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APOSTILA DE PORTUGUÊS PROFESSORA ORGANIZADORA: MSc.: CIRLENE PEREIRA DOS REIS ALMEIDA FEVEREIRO DE 2020 LÍNGUA, LÍNGUAGEM E COMUNICAÇÃO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Comunicação é o processo pelo qual os seres humanos trocam entre si informações. Nesta breve definição, temos já implicitamente presentes os elementos nucleares do ato comunicativo: o emissor, o receptor ("seres humanos") e a mensagem ("informações"). De fato, em qualquer ato comunicativo encontramos alguém que procura transmitir a outro uma dada informação. Além desses três elementos nucleares, é costume considerar outros três: o código, o canal e o contexto. Nenhum ato comunicativo seria possível, na ausência de qualquer um desses elementos. De fato, é necessária a intervenção de, pelo menos, dois indivíduos, um que emita, outro que receba; algo tem que ser transmitido pelo emissor ao receptor; para que o emissor e o receptor comuniquem é necessário que esteja disponível um canal de comunicação; a informação a transmitir tem que estar "traduzida" num código conhecido, quer pelo emissor, quer pelo receptor; finalmente todo o ato comunicativo se realiza num determinado contexto e é determinado por esse contexto. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO O esquema da comunicação, atrás descrito, pode ser representado da seguinte forma: NATUREZA DO SIGNO LINGUÍSTICO Para que possamos entender melhor o processo comunicativo torna-se necessário analisar mais cuidadosamente a natureza daquilo que, na comunicação, o emissor procura transmitir ao receptor. Quando se presta atenção aos termos "comunicação" e "comunicar", verifica-se que ambos têm a mesma raiz, o adjetivo "comum". De fato, comunicar é pôr alguma coisa em comum, isto é, fazer com que aquilo que é meu passe a pertencer a outro, sem com isso deixar de ser meu. E o que é isso, que pretendemos "pôr em comum"? São ideias, emoções, desejos, isto é, são sempre conteúdos mentais, coisas imateriais, que não podem ser apreendidas pelos sentidos e que, por isso, são em si mesmas intransferíveis. De fato, a idéia que eu penso, a dor que eu sinto, o desejo que eu tenho, não podem ser diretamente conhecidos por outros. Só eu tenho acesso a eles. Por outro lado, o ser humano só tem conhecimento direto daquilo que pode apreender pelos sentidos: o que pode ver, ouvir, cheirar, saborear, tatear. Portanto, nem o emissor pode transferir para outrem os seus conteúdos mentais, nem o receptor pode apreender esses conteúdos mentais, porque eles são imateriais. No entanto, todos sabem que há efetivamente comunicação entre os seres humanos e que, nesse processo, o emissor põe em comum com o receptor os seus conteúdos mentais. O segredo deste aparente paradoxo está no código. Dado que os conteúdos mentais são em si mesmo intransferíveis, o que o emissor faz é associar um dado conteúdo mental (por exemplo, uma ideia) a um determinado objeto físico (por exemplo, uma sequência de sons – [mesa]). O conteúdo mental não pode ser diretamente apreendido pelo receptor, mas o objeto físico criado pelo emissor, sim. E de fato é isso que o homem faz, sem esforço e de forma quase inconsciente, quando se comunica. Resumindo: o emissor associa os seus conteúdos mentais a um dado objeto físico que produz para o efeito (codifica a mensagem); o receptor apreende com os seus sentidos esse objeto físico e associa-lhe um certo conteúdo mental (decodifica a mensagem). Portanto, para haver comunicação é necessário recorrer a um sistema de sinais. Esses sinais têm todos em comum o fato de possuírem uma face material, passível de ser apreendida pelos sentidos (o significante) e uma face não-material, estritamente mental, inapreensível pelos sentidos (o significado). A esses sinais constituídos por um significante e um significado chamamos signos. Do que fica dito, resulta evidente que não há nenhuma relação natural e necessária entre significante e significado. Tal relação é convencional, resulta de um acordo tácito entre emissor e receptor, melhor dizendo, entre os elementos de uma dada comunidade. Isso se torna mais evidente se pensarmos que certo conteúdo mental (significado) pode ser associado a uma infinidade de significantes: a ideia de "janela", por exemplo, é representada de forma diversa nas várias línguas (janela, window, fenêtre...). O código referido no esquema da comunicação é afinal o conjunto desses signos. Podemos então dizer que um código é um conjunto de signos e de regras de utilização. Para que haja comunicação é necessário que o emissor e o receptor conheçam o código utilizado, os signos e as respectivas regras de utilização. Note-se que o que circula entre o emissor e o receptor é o significante. O significado (conteúdo mental) que o emissor atribui a esse significante continua no interior do emissor. O significante suscita no interior do receptor um outro significado, semelhante, mas nunca idêntico ao do emissor. Esta questão é importante, ainda que fique provisoriamente em aberto, e permite perceber melhor a diferença que há entre a linguagem técnico-científica e a linguagem literária. CÓDIGOS VERBAIS E CÓDIGOS NÃO VERBAIS Naturalmente há uma multiplicidade de códigos, passíveis de serem utilizados pelos seres humanos nos atos de comunicação. Cada um de nós utiliza vários desses códigos, por vezes simultaneamente. Tradicionalmente distingue-se entre códigos verbais (também chamados linguagens verbais) e códigos não verbais (ou linguagens não verbais). Tendo em consideração aquilo que foi dito até agora, podemos então definir alguns conceitos frequentemente utilizados na disciplina de Português. Linguagem — Capacidade que os seres humanos têm de transmitir uns aos outros informações, utilizando signos; naturalmente está implícita na noção de linguagem, não apenas a utilização de signos já existentes, mas também a capacidade de criar novos signos, o que de fato acontece, sem que disso nos apercebamos claramente. Língua — É um sistema particular de signos e regras (código), historicamente determinado, através do qual se exerce a capacidade da linguagem. Fala — Designa a utilização individual e concreta de um sistema linguístico. A linguagem é uma capacidade inerente a todos os seres humanos, que os distingue dos demais seres vivos. Mas essa capacidade só pode ser exercida pelo recurso a uma língua (um código). Para que um ser humano (uma criança, por exemplo) possa comunicar é necessário que aprenda (ou crie) um código (lingüístico ou não). O exercício da faculdade da linguagem exige a presença de uma língua. A língua é de natureza social, na medida em que é um conjunto de signos e regras reconhecido pelos membros de uma dada comunidade, enquanto a fala é sempre individual, visto que designa a utilização que um dado indivíduo, num dado momento, faz da língua. O discurso é o produto do ato de fala. De fato, a fala é uma ação, um processo, que se esgota no próprio momento em que se conclui, mas que deixa um produto que perdura, ao menos virtualmente, para além do ato. O ato de falar perante uma dada assembléia esgota-se no próprio momento em que termina, mas o produto desse ato (o Sermão de Santo António aos peixes, do P. Antônio Vieira, por exemplo) pode ser registrado num suporte durável e conservado para a posteridade. CONTEXTO COMUNICATIVO Intencionalmente, o esquema da comunicação apresentado, anteriormente, representa o contexto como uma caixa retangular que envolve os restantes cinco elementos (emissor, receptor, mensagem, código e canal). De fato, o contexto determina o tipo de comunicação estabelecido e dele, contexto, fazem parte todos os elementos que interferem no ato comunicativo. Interlocutores (emissor e receptor) O estatuto social, cultural, profissionaldos interlocutores e a relação que existe entre eles condicionam necessariamente a comunicação. É fácil perceber que a relação comunicativa entre um chefe e o seu subordinado é diferente da que se estabelece entre dois colegas de trabalho. Situação espaço-temporal As circunstâncias de espaço e tempo integram também o contexto e condicionam a comunicação. A comunicação pode ser presencial, com os interlocutores no mesmo espaço, ou de forma distante, o que obriga a utilização de canais e "linguagens" diferenciados. Apenas a título de exemplo, repare que numa conversa telefônica as pessoas vêem-se frequentemente obrigadas a fazer referência ao espaço onde se encontram, o que não seria necessário se estivessem frente a frente. Por outro lado, na comunicação a distância não é possível recorrer aos gestos e expressões faciais, que devem ser substituídos por recursos linguísticos. Mesmo em situação presencial e com os mesmos interlocutores, a interação comunicativa é diferente consoante o espaço concreto em que ela se efetua: imagine dois interlocutores num café e depois num espaço religioso... Relativamente ao tempo, a comunicação pode ser direta, se a mensagem é imediatamente recebida pelo receptor, ou diferida, quando entre a emissão e a recepção existe um intervalo temporal. A possibilidade (ou não) de reagir imediatamente a um ato de fala condiciona fortemente a comunicação. O exemplo mais evidente disso é a diferença que existe, e de que todos temos consciência, entre a linguagem oral e a linguagem escrita. Embora sejam variantes do mesmo código linguístico, é por demais evidente que existem entre elas diferenças substanciais. E na comunicação diferida é também necessário suprir a falta de linguagens auxiliares (gestos, mímica...). É também necessário ao emissor prever de alguma maneira a reação do receptor, de forma a antecipar uma resposta. Conhecimento que os interlocutores têm do mundo O saber que temos sobre o mundo em que vivemos determina igualmente a comunicação. Uma conversa sobre um determinado assunto será necessariamente diferente se envolver apenas especialistas ou se nela participarem, direta ou indiretamente, outras pessoas menos informadas. Por outro lado, os jovens e adultos não falam com uma criança do mesmo modo que falam entre si. CONTEXTO VERBAL Outro elemento importante naquilo que designamos por "contexto comunicativo" é o próprio contexto verbal, isto é o(s) discurso(s) que a pouco e pouco se vai (vão) construindo num ato comunicativo, isto porque numerosos elementos linguísticos (os pronomes, por exemplo) só adquirem verdadeiramente sentido por referência a informações fornecidas anteriormente. LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA A fala, ou discurso, é a língua no momento em que está a ser usada por um indivíduo - fazendo uso dos sons, palavras e regras gramaticais dessa língua. A língua falada (língua oral) dispõe, por isso, de um número incontável de recursos rítmicos e melódicos: entoação, pausas, ritmo, fluência, gestos - porque, claro, o emissor (pessoa que fala ou transmite uma mensagem numa dada linguagem) está presente fisicamente. Algumas das características principais são: Riqueza de recursos rítmicos e melódicos (o que inclui linguagens não-verbais, como a corporal); Frases curtas; Frases inacabadas, porque foram cortadas ou interrompidas; http://criarmundos.do.sapo.pt/Linguistica/pesquisalinguagem023.html http://criarmundos.do.sapo.pt/Linguistica/pesquisalinguagem023.html Frequência da ocorrência de repetições, hesitações e bordões de fala ( p. ex.: "Pois, eu aaa... eu acho que... pronto, não sei..."); Uso frequente da omissão de palavras e de formas contraídas; Afastamento das regras gramaticais; Possibilidade de adequar o discurso de acordo com as reações dos ouvintes. A língua escrita, por seu lado, tem de recorrer aos sinais de pontuação e de acentuação para traduzir os recursos rítmicos e melódicos da oralidade - ficando muito aquém das possibilidades já referidas no parágrafo anterior. Por outro lado, a língua escrita apresenta as seguintes características principais: Sinais de pontuação e acentuação para transmitir a expressividade oral; Frases longas, apesar de também poder usar frases curtas; Uso de vocabulário mais amplo e cuidado; Uso de descrições ricas; Observa as regras gramaticais com maior rigor. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmar que o uso seja uniforme. Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua. Ao trabalhar com o conceito de variação linguística, estamos pretendendo demonstrar: Que a língua portuguesa, como todas as línguas do mundo, não se apresenta de maneira uniforme em todo o território brasileiro; Que a variação linguística manifesta-se em todos os níveis de funcionamento da linguagem; Que a variação da língua se dá em função do emissor e em função do receptor ; Que diversos fatores, como região, faixa etária, classe social e profissão, são responsáveis pela variação da língua; Que não há hierarquia entre os usos variados da língua, assim como não há uso linguisticamente melhor que outro. Em uma mesma comunidade lingüística, portanto, coexistem usos diferentes, não existindo um padrão de linguagem que possa ser considerado superior. O que determina a escolha de tal ou tal variedade é a situação concreta de comunicação. Que a possibilidade de variação da língua expressa a variedade cultural existente em qualquer grupo. Basta observar, por exemplo, no Brasil, que, dependendo do tipo de colonização a que uma determinada região foi exposta, os reflexos dessa colonização aí estarão presentes de maneira indiscutível. http://acd.ufrj.br/~pead/tema01/variacaoregistro.html http://acd.ufrj.br/~pead/tema01/variacaoregistro.html http://acd.ufrj.br/~pead/tema01/variacaoregional.html http://acd.ufrj.br/~pead/tema01/variacaoetario.html http://acd.ufrj.br/~pead/tema01/variacaosocialprofissional.html FUNÇÕES DA LINGUAGEM E INTENÇÃO COMUNICATIVA Os atos comunicativos têm sempre uma determinada intencionalidade, que pode ser mais ou menos consciente. São essas diferentes intenções que temos em mente, quando falamos em funções da linguagem. FUNÇÃO INFORMATIVA (OU REFERENCIAL) O objetivo primeiro do ato de fala (a intenção do emissor) é transmitir informação sobre algum aspecto da realidade, exterior ou interior. É, de certo modo, a função primária da linguagem, aquela em que pensamos imediatamente, quando falamos em comunicação. O ato comunicativo centra-se predominantemente sobre o contexto. Utiliza frases de tipo declarativo. FUNÇÃO EXPRESSIVA (OU EMOTIVA) O ato de fala é utilizado para exprimir o estado de espírito, as emoções, as opiniões do emissor. Ao contrário do que acontece na função informativa (marcadamente objetiva), encontramos aqui uma clara subjetividade. A comunicação centra-se no emissor. Recorre a frases de tipo exclamativo. FUNÇÃO APELATIVA A linguagem é utilizada para agir sobre o receptor, para tentar modificar a sua atitude ou comportamento. Assume geralmente a forma de ordens, pedidos ou conselhos. Centra-se no receptor e implica o recurso a formas verbais do imperativo (ou conjuntivo com valor imperativo), ao vocativo e a frases de tipo imperativo. FUNÇÃO METALINGUÍSTICA A linguagem é utilizada para precisar algum aspecto do código utilizado, geralmente uma língua natural. Exemplo clássico de discursos onde predomina a função metalingüística são as definições dos dicionários e as explicações gramaticais. A comunicação está centrada no código. FUNÇÃO FÁTICANeste caso, a linguagem é utilizada para testar o funcionamento do canal e manter o contato entre o emissor e o receptor. Esta função é mais evidente nas conversas telefônicas e naturalmente preocupa-se, sobretudo, com o canal. FUNÇÃO POÉTICA Por vezes, a linguagem é utilizada fundamentalmente para produzir prazer estético. Os recursos linguísticos são dispostos de forma a construir um objeto artístico, capaz de, pela sua configuração, gerar, quer no emissor, quer no receptor, uma sensação de prazer semelhante ao que se obtém com a música ou a pintura. É mais evidente na poesia, mas está também presente na prosa literária e até no discurso oral. Proposta de atividades Texto para a questão 1 S.O.S Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº- 231, abr. 2010 (fragmento adaptado). 1 O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas próprias do uso. A) Regional, pela presença do léxico de determinada região do Brasil. B) Literário, pela conformidade com as normas da gramática. C) Técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos. D) Coloquial, por meio do registro de informalidade. E) Oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade. Texto para a questão 2 Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação." Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado 2 A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é: A) Conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa a ser considerada exemplar. B) Sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento do léxico. C) A modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações linguísticas produzidas pelos falantes. D) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é prejudicial a um sistema linguístico. Texto para a questão 3 A variação é inerente às línguas, porque as sociedades são divididas em grupos: há os mais jovens e os mais velhos, os que habitam numa região ou outra, os que têm esta ou aquela profissão, os que são de uma ou outra classe social e assim por diante. O uso de determinada variedade linguística serve para marcar a inclusão num desses grupos, dá uma identidade para os seus membros. Aprendemos a distinguir a variação. Quando alguém começa a falar, sabemos se é de São Paulo, gaúcho, carioca ou português. Sabemos que certas expressões pertencem à fala dos mais jovens, que determinadas formas se usam em situação informal, mas não em ocasiões formais. Saber uma língua é ser “poliglota” em sua própria língua. Saber português não é só aprender regras que só existem numa língua artificial usada pela escola. As variações não são fáceis ou bonitas, erradas ou certas, deselegantes ou elegantes, são simplesmente diferentes. Como as línguas são variáveis, elas mudam.”(FIORIN, José Luiz. “Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico”. In O direito à fala. A questão do preconceito linguístico. Florianópolis. Editora Insular, pp. 27, 28, 2002.) 3 Sobre o texto de José Luiz Fiorin, é incorreto afirmar: A) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções comunicacionais. B) A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento de afirmação da identidade de alguns grupos sociais. C) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras. D) As variedades linguísticas trazem prejuízos à norma-padrão da língua, por isso devem ser evitadas. 4. Reconheça, nos textos a seguir, as funções da linguagem predominantes. A) HUMANA MENTE Vagamente, Vaga a mente, Vagarosamente. Vagarosa a mente. É quase surda a mente humana. Absurda a mente humana. Absurdamente humana. E mente Alameda Lopes & Cândido de Deus B) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer." (O Estado de São Paulo) http://www.versoinverso.hpg.ig.com.br/parceria.htm C) "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca." (Matoso Câmara Jr.) D) " - Que coisa, né? - É. Puxa vida! - Ora, droga! - Bolas! - Que troço! - Coisa de louco! - É!" E) "FAZ um 21" F) " - Que quer dizer pitosga? - Pitosga significa míope. - E o que é míope? - Míope é o que vê pouco." G) A ascensorista e o viúvo trataram-se como sempre: - Tudo bem com você? - Tudo. E você? - Tudo bem! - Ah... Até mais tarde. - Até mais tarde. 5 Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem: A) Ocorre quando o referente é posto em destaque, ou seja, o objetivo do emissor é simplesmente o de informar o seu receptor. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Os textos desta linguagem são dotados de objetividade, uma vez que procuram traduzir ou retratar a realidade. Bons exemplos da função ____________________________________são os textos jornalísticos e científicos. B) Ocorre quando o receptor é posto em destaque, ou seja, a linguagem se organiza no sentido de convencer o receptor. Neste tipo de função é comum o emprego de verbos no imperativo e verbos e pronomes na 2° ou na 3° pessoas. Bons exemplos da função ___________________________________são os textos de publicidade e propaganda. C) Ocorre quando o código é posto em destaque, ou seja, usa-se o código linguístico para transmitir aos receptores reflexões sobre o próprio código linguístico. Bons exemplos da função ______________________________________ são as aulas de línguas, gramáticas e o dicionário.D) Ocorre quando o emissor é posto em destaque, ou seja, a mensagem está centrada na expressão dos sentimentos do emissor. É um texto pessoal, subjetivo. É comum o uso de verbos e pronomes em 1° pessoa e também o uso de pontos de exclamação e interjeições. Bons exemplos da função _______________________________________ são textos líricos. E) Ocorre quando o canal é posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem é apenas testar o canal, o que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos. Exemplos típicos da função ______________________________________são: "alô", "pronto", "oi", "tudo bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc. F) Ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou seja, chama-se a atenção para o modo como foi organizada a mensagem. Bons exemplos da função ____________________________________________ são textos literários, tanto em prosa quanto em verso. 6 Na tira abaixo, o elemento que não está permitindo a comunicação é: A) Canal fechado. B) Falta de referencial. C) Ausência de emissor. D) Ausência de receptor. E) Código desconhecido. 7 Observe a imagem ao lado e assinale a única alternativa que contenha apenas as afirmativas verdadeiras: I- Este texto apresenta diversos desvios à língua culta, portanto não transmite sua mensagem. II- O canal em que essa mensagem foi produzida não atrapalha o entendimento da mesma. III- A mensagem é religiosa, destinada a receptores cristãos. Estão corretas apenas: A) I B) II C) III D) I e III E) II e III https://4.bp.blogspot.com/--bQZ_gcszSg/W1CYskXbCWI/AAAAAAAAAn0/66ircHVJDZsHxWfNNsJFZI6HX0ER6RS7ACLcBGAs/s1600/pa1.jpg 12 8. De acordo com a imagem abaixo assinale V ou F nos parênteses e depois assinale a letra correta: ( ) A situação do texto é um pedido de ajuda que não foi compreendido. ( ) O emissor não entende a mensagem do receptor. ( ) O código usado nesta comunicação é a língua portuguesa. ( ) A palavra “hora” causou a confusão no diálogo. ( ) Os sinais feitos com o dedo pelo homem que está atrás do carro não transmitem sentido nesta imagem. ( ) Os sinais feitos com o dedo pelo homem que está atrás do carro são exemplos de linguagem não-verbal. A sequência correta é: A) V F V V F V B) V F V V F F C) F F V V F V D) V F F V F V 9 (ENEM) - Em uma famosa discussão entre profissionais das ciências biológicas, em 1959, C. P. Snow lançou uma frase definitiva: “Não sei como era a vida antes do clorofórmio”. De modo parecido, hoje podemos dizer que não sabemos como era a vida antes do computador. Hoje não é mais possível visualizar um biólogo em atividade com apenas um microscópio diante de si; todos trabalham com o auxílio de computadores. Lembramo-nos, obviamente, como era a vida sem computador pessoal. Mas não sabemos como ela seria se ele não tivesse sido inventado. PIZA, D. Como era a vida antes do computador? Ocean Air em Revista n° 1, 2007 (adaptado) Nesse texto, a função da linguagem predominante é: A) Emotiva, porque o texto é escrito em primeira pessoa do plural. B) Referencial, porque o texto trata das ciências biológicas, em que elementos como o clorofórmio e o computador impulsionaram o fazer científico. C) Metalinguística, porque há uma analogia entre dois mundos distintos: o das ciências biológicas e o da tecnologia. D) Poética, porque o autor do texto tenta convencer seu leitor de que o clorofórmio é tão importante para as ciências médicas quanto o computador para as exatas. E) Apelativa, porque, mesmo sem ser uma propaganda, o redator está tentando convencer o leitor de que é impossível trabalhar sem computador, atualmente. 10 Leia atentamente o texto abaixo: A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. https://3.bp.blogspot.com/-PWip4iRTL7s/W1CYxXFl3nI/AAAAAAAAAn4/i5dX0TtxebA5_rXg-G-75ecFqkSFl6h3gCLcBGAs/s1600/pa2.gif 13 Predomina no texto a função da linguagem A) Referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. B) Conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. C) Poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem. D) Fática porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. E) Emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. 11 Considere os enunciados a seguir e assinale a alternativa correta: I – Todo processo comunicativo pressupõe a presença dos seguintes elementos: emissor (que emite a mensagem); receptor (que recebe a mensagem); código(conjunto de sinais combinados, através dos quais a mensagem é transmitida); mensagem (algo que se quer transmitir); canal (meio físico através do qual a mensagem é transmitida); referente ou contexto (assunto referido na mensagem); II – Sempre que falamos, estamos transmitindo uma mensagem a alguém, não importando se a pessoa com quem estamos falando, conhece ou não nosso código lingüístico. III – Podemos comunicar algo por meio de gestos, sinais, imagens, desde que estes elementos sejam comuns ao nosso interlocutor (pessoa com quem falamos). A) Somente a alternativa I está correta; B) As alternativas I e II estão incorretas; C) Somente a alternativa III está correta; D) As alternativas I e III estão corretas; E) Nenhuma das alternativas é correta. 12 (UFPA – com adaptações) O texto abaixo apresenta, além de outras funções da linguagem, a função expressiva, por, em certos trechos, orientar-se para a: “Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras coisas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel: o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia-me isso e queira- me bem: perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano e ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus, peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.” (Machado de Assis. O enfermeiro.) A) Primeira pessoa do discurso. B) Segunda pessoa do discurso. C) Terceira pessoa do discurso. D) Mensagem por ele mesma. E) explicação da linguagem. 13. Observe a tirinha abaixo e assinale a letra que contenha as afirmativas verdadeiras: https://1.bp.blogspot.com/-goYn8k3CGYU/W1CaMueASGI/AAAAAAAAAoQ/raMx3fLBZkgl96iO-VMuntXDG10SYFuggCLcBGAs/s1600/pa5.jpg 14 I- A comunicação é iniciada pela personagem feminina através do código da língua portuguesa falada. II- Pode-se inferir que o personagem masculino, no segundo quadrinho, ignora a interação iniciada pela companheira, portanto não há comunicação entre eles. III- A intenção desta tirinha é fazer uma intertextualidade com a atual situação política do nosso Brasil. Está (ão) correta (s): A) I apenas B) II apenas C) III apenas D) I e III E) II e III 14. Ainda sobre o texto acima, a função da linguagem predominante é a: A) Metalinguística, pois a personagem feminina usa a língua portuguesa para explicar a má fase do seu relacionamento. B) Fática, visto que ela tenta estabelecer um diálogo com o parceiro. C) Expressiva, uma vez que a personagem feminina expõe o que está sentindo pelamá fase do seu relacionamento. D) Conativa, pois a personagem feminina tenta convencer o parceiro a discutir a relação. E) Referencial, porque a personagem feminina avisa ao seu parceiro a real situação da relação deles. 15. Da imagem abaixo se pode compreender que: A) O anúncio tem por objetivo conscientizar/persuadir o leitor a aderir a um projeto de proteger a natureza. B) O anúncio foi criado para explorar o sentido único da expressão “filho da mãe”. C) O objetivo principal deste texto é passar uma informação. D) A expressão “filho da mãe” causa estranheza ao leitor e foi usada no sentido pejorativo. E) O canal para veicular está mensagem é a revista Época e a função da linguagem predominante é a referencial. https://3.bp.blogspot.com/-6HOTESmJyk4/W1CaWyz35bI/AAAAAAAAAoU/89ZEP5QZIusy7ynR77x-ac7fPSqhMnL2gCLcBGAs/s1600/pa6.jpg 15 FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com uma pausa pontuada. Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi enunciado tem sentido completo. Exemplos: Silêncio! E agora, José? Choveu. Não sei o que dizer ... As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos. Oração A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. As orações podem ou não ter sentido completo. Exemplos: Acabamos, finalmente! Levaram tudo. É provável. Estamos indo ... Período Período é frase organizada em uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto. Período Simples O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de um único verbo ou de uma única locução verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração absoluta. Exemplos: Estamos felizes com os resultados. Faltam apenas alguns dias. Talvez eu vá. Período Composto O período composto é formado por mais de uma oração. Nesse caso, a quantidade de orações é sujeita ao número de verbos ou de locuções verbais. Exemplos: https://www.todamateria.com.br/locucao-verbal/ 16 Faça como eu pedi. Não sei se tenho coragem. Começou a gritar enquanto ele ia passando. 1. Analise as frases seguintes e identifique as que também são orações: A) Parabéns por tudo. ( ) B) Que comportamento agressivo! ( ) C) Será que ele vem hoje? ( ) D) Eu quero!( ) E) Agora, por favor! ( ) F) Nem pense nisso. ( ) 2. Indique por quantas orações são formados os seguintes períodos e diga se são simples ou compostos. A) Eu li e reli, mas mesmo assim não entendi. ( ) ( ) B) Na semana passada fomos ver o filme do Batman. ( ) ( ) C) A professora pediu atenção e os alunos ouviram em silêncio. ( ) ( ) D) A minha vizinha me emprestou esse livro. ( ) ( ) E) Desejo que você concretize todos os seus desejos e seja feliz para sempre. ( ) ( ) 4. Classifique os períodos colocando PS para período simples e PC para o período composto: A) Dei bobeira e comprei a passagem direto para o Rio. ( ) B) Antes os índios eram os donos da terra. ( ) C) Chegou ao bar, dançou, cantou, bebeu e foi embora. ( ) D) Eu sou o cara, mais dorminhoco do mundo. ( ) E) Você está triste. ( ) F) Eu quero que você me acorde quando o ônibus chegar( ) G) Atenção, vou contar uma piada. ( ) H) Inventei aquela desculpa porque não achei outra melhor. ( ) I) O estudo nos traz benefícios. ( ) J) O amor constrói e o ódio destrói. ( ) 5) Indique nos parênteses o número de orações dos períodos abaixo: A) ( ) O passageiro deu um pulo da cadeira e voou no pescoço do cobrador e aí começou a briga. B) ( ) Segura daqui, pega dali, solta acolá, armou-se um circo espetacular. C) ( ) O passageiro nem se mexe. D) ( ) Fico muito nervoso quando me acordam. E) ( ) Pelo jeito vai ser um belo dia. F) ( ) Dia seguinte, seis e pouco da manhã, o ônibus para na rodoviária de Goiânia. G) ( ) Quando sou acordado, fico uma fera. H) ( ) O ônibus vai para Belo Horizonte. I) ( ) O passageiro ficou muito nervoso com o trânsito. J) ( ) O passageiro acorda sonolento, limpa os olhos, coça o peito e olha para o lado de fora. K) ( ) Cheguei, vi e venci. L) ( ) Não gosto de mentiras. M) ( ) Use o guardanapo ou ficará manchada a camisa. N) ( ) Não se preocupe; eu consigo chegar a tempo. O) ( ) Isaias tem se esforçado muito, portanto, conseguirá a promoção. P) ( ) Não gosto de jiló. 17 Q) ( ) Recife é considerada a Veneza brasileira. R) ( ) A costureira é caprichosa, logo fará um belo vestido. S) ( ) Não tenha medo! 6. Leia a tirinha: I II III https://www.facebook.com/tirasarmandinho?fref=ts Analisando cada fala, pode-se dizer que apresenta(m) mais orações na fala o(s) quadrinho(s): A) I B) II C) III D) I e II E) I e III 7.Sobre a organização de parágrafo em um texto, é INCORRETO: A) Cada parágrafo deve apresentar uma ideia central, sendo que a ideia principal do texto é colocada no parágrafo introdutório. B) Os parágrafos devem ter obrigatoriamente até cinco linhas. C) Os parágrafos podem possuir uma introdução, desenvolvimento e conclusão. Se possuírem, são chamados de parágrafo-padrão. D) A mudança de parágrafo deve ocorrer quando não há mais desenvolvimento da ideia- núcleo, ou seja, quando houver um novo aspecto do texto a ser desenvolvido. 8 Leia esta anedota: — O senhor admite que levou o carro e nega que o tenha roubado. Pode me explicar isto? — Eu não roubei, senhor juiz. O carro estava parado na porta do cemitério, e eu, naturalmente, pensei que o dono tivesse morrido... (Donaldo Buchweitz, org. Piadas para você morrer de rir. Belo Horizonte: Leitura, 2001. p.101.) 1 – Na anedota, há dois períodos simples. Identifique-os __________________________________________________________________________ https://www.facebook.com/tirasarmandinho?fref=ts http://3.bp.blogspot.com/-smoWLQL2zB4/VTL1HNCKB7I/AAAAAAAACjU/a5v3NAD0laU/s1600/AAAA.jpg http://diogoprofessor.blogspot.com.br/search/label/Per%C3%ADodo%20Simples%20e%20Composto 18 2 - Observe o primeiro e o último períodos do texto. a) O primeiro período é simples ou composto? Por quê? __________________________________________________________________________ b) Quantas orações compõem o último período do texto? Quais são elas? __________________________________________________________________________ 9 – Leia este poema, de Manuel Bandeira: Céu A criança olha Para o céu azul. Levanta a mãozinha, Quer tocar o céu. Não sente a criança Que o céu é ilusão: Crê que o não alcança Quando o tem na mão. (Estrela da vida inteira. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970. p. 195.) 4 – Observe os períodos e as orações que compõem a 1ª estrofe. A) Qual é o número de períodos?_____________________________________________ B) Os períodos são simples ou compostos?________________________________________ C) Quantas orações há no 2° período dessa estrofe?_________________________________ TIPOLOGIAS TEXTUAIS I - NARRAÇÃO A narração se caracteriza, essencialmente, pelo dinâmico, pela ação. Sempre é realizada sobre fatos de caráter dinâmico, onde o verbo predomina. É o relato das circunstâncias de um fato. Todo relato de fatos envolve: - - - um narrador na 1° ou 3° pessoa; - apresentação dos fatos em ordem cronológica ou de importância das circunstâncias que o envolveram. A caracterização é a fala dos personagens. O narrador é aquele através do qual a história nos chega; por isso, acaba por impor condições para o desenvolvimentodos demais elementos narrativos. Sabemos que, por exemplo, um narrador- personagem (aquele que narra em primeira pessoa e está, de alguma maneira, envolvido na história que conta) não tem, a princípio, acesso ao mundo interior das outras personagens, não possui um conhecimento pleno sobre a totalidade dos seres que participam de sua história. Se por acaso, um narrador personagem passar mais informações que as possíveis para o seu "foco", o leitor pode, imediatamente, desconfiar da veracidade do narrado, questionar o narrador (a não ser que o personagem tenha sido construído como um mentiroso salafrário...) e, mais ainda, apontar um problema de incoerência textual. Todo assunto deve ter começo (prólogo), meio (trama) e fim (epílogo). Quando o narrador está em 1° pessoa ele narra sua própria estória, tornando-se o centro das atenções. Ex:"Eu quisera ser poeta, Ou compositor de hino, E num linguajar cristalino, Só fazer versos perfeitos, Porém, eu tenho esse defeito. Quando o narrador está em 3° pessoa, ele relata a estória de outra pessoa ou coisa, estando completamente fora da estória, servindo apenas como interlocutor. 19 Ex: "Os romeiros sobem a ladeira, cheia de espinhos, cheias de pedras, sobem a ladeira que levam a Deus, e vão cantando louvores pelo caminho.". A ordem dos fatos em toda a estória se desenrola em duas coordenadas: tempo e espaço. - tempo: pode ser cronológico, quando os fatos são narrados na mesma ordem em que eles se dão no mundo real e há uma narrativa linear (com/meio/fim); ou psicológico, quando nós nos envolvemos em um tempo que flui dentro de nós independentemente do relógio. Para a personagem, um minuto pode parecer uma eternidade ou uma vida eterna pode ser sentida num instante. Uma outra característica que merece ser destacada é a que diz respeito ao próprio ritmo da narrativa. Sabemos que os acontecimentos podem ser narrados conforme uma estruturação de temporalidade sequencial (os fatos seguem-se uns aos outros, na medida em que aconteceram, ou acontecem) ou rompendo-se essa estruturação através de flashbacks (retrospectivas) e de flashforwards (antecipações). - espaço pode ser: físico; lugar material (externo), onde se passam os fatos: rua, casa, cidade, etc; social; aglomerado de pessoas com objetivos comuns, ou seja, onde os indivíduos se congregam para fins sociais: cinema, sala de aula, baile. II - DESCRIÇÃO O ato de descrever requer alguns fatores básicos, como: percepção, análise, classificação. Descrever é traduzir em palavras, minuciosamente, um determinado objeto. A natureza da descrição é estática. Não se faz à base da ação, mas sim à base do estado do objeto. Todo o trabalho descritivo deve ser precedido de um levantamento de dados por parte do observador do objeto. Pode ser definida também como a definição de um objeto ou pessoa, através da exploração dos aspectos que caracterizam esse objeto ou pessoa. Ex: " ... um cara gordo, bem gordo, com a barriga saindo fora da cinta, paletozão largo, chapéu, e um revólver pequeno no coldre ... ". Jerônimo era alto, espadaúdo, construção de touro, pescoço de Hércules, punho de quebrar um coco com um murro: era a força tranquila, o pulso de chumbo. O outro, franzino, um palmo mais baixo que o português, pernas e braços secos, agilidade de maracajá: era a força nervosa; era o arrebatamento que tudo desbarata no sobressalto do primeiro instante. Um sólido e resistente; o outro, ligeiro e destemido; mas ambos corajosos. Nesse texto, extraído do romance “O cortiço”, Aluísio Azevedo selecionou determinados detalhes das personagens suficientes para caracterizar e sugerir ao leitor a força bruta de Jerônimo e a agilidade de Firmo. As demais características físicas que compõem essas personagens (olhos, rosto, cabelo, peito, pernas, etc.) são articuladas pela imaginação do leitor. Podemos dizer que o autor, diante da realidade física ou psicológica que está sendo descrita, coloca apenas as peças fundamentais de um quebra-cabeça, deixando as demais peças para serem preenchidas pela imaginação do leitor. III - DISSERTAÇÃO Consiste em tratar com desenvolvimento um ponto doutrinário. Para dissertar sobre algum assunto, é necessário planejamento e elaboração. Na dissertação propriamente dita, não se verifica, como na narração, progressão temporal entre as frases e, na maioria 20 das vezes, o objeto da dissertação é abstraído do tempo e do espaço. É comum, em provas de concursos ou nos exames vestibulares, a dissertação exigida versa sobre tema genérico a respeito do qual uma pessoa mais ou menos informada possa escrever, desde que seja possuidora de alguns conhecimentos básicos. Dentre eles, destacam-se dois fundamentais: conhecimento sobre o tema e habilidade de expressão escrita. - conhecimento sobre o tema: Ao ler o tema exigido, a primeira coisa a fazer é elaborar um plano que dará segurança ao redator e firmeza sobre o que vai dissertar. É preferível escolher poucas ideias e bem argumentá-las a simplesmente constatar uma série de ideias sem argumentações coerentes. Seja qual for o tema, o espírito crítico do redator, quando evidenciado, deve revelar expressividade e inteligência. - habilidade de escrita: O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apresentar: uma frase contendo a ideia principal (frase nuclear) e uma ou mais frases que explicitem tal ideia. Exemplo: "A televisão mostra uma realidade idealizada (ideia central) porque oculta os problemas sociais realmente graves. (ideia secundária) Tipos de dissertação 3.1 Dissertação-Exposição Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc. 3.1 Dissertação-Argumentação Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas. A estrutura do texto dissertativo constitui-se de: 1- introdução - deve conter a ideia principal a ser desenvolvida (geralmente um ou dois parágrafo) É a abertura do texto, por isso é fundamental. Deve ser clara e chamar a atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento. Contém a proposição do tema, seus limites, ângulo de análise e a hipótese ou a tese a ser defendida. 2- desenvolvimento - exposição de elementos que vão fundamentar a ideia principal que pode vir especificada através da argumentação, de pormenores, da ilustração, da causa e da consequência, das definições, dos dados estatísticos, da ordenação cronológica, da interrogação e da citação. No desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos forem necessários para a completa exposição da ideia. E esses parágrafos podem ser estruturados das cinco maneiras expostas anteriormente. 3- conclusão - é a retomada da ideia principal, que agora deve aparecer de forma muito mais convincente, uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação. (um parágrafo). 21 Observe o texto abaixo: Vida ou Morte INTRODUÇÃO A grande produção de armas nucleares, com seu incrível potencial destrutivo, criou uma situação ímpar na história da humanidade: pela primeira vez, os homens têm nas mãos o poder de extinguir totalmente a sua própria raça da face do planeta. DESENVOLVIMENTO A capacidade de destruição das novas armas é tão grande que, se fossem usadasnum conflito mundial, as consequências de apenas algumas explosões seriam tão extensas que haveria forte possibilidade de se chegar ao aniquilamento total da espécie humana. Não haveria como sobreviver a um conflito dessa natureza, pois todas as regiões seriam rapidamente atingidas pelos efeitos mortíferos das explosões. CONCLUSÃO Só resta, pois, ao homem uma saída: mudar essa situação desistindo da corrida armamentista e desviando para fins pacíficos os imensos recursos econômicosenvolvidos nessa empreitada suicida. Ou os homens aprendem a conviver em paz, em escala mundial, ou simplesmente não haverá mais convivência de espécie alguma, daqui a algum tempo. (Texto adaptado do artigo "Paz e corrida armamentista" in Douglas Tufano) Na introdução, o autor apresenta o tema (desenvolvimento científico levou o homem a produzir bombas que possibilitam a destruição total da humanidade), no desenvolvimento, ele expõe os argumentos que apoiam a sua afirmação inicial e na conclusão, conclui o seu pensamento inicial, com base nos argumentos. Na dissertação, podem-se construir frases de sentido geral ou de sentido específico, particular. Às vezes, uma afirmação de sentido geral pode não ser inaceitável, mas se for particularizada torna-se aceitável. Exemplo: É proibido entrar nesta sala. (sentido geral) É proibido entrar nesta sala sem autorização. (sentido específico) Sugestão de produção de texto com base em esquemas Esquema básico da dissertação 1º parágrafo: TEMA + argumento 1 + argumento 2 + argumento 3 2° parágrafo:desenvolvimento do argumento 1 3° parágrafo: desenvolvimento do argumento 2 4° parágrafo: desenvolvimento do argumento 3 5° parágrafo: expressão inicial + reafirmação do tema + observação final. Exemplo: Tema: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos. Por quê? *arg. 1: Existem populações imersas em completa miséria. *arg. 2: A paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais. *arg. 3: O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Texto definitivo “Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em completa 22 miséria, a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações. Além disso, nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou. Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras. Se vocês seguirem a orientação dada pelo esquema, desde o 1º parágrafo, verão que não há como se perder na redação, nem fazer a introdução maior que o desenvolvimento, já que a introdução apresenta, de forma embrionária, o que será desenvolvido no corpo do texto. E lembre-se de que a conclusão sempre retoma a ideia apresentada na introdução, reafirmando-a, apresentando propostas, soluções para o caso apresentado. Com essa noção clara, de estrutura de texto, também é possível melhorar o seu desempenho nas provas de compreensão e interpretação de textos. Proposta der atividades 1 A partir da letra da música “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones” indique os elementos da narrativa : Personagens: Tempo: Espaço: Foco narrativo: Enredo: Música: Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stone Era um garoto que como eu Amava os Beatles e os Rolling Stones Girava o mundo sempre a cantar As coisas lindas da América Não era belo, mas mesmo assim Havia mil garotas afim Cantava Help and ticket to ride Oh! Lady Jane e Yesterday Cantava viva à liberdade Mas uma carta sem esperar Da sua guitarra, o separou Fora chamado na América Stop! Com Rolling Stones Stop! Com Beatles Songs Mandado foi ao Vietnã Lutar com vietcongs Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá ta Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá ta 23 Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá ta Ratá-tá tá tá Ra-tá-tátá-tá, ra-tá-tátá-tá Era um garoto que como eu Amava os Beatles e os Rolling Stones Girava o mundo, mas acabou Fazendo a guerra no Vietnã Cabelos longos não usa mais Não toca a sua guitarra e sim Um instrumento que sempre dá A mesma nota, ra-tá-tá-tá Não tem amigos, não vê garotas Só gente morta caindo ao chão Ao seu país não voltará Pois está morto no Vietnã Stop! Com rolling stones Stop! Com Beatles songs No peito, um coração não há Mas duas medalhas sim Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá ta Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá ta Ratá-tá tá tá, tatá-rá tá ta Ratá-tá tá tá Ra-tá-tátá-tá, ra-tá-tátá-tá 1) Qual a tipologia textual do trecho apresentado abaixo? Dona Julieta chamou os filhos mais novos para uma conversa séria. Era uma manhã de domingo, o dia estava claro e ensolarado. Pediu a eles que compreendessem a situação do pai, que não tinha no momento condição de colocá-los em uma escola melhor. A) Dissertação subjetiva B) Descrição C) Narração com alguns traços descritivos D) Dissertação objetiva com alguns traços descritivos E) Narração com alguns traços dissertativos 2) Assinale o trecho com características dissertativas. A) Era um homem alto, escuro, vestindo paletó cinza-claro. B) Encontrei os dois amigos numa pracinha perto daqui. C) Os ajudantes levaram a mesa para o palco. D) Nossa rua sempre foi escura, com muitas árvores nas duas calçadas. E) É importante manter o equilíbrio, pois só assim conseguimos resolver os problemas. 3) Marque o texto com características narrativas. A) O ideal é que todos colaborem. Caso contrário, o Brasil continuará sem rumo. B) Rodrigo e Juliana estavam na sala, quando ocorreu a explosão. C) Ela tem olhos azuis e cabelos louros. Não parece brasileira. D) Minha casa tem dois andares. Os quartos ficam na parte de cima. E) A inteligência humana deve ser usada para o bem. 4) Assinale a afirmativa errada. A) Na dissertação, o centro é a ideia. B) No discurso direto é empregado um verbo de elocução. C) Há três tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre D) O texto descritivo está centrado no objeto. E) O personagem-narrador leva o verbo normalmente à terceira pessoa. 5) Marque a afirmação correta em relação ao texto abaixo: “Senti tocar-me no ombro; era Lobo Neves. Encaramo-nos alguns instantes, mudos, inconsoláveis. Indaguei de Virgília, depois ficamos a conversar uma meia hora. No fim desse tempo, vieram trazer-lhe uma carta; ele leu-a, empalideceu muito efechou-a com a mão trêmula.” (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas) 24 A) É texto dissertativo com alguns elementos descritivos. B) Não se trata de texto narrativo, pois não há personagens. C) É um texto descritivo, com alguns elementos narrativos. D) O texto não apresenta personagem-narrador. E) Trata-se de uma narração, sem nenhum traço dissertativo. 6. Em uma conversa ou leitura de um texto, corre-se o risco de atribuir um significado inadequado a um termo ou expressão, e isso pode levar a certos resultados inesperados, como se vê nos quadrinhos a seguir. Maurício de Souza. Chico Bento. Rio de Janeiro: Ed. Globo, nº 335, nov.de 1999. Nessa historinha, o efeito humorístico origina-se de uma situação criada pela fala da Rosinha no primeiro quadrinho, que é: a. Faz uma pose bonita! b. Quer tirar um retrato? c. Sua barriga está aparecendo! d. Olha o passarinho! e. Cuidado com o flash. O texto em quadrinhos é: A) Uma descrição. B) uma dissertação com passagens descritivas. C) uma narração. D) um texto argumentativo. E) uma narração com descrição. 7 Sobre os tipos textuais, é correto afirmar, exceto: A) Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais, etc. B) Os tipos textuais são: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição. C) Geralmente variam entre cinco e nove tipos. D) Possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas de acordo com o estilo do autor, conteúdo, composição e função. E) Os tipos de textos apresentam características intrínsecas e invariáveis, ou seja, não sofrem a influência do contexto de nossas atividades comunicativas. De maneira predeterminada, apresentam vocabulário, relações lógicas, tempos verbais e construções frasais que acolhem os diversos gêneros. ] http://lh5.ggpht.com/-LWHtXASikjA/UgTsF_EphwI/AAAAAAABLKw/5P3ErZStR2g/s1600-h/exercicios%5b5%5d.jpg 25 8 Sobre o texto dissertativo, é correto afirmar que: A) Trata-se de um tipo de texto que descreve com palavras o que se viu e se observou. Tipo textual desprovido de ação, em que o ser, o objeto ou o ambiente são mais importantes. Valorização do substantivo e do adjetivo, que ocupam lugar de destaque na frase. B) Tem como principal objetivo contar uma história, seja ela real ou fictícia e até mesmo mesclando dados reais e imaginários. Apresenta uma evolução de acontecimentos, ainda que sem linearidade ou relação com o tempo real. C) Tipo de redação escrita em prosa sobre determinado tema, sobre o qual deverão ser apresentados argumentos, provas e exemplos a fim de que se chegue a uma conclusão para os fatos abordados. D) Tipo de texto que indica para o leitor os procedimentos a serem realizados. Nesse tipo de texto, as frases, geralmente, estão no modo imperativo. Gêneros Textuais Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo. Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso. São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete ou lista de supermercado. É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo). Tipos de Gêneros Textuais Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo. Texto Narrativo Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: Romance, Novela, Crônica, Contos de Fada, Fábula Texto Descritivo Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor). São exemplos de gêneros textuais descritivos: Diário, Relatos (viagens, históricos, etc., Biografia e autobiografia, Notícia, Currículo, Lista de compras, Cardápio, Anúncios de classificados Texto Dissertativo-Argumentativo Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). Exemplos de gêneros textuais dissertativos: Editorial Jornalístico, Carta de opinião, Resenha, Artigo, Ensaio, Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado https://www.todamateria.com.br/texto-narrativo/ https://www.todamateria.com.br/narracao/ https://www.todamateria.com.br/o-que-e-romance/ https://www.todamateria.com.br/cronica/ https://www.todamateria.com.br/fabula/ https://www.todamateria.com.br/texto-descritivo/ https://www.todamateria.com.br/genero-textual-diario/ https://www.todamateria.com.br/genero-textual-noticia/ https://www.todamateria.com.br/texto-dissertativo-argumentativo/ https://www.todamateria.com.br/texto-editorial/ https://www.todamateria.com.br/resenha-critica/ https://www.todamateria.com.br/o-ensaio-como-genero-textual/ https://www.todamateria.com.br/como-fazer-uma-monografia/ 26 Texto Expositivo Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação. Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos: Seminários, Palestras, Conferências, Entrevistas, Trabalhos acadêmicos, Enciclopédia, Verbetes de dicionários Texto Injuntivo O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo. Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos: Propaganda, Receita culinária, Bula de remédio, Manual de instruções, Regulamento, Textos prescritivos. Proposta de atividade QUESTÃO 1 A diva Vamos ao teatro, Maria José? Quem me dera, desmanchei em rosca quinze kilos de farinha, tou podre. Outro dia a gente vamos. Falou meio triste, culpada, e um pouco alegre por recusar com orgulho. TEATRO! Disse no espelho. TEATRO! Mais alto, desgrenhada. TEATRO! E os cacos voaram sem nenhum aplauso. Perfeita. PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999. Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva A) Narra um fato real vivido por Maria José. B) Surpreende o leitor pelo seu efeito poético. C) Relata uma experiência teatral profissional. D) Descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora. E) Defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral. 2. Sobre as características dos gêneros textuais, é INCORRETO afirmar que: A) Os gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. B) Os gêneros textuais são estruturas relativamente padronizadas que variam de acordo com as várias situações comunicativas. C) Os gêneros textuais são estruturasbem definidas, limitadas, e podem apresentar-se sob a forma de cinco diferentes tipos de texto. D) Os gêneros textuais podem ser representados na linguagem verbal e não verbal, em anúncios publicitários, charges, tirinhas e também em reportagens, notícias, e-mails, etc. https://www.todamateria.com.br/texto-expositivo/ https://www.todamateria.com.br/genero-textual-entrevista/ https://www.todamateria.com.br/texto-injuntivo/ 27 E) Os gêneros textuais, por adequarem-se às necessidades linguísticas dos falantes de acordo com as mudanças históricas e sociais, são incontáveis, diferentemente do que acontece com os tipos textuais. 3 Assinale a sequência correta: I. São definidos por propriedades linguísticas como vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais etc. II. Realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas, ou seja, dentro de um contexto cultural e com função comunicativa. III. Abrangem um conjunto praticamente ilimitado de características determinadas pelo estilo do autor, conteúdo, composição e função. IV. Geralmente variam entre cinco e nove tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição. A) Tipo textual, gênero textual, gênero textual, tipo textual. B) Tipo textual, tipo textual, gênero textual, gênero textual. C) Tipo textual, gênero textual, gênero textual, gênero textual. D) Gênero textual, tipo textual, tipo textual, tipo textual. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS São dois conceitos importantes para uma melhor compreensão do texto. São dois fenômenos com níveis distintos de organização, mas estão intimamente ligados por serem responsáveis pela transmissão do significado do discurso, sendo que a primeira está relacionada com a organização textual e a segunda com o ato ilocucional. Coerência: é resultante da não- contradição entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeadas logicamente. Cada segmento textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressuposto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa concatenação, ou quando um segmento atual está em contradição com um anterior, perde-se a coerência textual. A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extra-verbal, ou seja, àquilo a que o texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo receptor. Coesão: refere-se ao modo como os elementos linguísticos existentes na superfície do texto se encontram interligados, por meio de recursos também linguísticos, formando sequência veiculadoras de sentido. É a propriedade que os elementos têm de um fazer referência ao outro. Do sentido de um depender da relação do outro. Alguns recursos de coesão textual 1. Epítetos Epíteto é a palavra ou frase que qualifica pessoa ou coisa. Glauber Rocha fez filmes memoráveis. Pena que o cineasta mais famoso do cinema brasileiro tenha morrido tão cedo. 28 2 Nominalizações Ocorre nominalização quando se emprega um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente. Eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porém, que tal testemunho não era válido por serem parentes do assassino. Pode também ocorrer o contrário: um verbo retomar um substantivo já enunciado. Ele não suportou a desfeita diante de seu próprio filho. Desfeitear um homem de bem não era coisa para se deixar passar em branco. 3.Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum valor em sua época. Houve telas que serviram até de porta de galinheiro. 4 Repetição de uma palavra Podemos repetir uma palavra (com ou sem determinante) quando não for possível substituí- la por outra. A propaganda, seja ela comercial ou ideológica, está sempre ligada aos objetivos e aos interesses da classe dominante. Essa ligação, no entanto, é ocultada por uma inversão: a propaganda sempre mostra que quem sai ganhando com o consumo de tal ou qual produto ou ideia não é dono da empresa, nem os representantes do sistema, mas, sim, o consumidor. Assim, a propaganda é mais um veículo da ideologia dominante. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:Introdução à filosofia. São Paulo, Moderna, 1993. p. 50. 5. Um termo-síntese O País é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher um sem-número de papéis. Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas essas limitações acabam prejudicando o importador. A palavra limitações sintetiza o que foi dito antes. 6. Pronomes Vitaminas fazem bem à saúde. Mas não devemos tomá-las ao acaso. O colégio é um dos melhores da cidade. Seus dirigentes se preocupam muito com a educação integral. Aquele político deve ter um discurso muito convincente. Ele já foi eleito seis vezes. Há uma grande diferença entre Paulo e Maurício. Este guarda rancor de todos, enquanto aquele tende a perdoar. 7. Numerais Não se pode dizer que toda a turma esteja mal preparada. Um terço pelo menos parece estar dominando o assunto. Recebemos dois telegramas. O primeiro confirmava a sua chegada; o segundo dizia justamente o contrário. 8. Advérbios pronominais (aqui, ali, lá, aí) Não podíamos deixar de ir ao Louvre. Lá está a obra-prima de Leonardo da Vinci: a “Monalisa”. 9. Elipse O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu a sessão às oito em ponto e (ele) fez então seu discurso emocionado. 29 10. Repetição do nome próprio (ou parte dele) Manuel da Silva Peixoto foi um dos ganhadores do maior prêmio da loto. Peixoto disse que ia gastar todo o dinheiro na compra de uma fazenda e em viagens ao exterior. Lygia Fagundes Telles é uma das principais escritoras brasileiras da atualidade. Lygia é autora “Antes do baile verde”, um dos melhores livros de contos de nossa literatura. 11. Metonímia Metonímia é o processo de substituição de uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contiguidade semântica. O governo tem-se preocupado com os índices de inflação. O Planalto diz que não aceita qualquer remarcação de preço. Santos Dumont chamou a atenção de toda Paris. O Sena curvou-se diante de sua invenção. 12. Associação Na associação, uma palavra retoma outra porque mantém com ela, em determinado contexto, vínculos precisos de significação. São Paulo é sempre vítima das enchentes de verão. Os alagamentos prejudicam o trânsito, provocando engarrafamentos de até 200 quilômetros. A palavra alagamentos surgiu por estar associada a enchentes. Mas poderia ter sido usada uma outra como transtornos, acidentes, transbordamento do Tietê etc. ATIVIDADES 1 – A partir de um "texto básico" dado, onde não está ainda realizada a coesão, você deverásubstituir os termos repetidos por sinônimos ou expressões adequadas, dando uma nova versão ao texto, utilizando os mecanismos de coesão que julgar convenientes. Modelo: As revendedoras de automóveis não estão mais equipando os automóveispara vender os automóveis mais caro. O cliente vai à revendedora de automóveis com pouco dinheiro e, se tiver que pagar mais caro o automóvel, desiste de comprar o automóvel e as revendedoras de automóveis têm prejuízo Sabendo que automóveis podem também ser chamados de veículos, carros, e até mesmo de mercadoria ou produto quando expostos numa revendedora e que uma revendedora de automóveis pode também ser chamada de concessionária, agência etc, uma possível versão coesiva do texto acima, utilizando os vários mecanismos de coesão, poderia ser: As revendedoras de automóveis não estão mais equipando os carros para vendê-los mais caro. O cliente vai lá com pouco dinheiro, e se tiver que pagar mais caro o produto desiste, e as agências têmprejuízo. Uma outra versão, utilizando somente o mecanismo de elipse, nos daria o seguinte texto: As revendedoras de automóveis não estão mais equipando paravender mais caro. O cliente vai com pouco dinheiro e, se tiver que pagar mais, desiste e as revendedoras têm prejuíz 2 – Faça o mesmo exercício em relação aos textos a seguir, substituindo as palavras em negrito. Texto l Todos os anos dezenas de baleias encalham nas praias do mundo e até há pouco nenhum oceanógrafo ou biólogo era capaz de explicar por que as baleias encalham. Segundo uma hipótese corrente, as baleias se suicidariam ao pressentir a morte, em razão de uma doença grave ou da própria idade, ou seja, as baleias praticariam uma espécie de eutanásia instintiva. Segundo outra, as baleias se desorientariam por influência de tempestades magnéticas ou 30 de correntes marinhas. Agora, dois pesquisadores do Departamento de História Natural do Museu Britânico, com sede em Londres, encontraram uma resposta científica para o suicídio das baleias. De acordo com Katharine Parry e Michael Moore, as baleias são desorientadas de suas rotas em alto-mar para as águas rasas do litoral por ação de um minúsculo verme de apenas 2,5 centímetros de comprimento. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Texto 2 Durante mais de um ano, o artista plástico baiano Emanoel Araújo empreendeu um mergulho profundo, em busca da produção artística dos negros no Brasil. O resultado pode ser visto na exposição “A mão Afro-Brasileira”A paciente pesquisa do artista plástico baiano Emanoel Araújo exigiu fôlego redobrado.Para chegar às raízes negras da arte brasileira, o artista plástico baiano Emanoel Araújo desceu ao século XV11I, na produção do Barroco e do Rococó. Para avaliar o momento atual de produção dos artistas negros, o artista plástico baiano Emanoel Araújo convocou 68 artistas negros a enviar obras para a exposição. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Texto 3 A China é mesmo um país fascinante, onde tudo é dimensionado em termos gigantescos A China é uma civilização milenarA China abriga,na terceira maior extensão territorialplanetária (com 9 960 547km-), cerca de l bilhão e 100 mil habitantes, ou seja, um quarto de toda a humanidade. Mencionar tudo o que a China, um tanto misteriosa, tem de grande ocuparia um espaço também exagerado. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 31 ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Texto 4 Todas as descobertas para emagrecer sem fazer muito estorço não passam de falsas promessas. Todas? Uma nova droga ainda em testes, o Orlistat, parece fugir à regra. O Orlistat, que está sendo desenvolvido pelo laboratório Hoffmann-La Roche, funciona mesmo como uma mágica. O Orlistatprovoca uma rápida redução de peso, ainda que o paciente saia do sério na dieta. Em vez de inibir o apetite ou acelerar a queima de calorias pelas células, como fazem outras drogas desenvolvidas nas últimas décadas, o Orlistatimpede que a gordura caia na corrente sanguínea e se acumule na cintura e nos culotes. O Orlistat, além de promissor, promete ser uma mina de ouro para seus fabricantes dentro de alguns anos, quando provavelmente deve chegar às prateleiras das farmácias. Enquanto isso, pesquisadores tentam mapear todos os possíveis efeitos colaterais do Orlistat, que ainda não são totalmente conhecidos. (Adaptado de Veja, 28 jul. 1993.) ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 3 – Copie do texto palavras e expressões a que os termos grifados se referem. Bernardo tem 5 anos e gosta de saber tudo sobre lugares e países. Eu sou um pai coruja! Assim, na primeira oportunidade, comprei-lhe um desses globos terrestres modernos. No entanto, o garoto não lhe deu muita importância, quando apontei nele o Japão, o Brasil e muitos outros países. Limitou-se a fazê-lo girar doidamente. Parece que a novidade não o atraiu. Girou tanto o tal do globo que o desprendeu do suporte de metal. Logo se dispôs a sair jogando futebol com ele, mas não permiti tal coisa. Consegui convencê-lo a ir destruir outro brinquedo: o barulhento secador da mãe! E assim que me vi só, tranquei-me lá, no meu escritório, para apreciar aquela nova e preciosa aquisição! (Fernando Sabino – Adaptação) 4- Nesta questão ocorrem alguns fragmentos narrativos que apresentam algum tipo de incoerência. Tente identificar e explicar o tipo de incoerência que você vê. Conheci Sheng no primeiro colegial e aí começou um namoro apaixonado que dura até hoje e talvez para sempre. Mas não gosto de sua família: repressora, preconceituosa, preocupada 32 em manter as milenares tradições chinesas.