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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Departamento de Comunicações Comunicações Digitais Professor: Marcio Rodrigues Renato Ribeiro Urbano BER e Pe teórica sob ruído AWGN – prática computacional NATAL 2016 Figura da constelação antes e após a inserção de ruído. Figura 1. Figura 1: Gráficos de constelação para amplitude dos bits para os casos: transmissão sem ruído, transmissão com ruído AWGN, Eb/N0 = 10dB e transmissão com ruído AWGN, Eb/N0 = 5dB. A comunicação sem ruído, um caso teórico e ideal, nos traz como resultado, a recepção dos bits com a mesma amplitude em que foram enviados. Dessa maneira, o gráfico gerado para esse caso apresenta marcadores, apenas, sobre os níveis de amplitude -1 e +1. Que são os níveis de amplitude presentes no sinal enviado, sem perturbação de ruído. Como era previsto, a inserção do ruído AWGN modificou a amplitude do sinal detectado pelo receptor. Esse fato fica evidente analisando os gráficos de constelação da figura 1, que representam a transmissão do sinal em canais com SNR equivalente a 10dB e 5dB, respectivamente. Essa distorção do sinal é proporcional à SNR no canal. Quanto menor a SNR, mais afastados estarão os níveis de amplitude dos bits recebidos dos níveis de amplitude ideais, originalmente transmitidos (-1 e +1). Como o ruído AWGN é aleatório e atua de forma aditiva sobre a amplitude do sinal, teremos um comportamento de perturbação aleatória em caba bit da transmissão, ou seja, distancias diferentes entre o bit recebido e o que era esperado. Logo, os marcadores dos gráficos de constelação em canais com ruído desse tipo irão mostrar nuvens de pontos espalhados em torno do nível de amplitude original do sinal. Gráfico da Taxa de Erro de Bit (BER) vs Eb/No para o modelo simulado e gráfico da Probabilidade de Erro de Bit (Pe teórica) vs Eb/No. Figura 2: BER e Pe vs. Eb/N0 para 1000, 10000 e 100000 bits transmitidos. No gráfico da Figura 2, podemos notar a tendência nas curvas de BER. Apesar de terem comportamentos distintos, as quatro curvas do gráfico apresentam tendência de decaimento na Taxa de Erros de Bit a medida que o valor de Eb/N0 aumenta. Com isso conclui-se que a BER varia de acordo com a relação entre a potência do sinal e a potência do ruído que chega ao receptor. Quanto melhor essa relação, ou seja, quanto maior a SNR, menor será a BER. Analisando as curvas, observou-se que a BER pode ser considerada desprezível quando a SNR no canal é maior que 7dB, já que, para níveis de Eb/N0 maiores que esse valor, terremos menos de 1 erro de bit a cada 1000000 enviados. Observando a curva azul, que representa o caso em que foram transmitidos 1000 bits, notou-se que ela inexiste quando Eb/N0 ultrapassa a marca de 5dB. Isso ocorre pois, para esse valor de SNR, a taxa de erros de bit verificada é inferior a 10-3, ou seja, ocorre menos de 1 erro a cada 1000 bits enviados. Assim, como nosso conjunto é limitado a mil bits, não é computado nenhum erro pra esse caso. O mesmo vale a para a curva vermelha, caso em que foram transmitidos 10000 bits. Para Eb/N0 superior a 5,5dB, menos de 1 erro é verificado a cada 10000 bits enviados, razão pela qual a curva vermelha inexiste após SNR de 5,5dB. Se, por um lado, BER calcula a taxa de erros de bit em uma transmissão, ou seja, verifica a relação entre o número de erros de bit no receptor e o número de bits enviados, a Pe representa a taxa de erros de bit teórica, ou seja, esperada, para um canal submetido a certa condição (ruído AWGN). O comportamento das curvas de BER se torna mais uniforme, e mais parecido com o comportamento da curva de Pe, a medida que aumentamos o espaço amostral do conjunto de bits transmitidos. Percebe-se isso ao analisar a curva verde que tem maior quantidade de bits enviados e é a que tem comportamento mais parecido com a curva de Pe.