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Luigi Pareyson - Os Problemas da Estética

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Os Problemas da Estética – Luigi Pareyson 
 
Capítulo I - Natureza e tarefa da estética 
Extensão do termo. Traz a problemática sobre o que diz respeito à 
própria estética: sua natureza, seus limites, suas incumbências, seu método. A 
estética não tem uma indicação precisa desde o seu surgimento, em 
Settecento a beleza era estudo do conhecimento confuso e sensível, e o termo 
foi se ampliando para indicar as teorias do belo e da arte. 
No início desde século, os filósofos alemães tentam distinguir da Estética, 
entendida como filosofia do belo, uma “teoria geral da arte” que pretende 
estudar a arte nos seus aspectos técnicos, psicológicos, éticos, sociais... 
Baseados no fato de que a arte moderna não se preocupa com o “belo” no 
sentido clássico e persegue deliberadamente o “feio”, sendo o belo o resultado 
final da obra mesmo que não se conforme a ideia tradicional de beleza. 
Chegou-se ao ponto de reduzir a beleza à arte, não reconhecendo outra forma 
de beleza que não a artística. Hoje se entende por estética toda “teoria” de 
qualquer modo se refira à beleza ou a arte. 
Caráter filosófico da estética. Na busca de uma definição mais 
delimitada e precisa, a problemática é se a estética constitui uma reflexão 
filosófica ou reflexão empírica. 
A reflexão filosófica é puramente especulativa e não normativa, dirigindo-
se a definir conceitos e não estabelecer normas, sendo assim, a estética não 
pretende estabelecer o que dever ser arte ou belo, ao contrário, tem a 
incumbência de dar conta do significado, da estrutura, da possibilidade e do 
alcance metafísico dos fenômenos que se apresentam na experiência estética. 
A estética é filosofia porque é reflexão especulativa sobre a experiência 
estética, na qual entra toda experiência que tenha a ver com o belo e com a 
arte: A experiência do artista, do leitor, do crítico, do historiador, do técnico da 
arte e daquele que desfruta de qualquer beleza, seja artística, natural ou 
intelectual, a atividade artística, a interpretação e avaliação das obras de arte, 
as teorizações da técnica das várias artes. Sendo a estética a união das duas 
vias, já que em filosofia a experiência é objeto ao mesmo tempo de reflexão e 
de verificação do pensamento e o pensamento é, ao mesmo tempo, resultado e 
guia da interpretação da experiência. 
Caráter concreto da estética. A filosofia tem um caráter especulativo e 
concreto ao mesmo tempo, e um é garantia do outro, no sentido de que não é 
filosofia aquela que não se ergue sobre a experiência como pura especulação 
dirigida a explica-la e a justificá-la. 
A estética é constituída pela dupla troca ao caráter especulativo da 
reflexão filosófica e ao seu contato com a experiência concreta, sendo assim, 
não caindo na simples descrição abstrata. 
Estética e crítica. Estética e poética têm caráter de uma reflexão sobre a 
arte, mas não se pode pensar em incluí-las na estética ou reduzi-las à própria 
estética. 
A poética é programa de arte, que traduz em termos normativos e 
operativos um determinado gosto, que por sua vez é toda espiritualidade de 
uma pessoa ou de uma época projetada no campo da arte. A crítica é o 
espelho no qual a obra se reflete: ela pronuncia seu juízo enquanto reconhece 
o valor da obra. A estética pelo contrário não tem caráter normativo nem 
valorativo: não define nem normas para o artista nem critérios para o crítico. 
Como filosofia, a estética tem caráter exclusivamente teórico: A filosofia 
especula, não legisla. 
Estética e teoria de cada arte. Neste tópico é trabalhado como cada 
teoria e técnica artística reproduz um viés diferente, além de estético, mas se 
propõe a trabalhar pelo âmbito material. Deste ponto, a estética perpassa em 
questões filosóficas e teóricas e, quando em torno do objeto, específica uma 
singularidade diante da expressividade, demonstrando várias artes. 
Estética e poética. O conceito estético estipulas teorias e reflexões 
acerca do valor do belo, enquanto a poética traça um apoio ao construir 
sensível da arte, e está se predispõe de dizer a expressividade e 
espiritualidade da arte e articula sua atividade técnica neste valor. Ambos os 
termos, ainda que a poética seja diversificada, a estética, em seus princípios 
gerais, pode distinguir a parte estética daquela que urge de uma doutrina, 
propriamente poética. 
Capítulo III – Autonomia e funções da arte 
Neste texto, o conceito da arte é atribuída de duas formas as quais 
dividem pensamentos. Àqueles que estruturam o viés artístico em cima de uma 
atividade humana, tornando-a de certa forma genérica ao visual humano, e em 
contraponto e como validez, busca-se também sua distinção das demais, e isto 
retoma ao outro grupo, proposto pela distinção e restrição do caráter artístico, 
negando qualquer beleza àquilo que não seja arte, porém, a arte como 
atividade humana vive ligado ao controle humano em suas técnicas, o que 
contraria também sua ideia. 
Busca-se em si a especificação da arte, indagando seu caráter moral, 
técnico e estético. Esta não pode se separar do resto enquanto se distingue. 
Há de se debater sobre a beleza e sua funcionalidade, além de discutir às 
visões proporcionadas acerca das criações. 
Quanto está, procuram-se concepções que distingam a arte. Uma voltada 
ao conceito moral, revelador, original e a forma como algo verdadeiro, 
enquanto a outra à instrumentalidade, intercalada à memória e pensamento, e 
relativa a outros valores. Contudo, também estipulam uma confusão, onde 
duma vê-se a corrupção de valores, que corrompem a ação e pensamento e 
noutra a desvalorização da arte quanto instrumento para diversos fins, mesmo 
que em suas confundas partes, atribuem-se à reconhecer reais possibilidades 
para distinguir e atrelar a arte. 
É visto ao longo do texto a arte quanto forma, atrelada no percurso 
humano, na religião, política, atividade, história, ciências, etc... E nela 
permanece intrínseco a relatividade humana e sua experiência. Esta distancia-
se opera dos valores humanos, além de diversificar-se nas poéticas. Em 
adjunto, o viés humano estabelece relações contemplativas da arte na 
moralidade, religiosidade e também na utilidade e, desta forma, é estabelecido 
uma inquietude na estrutura da arte, onde ao qual se relativiza na singularidade 
humana e vive enquanto forma. 
Capítulo V - Questões sobre o conteúdo da arte 
O autor aborda uma antiga polêmica no campo das artes, a questão do 
sentimento. É necessário primeiramente identificar a espécie de sentimento, 
existindo quatro tipos: os vividos pelo artista (precedentes), os expressos na 
obra (contidos), os vividos pelo artista ao fazer a obra (concomitantes) e os 
despertados pela obra no leitor (subsequentes). 
 
Os mais diversos sentimentos podem tornar-se artísticos, bem como 
ideias, crenças e aspirações do artista podem se tornar temas artísticos e nutrir 
a obra com intensidade dos afetos, profundidade dos pensamentos e 
elementos teóricos e práticos. Tais fatores não necessariamente devem vir 
liricamente condensados na arte através do sentimento. 
 
Quanto aos sentimentos contidos na obra estes não são vividos, mas sim 
contemplados e têm relação com o aspecto fantasioso. Já os sentimentos 
concomitantes com a atividade artística se referem à alegria de criar, a paixão 
do artista pela arte. 
 
Os sentimentos subsequentes, ou seja, aqueles suscitados pela obra, não 
são o fim último de uma obra de arte, mas sim um efeito provocado por ela. Os 
sentimentos do leitor também têm papel nessa relação, no sentido de que eles 
podem influenciar, às vezes até mesmo comprometer, a compreensão da obra. 
 
Capítulo VII - Arte e História 
 
1. Possibilidade ou impossibilidade da história da arte. Este capítulo parte da 
tese de Croce da história como forma de arte e da arte como forma de 
expressão e de conhecimento. Uma obra, nasce definida de obras anteriores, o 
misto entre história,filosofia e arte, mas que vai muito além do que ele chama 
“história geral”, ou seja, além da história cultual ou civil. A arte vem impregnada 
do seu tempo, do seu povo e sua época, sendo assim, devese ser estudada, 
lida, com os olhares para o seu tempo, procurando entender todo o contexto 
(cultural, religioso, político, etc) onde a obra está inserida, sua realidade 
histórica como um todo, além da contemplação estética por si só. 
2. Historicidade e especificação da arte. O autor, neste capítulo, coloca a obra 
de arte no patamar de “documentário”, sua historicidade e especificação. Uma 
obra, trás em si um valor filosófico, trazendo uma identidade única, um estilo 
único que traz consigo o ato criativo e inventivo do artista e toda a alma e 
espiritualidade do seu tempo. 
3. A história na obra e a obra na história: temporalidade e intemporalidade da 
arte. Luigi deixa claro que toda obra nasce de uma determinada situação 
histórico temporal, mas não é apenas um subproduto de histórias precedentes 
ou um resultado de um momento temporal, mas capaz de ela, a obra, produzir 
sua história. Na obra há uma complexidade temporal e intemporal, por vezes 
reemergindo, revivendo miméticas ou trazendo novas técnicas com caráter 
inovador, contribuindo para o tempo, emergindo da história em que ela se 
alimenta. A gênese de uma obra é o caminho para que se estude o seu 
caminho, entendendo que também esta obra é perecível e mortal, diante do 
desgaste material e imaterial com o passar do tempo. 
4. Originalidade e continuidade: tradição e imitação. Neste capítulo observa-se 
que uma obra não perde sua originalidade por seguir ou negar preceitos 
artísticos anteriores. Devemos observar cada obra e autor, de forma individual, 
sua tradição, sua escola onde esta inserido seu gênero e estilos. Devemos 
ainda tomar extremo cuidado com termos como “progresso”, “desenvolvimento” 
e “evolução” no âmbito da arte, onde podemos minimizar pinturas primitivas 
diante dos ditos refinados, mas sem negar (tomando cautela) as evoluções 
técnicas, e/ou tentar colocar todos em um mesmo patamar, linear em sua 
linguagem artística. 
5. Comunidade e singularidade: escolas, estilos, gêneros, formas. Aqui é 
abordado definições das: - Escolas: Como uma família, onde a arte que afirma 
e manifesta sua originalidade sem o anular o indivíduo. - Estilos: Traços 
comuns e coletivos, ato individual, porém, que pode emergir de uma herança 
artística. - Gêneros e Formas: Elementos supra individuais, não sendo 
separáveis da obra em si. O autor sugere ainda, neste capítulo, que podemos 
interpretar estes fenômenos de duas formas: - Interpretação Coletivista: 
Autores e obras supra individuais. - Interpretação Nominalista: Nenhuma 
realidade ou direito de cidadania no campo da arte. 
6. Funções da história da arte. Nesta última parte, o autor conclui afirmando 
que a especificação e historicidade devem caminhar juntas, conciliando ainda a 
singularidade, originalidade e continuidade, e desta forma possibilitando o 
surgimento da história da arte, o que contribuirá para um entendimento mais 
amplo e profundo da civilização humana. 
Capítulo IX - O processo artístico 
A lei da arte: A construção do que seria a lei da arte se deu até como “A 
imitação da natureza” por muito tempo acabaram até mesmo se tornando 
regras revestidas pelos gostos que leis propriamente ditas. Até o romantismo 
acabou se tornando uma regra: A beleza, as obras de arte estavam 
diretamente vinculadas ao belo. A busca pelo que seria arte agora haviam 
encontrado uma característica da qual se preocupar a beleza, mas mesmo 
durante o romantismo a arte como expressão começou a ser levada em 
consideração, aquilo que revela um sentimento ou uma interioridade mesmo 
que contra ao ideal de belo. Chegando até mesmo a recomendar o feio. A 
princípio de afirmar que “A beleza não é lei, mas resultado da arte: não seu 
objeto, mas seu efeito e êxito”. No fundo, isso significa que não existe uma lei 
geral das artes só inventividade e criatividade do artista. 
 
Lucy Ferraz, Péricles Pedro, Pamella Thayanne, Cláudio Lavôr e Amanda 
Mesquita.

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