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01 - A Pedra Chave 2 02 - O Grau de Past Master 10 03 - Mui Excelente Mestre 17 04 - Bases do Grau de Mestre de Marca 28 05 - Denário 36 06 - Cargos em um Capítulo 52 07 - Primeiro Diálogo de um MdM 64 08 - The Royal Arch Strategic Plan 76 09 - Os graus do Real Arco, suas cores e suas vestes 87 10 - Sumo Sacerdote -Rei - Escriba 109 11 - Do Tabernáculo de Moisés ao Templo de Salomão 121 12 - A Construção do Templo de Salomão 132 13 - Templos de Jerusalém 144 www.realarco.org.br Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi lde Remédios, nós os temos de todo jeito. Como a fábula, que à alma se destina. Se para o tolo e o arrogante não faz efeito, Para o humilde e sábio conforta e ensina. i www.realarco.org.br Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l Era a décima segunda hora em Jerusalém e os Obreiros se retiravam de seu trabalho sob o calor meridiano. Desciam a montanha sagrada em bandos, apressados para chegarem ao descanso. O sábio Caldeu, cuja vida dedicara à busca da sabedoria através dos mistérios da Natureza ou dos segredos da Ciência, caminhava calmamente. Sua testa, marcada pelas rugas, dava-lhe o testemunho das muitas horas de estudo à luz insuficiente da lamparina. Mais adiante, Mestres da Arte Real, elevados pela amizade de seu chefe ou por seus próprios méritos daquela distinta posição, retribuíam, com cortesia solene, a saudação respeitosa dos Obreiros mais humildes. Esses, em grupos diversos e em diferentes pontos da montanha, discutiam assuntos de interesse profissional, ou absorviam-se na contemplação do majestoso edifício que pouco a pouco tomava forma diante deles. O Templo, o tributo mais orgulhoso do engenho humano, para cuja construção foram tirados da Terra os seus tesouros e da Ciência os seus segredos, aproximava-se da tão desejada conclusão. O Arco, que guardaria em seu recesso o mais Sagrado dos Sagrados, precisava apenas da Pedra Chave para completá-lo. E já fora marcado o dia em que o real Salomão, como Grão-Mestre dos Filhos da Luz, deveria encaixar a pedra perfeita na presença das tribos de Israel, reunidas em orgulho e contentamento. O que vamos contar se passou no próprio dia em que o Monarca marcara a data. Os obreiros achavam-se insatisfeitos com uma injustiça cometida contra Honestas, um dos mais hábeis Supervisores. Ele havia preparado, com muito trabalho, uma Chave perfeita para o fechamento do Arco, de excelência, originalidade e beleza singulares. Mas tivera seu trabalho rejeitado por Salomão, por razões tão tolas que tornavam aparente os motivos verdadeiros – inveja de sua perfeição e ciúme do entusiasmo com que foi recebida. www.realarco.org.br Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l Naquele dia, toda a Loja reuniu-se e o trabalho de Honestas foi mostrado aos seus irmãos. Foi recebido com aclamação pelos Obreiros, pelos Mestres experientes e por alguns Chefes independentes da Ordem, pois tinha as proporções perfeitas de um cubo, esquadrada pelo Cinzel das intenções e de acordo com a escala da mais estrita integridade. Salomão olhou a Pedra friamente, pois a inveja entrara em seu coração e o amargor apossou-se de sua língua. Depois de tentar em vão encontrar defeitos no trabalho sem falhas, questionou se seria adequada, duvidando que se harmonizasse com os demais ornamentos do Arco. Afortunadamente, os modelos em que se basearam os ornamentos estavam à mão. Constituíam em relevos de mármore, representando figuras de um homem e de uma mulher, vulneráveis frente ao destino. Maravilhosos no desenho e quase perfeitos na execução. O trabalho de Honestas foi colocado entre eles e muitos Irmãos exclamaram com alegria pelo efeito harmonioso do conjunto, porque esculpido no cubo estava à figura de um Construtor idoso, curvado pelo trabalho e pela enfermidade, recebendo o apoio dos fortes e saudáveis da Ordem. - “É verdade,” declarou o Mestre Real, olhando a todos desdenhoso, “que a intenção foi boa. Não há como não aprovar a criação, embora tenha que lamentar sua impraticabilidade. O Arco é incapaz de sustentar o peso do trabalho proposto e, ao invés de constituir-se na Pedra Chave para cimentar o tudo, causaria sua destruição.” Em vão Honestas provou, demonstrando na prática, o poder de sustentação do Arco. Em vão, os Obreiros ofereceram-se para aumentar a resistência do Arco, com seu trabalho voluntário, até que as dúvidas de Salomão fos- sem satisfeitas. A razão e a justiça falharam. www.realarco.org.br Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l Ao fim, Salomão usou de sua prerrogativa e o trabalho de Honestas foi desdenhosamente rejeitado, em meio às expressões de escárnio dos invejosos e ignorantes e lástima dos honestos e sinceros. Foi na hora do crepúsculo, naquele mesmo dia, que Salomão deixou o palácio para desfrutar do ar fresco do anoitecer. Insatisfeito consigo mesmo, pensativo, seus passos levaram-no às margens do riacho de Kedrom. Ao longe, podiam ser vistos os túmulos dos reais de Israel, suas formas brancas e graciosas elevando-se entre os cedros e ciprestes que os rodeavam. Caminhando pela margem, ouvindo o murmúrio incessante da correnteza, ou perdido na amargura das reflexões que sempre acompanham a doença, Salomão encontrou um Irmão idoso chamado Veritas, cuja voz há muito se tornara estranha aos seus ouvidos, mas cujas palavras até mesmo seu real Pai havia escutado com atenção e temor. Fora notável pelas intervenções ocasionais entre os obreiros, invariavelmente acompanhadas de felizes conseqüências. Severo na aparência e majestoso no porte, sem ligar ou para o cenho franzido do Rei ou para o seu ar de impaciência, Veritas assim lhe falou: - “Diante das tumbas de teus predecessores, como podes estar determinado a cometer esta injustiça? Não te diz o verme humilde que como todos, tu és terra somente? Lembra-te: na Loja Eterna, a realeza de Salomão e a humildade de Honestas serão iguais, e que o grande Arquiteto decidirá sobre ambos. Olha!” E apontou para um pelicano solitário, empoleirado numa rocha, observando a correnteza, pacientemente esperando sua presa. O pássaro ficou imóvel por alguns momentos, com uma estátua. De repente, mergulhou seu pescoço comprido nas águas e trouxe o peixe preso no www.realarco.org.br Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l bico. Alçou voo pesadamente em direção ao bosque, onde, certamente, filhotes impacientes aguardavam sua comida. Mal o pássaro carregado deixou a água, quando uma águia, que tinha observado o paciente pescador do alto das nuvens, mergulhou sobre ele. Com um grito de medo, o pelicano soltou sua presa, que o tirano pegou ainda no ar e lá se foi, majestosamente, para seu ninho distante. O pelicano desapontado e roubado, voltou à sua rocha para olhar e olhar novamente, para pescar e quem sabe, para ser novamente privado do fruto do seu trabalho. - “Será que este incidente não te faz pensar?” perguntou Veritas, olhando severamente a expressão confusa de Salomão. “Tu não te convences de que as leis do direito e do poder estão em desacordo? O homem, quando investido com o poder, se não o usa para a justiça, acaba usando apenas os instintos animais de sua natureza, surdo à voz da razão e da verdade.” - “Mas Aquele que deu à águia poderes sobre os outros pássaros, deu aos Reis da terra o domínio sobre os homens.” - “É verdade, Majestade, respondeu o sábio, “mas o domínio de um difere do domínio do outro, porque enquanto a águia não faz mais do que seguir o instinto bruto de sua natureza, o homem, por sua vez, tem a razão como seu guia.” - “Então quando, a águia devolver sua presa,” respondeu o Monarca, irritado, “eu curvarei meu cetro ao direito de Honestas, massó então.” Ao que respondeu calmamente o velho: - “Isso é o mesmo que dizer que somente quando o www.realarco.org.br Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l r r instinto bruto alcançar a inteligência do homem. O Real Salomão, por assim dizer, seguirá apenas os impulsos do instinto, desprezando o dom e a preeminência concedidos pelo Altíssimo, ao curvar sua razão aos impulsos de suas paixões.” “Eu bem sei,” continuou o sábio, “que a verdade não é bem-vinda aos ouvidos dos príncipes. Mas pensa no julgamento Daquele cuja palavra é a Verdade, cuja essência é o Amor e cujo atributo é a Justiça. Aceitará Ele a dedicação do teu trabalho? Ou sorrirá ao teu reinado, se cometeres esta injustiça com Honestas? Toma cuidado, pois as palavras deste teu servo Veritas podem ser sucedidas pelos aguilhões daquele “verme que nunca dorme, a Consciência.” Naquela noite, o Mestre Real novamente presidiu a Assembléia de Obreiros. Sua expressão era límpida, pois o espírito da justiça transbordava em seu coração. O Trabalho do fiel Honestas foi aprovado, e jamais esteve o Monarca mais digno da ordem. Porque, naquela noite, ele mostrou que a mágoa da injustiça pode dissipar-se na beleza da reconciliação. Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Filiado a The General Grand Chapter of Royal Arch Masons, International O Grau de Past Master Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares Nº 2. outubro/2012 Traduzido livremente do livro Guide to the Royal Arch Chapter Tradução de João Guilherme da Cruz Ribeiro, PGSS (BR), DEP.GGHP - Latino América (Pequena História do Grau) A Experiência que completa a educação do Mestre Maçom Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Joã o G uil he rm e d a C ru z R ibe iro Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Ainda hoje não se chegou a qualquer conclusão sobre quando a Ordem dos Past Masters tornou-se parte das cerimônias usadas na Instalação do Mestre Eleito de uma Loja. E, embora se tenha discutido mais sobre o Grau de Past Master do que sobre qualquer outro grau na Francomaçonaria, também não sabemos de onde essas cerimônias foram derivadas. As primeiras alusões à Ordem dos Past Masters encontram-se em Ahiman Rezon, de Laurence Dermontt, 1756, e nas Illustrations of Freemasonry, de William Preston, 1772. Pelo que se lê em ambas as obras, parecem ter sido algo há muito estabelecido, algo que o Mestre não poderia dispensar e que representava a única parte esotérica da Cerimônia de Instalação. O certo é que tanto na Grande Loja dos Antigos quanto na Grande Loja dos Modernos ela estava em uso e, em ambas as Grandes Lojas, ela era considerada como um compromisso antigo e definitivo. É preciso lembrar que o Real Arco, quando organizado como um conjunto separado e distinto, só podia ser conferido aos Mestres de Loja. Este era um dos landmarks fundamentais do sistema original do Real Arco. No início tudo transcorreu bem. Entretanto, à medida que a Fraternidade crescia e se expandia, a limitação constituía um impedimento no crescimento dos Maçons do Real Arco. Com isso, os excelsos ensinamentos da Maçonaria Capitular perdiam-se pelo baixo número de Irmãos suficientemente interessados e devidamente qualificados para ensiná-los. Chegava-se a um impasse: ou se desistia do sistema Capitular ou se relaxava a limitação. Porém, landmark era considerado tão importante que, ao invés de violá-lo, os pais da Maçonaria do Real Arco conceberam passar, de uma forma representativa, o Candidato pela Cadeira do Oriente. Isso significou, nada mais, nada menos, a criação de um Mestre Virtual, ao invés Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br de um Mestre Instalado de fato. Para que isso ocorresse, na época, era necessário o consentimento do Grão-Mestre, porque o Real Arco ainda fazia parte da Maçonaria Simbólica. O Candidato, depois de receber o Grau de Past Master, era considerado elegível para o Real Arco, como se fora um Past Master de verdade, ficando, desta forma, o landmark preservado. Quando, em 1813, as Grandes Lojas dos Antigos e dos Modernos foram unificadas na Grande Loja Unida da Inglaterra, o antigo landmark foi abolido e o Real Arco incorporado (somente na Inglaterra) aos Graus Simbólicos. Deixou, assim, de ser necessário que o Candidato a ser exaltado a Venerável Mestre pertencesse a Ordem dos Past Masters ou tivesse esse grau. Entretanto, nos Estados Unidos, na Irlanda e na Escócia, o velho landmark continua preservado. Nos Estados Unidos, os deveres e privilégios, tanto dos Past Masters de fato (Actual Master) como dos Past Masters virtuais, foram amplamente discutidos e são atualmente bem entendidos. Hoje, está estabelecido que a Ordem dos Past Masters é uma parte necessária da cerimônia de Instalação do Mestre eleito de uma Loja. Nenhum Mestre pode ser legalmente instalado sem recebê-la. Nenhum Past Master Capitular (isto é, Past Master Virtual) pode conferir a Ordem dos Past Masters a um Mestre Eleito, nem pode estar presente quando ela é conferida. Do mesmo modo, um Past Master atual não pode ter assento em uma Loja de Past Masters Virtuais. E, finalmente, um Past Master Virtual não pode reclamar qualquer direito, privilégio ou imunidade em uma Loja ou entre Past Masters de fato, por ter recebido seu Grau. Em outras palavras, o Grau de Past Master é conferido no sistema Capitular apenas para os propósitos do próprio Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Capítulo e não confere, a ninguém que o receba, as honras concedidas àqueles que realmente passaram pela Cadeira de Salomão em uma Loja Simbólica. O Grau de Past Master foi introduzido regularmente no sistema, ou Rito americano, por volta de 1792. Antes era costume geral reunir pelo menos o número necessário de Irmãos que o tivessem e, por consentimento do Grão- Mestre, conferir o Grau a Candidatos em uma Loja ocasional, provisória, por força do mesmo consentimento. Até o início do século, isso era assim feito na jurisdição da Pennsylvania, que não se filiara ainda ao General Grand Chapter. É interessante assinalar que o Grau de Past Master era também conferido pelas Lojas de Perfeição do Rito Antigo e Aceito. O regulamento era o mesmo que o do Real Arco. Ninguém, a não ser um Past Master, podia ser eleito para os Graus. Assim, sempre que um Candidato não o fosse, era necessário que primeiro se lhe conferisse o grau. Depois que os Capítulos começaram a ter jurisdição sobre o Grau, os Conselhos do Rito Antigo e Aceito abriram mão dele. Hoje pode-se dizer, depois de muita discussão, que o Grau, apesar de todas as dificuldades iniciais de entendimento, estabeleceu-se e é muito melhor apreciado por isso. r r Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Algumas informações sobre o Grau a) - Os principais Oficiais Regulares de um Loja de Past Masters são o Mui Venerável Mestre, o 1º e o 2º Vigilantes. b) - A cor simbólica do grau é púrpura. c) - A jóia de um Past Master é um compasso, cujas pontas se apóiam num segmento de círculo. Inscrito sobre o segmento do círculo e sobre as pernas do compasso está um Sol Flamejante. d) – As Lojas de Past Masters são dedicadas a São João. e) – Do Candidato recebendo este Grau, diz-se que “foi induzido na Cadeira do Oriente.” Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares - Jorge R. L. Simões, PGSS, KT F ontes: In f i n i t y Editorial e Promocional Rua São Vicente, 127 - Tijuca 20260-140 - Rio de Janeiro - RJ www.artedaleitura.com www.realarco.org.br www.realarco.org.br Traduzido livremente do livro Guide tothe Royal Arch Chapter , de John Sheviller, P.G.H.P. & James L. Gould, P.G.H.P., 33º - Macoy Publishing, com algumas informações adicionais. PGSS (BR), DEP.GGHP - Latino AméricaTradução de João Guilherme da Cruz Ribeiro, Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Filiado a The General Grand Chapter of Royal Arch Masons, International Mui Excelente Mestre Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares Nº 3. novembro/2012 Traduzido livremente do livro Guide to the Royal Arch Chapter Tradução de João Guilherme da Cruz Ribeiro, PGSS (BR), DEP.GGHP - Latino América (Notas para o Grau) A Experiência que completa a educação do Mestre Maçom Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Joã o G uil he rm e d a C ru z R ibe iro Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br 1ª Parte O Grau de Mui Excelente Mestre destina-se a comemorar o término e a dedicação do Templo. Assim, nada pode ser mais apropriado do que receber os candidatos, na própria entrada, sob a Pedra Chave, aquela que foi rejeitada pelos edificadores mas que, ao fechar o arco principal, permitiria terminar a construção do Templo. Quando o trabalho se encerrou com êxito e este Grau foi simbolicamente estabelecido, um novo elo se criou entre os fiéis construtores. Da mesma forma, podemos aprender a importante lição de que os princípios de nossa Instituição nos une e nos integra na fraternidade da Maçonaria Especulativa. O Mui Excelente Mestre Relatam as Sagradas Escrituras e as tradições da Fraternidade que David deu a Salomão as instruções de tudo o que recebera por intuição para a construção do Templo, seu mobiliário e detalhes. Também está relatado, tradicionalmente, que o Rei Salomão, tendo completado cada etapa do trabalho de acordo com aquelas instruções, resolveu recompensar os Giblitas mais informados e habilidosos, fazendo-os Mui Excelentes Mestres. As tradições da ordem contêm muitas informações relativas aos privilégios e deveres daqueles admitidos a esta alta condição. Nenhum seria recebido senão aqueles que ou provassem ser mestres completos ou, como dizemos agora, tivessem servido como Mestres em suas Lojas. O trabalho no Templo estava encerrado e muitos dos artífices iriam, em breve, deixar a Judéia à procura de Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br ocupação em outros lugares. Eles tinham trabalhado por longo tempo, fiel e zelosamente, encorajados pela esperança de serem feitos Mestres Maçons quando o Templo fosse terminado. Resolveu, o Rei Salomão recompensá-los por sua diligência e fidelidade. Foram eles, então, destacados como professores e mestres da arte e, como tal, incumbidos de difundir a Luz e o Saber Maçônico entre os iletrados e ignorantes. Desta forma, deveriam eles viajar a países estranhos, levando a essas terras distantes o mesmo sublime Conhecimento Maçônico que permitira construir, sob a sabedoria e inspiração de Salomão, a partir das pedreiras e das florestas, aquilo que seria, por sua beleza e magnificência, o orgulho e a glória de Jerusalém. Esta tradição se confirma no título que lhes foi conferido. Tinham os judeus três títulos de deferência com que distinguiam seus doutores e professores: Rab, Rabi, Rabau ou Rabonai. Nosso título, Mui Excelente Mestre, é equivalente a Rabonai, que era o mais alto título honorífico conhecido entre os Judeus, significando que aquele que o possui detém o mais alto conhecimento e posição. 2ª Parte Trechos do Monitor do Francomaçom (edição de 1818), de Thomas Smith Webb “Os princípios universais da Arte unem homens das crenças mais opostas, dos países mais distantes e das opiniões mais contraditórias em uma associação tão indissolúvel que em cada nação o Maçom encontra um amigo e em cada clima um lar.” Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Capítulo XIII Observações sobre o 6º Grau, ou O Grau de Mui Excelente Mestre Nenhum, a não ser os dignos e meritórios; nenhum, a não ser aqueles que, pela diligência e pelo esforço, adiantaram-se no caminho da perfeição; nenhum, a não ser os que se sentaram na cadeira do Oriente, pelo sufrágio unânime de seus Irmãos; nenhum, além destes, pode ser admitido neste Grau da Maçonaria. Na sua forma original, ao ser terminado o Templo em Jerusalém, quando a fraternidade celebrava a colocação da Pedra Chave, ficou demonstrado que somente aqueles que provaram ser mestres em seu ofício receberam tal honraria. Com efeito, os deveres pertinentes a cada maçom recebido e reconhecido Mui Excelente Mestre são tais que torna-se indispensável que ele tenha perfeito conhecimento de todos os graus precedentes. Salmo 24 “Do Senhor é a terra e sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam. Porque Ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre as torrentes. Quem ascenderá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, o que não entrega sua alma às vaidades nem jura dolosamente. Este receberá as bênçãos do Senhor e a justiça do Deus de sua salvação. Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó. Levantai-vos, ó portais, as vossa cabeças! Levantai-vos, portais eternos, para que entre o Rei da Glória! Quem é o Rei da Glória? O Senhor, forte e poderoso. O Senhor, poderoso nas batalhas! Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória! Quem é esse Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória!” Salmo 122 “Alegrei-me, quando me disseram: vamos à casa do Senhor. Já nossos pés param às tuas portas ó Jerusalém! Jerusalém esta edificada como uma cidade toda em si compacta. Para onde vão as tribos, as tribos do Senhor, segundo a lei de Israel, para louvar o nome do Senhor. Porque lá se estabeleceram os tronos da justiça, os tronos da casa de David. Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam. Reine a paz dentro dos teus muros, prosperidade em teus palácios. Pelo amor aos meus irmãos e companheiros, eu peço: Haja paz em ti! Por amor à casa do Senhor, nosso Deus, buscarei teu bem.” II Crônicas - 6 Então, disse Salomão: - Disse o Senhor que habitaria em nuvem espessa. Mas edifiquei uma casa para tua morada, lugar para tua eterna habitação. E o rei voltou sua face e abençoou toda a congregação de Israel, que se pôs de pé. E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que com suas mãos cumpriu o que falara de sua própria voz a David, meu pai, dizendo: Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br “Desde o dia em que tirei meu povo da terra do Egito, não escolhi nenhuma cidade entre as tribos de Israel para edificar uma casa para estabelecer meu nome. Nem escolhi homem algum para governar meu povo Israel. Mas escolhi Jerusalém para que ali estivesse meu nome e escolhi David para chefe de meu povo Israel.” - De coração desejara David meu pai, construir uma casa em nome do Senhor Deus de Israel. Porém, disse o Senhor a David, meu pai: “Porquanto estivesse em teu coração edificar uma casa ao meu nome, bem fizeste que fosse em teu coração. Porque tu não a edificarás, mas teu filho, que descenderá de ti, ele edificará a casa em meu nome.” Assim cumpriu o Senhor a palavra que havia dito, pois cresci ao lado de David, meu pai, e fui assentado no trono de Israel, como prometera o Senhor, e edifiquei a casa ao nome do Senhor. E nela, pus a arca em que estão as tábuas da aliança que o Senhor fez com os filhos de Israel. Postou-se Salomão diante doaltar do Senhor, na presença de toda a congregação de Israel, e estendeu as mãos. Porque Salomão havia feito uma tribuna de bronze, de cinco côvados de comprimento, cinco de largura e três de altura e colocou-a no meio do pátio. E sobre ela pôs-se de pé e ajoelho-se ante toda a congregação de Israel e estendeu suas mãos para o céu e disse: Ó, Senhor Deus de Israel, não há Deus como tu, nos céus e na terra, que guardas o pacto e a misericórdia a teus servos, que caminham diante de ti de todo o coração. Que cumpriste para com teu servo David, meu pai, o que lhe prometeste; pessoalmente o disseste e pelo teu poder o cumpriste, como hoje se vê. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Agora, ó Senhor Deus de Israel, cumpre para com servo David, meu pai, o que lhe prometeste, dizendo: “Não faltará de ti um varão, diante de mim, para assentar-se no trono de Israel, contanto que teus filhos guardem o seu caminho, andando em minha lei, como tu andaste.” Agora, ó Senhor Deus de Israel, cumpra-se a tua palavra, como a disseste a teu servo David. Mas será certo que Deus habitará com o homem na terra? Eis que os céus e os céus dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que edifiquei! Atenta pois, para a oração de teu servo e a seu rogo, ó Senhor meu Deus, para ouvir o clamor e a oração que o teu servo faz diante de Ti: que teus olhos estejam abertos dia e noite sobre esta casa, sobre este lugar do qual disseste: “meu nome estará ali.” Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo Israel quando deste lugar fizerem suas orações, que tu ouvirás de tua moradia, do céu. Ouve e perdoa. Quando um homem pecar contra seu próximo e lhe for exigido que jure, e se ele vier a jurar diante do teu altar nessa casa, então ouve tu dos céus e julga a teus servos, dando paga ao perverso, fazendo recair o seu proceder sobre sua cabeça, e fazendo justiça ao justo, retribuindo a ele segundo sua retidão. E se teu povo Israel for derrotado ante o inimigo, por ter pecado contra ti, converter-se e confessar teu nome e suplicar a ti nesta casa, ouve tu dos céus e perdoa o pecado de teu povo Israel e faze-o voltar à terra que lhe deste e a seus pais. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Quando os céus se cerrarem e não houver chuva, por ter o povo pecado contra ti, ainda assim, se eles orarem neste lugar e confessarem o teu nome e se afastarem do pecado quando tu os afligir, ouve tu dos céus e perdoa o pecado de teus servos e de teu povo Israel, ensinando-lhes o bom caminho em que andem, e manda que chova na tua terra, que deste em herança a teu povo. Se houver fome na terra, se houver peste, se houver crestamento ou ferrugem, gafanhotos e larvas, se o inimigo o cercar em suas cidades, se assolados por pragas ou doenças, toda oração e súplica que fizer qualquer homem ou todo o teu povo Israel, cada um conhecendo suas feridas e sua dor, estendendo suas mãos nesta casa, ouve tu dos céus, lugar da tua habitação, e perdoa e dá a cada um segundo os seus caminhos, já que lhe conhece o coração, porque tu, somente tu conheces o coração dos filhos dos homens, para que te temam, para que andem nos teus caminhos enquanto viverem na terra que deste a nossos pais. Também ao estrangeiro que não for do teu povo Israel, mas vindo de terras remotas por amor ao teu grande nome e do por tua mão poderosa e por teu braço estendido, se ele vier e orar nesta casa, ouve tu dos céus, do lugar da tua habitação e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, para que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para que te temam como o teu povo Israel e para que saibam que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome. Se teu povo for à guerra contra seus inimigos, pelo caminho que os enviares se orarem a ti, voltados para esta cidade que tu escolheste, e para casa que edifiquei em teu nome, ouve tu dos céus sua súplica e sua oração faze-lhes justiça. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Quando eles pecarem contra ti (porque não há homem que não peque) e tu te zangares contra eles e os entregares aos seu inimigos que os levem cativos a uma terra, longe ou perto ela esteja; se na terra para onde forem levados caírem em si e se converterem, se na terra do seu cativeiro te suplicarem, dizendo: - Pecamos, perversamente procedemos e cometemos iniqüidade; se retornarem a ti de todo o coração e de toda sua alma, na terra do cativeiro, para onde foram levados prisioneiros, e orarem voltados para a terra que tu deste a seus pais, para a cidade que escolheste e para a casa que edifiquei em teu nome, ouve tu dos céus, do lugar da tua habitação, sua prece e sua súplica, e faze-lhes justiça e perdoa teu povo que pecou contra ti. Agora, ó Senhor meu Deus, estejam os teus olhos abertos e os teus ouvidos atentos à oração que se fizer deste lugar. Ó, Senhor Deus, levanta-te agora, para habitar em tua casa, tu e a Arca de teu poder. Que teus sacerdotes, ó Senhor meu Deus, sejam revestidos de salvação e os teus santos se alegrem no bem. Ó, Senhor Deus, não voltes teu rosto de teu ungido. Lembra-te das misericórdias de teu servo David. Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares - Jorge R. L. Simões, PGSS, KT F ontes: In f i n i t y Editorial e Promocional Rua São Vicente, 127 - Tijuca 20260-140 - Rio de Janeiro - RJ www.artedaleitura.com www.realarco.org.br www.realarco.org.br Traduzido livremente do livro Guide to the Royal Arch Chapter , de John Sheville, P.G.H.P. & James L. Gould, P.G.H.P., 33º - Macoy Publishing, com algumas informações adicionais. PGSS (BR), DEP.GGHP - Latino AméricaTradução de João Guilherme da Cruz Ribeiro, Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Filiado a The General Grand Chapter of Royal Arch Masons, International Bases do Grau de Mestre de Marca Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares Nº 4. novembro/2012 Alocução feita pelo Ir. Rev. W. J. Leigh-Phillips, G. Capelão Prov., na Consagração da Loja de Marca João Guilherme da Cruz Ribeiro A Experiência que completa a educação do Mestre Maçom Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Joã o G uil he rm e d a C ru z R ibe iro Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Irmãos é hoje meu grande privilégio, tal como é meu dever solene, dirigir-me a vós, na ocasião da fundação e consagração de uma nova Loja, sobre o tema da Maçonaria de Marca, um grau que não é tão conhecido como merecia ser, e ouso dizer que isso é em parte devido ao fato de até aqueles que foram avançados de forma solene, terem falhado no verdadeiro conhecimento Maçônico. Vamos centrar os nossos pensamentos por alguns momentos no principal símbolo da Maçonaria de Marca e no seu significado alegórico. Na Maçonaria, não é a pedra da fundação que nos levanta a moral, pois está situada aos nossos pés, e teríamos que olhar para baixo para ela. Vamos dirigir os nossos olhos para a pedra angular. Para fazê-lo temos que olhar para cima e contemplar todo o plano e estrutura acabados. Há três pontos para os quais eu chamaria a vossa atenção: Primeiro, o Material - Pedra. A substância compacta e duradoura preparada pela grande sabedoria do Criador Divino - o resultado de séculos de preparação, a manifestação do Seu plano maravilhoso na criação, a principal fundação sólida do grandioso mundo em que vivemos. Na nossa infância Maçônica, ensinaram-nos que a pedra bruta representa o homem no seu estado de ignorância, cheio de força e possibilidades, mas requerendo a força firme da disciplina e da educação para prepará-lo para o seu lugar na sociedade organizada e civilizada. A espécie humanadeve ser trabalhada na forma devida, e as excrescências do egoísmo e as motivações indignas devem ser devidamente removidas pela mão qualificada e pelas idéias de um obreiro com perícia. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br A massa bruta aumenta de valor quando submetida a tratamento, e se suportar todo o teste, é talhada para ocupar o seu lugar no Templo Sagrado. Os requisitos para esse edifício sagrado ditam a forma da pedra. Os projetos não são alterados para acomodar a forma irregular de uma pedra não preparada. Do mesmo modo, nenhum homem, ou grupo de homens, tem o direito de alterar a Maçonaria. Nem toda a pedra é adequada para ocupar um lugar nesse edifício eterno. A seleção tem de ser feita cuidadosamente. A matéria deve ser boa, forte e duradoura. É um fato bem conhecido que algumas pedras que poderiam durar muito tempo no seu lugar original, rapidamente decaem e desmoronaram-se na atmosfera viciada de uma grande cidade. A pedra calcária que durou séculos em muitas igrejas no campo, mas que se revelou um fracasso nas Casas do Parlamento Britânico é um bom exemplo disso. Assim, também muitos homens, amáveis e agradáveis na sua família e no seu círculo social, podem não possuir as qualificações necessárias ou os méritos intelectuais que os tornem pessoas aptas e apropriadas para serem integradas na Maçonaria Livre e Aceita ou Maçonaria Especulativa. Por outro lado, foi descoberto um tratamento especial para aplicar à pedra naturalmente menos durável, tal como é a pedra pomes, o qual irá solidificá-la e preservá-la e torná-la à prova d'água. O estudo e a ciência da Maçonaria provaram serem capazes de exercer esta influência capaz de consolidar. Desta forma, os responsáveis devem apenas aceitar na Maçonaria Livre aqueles que a experiência revelou terem princípios morais rígidos, boa capacidade de julgar, e que sejam capazes de resistir, com a assistência do conhecimento Maçônico, aos vários desafios e más influências que, aliás, são demasiadas vezes encontradas na atarefada vida social, comercial e nacional. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Chegamos ao segundo ponto. A pedra angular é única e a beleza da obra de arte difere daquilo que foi anteriormente apresentado e aprovado. É a pedra mais importante do edifício. Claramente o genuíno Maçom de Marca irá reconhecer nela a verdade sublime. Ela é a parte mais importante em toda a estrutura. Existe um único sítio que ela pode preencher. Uma vez implantada esta verdade firme nos nossos corações, a Maçonaria Livre irá crescer em grandeza. Nós somos a própria pedra angular, e se os nossos requisitos não forem aplicados, a Maçonaria Livre cairá, não sendo possível prever quantos mais serão envolvidos na ruína. O nosso dever não é o de participar meramente no ritual, como tijolos de barro cozidos ao sol, mas sim o de sentir a responsabilidade enquanto pedras vivas e manter, suportar e levantar a estrutura gloriosa da qual somos uma parte vital. Em todas as Lojas, todos os membros são uma fonte da fraqueza ou da força. Unidos manter-nos-emos, divididos cairemos. No entanto, cada homem em si mesmo é único. Não deixamos também de enfatizar este fato igualmente importante. O obreiro qualificado foi orientado por um projeto na preparação da pedra. Foi uma obra de arte cuidadosa e habilmente elaborada, mas que não resultou de uma idéia própria do obreiro sobre o que era desejável ou sobre o seu mérito artístico. Ele não foi o co-arquiteto, mas antes reproduziu fielmente em pedra um projeto que de alguma forma misteriosa chegou ao seu conhecimento e que ele seguiu. Os superintendentes, nos seus deveres múltiplos, não acompanham a feitura desse projeto específico. Sem dúvida que o ensinamento subjacente a este fato é Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br simplesmente a de que cada artífice deve estudar por si mesmo o Volume da Lei Sagrada, o Quadro do Grande Arquiteto do Universo e executar zelosamente o dever especifico que aí encontra claramente definido para sua orientação pessoal. Assim estaremos com os planos do Divino Arquiteto e Superintendente. Assim e só assim, o nosso trabalho individual poderá ser recebido e aprovado e finalmente incorporado no edifício do qual somos parte integrante. O obreiro leal executou o seu dever sem se aperceber da enorme importância do seu trabalho, e embora por um curto período, o trabalho tenha estagnado, a segurança e estabilidade da estrutura não foram indevidamente postas em perigo quando a crise chegou. A seguir vem o terceiro e último pensamento: A Maçonaria de Marca não é o passo inicial da Maçonaria Livre, e o obreiro qualificado já conhece os princípios capitais que governam toda a obra do edifício sagrado. Sem dúvida ele já trabalhou muitas pedras de proporções corretas e à esquadria. Agora lhe é ensinado que todo o obreiro perspicaz tem a oportunidade de se distinguir através da preparação, segundo o Plano Divino, de uma peça de trabalho especial e superior, que irá fortalecer e embelezar toda a estrutura. O seu critério e habilidade não serão de imediato apreciado e a sua aparente conjectura trará por momentos, desapontamento à sua formação, mas a justiça infalível e a apreciação do Mestre e a Divina Providência, conduzirão ao reconhecimento total finalmente do trabalho executado bem e verdadeiramente. Esta é uma lição profética e podemos esperar calmamente, através dos problemas e desafios desta vida Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br transitória, pela colocação do selo e da marca de aprovação em todos os atos, palavras, ou, pensamentos que estejam verdadeiramente em conformidade com os preceitos e princípios que foram estabelecidos para nós, individual e coletivamente, no Grande Quadro do Grande Arquiteto do Universo. r r Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares - Jorge R. L. Simões, PGSS, KT F ontes: In f i n i t y Editorial e Promocional Rua São Vicente, 127 - Tijuca 20260-140 - Rio de Janeiro - RJ www.artedaleitura.com www.realarco.org.br www.realarco.org.br Alocução feita pelo Ir. Rev. W.J. Leigh-Phillips, G. Capelão Prov. na Consagração da Loja de Marca Exmoor, Inglaterra. Yorkie - Ano V, Nº.18 - 2001. PGSS (BR)Tradução de Jorge R. L. Simões, Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Filiado a The General Grand Chapter of Royal Arch Masons, International Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares Nº 5. novembro/2012 Denário Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Moedas Do tempo de Herodes em diante, o dinheiro era contado pelos parâmetros romanos. Os nomes gregos e semíticos ainda eram usados, e a grande variedade de moedas em circulação gerava muitos negócios para os cambistas. A unidade básica era o denário de prata, igual à dracma grega, salário de todo um dia de trabalho. Na Judéia as maiores moedas de cobre foram emitidas por Herodes Antipas. Herodes e seus filhos e os governadores romanos cunhavam moedas que na maioria valiam o mesmo que um quadrante, ou seja, um sessenta e quatro avos de um denário. Esse era “o último centavo” que tinha de ser pago em Mateus 5.26. Entre as muitas moedinhas de bronze cunhadas por Herodes, o Grande, este tipo é comum. No anverso vê-se uma âncora com as palavras “do Rei Herodes”, e no reverso, duas cornucópias com um bastão de mensageiro no meio. www.realarco.org.br Câmbio (moedas) OURO: 25 denários = 1 áureo - Este áureo foi emitido por Augusto em Éfeso, por volta de 20 a.C. PRATA: 4 dracmas = 1 estáter - Uma moeda de prata de quatrodracmas (siclo) de Sidom, 31-30 a.C. (grego) ou 1 siclo (judaico) PRATA: 4 sestércios = 1 denário (romano) ou 1 dracma (grega) A moeda perdida da parábola de Lucas 15.8.9 era uma dracma ou denário. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Salário Diário = 1 Denário Um bom salário diário de um trabalhador na Palestina era um denário, a moeda romana de prata. Tinha o mesmo valor da dracma grega. Uma ou outra dessas era a moeda perdida que a mulher procurava na parábola de Lucas 15.8- 10. Era também a metade do tributo que todo homem judeu recolhia anualmente ao Templo. Embora um denário fosse o salário de um dia, o trabalhador não ganhava 365 denários por ano, pois nada recebiam nos sábados e feriados. A parábola de Jesus sobre os trabalhadores na vinha que receberam todos a mesma paga, um denário, ao final do dia, supõe que eram homens que buscavam emprego – e alguns talvez não encontrassem trabalho todo dia (Mateus 20.1-16). Não é de admirar que aleijados que não conseguiam trabalho muitas vezes virassem mendigos. Se um trabalhador morria, sua viúva podia ver-se em graves dificuldades. Sozinha (caso seus pais também tivessem morrido), talvez sem parentes próximos nem filhos adultos e pouca ou nenhuma propriedade, ela não teria renda nenhuma. Em toda a Bíblia, a viúva é marcada como um dos membros mais frágeis da sociedade. A história que narra a ressurreição do filho da viúva de Naim, operada por Jesus, revela o estado de desespero em que ela fora abandonada pela morte do rapaz (Lucas 7.11-15). O trabalhador podia receber um denário de prata como pagamento, mas para as necessidades diárias o trocava por moedas menores. Seriam peças de bronze Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br cunhadas pelos reis, sacerdotes judeus no século I a.C., por Herodes e seus filhos, e pelos governadores romanos. Cada denário valia 64 dessas moedinhas. Seu nome latino, quadrante, foi tomado de empréstimo pelo grego e pelo hebraico. Mas não eram essas ainda as menores moedas nos bolsos das pessoas. O lepto valia meio quadrante – uma moeda fina e minúscula emitida pelos reis judeus e por Herodes. Seu valor era muito pequeno; um denário valia 128 delas. Além do tributo do Templo, as pessoas faziam outras doações em dinheiro. O pátio tinha caixas de coleta para recebê-las. Enquanto os fiéis chegavam e faziam suas ofertas, Jesus os observava. Ele notou uma viúva e chamou atenção para o valor da sua oferta (Marcos 12.42-44; Lucas 21.2-4). Ela dera algo mais valioso que os outros, disse Jesus. Dera tudo o que tinha: dois leptos, um sessenta e quatro avos do salário de um dia! Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Moeda de prata usada em taxa para o templo é encontrada em Jerusalém (Jurastes devolver a Marca de um Irmão junto com seu preço...) Os judeus no Antigo Testamento pagavam uma taxa de meio shekel (moeda que em nossas traduções é chamada siclo) para ajudar na manutenção do templo. Uma moeda tal como aquela usada para pagar essa contribuição foi encontrada recentemente nas escavações que estão sendo realizadas próximas à área da explanada do templo, na Cidade de Davi. Essas escavações são dirigidas por Eli Shukron, representante das Autoridades Israelense para as Antiguidades,e,pelo,professor,Ronny,Reich,,da.Universida- de,de,Haifa. O arqueólogo Eli diz que “como hoje, quando às vezes caem moedas dos nossos bolsos e entram nas caixas dos canais de água para a chuva abertas nas estradas de nossas cidades, assim também aconteceu há cerca de 2000 mil anos atrás: alguém estava indo para o Templo e a moeda com a qual pretendia saldar a sua dívida com o Templo acabou caindo dentro do canal da drenagem.” O arqueólogo Eli diz que “como hoje, quando às vezes caem moedas dos nossos bolsos e entram nas caixas dos canais de água para a chuva abertas nas estradas de nossas cidades, assim também aconteceu há cerca de 2000 mil anos atrás: alguém estava indo para o Templo e a moeda com a qual pretendia saldar a sua dívida com o Templo acabou caindo dentro do canal da drenagem.” Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br A origem da obrigação de pagar essa taxa se encontra em Exodus 30,11-16: Disse mais o Senhor a Moisés: Quando fizeres o alistamento dos filhos de Israel para sua enumeração, cada um deles dará ao Senhor o resgate da sua alma, quando os alistares; para que não haja entre eles praga alguma por ocasião do alistamento. Dará cada um, ao ser alistado, meio siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte jeiras); meio siclo é a oferta ao Senhor. Todo aquele que for alistado, de vinte anos para cima, dará a oferta do Senhor. O rico não dará mais, nem o pobre dará menos do que o meio siclo, quando derem a oferta do Senhor, para fazerdes expiação por vossas almas. E tomarás o dinheiro da expiação dos filhos de Israel, e o designarás para o serviço da tenda da revelação, para que sirva de memorial a favor dos filhos de Israel diante do Senhor, para fazerdes expiação por vossas almas. Durante a construção do templo, todo judeu devia dar sua doação de meio shekel para contribuir com a obra. Essa soma permitiu que todo judeu pudesse contribuir com a construção do templo. Depois da construção, o povo continuou a dar a sua contribuição com o propósito de comprar os sacrifícios públicos e suprir as necessidades do templo. A coleta acontecia todo ano a partir do primeiro dia do mês de Adar e terminava no primeiro dia do mês de Nissan. A moeda encontrada pesa 13 gramas e tem de uma parte a rosto de Melqart, o deus chefe da cidade de Tiro, e de outra parte temos uma imagem de uma águia. A moeda provavelmente foi cunhada no ano 22 depois de Cristo. Apesar da importância da taxa pagada ao templo, até hoje foram encontradas apenas outras 7 moedas como esta nas escavações em Jerusalém. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br As Moedas dos Tempos Bíblicos As primeiras moedas de curso nas transações comerciais, foram lançadas pelos gregos e por outros povos da Ásia Menor, dentro da esfera da influência grega. Os estáteres feitos de uma liga de ouro com prata, chamada eléctron, foram cunhadas na Lídia da Ásia Menor, e as moedas de prata, na Egina em 700 a 650 a.C. Na parte restante da Ásia ocidental e no Egito, não havia moedas de cunho oficial. Dava-se ouro, ou prata em barras, arrecadadas de outros objetos de uso, do mesmo metal, talvez com valor estipulado nas permutas comerciais, Josué 7:21. Nestas transações o que valia não era tanto o que se achava marcado más sim o peso do objeto e a qualidade do metal Gen. 23:16; 43:21. Para verificação dos valores, recorria-se a uma avaliação. O Shekel dos tempos antigos não era moeda que tivesse cunho oficial estampado, consistia de certo peso (shekel) de prata. Os pesos formavam uma série na denominação do talento, maneh, shekel, gerah e beka ou meio shekel. A Dário Histaspes, 521-486 a.C., se atribui a introdução das moedas cunhadas, na Pérsia (Heródoto 4.166), por meio das quais os judeus se familiarizaram com Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br as moedas. Os daricos ou soldos, Esdras 2:69, eram moedas de ouro maciço, tendo, de um lado, a figura do rei ajoelhado, segurando um arco e uma flecha. (darico de ouro)No verso, via-se um quadrado irregular, que parecia representar a forma de metal que servia para cunhagem, e tinha o valor de 5 dólares. Depois da queda do império persa, sistema monetário da Grécia foi adotado na Palestina e o dinheiro passou a ser representado pelos talentos e pelas dracmas (reg. Nos livros apócrifos de I Mac.11:28 e II Mac. 4:19). (meio shekel verso ano 1º) Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br No ano 141-140 a.C. Simão Macabeu conseguiu o privilégio de cunhar moedas com a sua efígie (I Mac. 15:6) e pôs em circulação shekels e meios shekels de prata e talvez subdivisões desta moeda em meios, quartos e sextos de cobre. As moedas de prata tinham uma taça de cobre no obverso com a data por cima e a legenda: “shekel” ou “meio shekel” de Israel, e no reverso um ramo com flores e em torno às palavras “Jerusalém a Santa”. (meio shekel ano 2º) A pequena moeda de cobre de João Hircano tem no obverso, dentro de uma cercadura de oliveira a inscrição: Jeoanã sumo sacerdote, chefe e amigo dos judeus e no reverso, um símbolo grego: duas corcunópias unidas pela base e entre elas uma romã. Herodes, o Grande, e seus sucessores até Herodes Agripa II, emitiram moedas de cobre somente com as legendas em grego. Contudo, as moedas gregas Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br continuaram a circular juntamente com as judaicas. Estas moedas consistiam de dracmas e tetradacmas. A dracma de prata (Luc. 15:8), no tempo de Herodes, o Grande, e os procuradores do Império, equivalia a um denário romano e valia cerca de 16 centavos de um dólar; o estáter de prata ou tetradracma (Mat. 17:27), cunhados pelas cidades grega da Síria e da Fenícia valiam cerca de 66 centavos do dólar, que logo depois foi diminuindo. (Moeda de cobre de Herodes Antipas) O lépton (Luc. 12:59), pequena moeda de cobre diferente, do sistema grego, era a moeda de menor valor em circulação; valia 1/8 de centavo e era a metade de um quadrante (Marc. 12:42). O nome tem o sentido de pequeno. Por ser uma moeda judaica, só ela podia entrar na caixa das esmolas do templo. Parece que era a moeda de cobre que João Hircano ou algum outro dos principais macabeus havia posto em circulação. O didracma, que corresponde à metade de um shekel (Mat. 17:23), não estava em circulação, ou era pouco usado na Palestina. O talento, corrente entre os judeus, (I Mac. 11:28-livro apócrifo histórico-; Mat. 18:24) era o talento da Ática que Alexandre havia estabelecido como padrão monetário em todo o Império, conservando sempre a mesma supremacia. Não era moeda cunhada, e sim, dinheiro de contador, dividido em 60 minas, ou 6.000 dracmas (I Mac. 14:24; Luc. 19:13-25). Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Esta moeda sofreu grande depreciação, quando a dracma baixou de 67,5 grãos para 55, ou 16 centavos no princípio do governo dos Césares. (denário com a efígie de Tibério) Com o advento do governo romano na Palestina, o dinheiro romano também passou a circular ali. O denário (Mat. 18:28), que figuradamente traduz dinheiros, era moeda de prata. No tempo do Império trazia invariavelmente no obverso o busto do soberano reinante ou algum membro da família imperial. Desde o tempo de Augusto até Nero, o denário padrão pesava 60 grãos, equivalente a 17 centavos. Era esse o tributo que os judeus pagavam em dinheiro ao tesouro do Império (Mat. 22:19). O assarion, asse em Mateus 10:29; Luc. 12:6, nome grego vindo do latim as, era pequena moeda de cobre, cujo valor, foi reduzido a 1/16 do denário, cerca de 1 centavo no ano 217 a. C., o quadrante traduzido centavo (Mat. 5:26; Marc. 12:42), era a quarta parte de um asse, ou ¼ de centavo. Os procuradores romanos da Judéia também se acostumaram a cunhar moedas. Empregavam para isso o cobre em nome da família imperial e com a legenda em caracteres gregos. Na gravura acima vê se o nome Tiberius Claudius Caeser Germanicus escritos em grego à margem, tendo no Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br centro, dois ramos de palmeira cruzados com a data “Ano 14” entre elas. O reverso contém o nome da mulher do imperador, Júlia Agripina. Esta moeda é do tempo do procurador Félix, A.D. 54. A moeda de ouro, corrente na Palestina, durante o período do N.T. era o denárius áureo, geralmente denominado aureus (Antig. 14.8,5), que valia 25 denarius de prata. A cunhagem nacional de Israel reviveu no tempo de Eleazar, sacerdote e do príncipe Simão, durante a primeira revolta (a.C. 66-70). Os shekels de prata e os quartos de shekel e as moedas de cobre de vários padrões com antigas inscrições hebraicas, entraram em circulação. O shekel de Simão tinha no obverso uma palmeira com a legenda “Simão, príncipe de Israel”, e no reverso, uma videira com a inscrição: “Ano um da redenção de Israel.” Quando se deu a sufocação da revolta e a tomada de Jerusalém, o governo romano mandou cunhar moedas com a imagem e o nome do imperador Vespasiano no obverso, e uma mulher cativa debaixo de uma palmeira com a inscrição “Judeia cativa” no reverso. (Moeda de prata de Vespasiano, Comemorando a tomada de Jerusalém) (shekel de Barcochebas) Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Herodes Agripa II, rei da parte da Galiléia e da região oriental, continuou a circular moedas de cobre depois da queda de Jerusalém, tendo o busto do imperador com o seu nome e seus títulos no obverso, e no reverso, um anjo, representando a vitória, erguendo um coroa e sustentando um ramo da palmeira, com a legenda “Ano 26 do rei Agripa.” Durante a segunda revolta, chefiada por Barcochebas, A.D. 32-135, continuaram a circular os shekels e os quartos de shekels de prata e de cobre com as antigas inscrições hebraicas, contendo no obverso um templo tetrastilo, talvez uma representação convencional da porta especiosa do templo de Jerusalém, tendo ao lado a palavra Simão, e por cima uma estrela, alusão ao sobrenome do chefe Barcochebas, filho da estrela. A fim de obterem quartos de shekel, cunhavam-se de novo denarius romanos, (Shekel de barcochebas) que por este tempo tinham valor muito aproximado ao quarto de shekel, a fim de substituí-los sem grande inconveniência. (moeda de cobre Herodes Agripa II) PS.: Para finalizar: Peço-vos agora que me empresteis um siclo, pelo que vos ofereço minha Marca como penhor. A Experiência que completa a educação do Mestre Maçom Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Joã o G uil he rm e d a C ru z R ibe iro Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares - Jorge R. L. Simões, PGSS, KT F ontes: In f i n i t y Editorial e Promocional Rua São Vicente, 127 - Tijuca 20260-140 - Rio de Janeiro - RJ www.artedaleitura.com www.realarco.org.br www.realarco.org.br O Óbulo da Viúva - Alan Millard - Descoberta dos Templos Bíblicos - Ed. Vida SP. http://prjoseiadrn.blogspot.com.br/2012/05/as-moedas-dos-tempos-biblicos.htmlhttp://www.abiblia.org/ver.php?id=954&id_autor=2&id_utente=&caso= noticias#.UK_DfuTBHko Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br O Grande Conselho 1 Cargos 1 Em um Capítulo de Maçons do Real Arco existem 13 1 cargos para o seu perfeito funcionamento. Para tornar bem 2 ordenada todas as partes, podemos acrescentar o cargo de 3 Mestre de Harmonia. 4 Sumo Sacerdote 1 Em hebraico, Cohen, significa aquele que oficia em 1 público os trabalhos em reverência a Deus. Antes da 2 promulgação da Lei por Moisés o sacerdócio não era 3 incorporado a uma determinada família. 4 O primeiro filho nascido de cada família, os pais, o 5 príncipe, os reis, eram os sacerdotes em suas próprias 6 cidades e em suas próprias casas. Moisés exerceu o ofício 7 de mediador entre Deus e o povo hebreu durante a fuga do 8 Egito. Depois Deus escolheu a Tribo de Levi para servi-lo 9 no seu Tabernáculo. 10 O sacerdote era o líder de todas as atividades 11 religiosas. Ele exercia o papel de juiz, era o responsável 12 pelo sistema judiciário da nação judaica. 13 O Grande Conselho de um Capítulo de Maçons do Real 1 Arco é composto pelo Sumo Sacerdote, Rei e Escriba. A eles 2 cabe a direção dos trabalhos de um Capítulo. 3 Tem suas funções, zelar pela fiel observação dos rituais, 4 trabalhos, tradições, os costumes da ordem e a 5 manutenção dos Landmarques. 6 Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Deus destinou à pessoa do Sumo Sacerdote a 1 capacidade de ser intérprete de sua verdade. O Sumo 2 Sacerdote era proibido de prantear os mortos para não se 3 tornar impuro. Tinha o privilégio de entrar no santuário, 4 somente uma vez por ano, no dia da expiação dos pecados 5 do povo. O Sumo Sacerdote não podia ter defeito físico. 6 O Sumo Sacerdote possuía um peitoral de ouro com 7 doze pedras preciosas, cada uma gravada com o nome de 8 cada um dos filhos de Jacó, que dava o nome de cada Tribo 9 de Israel. 10 Tem na cabeça uma mitra que é sua jóia. A mitra tinha 1 uma placa de ouro na qual estava escrito em caracteres 2 Hebraicos: “Santidade ao Senhor”. 3 O Sumo Sacerdote representa Josué, que junto com 1 Zorobabel, príncipe de Judá e Ageu, o Escriba, quando 2 reconstruíram o segundo templo de Jerusalém. 3 O Sumo Sacerdote tem o tratamento de “Excelente”. 4 Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br É o segundo oficial do Capítulo. Representa Zorobabel, 1 descendente direto da linhagem real do Rei Davi. Embora 2 sendo um Rei legítimo, foi impedido de usar este Título 3 por ser a Judéia uma província tributária. Por isso ele foi 4 intitulado governador. 5 Sua Jóia é um nível encimado por uma coroa. 6 O Escriba representa Ageu o Profeta. Era o responsável 1 pela conservação da memória por meio de símbolos. 2 Aqueles que dominavam o poder de escrever tinham muita 3 importância. Entre os judeus, os Escribas também eram os 4 oficiais da lei. 5 Ageu, o profeta, ocupava importante lugar no 6 Conselho, e era também o Secretário do Rei. 7 Sua jóia é um prumo encimado por um turbante. 8 Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Capitão do Exército 1 Representa o comandante das tropas que retornaram 1 da Babilônia. Tem lugar à direita e à frente do Conselho. Os 2 seus deveres são os mesmos do marechal, no Grau de 3 Mestre de Marca. É o responsável pelo Capítulo, quando 4 este estiver em trabalho e ver que as ordens do Conselho 5 sejam devidamente executadas. É ele que toma o juramento 6 dos candidatos ao Grau de Maçons do Real Arco. 7 Tem o dever da preservação dos procedimentos 8 litúrgicos, dos antigos costumes, tradições e dos 9 Landemarks da maçonaria. 10 Sua jóia é um soldado armado usando elmo e cota de 11 malha. Está armado de espada. 12 Peregrino Principal 1 Representa o líder de um grupo de judeus que vieram 1 da Babilônia para Jerusalém, libertados do cativeiro, para 2 ajudar na reconstrução do Templo. 3 Seus deveres são semelhantes aos do Primeiro 4 Diácono das Lojas Simbólicas. Usa manto de cor cinza ou 5 parda, orlando com bordas carmim, chapéu ou capuz, e 6 carrega um bastão (báculo) de peregrino. Tem lugar à 7 esquerda e à frente do Grande Conselho. 8 A jóia tem a figura de um peregrino. 9 Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Representa o Capitão da Guarda Real. Tem deveres 1 semelhantes aos do 2º Diácono das Lojas Simbólicas. Seu 2 lugar é em frente ao Capitão do Exército, perto do conselho 3 e na entrada do Quarto Véu, branco, de cuja guarda é o 4 responsável. 5 Ele tem a guarda do Sinete. Usa cota de malha, elmo e 6 espada. Tem o estandarte da águia. 7 Sua jóia são duas espadas retas cruzadas. 8 1º Véu é vermelho, 1 2º Véu é azul, 2 3º Véu é púrpura, 3 4º Véu é branco. 4 A tradição Bíblica do Tabernáculo nos diz que 1 existiam quatro véus: 2 Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil w w w .rea la rco .o rg .b r Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Os três primeiros véus, nos Capítulos de Maçons do 1 Real Arco, estão sob a guarda de um Mestre dos Véus. Os 2 peregrinos devem apresentar para estes mestres, senhas 3 corretas a fim de serem admitidos. 4 Cada Mestre está armado, assim como o Capitão do 5 Real Arco, de uma espada. 6 Cada Mestre do seu Véu, correlato com a cor do Véu, 7 tem um estandarte da mesma cor. 8 Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Sentinela 1 É um dos cargos mais antigos da maçonaria, tem a 1 importante função de não permitir a presença de profanos, 2 fazer a prova dos companheiros maçons e seus graus, 3 através de toques e palavras. 4 Deve ter bastante conhecimento. 5 A sua jóia tem duas cimitarras cruzadas, mas não tem 6 qualquer conexão com a religião Islâmica. 7 Tesoureiro 1 Responsável pelos fundos arrecadados. Ele deve não 1 somente recolher as taxas, mas guardá-las em local seguro. 2 Ele é o fiel depositário dos recursos. 3 Deve honrar os compromissos financeiros, controlar 4 as despesas, registrar a escrituração para controles futuros 5 (auditorias), manter e arquivar todos os documentos. 6 7 Sua jóia é representada por duas chaves, pois ele tem 8 em mãos a integridade do Capítulo. 9 Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Secretário 1 Capelão 1 É o responsável pela história do Capítulo, deve anotar, 1 sintetizadamente, um pronunciamento lavrado em uma 2 ata precisa sobre os assuntos tratados. 3 Diferente das lojas Simbólicas, as atas não precisam 4 ser lidas em capítulo aberto, para não prejudicar o tempo 5 de estudo e debates. 6 Deve ter um profundo conhecimento dos trâmites do 7 capítulo e boas relações com o Supremo Grande Capítulo. 8 Ele é o responsável pela guarda e escrituração de todos os 9 documentos, preenchimento dos formulários, circulares, 10 atos e decretos. 11 A jóia do secretário são duas penas cruzadas. 12 É responsável pela espiritualidade nas sessões litúrgicas, 1 deve pronunciar as suas mensagens com voz clara e 2 solene, deve causar impacto emocional. 3 Os seus pronunciamentos são de vital importância nas 4 cerimônias. 5 A sua jóia representa o Livro das Sagradas Escrituras. 6 Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Diretor de Harmonia 1 r r Não sendo obrigatório, ele é muito importante, pois 1 eleva o Grau de Emoção. 2 Uma trilha musical, bem escolhida, pode intensificar3 os sentimentos. Uma cerimônia sem música não alcança o 4 potencial de beleza. 5 A jóia do Diretor de harmonia é uma lira. 6 In f i n i t y Editorial e Promocional Rua São Vicente, 127 - Tijuca 20260-140 - Rio de Janeiro - RJ www.realarco.org.br Primeiro Diálogo de um MdM João Guilherme da Cruz Ribeiro Nº 7. janeiro/2013 Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Filiado a The General Grand Chapter of Royal Arch Masons, International Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Primeiro Diálogo de um MdM Este diálogo foi apresentado em 18 de junho de 2004 pelo Comp. José Alexandre Seba, no Capítulo José Guimarães Gonçalves Nº 1, MRA. Havia sido criado de forma despretensiosa pelo autor, como uma introdução às instruções do Grau de MdM. Entretanto, foi tão bem recebido que, por unanimidade, o escolhemos como instrução, como peça de abertura do Trabalho Fiel, para que servisse de estímulo à criatividade de outros Maçons do Real Arco, igualmente inspirados. “Trabalho Fiel” – Nº 3 Ano 2 Janeiro de 2006. Em memória de Salomão, Rei de Israel, Hiram, Rei de Tiro, Hiram Abif, o Construtor, e para Glória do Senhor. MVM (*) - Irmãos 1º e 2º Vigilantes, alguns dos obreiros de nossa oficina nos têm trazido umas poucas dúvidas que, decidi, serão esclarecidas por vós, uma vez que, em breve, com a Graça do Senhor, ocupareis o Trono que um dia nosso querido Rei Salomão usou para deliberar e ordenar. MVM – Irm. 1º Vigilante, por que o Mestre de Marca veste o avental de companheiro? www.realarco.org.br 1º V - Porque, numa Loja de Mestre de Marca, todos somos artesãos das pedreiras, governados por um artesão de grande conhecimento e sabedoria, que ocupa o lugar de Mui Venerável Mestre, dirigidos por dois artesãos Vigilantes, e orientados e inspecionados por 3 artesãos Supervisores. MVM - Mas não somos denominados Mestres? 1º V - Sim, Mui Venerável Mestre, somos todos reconhecidos mestres em nossas artes de oficio. Passamos pelo tempo de aprendizagem e trabalhamos com afinco nas pedreiras e em nossas próprias asperezas. Somos Mestres por termos apresentado provas de perícia na arte real; por termos sidos cumpridores de nossos juramentos e compromissos para com nossos Irmãos de ofício. Por não termos sucumbido ao desânimo que nos arrasta ao abismo da dúvida e da incerteza, nos mostramos dignos de conquistar a marca dos que se responsabilizam por seus atos e pela procura de seus ideais mais puros. MVM – Irm. 2º V, o que significa a vossa marca? 2º V - Que sou reconhecido digno Companheiro onde quer que me apresente como tal. Ao recebê-la, em uma Loja de Mestres de Marca, legal e devidamente constituída, erigida a Deus e dedicada a Hiran Abif, passei a fazer parte do Livro de Registro dos dignos artífices da Arte de Construir uma sociedade mais justa. MVM - Este costume é privilégio só dos Maçons, Irm. 2º V ? Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br 2º V - Não, MVM, desde os tempos mais antigos até nossos dias, este hábito é a Lei. Assim é que os diversos artífices das diferentes especialidades provam seu valor, baseados em suas capacidades reais. Na antiguidade, o conhecimento da escrita e da leitura era reservado a poucos e, dessa forma, os trabalhadores de metais preciosos, como prata e ouro, de louças e de cristais, da metalurgia e da arquitetura, os moveleiros, os escultores e pintores, os responsáveis pela construção social, como os Senadores de Roma, os juízes e os sacerdotes, entre outros, recebiam, de suas Corporações de Oficio, o registro de sua marca e, com ele, os direitos inerentes à sua qualidade e os deveres morais contidos nos códigos de conduta dessas corporações. Com essa marca, distinguiam-se dos demais. MVM - O que vos induz vossa marca, Irm. 1º V ? 1º V - Que cada um de nos é senhor de seus atos. Que somos responsáveis pelas consequências de nossas ações. Que, apesar de sermos iguais, o verdadeiro valor de cada homem está em sua capacidade individual de trabalho, em suas ações, em suas boas ou más intenções e nas consequências por elas provocadas. Enfim, significa que nosso trabalho, nossos atos e ações ecoarão por toda eternidade. MVM - Em uma oficina onde trabalham os Mestres de Marca, quantos Obreiros usam a espada? 1º V - Apenas um, Mui Venerável Mestre, o Marechal. É seu dever zelar para que a lei seja respeitada e que a ordem seja mantida nas questões em que a malícia, a ignorância e a insensatez venham a perturbar a ordem dos trabalhos e a harmonia que deve existir entre os obreiros. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br MVM - É a espada um símbolo de nobreza entre os Maçons do Real Arco, Irm. 2º V ? 2º V - Não, Mui Venerável Mestre. A espada é, assim como o maço, o cinzel e o esquadro, mais uma ferramenta de trabalho. Como tal, deve ser sempre usada com força na justa necessidade, com inteligência e com exatidão evitando exageros. Os Maçons devem ser equipados com as ferramentas apropriadas. Isso nos ensina que devemos escolher, com muito cuidado, os meios pelos quais pretendemos atingir nossos objetivos. MVM - Qual a mais nobre ferramenta que nos dotou o Senhor, Irm. 2º V ? 2º V - A inteligência, MVM. A possibilidade de escolher e decidir. Todos os Companheiros desta Loja foram feitos Mestres de Marca de livre e espontânea vontade. Para nós, todos os instrumentos de trabalho são símbolos de nobreza, pois todos servem à Nobre Arte de transformar, criar, construir e preservar. Todos os instrumentos utilizados pelos Companheiros de uma Oficina de Mestre de Marca devem ser utilizados em conjunto com o maior dos instrumentos a nós ofertado pelo Senhor: a inteligência produtiva. Dessa forma, o trabalho em uma Oficina Maçônica se torna sagrado. MVM – Irm. 1º V, qual a ferramenta de trabalho do Irm. Capelão? 1º V – A Fé, MVM. O Irm. Capelão nos ajuda a manter a fé inabalável no Senhor de nossos corações. Sem essa fé, todo o esforço se tomaria inócuo. A fé em Deus Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br nos permite acreditar em nós mesmos e no bom resultado de nossos trabalhos. É o que mantém vivos nossos ideais e nossa esperança por dias melhores. É o que nos impulsiona a fazer parte na grande obra, pessoal e social. É o diferencial entre o sucesso e o lamentável fracasso, O Irm. Capelão usa suas sacras palavras como ferramenta de transmissão da fé que todo Maçom deve possuir no Grande Construtor dos Mundos. MVM - E o Livro das Sagradas Escrituras, Irm. 1º V ? 1º V - O Livro das Sagradas Escrituras é a Palavra, a personificação do Senhor entre nós, o toque divino que dá vida à Matéria, representada pelo Esquadro em conjunção com o Espírito, este representado pelo Compasso. Sua presença torna sacro nosso ofício e nos lembra que nossas ações devem estar à altura da expectativa divina, que devemos trabalhar para a Glória do Senhor, honrando Seu nome. Quando não somos capazes de bem interpretar as palavras do Senhor, somos auxiliados pelo Irm. Capelão em sua pregação e guiados por vossa sabedoria, Mui Venerável Mestre. MVM - Para que o MVM se senta no Oriente, Irm. 1º V ? 1º V - Porque ali surge a Luz da Sabedoria, representada por vós, Mui Venerável Mestre, extinguindo as trevas com seu governo sobre a Oficina e os Obreiros. Portanto, a ferramenta de trabalho do MVM é a Sabedoria, semelhança e símbolo da sabedoria de Salomão. Essa é a Luz que o Senhor Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br asperge e difunde sobre vós e todos aqueles que tomam, regularmente, vosso assentoe que reflete em cada um de nós. Essa Luz ilumina a Loja dos Mestres de Marca, mantendo a perfeição dos trabalhos, proporcionando temperança, tolerância, piedade, justiça, fé, caridade, conhecimento, prudência e liderança. A má utilização dessa ferramenta provoca a desorganização e a insatisfação, impossibilitando que os trabalhos se concluam bem e no esquadro. A satisfação e a harmonia que deve ser proporcionada pelo MVM aos Obreiros de sua Oficina são a força e o sustentáculo de todas as Instituições, especialmente a nossa. Por isso, os Obreiros devem tomar parte efetiva na escolha de seu líder. A sabedoria de todos, somada, refletirá na escolha, desde que a organização da Oficina esteja baseada em critérios justos. MVM - Irm. 2º V, por que a palavra é franca ? 2º V - Pelas mesmas razões citadas pelo Comp. Primeiro Vigilante, Mui Venerável Mestre. Critérios justos pressupõem justiça com direitos e deveres iguais para todos e que todos possam se expressar livremente. A liberdade de pensar de nada adiantaria sem a liberdade de se expressar. A todos é permitido tentar mudar as possíveis imperfeições da obra a que se dedicam, ou seja, a expressão de todos os Obreiros vai moldar a pedra a ser erguida pelo MVM à sua posição final. Junto ao direito de se expressar, está a obrigação de ouvir e bem compreender a expressão alheia, mesmo que dela não se compartilhe. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Em uma Loja de Mestres de Marca, a palavra é franca aos Irmãos por três vezes. Esta é uma sábia fórmula para extinguir insatisfações, possíveis desentendimentos ou injustiças e esclarecer quaisquer dúvidas reinantes, de forma que a satisfação seja melhor alcançada ao final dos trabalhos. MVM – Por que vos sentais ao Sul. Irm. 2º V ? 2º V - Para experimentar a energia do Sol em seu zênite, vivenciando assim a intensidade da Luz do Senhor. Sou a testemunha da eterna vitória da Luz sobre as trevas. Sob a determinação do MVM, ordeno e garanto o direito de todos os Companheiros à recreação e à meditação, sempre cuidando para que não se desviem da Lei. De meu assento, testemunho que os Obreiros são chamados ao trabalho profícuo durante o tempo de Luz e que, durante o seu necessário oposto, as trevas, eles se mantenham afastados do trabalho do Senhor. MVM - E vós, Irm. 1º V, por que vos sentais no Ocidente? 1º V - Para melhor testemunhar o pôr do Sol e testemunhar, também, a presença do Senhor na eterna dualidade Luz e Trevas, garantindo o sacro ternário, onde a Luz, a cada nascer do Sol, prevalece. Para pagar aos Obreiros o que lhes é devido, porque a todos é garantido o justo e divino direito de pagamento por seu trabalho, atos e pensamentos. Para garantir a Harmonia dos trabalhos com a satisfação dos Obreiros. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Para ordenar, por determinação do MVM, o devido descanso daqueles que trabalham arduamente. MVM - Qual o dever do Irm. 2º Diác, ao abrir e fechar uma Oficina de Mestres de Marca, Irm. 2º V ? 2º V - Manter o Irm. Cobridor informado, para que nossos trabalhos fiquem cobertos e seguros de outros que não os escolhidos Mestres de Marca. MVM – Irm. 1º V, isto significa que nossos conhecimentos devem ser mantidos distantes deles? 1º V - Não, MVM. A luz de nossos conhecimentos deve ser difundida a todos, mas não nossos segredos, porque muitos serão chamados, mas poucos serão escolhidos. Dessa forma, cada um de nós deve ser como um facho de luz a iluminar, onde quer que estejamos. MVM – Irm. 2º V, qual o dever dos Mestres Supervisores? 2º V - Inspecionar os trabalhos que se tragam para a construção. Baseados nas Leis da Arte Real, julgá-los, aprovando ou rejeitando-os. MVM – Irm. 1º V, são o Mestres Supervisores infalíveis? 1º V - Não, MVM. Em uma Loja de Mestre de Marca, nós somos todos falíveis. Somos como pedras rejeitadas, imperfeitas e fora do esquadro, mas que, talvez por essa mesma razão, também a Pedra Fundamental na obra do Senhor. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br O Senhor trabalha com amor sobre nós, corrigindo nossas imperfeições. O nosso desejo e súplicas na procura da perfeição é uma forma de glorificar a Deus e a nós mesmos. Ele não nos faltará. Além disso, quem dentre nós está em condições de julgar o sentido de perfeição e as intenções do Senhor? 1º V - MVM, tenho uma pergunta que vos quero fazer. De que forma devemos trabalhar para fazermos jus ao melhor salário? MVM - Meus Irmãos, o melhor salário é obtido com o mais despretensioso dos trabalhos, aquele onde só a intenção de servir na Grande Obra do Senhor, da melhor forma possível, é o que realmente importa. É o trabalho desprovido da esperança de pagamento e convicto na fé de que o Senhor proverá. O melhor trabalho é aquele que é livre da dissimulação, da hipocrisia e da maledicência, tão comuns à natureza imperfeita do ser humano. O melhor trabalho é aquele que combate a ignorância e a insensatez. É o trabalho praticado por homens livres, que não usam o véu da liberdade para encobrir a malícia. O melhor trabalho serve a todos de forma fraterna, assim como serve a Deus. O melhor trabalho não é considerado, pelo Maçom, como trabalho cansativo e obrigatório, mas como um sacerdócio, como uma obra sagrada, como um dever de oficio, do qual não devemos nos negar, mesmo na presença de perigos e sacrifícios. Se trabalharmos dessa forma, por certo, sem que esperemos, faremos jus ao melhor de todos os salários o reconhecimento divino e suas dádivas. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br MVM (*) - Está encerrado este tempo de estudos e meditações ! www.artedaleitura.com r r S aiba mais: Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares - Jorge R. L. Simões, PGSS, KT F ontes: In f i n i t y Editorial e Promocional Rua São Vicente, 127 - Tijuca 20260-140 - Rio de Janeiro - RJ www.artedaleitura.com www.realarco.org.br www.realarco.org.br -Trabalho do Comp. José Alexandre Seba, MRA -Past SS ““Trabalho FielTrabalho Fiel”” –– NNºº 3 Ano 2 Janeiro de 2006.3 Ano 2 Janeiro de 2006.- Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Filiado a The General Grand Chapter of Royal Arch Masons, International The Royal Arch “Strategic Plan” Mergulhando nos Graus Capitulares Nº 8. janeiro/2013 Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br The Royal Arch “Strategic Plan” Objetivos O Real Arco é a escola Capitular da Maçonaria a que todo o Mestre Maçom deveria ascender para realmente estar na plenitude dos conhecimentos maçônicos. O Real Arco dedica-se em auxiliar o Mestre Maçom a chegar ao ápice do que é ser Maçom. Nossa Missão: Os Capítulos do Real Arco preparam, efetivamente, os Pedreiros do Simbolismo, a se tornarem Pedreiros do Templo de Salomão, alcançando, desta forma, o aperfeiçoamento pleno do Maçom. Nossos Valores: Os Maçons do Real Arco são escolhidos entre os irmãos mais fraternos das Lojas Simbólicas e, por essa razão, são informados de todos os conhecimentos antigos da ordem maçônica, tornando-se guardiões dessa herança. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br Nossa Visão: A maçonaria do Real Arco é uma complementação dos ensinamentos das Lojas Simbólicas, fornecendo lições adicionais que facilitam entender melhor a maçonaria. Nossas Prioridades: 1º - Irmãos voltados aos conhecimentos maçônicos dos Graus anteriores em geral, e em particular dos Graus do Real Arco. Sup rem o G ran de C apí tulo de Ma çon s do Re al A rco do B rasi l www.realarco.org.br
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