercado segurador brasileiro buscando proporcionar as condições necessárias, tanto de solvência quanto de liquidez, às seguradoras.
O SNSP foi instituído pela Lei nº 73/66, de 21 de novembro de 1966, e é composto pelos seguintes elementos:
· Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP.
· Instituto de Resseguros do Brasil – IRB.
· Superintendência de Seguro Privado – SUSEP.
· Entidades Abertas de Previdência Privada – EAPP.
· Seguradoras.
· Resseguradoras.
· Segurados.
· Corretores habilitados.
Conselho Nacional do Seguro Privado – SNSP
O site do Ministério da Fazenda apresenta a seguinte definição: “o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normativo das atividades securitárias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de cúpula”.
A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de seguros privados e capitalização, tendo, posteriormente, com o advento da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, suas atribuições se estendendo à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas.
Conforme disposto no art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de 1991, o CNSP teve o prazo da vigência para funcionar como órgão colegiado, prorrogado até a data de promulgação da lei complementar de que trata o art. 192 da Constituição Federal.
O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, sendo a última através da edição da Lei nº 10.190, de 14 de fevereiro de 2001, que lhe determinou a atual estrutura.
· Composição
· Atribuições
Instituto de Resseguros do Brasil – IRB
Para que se entenda a trajetória do IRB é necessário, antes, compreender as mudanças e os caminhos escolhidos pelo Brasil a partir da década de 1930. Naquela ocasião, o Brasil vivia uma grande onda nacionalista, que refletiu também no mercado de seguros. Isso resultou na aprovação do “Princípio de Nacionalização do Seguro”, previsto na Constituição de 1934 e incluído na Carta Magna sancionada em 1937.
Em 3 de abril de 1939, foi promulgado o Decreto-Lei nº 1.186, que criou o Instituto de Resseguros do Brasil – IRB. Esse decreto foi um marco importante e decisivo na história do mercado de seguros brasileiro que era, até então, embrionário. Foi também um divisor de águas. Naquela época, a atividade de seguros era controlada por empresas estrangeiras, as quais, na maioria dos casos, atuavam como agências de captação de seguros para as suas matrizes.
Na prática, o IRB começou a operar apenas no primeiro semestre de 1940. Inicialmente, o foco foi direcionado para o seguro de incêndio, maior carteira de resseguros do País, responsável, na época, por algo em torno de 75% da receita total do mercado.
O sucesso foi imediato. Em apenas nove meses, o IRB conseguiu atingir a marca de 90% de retenção no País dos prêmios de resseguros no ramo incêndio. Assim, o ressegurador iniciava a sua missão de colaborar para o desenvolvimento do mercado de seguros e, indiretamente, para o incremento da economia nacional. Vale lembrar que o Governo, motivado por um forte sentimento nacionalista, usou o decreto de criação do IRB para evitar a evasão de divisas, obrigando as seguradoras a reassegurarem ao País todas as responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção própria. Assim, foi possível impedir que um volume imenso de divisas fosse remetido para o exterior, como até então ocorria. Surgia, dessa forma, a retrocessão, através da qual o IRB passou a compartilhar o risco com as seguradoras em operação no Brasil.
Pressionadas pelo sucesso obtido pela forma inovadora de atuação do IRB, as empresas estrangeiras se organizaram, portanto, como seguradoras brasileiras, com reservas constituídas no País. Nascia, assim, um mercado doméstico promissor, impulsionado pelo IRB, principal responsável pelo surgimento de seguradoras de capital brasileiro, com o estabelecimento de baixos limites de retenção.
Outro instrumento criado na época e que contribuiu para o fortalecimento do mercado interno foi o “excedente único”, pelo qual as seguradoras nacionais menores, pouco capitalizadas e sem muitos recursos técnicos, puderam ter condições de concorrer com as seguradoras estrangeiras, respaldadas pela cobertura automática do resseguro. Foi assim até a década de 1990, quando começaram a ficar mais fortes as pressões em defesa da abertura e do fim do monopólio do resseguro, o que acabou ocorrendo em 1996.
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
Em 1966, através do Decreto-Lei n° 73, de 21 de novembro de 1966, foram reguladas todas as operações de seguros e resseguros e instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; Instituto de Resseguros do Brasil – IRB; sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e corretores habilitados.
O Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização – DNSPC – foi substituído pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP – entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de Direito Público, com autonomia administrativa e financeira, jurisdicionada ao Ministério da Indústria e do Comércio até 1979, quando passou a estar vinculada ao Ministério da Fazenda.
Em 28 de fevereiro de 1967, o Decreto n° 22.456/33, que regulamentava as operações das sociedades de capitalização, foi revogado pelo Decreto-Lei n° 261, passando a atividade de capitalização a subordinar-se, também, a numerosos dispositivos do Decreto-Lei n° 73/66. Adicionalmente, foram instituídos o Sistema Nacional de Capitalização, constituído pelo CNSP, e a SUSEP, pelas sociedades autorizadas a operar em capitalização.
Entidades Abertas de Previdência Privada – EAPP
	Entidades Abertas de Previdência Privada – EAPP
	Entidades Abertas de Previdência Complementar – EAPC
Entidades abertas de previdência privada são entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP – e da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.
As EAPPs oferecem diversos tipos de planos.
Tipos de planos/benefícios
Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou coletiva (averbados ou instituídos); e podem oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos básicos de benefício:
· Renda por sobrevivência: renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de aposentadoria.
· Renda por invalidez: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.
· Pensão por morte: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s)na proposta de inscrição em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.
· Pecúlio por morte: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.
· Pecúlio por invalidez: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.
A SUSEP e as entidades criaram os seguintes planos padrões que, atualmente, são comercializados pelo mercado de previdência complementar aberta.
PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre, PRGP – Plano com Remuneração Garantida e performance, PAGP – Plano com Atualização Garantida e performance, PRSA – Plano com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização e PRI – Plano de Renda Imediata.
Sociedades seguradoras
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido.
Resseguradoras
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que têm por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão.
Resseguro é o seguro realizado por empresa seguradora, no qual o segurador se responsabiliza, total ou parcialmente, pelo risco de uma operação já coberta por outro segurador. É o seguro do seguro.
Retrocessão é o repasse de parte das responsabilidades que o ressegurador assumiu para outro ressegurador ou para companhias seguradoras locais, com o objetivo de proteger seu patrimônio. Nessa operação, são cedidos riscos, informações e parte do prêmio de seguro. É o seguro do resseguro.
Segurados
São as pessoas físicas ou jurídicas que, tendo interesse segurável, contrata um seguro, em seu benefício pessoal ou de terceiros. São as pessoas em relação à qual a seguradora assume a responsabilidade de determinados riscos.
Corretores habilitados
São pessoas físicas ou jurídicas legalmente autorizadas a intermediar contratos de seguros entre as sociedades seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, sendo remunerados por meio de um percentual de comissão sobre o valor do prêmio pago pelo segurado.
São empresas ou profissionais liberais, sem vínculos com as seguradoras, de modo a estarem mais bem posicionados na defesa dos interesses dos segurados. A profissão foi regulamentada pela Lei nº 4.594, de 29/12/64, e seu exercício depende de prévia obtenção de título de habilitação concedido pela Susep. Para a obtenção de tal título, esta autarquia exige a conclusão de curso técnico-profissional de seguros, oficial ou reconhecido, e a prestação de exame nacional promovido pela Escola Nacional de Seguros, responsável, no Brasil, pela formação desse profissional.
Os corretores de seguros são organizados em sindicatos estaduais afiliados à Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros – Fenacor.
No Brasil, as seguradoras só podem receber propostas de seguros por parte de corretores legalmente habilitados ou diretamente dos proponentes, mas o comissionamento da intermediação é obrigatório.
Vídeo da Unidade
Para saber mais sobre o assunto desta aula assista ao vídeo da unidade: A estrutura do mercado de seguros.
Se preferir, faça o download do áudio (mp3 compactado) deste vídeo clicando aqui.
Atividade 1
O Assinale a alternativa que indica o principal objetivo do Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP, na atual estrutura do mercado de seguros do Brasil.
1. aProver o mercado de resseguros e cosseguros de estabilidade, através da regulação das entidades prestadoras nacionais.
2. bFixar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de seguros privados e capitalização.
3. cFortalecer o mercado segurador brasileiro, buscando proporcionar as condições necessárias, tanto de solvência quanto de liquidez, às seguradoras.
4. dColaborar para o desenvolvimento do mercado de seguros e, indiretamente, para o incremento da economia nacional.
5. eFixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta e capitalização.
Atividade 2
Assinale a alternativa que indica a principal função da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, na atual estrutura do mercado de seguros do Brasil.
1. aProver o mercado de resseguros e cosseguros de estabilidade, através da regulação das entidades prestadoras nacionais.
2. bControlar e fiscalizar o mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização.
3. cColaborar para o desenvolvimento do mercado de seguros e, indiretamente, para o incremento da economia nacional.
4. dFixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta e capitalização.
5. eFixar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de seguros privados e capitalização.

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