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A PR EN D IZ M A ÇO M P LE N O Si m bó lic a do P rim ei ro G ra u ... JOÃO DIAS 2ª EDIÇÃO APRENDIZ MAÇOM PLENO Simbólica do Primeiro Grau Templo Maçônico – Loja Maçônica – Simbologia Iniciação – Simbologia – Cargos em Loja História da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo Contém o registro dos aconteci- mentos documentados em seis volumes e nos revelaram os fatos históricos que se encontravam des- vanecidos e que foram escritos e transcritos por relatos de outras pessoas, que ao passar de boca a ouvido, foram perdendo a fidelida- de dos acontecimentos dando lugar a controversas e a grande interro- gação ”A história nos diz a verdade dos fatos ocorridos?” Esta interro- gante ficou maior ao comparar o dito com os documentos, caracte- rística desta obra e com efeito a razão única de sua publicação. Cobriu uma pesquisa e estudos, tomando como base o conteúdo das publicações da própria GLESP em suas publicações oficiais, cons- tituições, decretos, atos, pranchas circulares e outras publicações em seu Boletim Oficial; matéria e acon- tecimentos registrados nas revistas “A Verdade”, “Grande Loja Urgente, “Grande Loja em Destaque”; ações e atuações de seus líderes em Congressos, Coligações Regionais, Mesas Redondas, Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil e suas participações em eventos de outras potencias, e em várias para- maçônicas que se constituíram sob a égide da GLESP; cujo acervo cole- cionei em meus cinquenta anos de árduo trabalho, sempre com base, e mencionando a fonte documental. João Dias Aprendiz Maçom A palavra não tem somente significado maçônico. Indica aquele que está aprendendo um ofício ou arte, significando, por extensão, aquele que é novato ou inexperiente. É o primeiro grau da Maçonaria simbólica Universal, admitido em todos os sistemas e Ritos. O nome foi tirado da Maçonaria Operativa, na qual o Aprendiz ocupava o Grau mais inferior da escala entre os operários. A Maçonaria Especulativa adotou os usos, costumes, regulamentos e instrumentos das antigas corporações, fra- ternidades ou guildas operá- rias de construtores a fim de estabelecer o seu próprio sis- tema de organização e de moralidade. No simbolismo maçônico, o Grau de Aprendiz apresenta o homem na sua primeira infân- cia e nos primeiros séculos da civilização. O Aprendiz deve estudar as leis, os usos e os costumes da Instituição, tra- balhando, simbolicamente no desbastar da Pedra Bruta, o que faz desde o meio-dia até a meia-noite. APRENDIZ MAÇOM PLENO SIMbóLIcA DO PRIMEIRO GRAu TEMPLO MAÇôNIcO – LOjA MAÇôNIcA – SIMbOLOGIA INIcIAÇãO – SIMbOLOGIA – cARGOS EM LOjA APRENDIZ MAÇOM PLENO SIMbóLIcA DO PRIMEIRO GRAu TEMPLO MAÇôNIcO – LOjA MAÇôNIcA – SIMbOLOGIA INIcIAÇãO – SIMbOLOGIA – cARGOS EM LOjA 2ª EDIÇãO jOãO DIAS 2016 – 2ª Edição APRENDIZ MAÇOM PLENO SIMbóLIcA DO PRIMEIRO GRAu TEMPLO MAÇôNIcO – LOjA MAÇôNIcA – SIMbOLOGIA INIcIAÇãO – SIMbOLOGIA – cARGOS EM LOjA Proibida a reprodução por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados, etc.), a não ser em citações breves, com indicação da fonte. Impresso no brasil Fundação biblioteca Nacional Ministério da cultura Escritório de Direitos Autorais certificado de Registro ou Averbação nº 593.348 Livro 1135 – Folha 297 História Autor joão Dias 066.141.598-87 – “História da Glesp” – Quem e como fizeram sua história: 1º Volume – Acontecimentos Grão Mestrados 1927/2002; 2º Volume – constituições, Publicações, Ritos, Paramaçônicas, Lojas fundadoras, Altos corpos, Mesas Redondas, cMSb, Relações das Lojas em ordem AZ de cadastro e de Orientes; 3º Volume – Histórico das Lojas, cadastro Numérico 017 a 356, História da fundação resumida, Fundadores, 1º Administração, cartas constitutiva, Registro dos Estatutos, Atos e Decretos, Relação dos Veneráveis – Edição esgotada); 4º Volume – Histórico das Lojas, cadastro Numérico 357 a 551 – (Edição esgotada); 5º Volume – Acontecimentos Grão Mestrados 2002/2013 – Edição esgotada) – “Aprendiz Maçom Pleno” – 1ª Edição (esgotada); – “Aprendiz Maçom Pleno” – 2ª Edição; – “companheiro Maçom Pleno” – 1ª Edição; – “Mestre Maçom Pleno” – 1ª Edição (esgotado); – “Mestre Maçom Pleno” – 2ª Edição; – “Loja de Perfeição” – Grau 4 ao 14; – “capítulo” – Grau 15 ao 18; – “conselho de cavaleiros Kadosch” – Grau 19 ao 39; – “De Kilowinning a charlestons” – Grau 1 ao 33; – “Maçonaria Paulista” história das Potências: GOb, GOSP, GLESP e GOP – “Ordem Maçônica – Preliminares da Iniciação; – “boletim Fé e Equilíbrio” Informativo da ARLS Fé, Equilíbrio e Amor Nº 317, atual Edição nº 43. ObRAS DO AuTOR como filosofia, definimos a maçonaria sendo uma instituição que surgiu para ajudar a humanidade, ensinando: o amor, a tolerância compreendendo as diferen- ças em todos os sentidos aperfeiçoando o nosso interior, assim podemos contribuir um pouco para melhoramos a obra designada pelo Grande Arquiteto do universo. Ao ter a honra, pela segunda vez, de apresentar a segunda edição do livro “Aprendiz Maçom Pleno” de autoria do Irmão joão Dias, membro ativo da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Fé, Equilíbrio e Amor nº 317”, Oriente de São Paulo, da qual tenho a honra de ser um de seus ex-Veneráveis Mestre. Irmão Gimenes “joão Dias” com uma dedicação moral, ética e literária, com oito obras publicadas dedicadas a nossa Sublime instituição. A história recente da maçonaria moderna em nosso País se funde a própria estória do nosso amado autor, visto ter suas obras dedicadas a maçonaria, de valor não somente pelo seu dom literário, mas também apresentando o seu dom artístico. Dom este que pode ser visto em vários templos, feitos pelo dedicado irmão, um exemplo é o complexo Fé Equilíbrio de templos, em que os irmãos poderão admirar as obras de valores imen- suráveis feitas com muita Luz, Amor, união, Trabalho, Esperança e justiça. Agradeço imensamente ao nosso Irmão por sua dedicação à nossa Augusta Instituição e Sublime Ordem, sobretudo a nossa querida loja “Fé, Equilíbrio e Amor 317”. Desejo a ti, muitos anos de convívio entre nós, para desfrutarmos do seu tempo, dom artístico e literário. São Paulo, 01 de junho de 2016. ARLS Fé, Equilíbrio e Amor nº 317. Gedir Gomes da Silva Mestre Maçom APRESENTAÇãO Expresso, com júbilo e satisfação, o orgulho de ter sido distinguido para prefa- ciar esta Segunda Edição do livro “Aprendiz Maçom Pleno”, de autoria do Irmão joão Dias, para tão honrosa missão. Prazerosamente, presto-lhe minha especial homenagem como prefaciador desta sua oitava obra, a primeira no vasto campo do simbolismo maçônico, pois foram suas anteriores sobre a história da Maçonaria paulista, aliás todos inéditos e de grande valor por recuperar nossa memória, praticamente inexistente anteriormente. cabe destaque o enriquecimento sobre a Simbólica Maçônica que nos apresen- ta esta Obra sobre este importante estudo, habilmente apresentados, e de suma importância para os estudos dos Aprendizes, assim como para todos os Maçons mais graduados. O surgimento das Grandes Lojas estaduais teve por guia a obe- diência aos landmarks e o respeito às tradições e landmarks seculares da Maçonaria. Sob a prerrogativa de Venerável Mestre Instalado, é meu dever agradecer o carinho e amizade que me dedicam os irmãos de Lojas da região, assim como registrar minha satisfação de relembrar muitas informações que fizeram parte do meu aprendizado que se desvaneceram ao passar o tempo. Esses reavivados neste verdadeiro legado, pesquisa de muitos anos, lições muito importante para a vida dos Maçons; sua Simbólica e as lições que nos trans- mite os Símbolos, bem como a herança que nos deixou nossos irmãos do passado. um Tríplice e Fraternal abraço. benjamim Ribeiro da Silva ARLS Fé, Equilíbrio e Luz Nº 270 Venerável Mestre Instalado PREFÁcIO DEDICATÓRIA com todo meu amor, dedico este livro à Minha esposa Rosa, aos meus filhos Rosinha e joãozinho,ao meu genro e Irmão jorge e minha nora Regina; aos meus netos Pedro e beatriz. A eles devo a alegria e profunda gratidão por me dedicar tão devotado amor e ajuda em meus afazeres diários. INDICE GERAL CAPÍTULO I – Ordem Maçônica 1 – Maçonaria ................................................................................................... 13 2 – Maçonaria contemporânea ......................................................................... 18 3 – Loja Maçônica ........................................................................................... 19 4 – Templo Maçônico ....................................................................................... 20 5 – O Templo de Salomão ................................................................................ 30 6 – Painel .......................................................................................................... 31 7 – Abóbada celeste ......................................................................................... 31 8 – colunas ....................................................................................................... 31 9 – Origem das colunetas dos Vigilantes ......................................................... 33 10 – Adornos do Próprio Maçom ..................................................................... 35 11 – Fraternidade Maçônica ............................................................................. 35 12 – corda de 81 Nós ....................................................................................... 36 13 – Pavimento de Mosáico ............................................................................. 36 14 – Romãs ....................................................................................................... 39 15 – cadeia de união ....................................................................................... 39 16 – colunas Zodiacais ..................................................................................... 39 17 – Equinócio e Solstício ............................................................................... 40 18 – Painel do Grau de Aprendiz...................................................................... 44 CAPÍTULO II – Trabalho em Loja Maçônica 1 – Trabalho ...................................................................................................... 45 2 – Regularidade (Palavra Semestral) ............................................................. 45 3 – cadeia de união ......................................................................................... 46 4 – composição da Loja ................................................................................... 47 5 – Aprendiz Maçom ........................................................................................ 47 6 – Sessões Maçônicas ..................................................................................... 48 7 – Iniciandos .................................................................................................... 49 8 – Sessão de Iniciação ..................................................................................... 50 9 – Sessão de Filiação ....................................................................................... 55 10 – Sessão de Regularização ........................................................................... 56 11 – Adoção de Lowtons .................................................................................. 56 12 – casamento Maçônico (Reconhecimento conjugal) ................................. 58 13 – Exéquias Maçônicas – Pompas Fúnebres ................................................. 59 14 – Indumentária Maçônica ............................................................................ 59 CAPÍTULO III – Instrumentos e Joias do Aprendiz Maçom 1 – Régua de 24 polegadas ............................................................................... 63 2 – Maço ........................................................................................................... 64 3 – cinzel .......................................................................................................... 64 4 – joias Maçônicas .......................................................................................... 64 5 – Maço e o cincel .......................................................................................... 66 6 – conjugação dos Ternários........................................................................... 67 7 – Espadas ....................................................................................................... 67 8 – Tronco de beneficência .............................................................................. 68 9 – A Palavra Huzze ......................................................................................... 69 10 – São joão Nosso Padroeiro ........................................................................ 69 11 – A Escrita Maçônica ................................................................................... 69 12 – calendários Maçônicos ............................................................................. 70 13 – As Abreviaturas Maçônicas ...................................................................... 71 CAPÍTULO IV – Conhecimentos Gerais 1 – Origens da Maçonaria ................................................................................. 73 2 – Maçonaria Operativa .................................................................................. 74 3 – Maçonaria Especulativa .............................................................................. 75 4 – Maçons Antigos Livres e Aceitos ............................................................... 76 5 – Pensamento Maçônico ................................................................................ 77 6 – Origens da Maçonaria no brasil ................................................................. 77 CAPÍTULO V – Potência Maçônica ou Obediência 1 – Potências Maçônicas ................................................................................... 81 2 – Documentos Hábeis que Norteiam as Lojas Maçônicas ............................ 82 3 – Maçonaria Moderna .................................................................................... 85 4 – constituições Atuais ................................................................................... 86 5 – Grandes & Grande Oriente ......................................................................... 86 6 – constituições Atuais ................................................................................... 88 7 – Princípios da Maçonaria ............................................................................. 89 CAPÍTULO VI – Ritos Maçônicos 1 – Os Ritos Maçônicos .................................................................................... 92 2 – Ritos Maçônicos No brasil ......................................................................... 92 3 – Rito de York ............................................................................................... 93 4 – Rito Escocês Antigo e Aceito ..................................................................... 96 5 – Rito Moderno ou Frances .......................................................................... 99 6 – Rito Adonhiramita ...................................................................................... 100 7 – Rito Schröeder ............................................................................................ 102 8 – Rito brasileiro ............................................................................................. 103 CAPÍTULO VII – Religião e Maçonaria 1 – A Religião Maçônica .................................................................................. 105 2 – O Grande Arquiteto do universo................................................................ 107 3 – As Nove Grandes Verdadesda Maçonaria ................................................ 108 4 – A bíblia ....................................................................................................... 111 CAPÍTULO VIII – Maçonaria e Política 1 – Política ........................................................................................................ 113 2 – Relação dos Maçons Ilustres ...................................................................... 115 CAPÍTULO IX – Cargos em Loja 1 – Venerável Mestre ........................................................................................ 117 2 – Past-Master – Venerável de Honra ............................................................. 120 3 – 1º Grande Vigilante ..................................................................................... 121 4 – 2º Grande Vigilante ..................................................................................... 122 5 – Orador e Guarda da Lei .............................................................................. 123 6 – Secretário .................................................................................................... 125 7 – Tesoureiro ................................................................................................... 126 8 – Mestre de cerimônias ................................................................................. 127 9 – Diáconos .................................................................................................... 128 10 – chanceler .................................................................................................. 129 11 – Hospitaleiro ............................................................................................... 130 12 – Guarda do Templo – cobridor Externo .................................................... 132 13 – Experto ...................................................................................................... 134 14 – Arquiteto ................................................................................................... 134 15 – Porta Espada ............................................................................................. 135 16 – Porta Estandarte ........................................................................................ 136 17 – Mestre de banquete .................................................................................. 137 CAPÍTULO X – Perguntas e Respostas ...................................................... 139 bibliografia ....................................................................................................... 160 Escultura de Madeira 13 1 – Maçonaria Não é fácil definir Maçonaria. Ela não é ima religião, nem uma associação dogmática, muito menos uma teoria política. Também não é uma corrente filosó- fica ou sistema individualista. Mas não exclui a religião, a política ou a filosofia. Seu conceito fica como o de uma sociedade que tem seu conceito próprio, basea- do em símbolos, palavras e alegorias, com finalidade educativa e filantrópica, destinada a reunir homens de boa vontade que se proponham a debater e equacio- nar os grandes problemas da humanidade, do seu tempo, de sua Pátria e de sua comunidade, lutando pela realização das soluções. cultua valores básicos e imu- táveis, como a existência de um Principio criador, a filosofia liberal, o patriotis- mo, a liberdade de pensamento e a intangibilidade da família. É universal, mas não antipatriótica ou desnacionalizante; é tradicionalista, mas não se opõe a evo- lução: tem uma unidade doutrinária, mas admite a diversidade, de acordo com a característica e história de cada povo; é uma trincheira de liberdade, mas respeita a autoridade e a lei. A Maçonaria é uma instituição organização moderna, desde 1717, da data da constituição em Londres da Grande Loja Mãe, da qual se derivam diretamente todas as federações maçônicas do mundo, cuja finalidade e dar abrigo a todos os homens de reconhecida moralidade sem distinção de religiões, de opiniões políti- cas, de nacionalidade, de raça, posição social e cuja finalidade é de conseguir que seus membros cultivem a fraternidade universal, apesar de tudo quanto possa diferencia-los, seu dever é estimar-se mutuamente e esforçar-se em compreender- se ainda que as distâncias, maneira de pensar ou expressar. A maçonaria desde seus primórdios aspira a remediar a confusão dos idiomas que dispersou os construtores da torre de babel. O seu objetivo era formar homens capazes de entender-se de um extremo a outro do planeta terra. Para assim, con- seguir juntos, edificar um Templo, único e onde pudessem confraternizar os maçons de todas as nações. A maçonaria exige de todo candidato a iniciação, a estrita observância da lei moral, deve ter uma conduta impecável e gozar da estima dos que estão a seu redor. uma vez iniciado, deverá viver em boa harmonia com os seus irmãos e observar escrupulosamente as Leis que regem na vida diária, convém ser discreto, fugir dos capítulo I Ordem Maçônica 14 dogmatismos, dedicação no trabalho para encontrar a sua verdade, tal vez no fim de seu caminho a encontrará. A iniciação não impõe dogmas de Fé e limita-se colocar o homem frente a uma realidade, iniciando a desentranhar o enigma das coisas, ensina a ser solidário com os semelhantes, ser útil e desenvolver a sua energia para inverter em bem de todos, praticar as virtudes de caridade e tolerância. A Maçonaria não é, e nunca foi o que dizem. A Maçonaria se classifica entre as poucas sociedades milenares existentes, talvez a mais antiga se considerarmos suas origens calcadas nas filosofias, culturas e agremiações de povos antigos desaparecidos que lhe deixaram conhecimentos de valor inestimáveis e conserva- das através dos séculos. A definição mais simples que se possa referir é que a Maçonaria é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à religião. Essa definição representa, no entanto, apenas um comportamento exterior, uma vez que a Maçonaria agrega um grupo de iniciados que, além, de amarem ao próximo, amam-se a si mesmos, evoluindo mentalmente, na incessante busca do saber. Toda instituição que recebe seus adeptos por meio do processo iniciático foge do comum, vulgar, pois, existindo uma seleção, a Maçonaria ocupa-se dos proble- mas superiores, fugindo do vulgar. As definições da Maçonaria foram inúmeras, procurando cada um defini-la segundo seus sentimentos particulares. Não obstante, a maioria concorda em que se trata de um sistema de moralidade. Diz no inicio da maioria das constituições Maçônicas (preâmbulo): “A Ordem Maçônica é uma associação de Homens sábios e virtuosos que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viverem em perfeita igualdade, intima- mente ligados por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se, uns aos outros, na pratica das virtudes. É um sistema de moral, velado por alego- rias e ilustrado por símbolos.” Além disso, diz ainda a maioria das constituições Maçônicas, regulares inscri- tas e registradas em cartório de registro publico, que a Ordem Maçônica: “enal- tece o mérito da inteligência e da virtude, amor à Pátria e a humanidade; posiona- se contra a exploração do homem, os privilégios e as regalias; afirma que o sec- tarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universidade do pensa- mento maçônico; combate a ignorância, a tirania, a superstição e todo sectarismo religioso ou racial”. A Maçonaria é uma ordem iniciático que se preocupa com o aperfeiçoamento do homem em seu tempo, admite uma grande diversidade de pensamentos filosó- ficos, desde que não sejam extremistas fanáticos que ferem seus princípios. Segundo os anglo-saxões, é uma ciência de moralidade, ilustrada por alegorias e iluminada por símbolos. Afirma, entretanto, Mackey que existe uma definição mais exatae compreensível, que seria a seguinte: “É uma ciência que se propõe a pesqui- sa da verdade Divina, e que emprega o simbolismo como seu método de instrução”. Devemos ter em mente que a Maçonaria moderna, ou seja, aquela que nós conhecemos, é consequência da transformação da chamada Maçonaria Operativa, que era composta dos construtores das grandes obras, sempre financiadas pela igreja ou poderosos da época, como os senhores feudais e rainhas, que desejavam 15 construir catedrais e palácios cada vez mais imponentes, bonitos e que demons- trassem o poderio econômico de quem os possuísse. considerando a definição da filosofia como amor ao conhecimento, cuja defi- nição está inserida em todos os rituais que se pratica na Ordem e na história de sua origem, constitui a filosofia Maçônica seu segredo, que se traduz na verdadei- ra e completa Filosofia do Trabalho, descoberta e desenvolvida pelos Maçons Operativos nos tempos medievais. Não foi descoberta pela teoria, mas sim pelo trabalho diário da construção de catedrais e de outros magníficos edifícios. A origem da palavra Maçonaria é latina, por alusão aos massoneri; pedreiros ou oficiais do maço e do cinzel (escopo). É comum ouvirem-se as expressões; franco maçon., libero muratori, free mason, friMaurer. Pela tradição, eram livres, na idade média, os profissionais mais altamente categorizados nas cons- truções; homens estes, que construíram as catedrais, palácios, túmulos e obras majestosas que interessavam a alta nobreza, razão porque ouviremos também, falar de Arte Real. Através dos tempos o sucesso alcançado pela Maçonaria em todos os continen- tes causou surpresa e, ao mesmo tempo, alarma as autoridades eclesiásticas e civis nos países não protestantes e submetidos a monarquias absolutas. Os ensinamen- tos maçônicos apresentam-se sob uma forma simbólica e iniciatica e a sua meta é fornecer uma imagem simbólica de iniciação. Os Rituais, por sua vez, contêm os rudimentos de todas as Artes Iniciáticas: hermetismo, cabala, simbolismo, etc., além de tradições sobre a simbólica das cores, dos números, dos animais, etc. A Maçonaria não é uma sociedade secreta e pela simples razão de sua existência ela é amplamente conhecida. As autoridades da maioria dos países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enci- clopédia, livros, jornais, etc. Em seu comportamento, a Maçonaria no mundo exterior, é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à religião. Essa definição, entretanto, é apenas um de seu comportamento, uma vez que a Maçonaria agrega um grupo de iniciados que, além de amarem o próximo, vivem em fraternal união como verdadeiros irmãos, e além de amarem a si mesmo, mentalmente evoluindo, na incessante busca do saber e em seu aperfeiçoamento moral e intelectual. A Maçonaria recebe seus adeptos por meio do processo iniciático fugindo do comum, vulgar, pois, existindo uma seleção, ocupa-se dos problemas superiores, fugindo do vulgar. Para alcançar seu objetivo tem sua filosofia própria, adotando para desenvolver e ensinar as grandes verdades filosóficas, seguindo as lições e os sábios preceitos que lhe foram transmitidos por uma tradição iniciada em tem- pos remotos, através do estudo do Simbolismo, alma e vida da Instituição, deriva- da dos símbolos primitivos da arte de construir. A Maçonaria objetiva a investigação da verdade, o exame da moral e a pratica das virtudes. Moral é para a Maçonaria, uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração da ciência da consciência, e é essa ciência que nos ensina os deve- res e a razão do uso de nossos direitos. Ao penetrar a moral nos mais profundo de nossa arma, sentimos o triunfo da verdade e da justiça. O conceito Maçônico ao Longo da História, abraçou aspectos de estudos, pes- quisas e do próprio combate às injustiças impostas à humanidade, fazendo do seu conceito uma pratica voltada inteiramente para a justiça da sociedade. Por isso, a Maçonaria se caracteriza por ser um movimento filosófico, educativo 16 e progressista que adota a investigação da verdade, em regime de plena liberdade. Ela é, portanto, uma sociedade formada por livres pensadores, amantes da cultura moral, intelectualmente, este é o seu papel principal e este caráter explica, em grande parte, o notável sucesso que conseguiu. Os ensinamentos maçônicos são ministrados através de rituais que contem prin- cípios de todas as “Artes Iniciaticas”, como o hermetismo, a cabala, o simbolismo, além dos conceitos tradicionais sobre as cores, os números e as lendas antigas. Nos ritos maçônicos fundem-se o simbolismo das Iniciações primitivas, os ensi- namentos Rosa-cruzes dos antigos filósofos, do pitagorismo, dos templários, do judaísmo, do cristianismo, etc., daí a sua riqueza fora do comum, se comparada a outras intituições fraternas. Dentro do seu seio, a Instituição conserva certas tradições muito antigas de ensinamentos místico-iniciáticos, compostos de rituais simbólicos e de alegorias. O que nela domina é o principio de tolerância para com as doutrinas religiosas e políticas; porque a Maçonaria está acima e fora das rivalidades que as coloca em conflito. Seus lemas fundamentais são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade – Lema Maçônico emancipador e regenerador das classes sociais. Só os homens livres e de bons costumes e igualdades de condições pode conviver fraternalmente em uma sociedade organizada. Todos os membros da Maçonaria devem ser livres e iguais perante si, seus irmãos e perante a Lei. A Maçonaria não é uma religião. Algumas pessoas insistem em afirmar ao con- trário, mas, isto é inexato e quem o propagará, o faz sem conhecimento de causa. Nenhum Maçom encara a sua sociedade como sendo um substituto para a religião, qualquer que ela seja. Pelo contrário, a maioria dos Maçons tem uma religião e a pratica regularmente. A Maçonaria, no sentido exato da palavra, não é uma sociedade “secreta”, pois, uma sociedade secreta é aquela que não torna publica a sua existência e cujos mem- bros ocultam sua condição de associado. A Maçonaria não é uma sociedade secreta porque não faz segredo de sua existência, nem os maçons ocultam a sua condição. É comum mesmo vê-los ostentando símbolos maçônicos sobre seus vestiários ou em sua pessoa. A Maçonaria realiza suas reuniões em prédios geralmente loca- lizados na área urbana, prédios que estão à vista de todos. Publica boletins, revis- tas, jornais e, em muitos casos, mantém instituições de caridade, asilos, orfanatos, escolas, e etc. como muitas sociedades, ela tem segredos, mas não é uma socie- dade secreta. com a iniciação, começa para o homem uma nova fase da vida. Ele viu a Luz, uma Luz diferente, que deve iluminar-lhe o caminho da verdade e do bem, que terá de seguir, daí em diante, em busca da perfeição. Assumiu novos compromissos. Fez um juramento sério e deve cumpri-lo: Lutar em prol da Humanidade sofredora, da qual ele é uma partícula. A sua preocupação constante deverá ser a prática do bem, construir Templos, à virtude, masmorras ao vicio, por isso é imperiosa obri- gação sua, afastar-se das companhias perniciosas, corruptoras, dos beberrões, dos jogadores, não penetrar em antros nocivos à sua saúde e a sua reputação. O maçom verdadeiro está sempre acompanhado de um juiz severo, inclemente, que não per- doa nada, que acusa com veemência e de cujas sentenças, por maiores que seja os seus esforços, não consegue escapar, a própria consciência. O maçom pelo seu proceder deve servir de modelo aos não iniciados. Tal ocor- re sempre? Digamos a verdade não! Poucos são aqueles que conseguem evitar todos os vícios, que se desvencilham das companhias prejudiciais. Não resta a 17 menor duvida, porém, que o ambiente das Lojas modifica, melhora o homem dá-lhe outra concepção da vida, uma noção mais exata de dever a cumprir. O indivíduo humano só envolve para as formas mais complexas de socialização graças à aprendizagem que causa a modificação de seu comportamento, causado pela motivação, que a precede e condiciona. Nenhuma organização proporcionou melhor acervo de conhecimentos que a Maçonaria a qual, através dos séculos, vem colocando a disposição de seus mem- bros uma didática particularizada, através da qual aperfeiçoa e eleva o conheci- mento dos seus membros por discernimento próprio de cada individuo, proporcio- nado pelo condicionamento de suas regras aprimoradas para torná-los virtuosos e úteis à sociedade. A Maçonaria, por ser uma sociedade Iniciatica, herdeira de alguns usos e costu- mes dessas escolas antiguíssimas, aproveitou esses hábitos para moldar o caráter daqueles que se sujeitaram ao cerimonial de Iniciação. A Maçonaria exige dos maçons, em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingressar em qualquer instituição: respeito aos seus estatutos, regulamentos, regi- mentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princí- pios que a regem; amor à pátria; respeito aos governos legalmente constituídos; acatamento as leis do país, etc; a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; conduta correta e digna dentro e fora dela; dedicação de parte do seu tempo para assistir às reuniões maçônicas; à prática da moral, da igualdade, da solidariedade humana e da justiça em toda sua plenitude. Ademais, proíbe-se terminantemente, dentro da instituição, as discussões polí- tico-partidárias e religiosas, porque prefere uma ampla base de entendimento entre os homens, a fim de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil. O maçom como componente da instituição maçônica, deve comprovar perten- cer a uma entidade seletiva e destacar-se no mundo profano como exemplo. O maçom foi pinçado à mercê da vontade do Grande Arquiteto do universo, que é Deus, entre milhares de pessoas; é um destaque e, por este motivo, faz juz às benesses que a Maçonaria dispensa. O maçom deve, a todo momento ser grato por ter sido chamado a demonstrar essa gratidão por seu viver. Não existe no mundo todo, uma organização fraternal não religiosa, maior que a Maçonaria. Ser maçom significa ser “irmão” de aproximadamente oito milhões de maçons espalhados pelo mundo. É como tal, um maçom é recebido como membro da família em qualquer parte, menos em países onde as liberdades são uma fantasia. um maçom pode encontrar-se com outro pela primeira vez na vida, mas isto não importa, pois, basta ser maçom para ser acolhido e considerado como um irmão. um maçom compartilha das aspirações e divides suas obrigações com os homens de boa vontade, procurando aperfeiçoa-se mais do que o comum dos homens. Para ser maçom é preciso ter liberdade consciente para praticar o culto que deseja, sem se sentir tolhido por convenções ou tradições com liberdade conscien- te, queremos dizer que um maçom não deve se submeter a servidões ou dogmas que ferem a razão, a consciência e o pensamento. O maçom defende o conceito de que a fraternidade entre os homens é a única solução para por fim aos conflitos sociais, religiosos, políticos e raciais. O maçom procura destacar-se como um paladino na prática da sobriedade, aus- 18 teridade, justiça, caridade e fé em Deus. E busca permanentemente a Verdade. A liberdade de culto assim como a liberdade de expressão e do pensamento são princípios fundamentais de um maçom. um maçom respeita seus semelhantes reconhecendo-lhes a dignidade inerente. Ele honra a comunidade maçônica assim como a que vive, prestando-lhe, desin- teressadamente, os serviços que estiverem ao seu alcance, não esperando que eles lhe sejam solicitados. O aprendizado maçônico não é um caminho florido, é rotina repetitiva e sim- ples, mas suportar essa rotina é a coisa mais importante, é o meio de assimilar os conhecimentos de sua filosofia, a base do autodomínio para então ter consciência da total e perfeita serenidade de espírito necessária para o discernimento do que representa os símbolos, alegorias, figuras, lendas e palavras, fonte inesgotável da sabedoria maçônica. Os Mestres, jamais poderão esquecer-se da disciplina rígida da ritualística dos tra- balhos e nem afrouxá-la, tem que trilhar sempre o bom exemplo da integridade e firmeza, dispensando aos companheiros e Aprendizes a sua melhor orientação mos- trando-lhes o próprio empenho em todas as ocasiões e a virtude da dedicação cons- tante. Ensinar e transmitir suas experiências, mas do obreiro dependerá aproveitar ou não os ensinamentos. Quem frequentar assiduamente os trabalhos e for dedicado ao estudo entenderá a filosofia maçônica, que se resume nos seguintes princípios: – Ser rigoroso consigo mesmo (não legar a segundo plano seus deveres maçô- nicos); – Ser compreensivos com seus semelhantes (não abster-se do perdão para com seus irmãos); – Venerar sua família (ter orgulho e tudo fazer em prol de sua Loja); – Ser fiel aos seus irmãos (não faltar aos compromissos assumidos); – Ser virtuoso (praticar os ensinamentos maçônicos); – cumprir a risca os juramentos (feitos de livre e espontânea vontade). 2 – Maçonaria Contemporânea Na idade média, que teve inicio no século 5º com a queda do Império Romano no Ocidente e terminou no século 15 com queda de constantinopla, o sistema de governo predominante era o feudalismo absolutista, sendo a forma de governo o da monarquia, tendo entre os dois sistemas o do clero, às vezes, o mais forte cuja função seria a de manter a harmonia e a submissão da população camponesa nas terras do velho mundo, função essa nem sempre cumprida. Ainda na Idade Média e concomitantemente ao movimento dos filósofos, ou um pouco antes, entretanto com grande importância, entra em cena o grande movi- mento da Reforma, liderado por Martinho Lutero (1483-1564) e a contrarreforma, que teve inicio com o concílio de Trento (1545-1563), estendeu o clero seus tentáculos a todo o mundo conhecido, chegando inclusive ao brasil. Ao lado desse caldeirão em ebulição, surgiram, após o século 16, pensadores propondo novas maneiras de relacionamento entre as pessoas, as nações e as coi- sas entre si. Assim, René Descartes (1595-1650) desenvolveu o método cientifico racional, onde propunha relação matemática para explicar todo e qualquer fato, sendo referência obrigatória a todos os demais pensadores. Quanto ao relacionamento entre as pessoas, houve muitos avanços, dos quais podemos citar o empirista Thomas Hobbes (1588-1679) e o empirista liberal john Locke (1632-1704), que abordara o homem como ser natural e social. com esse estágio do pensamento, o século 17 começa com um grande movimen- 19 to que teve o nome de Iluminismo. Dentre alguns pensadores iluministas, citam-se charles Louis de Secondat ou simplesmente Montesquiu (1689-1755), com sua obra O Espírito das Leis, criando os três poderes (Executivo, Legislativo e judiciário); jean jacques Rousseau (1712-1778), com o contrato Social, onde desenvolve a maneira liberal de se viver, com obediência ao conjunto de leis apro- vada pelos cidadões, a constituição, contrapondo-se ao poder absolutista do homem. Alguns daqueles reformadores, pensadores livres (franco), lideraram um movi- mento a partir de usos, costumes e prática dos então construtores de templos e catedrais da velha Europa de rígida disciplina, visando a uma nova maneira de convivência entre os homens. Esses “pensadores livres” idealistas tornaram-se, então, os Maçons Livres e Aceitos. Esses recém aceitos na antiga confraria dos construtores passaram a construir não os templos de tijolos e cimentos, mas os templos sociais, a partir da construção do “Eu” pessoal. criaram-se alegorias místicas (o mito do Mestre Hiram Abiff) e místicas (parte do Velho e Novo Testamento), dando consistência humanística aos novos iniciados e demais segui- 8dores dos Augustos Mistérios. Desta formo, muitos participantes ativosdos movimentos Renascimento e do Iluminismo foram, certamente os iniciadores da Maçonaria que hoje conhecemos. Finalizando, entende-se que aqueles primeiros pensadores criaram a Instituição Maçônica, para, em seguida e até os dias atuais, a instituição criada formar tantos e tantos maçons, que passaram a construir alicerce e reserva moral dos povos contemporâneos. 3 – Loja Maçônica Loja Maçônica é uma reunião regular de Maçons. A Loja inicia-se quando são abertos os trabalhos, e termina quando estes são dados por encerrados. É comum o uso das palavras Templo Maçônico e Loja Maçônica como sinônimos. A palavra “Loja” vem do germânico antigo – Loubja” – e dos vocábulos diale- tais “leubja” e “loubja”, cuja corruptela deu “loge” (em francês) e “Lodge” (em inglês) e “loggia” (em italiano). A palavra tinha o sentido de abrigo, lar, cabana. Esta palavra, Loja, nada tem a ver com o “colégio” dos obreiros romanos, nem com o termo “logia” (estudo, tratado) dos gregos. Para que uma Loja, também conhecida como Oficina, possa ser regular, justa e perfeita é necessário que seja uma reunião de Sete Mestres Maçons e apenas regu- lar se, no mínimo, a presença de três Mestres Maçons, completando sete membros com companheiro e Aprendizes. Se o número de maçons for inferior a sete, ainda assim poderão reunirem-se, formando ou fundando um triangulo, o qual é constituído por Mestres em número de 3 (três) e completado por companheiros e Aprendizes 6 membros. um Triangulo só poderá ser fundado se não existir, no Oriente onde se pretenda a sua instalação, nenhuma Loja que trabalhe no Rito em que esse Triangulo vai trabalhar. Os Maçons podem se reunir (formar Loja) em qualquer lugar (mesmo que não seja em um Templo Maçônico), até num deserto, campo ou floresta, contanto que estejam ocultos ou retirados das vistas e dos ouvidos profanos. Nessas condições, dizemos que a Loja está “a coberto”. E porque nos dias que correm, a Loja é geralmente instalada dentro de um Templo próprio, a expressão “a coberto” ou simplesmente “coberto”, é empregada também em relação ao Templo (ver no Ritual, a abertura ritualística nas sessões). Nos primeiros tempos, na Maçonaria Operativa, os Maçons formavam suas 20 Lojas nos canteiros das construções, em cabanas, hospedarias por ser o banquete, parte essencial de tais reuniões, cujo cerimonial era o mais simples possível. com o advento da Maçonaria Especulativa, em maio de 1776, foi inaugurado, na Inglaterra, o Freemasons Hall, de Londres. Em 1776, o Grande Oriente da França proibiu, por decreto, que suas Lojas se realizassem em tavernas e hospedarias. Estava inaugurado o período dos Templos Maçônicos. cobrir o Templo, significa sair do Templo. Quando, em Loja, um irmão neces- sita (motivado por uma emergência qualquer) sair em meio à sessão, solicita ao Vigilante de sua coluna (e este solicitará ao Venerável) a autorização para aquele Irmão “cobrir o Templo”. 4 – Templo Maçônico como mencionamos no capitulo anterior houve divergências entre o Supremo conselho da França, de um lado, e os Supremos conselhos dos Estados unidos e da Inglaterra, de outro, em conseqüência foram alterados alguns procedimentos ritualísticos, símbolos e principalmente a concepção interna do templo, tendo sido dividido em Oriente e Ocidente e não mais constituído apenas pelo trono Venerável Mestre. O Templo Maçônico é baseado no Templo de Salomão. Entretanto, apesar de ser uma construção material, o templo tem, para os maçons, um significado espi- ritual. Tem a forma de um plano retangular em forma de quadrilongo. De qualquer ponto da Terra, livre dentro do próprio planeta e como que suspenso no espaço da esfera celeste, pois, conforme diz o ritual, o seu comprimento é: do Oriente ao Ocidente; a sua altura: da Terra ao céu, a sua largura: do Sul ao Norte; a sua pro- fundidade: da superfície ao centro da Terra. Tudo isso para nos dizer que a Maçonaria é universal e o universo, um verdadeiro Templo. Templo da ARLS Fé Equilíbrio e Amor Nº 317 21 Assim, podemos afirmar que o Templo Maçônico dos dois primeiros graus simbólicos do Rito Escocês nasceu na França. Representa um quadrilongo, forma geométrica, definidas diferentemente por vários pesquisadores. Para uns, o qua- drilongo seria composto por três quadrados perfeitos; para outros, seria um duplo quadrado; outros, ainda, o definem como um retângulo cuja proporção entre os lados seja 1 x 1,618. O Templo não deve ter janelas ou outras aberturas, a não ser que por elas nada se veja desde o exterior. Ao longo da frisa das paredes laterais e passando, sem interrupção, pela parede do fundo do Oriente, há um cordão que forma, de distân- cia em distância, nós emblemáticos em número de 81. Esse cordão termina de cada um dos lados da porta de entrada, por duas bordas pendentes. Deve haver mais duas bordas (artificiais), no Oriente, partindo dessa mesma corda. Na parede do fundo, no Oriente, há o Painel do Oriente, conforme visto no ritual do 1º grau. Os nossos Templos atuais são adaptados. Desta forma nem sempre obedecemos às dimensões e características do Templo ideal. E também, nem sempre obedece- mos às alegorias e símbolos que foram criados posteriormente, e que se tornaram parte da tradição maçônica. Hoje, os Templos Maçônicos são mais simples. contudo, há que se entender que, quanto mais completo o Templo, tanto maiores os ensinamentos simbólicos. O Templo Maçônico é, fisicamente, a realização material dos Painéis da Loja (simbólico e alegórico). Todavia, se os Maçons tomarem por modelo de seus Templos, o Templo de Salomão, não quer dizer que pretendam reconstruir mate- rialmente aquele monumento. Em Maçonaria, esse Templo é ele próprio, um sím- bolo de maior amplidão: Simboliza o Templo Ideal, sempre inacabado, em que cada Maçom é uma pedra, preparada sem machado nem martelo, no silêncio da meditação. É o Templo Espiritual. Para o Maçom, o Templo de Salomão não deve ser considerado nem na sua realidade histórica, nem na sua acepção religiosa judai- ca, mas sim, na sua significação esotérica, bastante profunda. Da mesma forma que os cristão propuseram-se a realizar sobre a Terra, o reino de Deus – espécie de paraíso reconquistado – graças à generalização das virtudes cristãs, os Maçons pretendem o mesmo ideal quando se propõem a terminar a construção do Templo da Fraternidade universal. Mas o seu método não é o das religiões. Ao invés de fazer um apelo, indistintamente a todos os indivíduos, para alista-los debaixo da bandeira de uma fé, senão totalmente cega ao menos aceita sem controle efetivo, a Maçonaria se dirige apenas aos espíritos emancipados, capazes de se determinarem a si próprios, de acordo com aquilo que conhecem como razoável e justo. A cons- trução desse Templo Interno é indispensável, e deve anteceder à do Templo Externo da Fraternidade Humana. Todas as tentativas de paz entre os homens têm fracassado, por falta de um Templo Ideal, Interno e, ao mesmo tempo coletivo. O quadrilátero que forma o Templo é dividido proporcionalmente, em duas partes; numa terça parte, situa-se o Oriente e nas restantes três partes o Ocidente. No Oriente chega-se a um plano elevado através de três degraus. No Ocidente, na entrada uma porta e próximo, duas colunas denominadas de “b” e “j”, conhe- cidas como colunas do pórtico. Ao redor, nas paredes laterais surgem seis colunas de cada lado, ora em relevo, ora em baixo relevo, cujo capteis nada sustenta, sendo colunas ornamentais que correspondem aos doze signos do Zodíaco. No Oriente, um trono onde tem acento o Venerável Mestre que preside os tra- balhos; para atingir esse trono, em uma segunda elevação, mais quatro degraus. O trono está sob um dossel que na sua parte frontal possui o “Delta Sagrado”, constituído por um triângulo e nele inserida a letra hebraica “Iod”. 22 As costas do Venerável Mestre vê-se um painel onde no centro está o Delta Luminoso onde se encontra inserido um “Olho” ao lado direito, o símbolo do Sol e aolado esquerdo, o Símbolo da Lua na sua fase quarto crescente. Em alguns Ritos a posição destes astros são invertidos e consequentemente também invertidos todo imobiliário do Tempo, colunas e demais altares, conservando a mesma simbólica. No piso abaixo dos quatro degraus do trono, a direita, junto a balaustrada que separa o Oriente do Ocidente, a direita encontra-se o trono do Orador, e à esquer- da o trono (mesa) do Secretário, tendo na frente do Orador o Pavilhão Nacional e o acento do Porta bandeira e na frente do Secretário o Porta Estandarte ou seu Adjunto e entre o altar do Secretário e o trono do Venerável o estandarte da Loja e junto as ambas paredes laterais do Oriente as colunas de poltronas, onde tem acento os ex Veneráveis, irmãos da administração da Potência e visitantes ilustre. Abaixo no ocidente, correspondentes às colunas do pórtico situam-se as poltro- nas dos aprendizes, na parte “j” e dos companheiros, na parte “b”, neste caso quando da inversão do Painel, obrigatoriamente há a inversão das colunas. Os Aprendizes e os companheiros sentam nas fileiras das poltronas, encostadas as paredes, abaixo, sentam os mestres. No centro do ocidente, vem colocado o altar dos juramentos sobre o “Mosáico quadriculado”. Aposição do Altar não é pacifica, pois há lojas que o situam no Oriente e outras no ocidente. Ao lado externo da balaustrada á direita senta o Mestre de cerimônias, atrás dele, o Tesoureiro, à esquerda, senta o Hospitaleiro e atrás o chanceler. Na coluna “b”, situa-se o Trono do Primeiro Vigilante sobre um estrado com dois degraus, na coluna “j”, o trono do Segundo Vigilante sobre um estrado de um degrau. Existem dois Diáconos; um senta ao lado do trono do Venerável Mestre; aos pés do trono do 1º Vigilante, senta o outro Diácono. A esquerda da porta de entrada senta o Guarda interno (Guarda do Templo); ao lado de fora, situa-se o Guarda externo. Outros Oficiais, como dois Expertos, o Mestre de Harmonia e o Arquiteto, sen- tam nas primeiras poltronas do Ocidente. O altar dos Perfumes é colocado no Oriente e rara vezes atrás do Primeiro Vigilante. O recipiente das abolições, também situa-se atrás da Primeira Vigilância e a pira atrás da coluna j, ao lado do Mestre de Harmonia. O Irmão “Terrível” é escolhi- do somente por ocasião da cerimônia iniciatica e não tem local para sentar. Entre as paredes do recinto, surge a Orla Dentada; entre as paredes e o teto, está a “corda de Oitenta e um Nós” que inicia à esquerda da porta por meio de uma “borla” e termina no lado direito da porta, também por uma “borda”; os nós da corda, apresentam-se na forma de “laços”. A Abóbada celeste é iluminada ao Oriente pelo Sol e ao Setentrião pela Lua, apresenta nuvens escuras; na sua superfície são impressas algumas constelações e o planeta Mercúrio com seus satélites. Por detrás do trono do Segundo Vigilante, surge a “Estrela Flamigera“. Em diversos Ritos possui cinco pontas – pentagrama – e em outros seis pontas – hexa- grama, como no de York. Quem introduziu o Pentagrama na Maçonaria foi o barão de Tschoudy, porém quem lhe deu o nome de pentagrama, pentalfa ou Tentáculo, isto é na configura- ção de cinco pontas como Estrela Flamigera foi E. c. Agripa, no século dezesseis. 23 Na Maçonaria em seu centro existe inscrito a letra “G” ou o símbolo da divin- dade “IOD”, nesta forma simples ou completa. Traduz-se como símbolo da iluminação, da boa conduta é a representação de todos os símbolos do Grau de companheiro é o espírito que anima o universo o principio de toda sabedoria, o poder gerador da natureza. É a luz “iluminando” a Loja e, especificamente, o discípulo dos Mestres para servi-los de maneira útil. É ainda, a Estrela hominal dos Pitagóricos encimada pela ponta na qual simbo- lizando a espiritualidade, inscreve-se-lhe a figura de um homem De forma inver- tida, representa a ausência daquela espiritualidade, na configuração impura do animal. Seu Simbolismo e configurações são muito extensos os quais são objeto de nossos estudos sobre Simbolismo. Na representação do duplo triângulo o de seis pontas, por exemplo, podemos encontrar a célebre sentença de Hermes “o que esta em baixo e como o que está em cima” alem disto, existe para ser analisado e detalhado para os irmãos o Delta Radiante, Estrela de belém, do Norte, do Oriente, de cinco, de Seis, de Sete, de Oito, de Nove de Dez pontas e as demais sinonímias como estrela escudo de Davi, Selo de Salomão e tantas mais. Sobre o Altar dos juramentos, iluminado por três candelabros, encontram-se as joias fixas: Livro Sagrado, Esquadro e compasso. Aos pés do estrado do Primeiro Vigilante, vê-se uma pedra tosca e informe, denominada de “Pedra bruta”. De idêntica forma, aos pés do estrado do Segundo Vigilante está uma pedra já esquadrejada denominada Pedra cúbica. Outros símbolos estão colocados no piso: Régua, cinzel e Maço, alavanca, Nível e Prumo. Todos esses Símbolos representam os instrumentos e utensílios apropriados a construção. Sobre o trono do venerável Mestre, a Espada Flamejante; o Venerável Mestre e os dois Vigilantes. terão cada um o respectivo Malhete; ainda sobre os tronos as colunetas. completam o Templo várias dependências necessárias para a realização satisfa- tória dos trabalhos maçônicos, sendo indispensável: a câmara de Reflexões a Sala dos Passos Perdidos; o Átrio, a Secretaria; e, para conforto dos irmãos, o Salão de Festa: Câmara de Reflexões – É o local, anexo ao Templo Maçônico, no qual o can- didato à iniciação permanece, durante um determinado tempo, em recolhimento e meditação. Reflexão é o ato ou efeito de refletir. É o desvio de direção de um corpo que encontra outro resistente (ricochete). No sentido figurado, significa a ponderação, o raciocínio, o pensamento maduro, o argumento, a observação. Segundo o Irmão josé castelani o nome correto do local onde fica o candidato à iniciação é mesmo câmara de Reflexão (de raciocínio maduro e de ponderação a respeito da existência do homem, da efemeridade da vida humana, dos códigos da moral e de ética etc.), não havendo a necessidade do plural (câmara de Reflexões), que lembra mais uma câmara para estudo dos fenômenos físicos de reflexão. A câmara de Reflexão é um anexo do Templo, onde, durante certo tempo, per- manece o candidato a Luz Maçônica. A decoração da câmara varia de Rito para Rito, existindo as mais complexas e as mais simples. Aqui serão analisados os Símbolos das mais complexas, já que, no texto estarão inseridos os das mais simples. 24 No interior da câmara há sempre, uma mesa, sobre a qual se encontram: um foco de luz, que é geralmente um castiçal com uma vela acesa; uma ampulheta; um esqueleto humano, ou, pelo menos, um crânio; um pedaço de pão e uma jarra de água; sal, enxofre e mercúrio; duas taças – uma com liquido doce e outra com liquido amargo – e material de escrita. Nas paredes, encontram-se pinturas e fra- ses: um galo em posição de canto, sobre as palavras “vigilância e perseverança”; a representação de Morte, munida de alfanje, encimando a inscrição lembra-te, homem, que és pó e ao pó retonarás; e, finalmente, os seguintes conselhos ao candidato: – Se tens medo, não vás adiante. – Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te. – Se fores dissimulado serás descoberto. – Se queres empregar bem a tua vida, pensa na morte. – Se tens apego as distinções mundanas, vai-te, pois nós não as reconhecemos. – Se temes que os teus defeitos sejam descobertos, não estarás bem entre nós. Pode existir, também, na parede, a palavra V. I. T. R. I. O. L., a qual não e obri- gatória. Sala dos Passos Perdidos – Ao vestíbulo precede a Sala dos Passos Perdidos, onde os irmãos e os visitantes aguardam a permissão de ingresso, mobiliada con- venientemente e possivelmente ornada com figuras emblemáticas, alegóricas ou retratos. Se destina à preparação dos Maçons, onde se encontram os paramentos necessários que os Maçons usam, em especial os aventais e o ambiente é compos- to com iluminaçãoapropriada, com queima de incenso, tudo para formar um ambiente propício à meditação; à meditação é conduzida habilmente pelo Mestre de cerimônias com sua preleção que pode conter uma prece para despertar os sentimentos de religiosidade que o Maçom porta, formando o cortejo para entrada dos irmãos no Templo. Átrio – chama-se Átrio ou Vestíbulo o compartimento que precede o templo e do qual e separado pela porta interna do Templo, o qual terá a mobília que o espa- ço permitir, sendo fechada pela porta externa. Do lado de fora da porta externa acha-se pendurado um malhete com o qual se pede o ingresso ao Templo, si este já tiver fechado. Símbolos – Símbolos são as bandeiras, as palavras, as condecorações, o aperto de mão, como a lira simbólica a musica, a balança a justiça, o pincel a pintura, o cinzel a escultura, e outros que fazem parte diária do estudo do Aprendiz. A palavra tem uma arte e uma ciência; como ciência ela exprime o pensamento com toda a sua fidelidade e singeleza; como arte reveste a ideia de todos os rele- vos, de todas as graças e de todas as formas necessárias para fascinar o espírito... (Alencar). Se o historiador faz da palavra uma ciência, o poeta transforma-a numa arte. E a ciência e a arte, entrelaçadas, se encontram com os dons do talento e do estilo, nos abrem as janelas do passado e, paradoxalmente também nos mostram os horizontes do futuro. (Salomão jorge). Todo Símbolo possui duas partes, o significante e o significado. O que se chama de significante é parte visível do Símbolo, ou seja, ela se apresenta em estado físico, é palpável e objetiva. já o que se chama de significado, é a parte invisível 25 do Símbolo que não ser nomeado categoricamente, mas sim evocado, sugerido, sentido, portanto a todo tipo de qualidades não representadas. Segundo alguns estudiosos do assunto, o Símbolo pode ser visto ainda sob qua- tro sentidos diferentes: o sentido literal, o sentido alegórico, o sentido tropológico ou moral e, o sentido anagógico ou místico. O conhecimento do Sagrado Triângulo em que a Loja assenta o seu fundamen- to: da SAbEDORIA que orienta, da FORÇA que impele da bELEZA que execu- ta. Régua, Maço, cinzel, três colunas Sagradas do Templo. O 1º Grau (Aprendiz Maçom) é o alicerce da filosofia Simbólica, resumindo ele toda a Moral maçônica de aperfeiçoamento humano, compete ao Aprendiz Maçom o trabalho de desbastar a pedra bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da humanidade, que é a ver- dadeira obra da Maçonaria. O Templo Maçônico é decorado por muitos Símbolos e suas simbologias, entre eles os altares, Abobada celeste, colunas, colunetas, Adornos do Próprio Maçom, corda de 81 Nós, Pavimento de Mosáico, Romãs, Símbolos do Oriente. Altares – O vocábulo altar se originou da palavra altus, alto, elevado, e alta- rium. Os sacrifícios entre os antigos eram sempre realizados em lugares naturais elevados, como um monte de terra, estrutura formada de pedras ou madeira, era neste local que se oferecia o sacrifício à divindade A palavra altar foi, aplicada posteriormente as construções de altares em templos, também destinados aos sacrifícios. Em Maçonaria são mesas de forma simbólica que fazem parte da construção do próprio Templo, alguns além da simbologia, são ocupados por detentores de vários cargos, aos quais se somam os altares dos juramentos e dos Perfumes. Altar dos Juramentos – O Altar dos juramentos existe nos Ritos: Escocês Antigo e Aceito, Adonhiramita e brasileiro. já existiu no Rito Moderno. Não existe nos Ritos de York, Schroeder. No eixo principal do corpo do Templo (linha imaginária que representa o equa- dor), próximo aos degraus de acesso ao Oriente, situa-se o Altar dos juramentos, apoiado no chão do Ocidente, permitindo a passagem por trás dele. Sob a forma de um prisma triangular de um metro um metro de altura. no Ocidente, situado no pavimento de mosáico, de 80 cm de altura tem por tampo um triangulo equilátero, com o vértice voltado para o Venerável Mestre, no qual ficam o Livro da Lei, sobre o qual está o compasso e o esquadro na posição de grau. Em Loja de Aprendiz, o Esquadro deve ser colocado sobre o compasso. O compasso devera ter suas pontas voltadas para o Ocidente e a abertura deve ser de 45º. O Esquadro se relaciona com a matéria e o compasso com o Espírito No Grau de Aprendiz, a matéria ainda predomina sobre o espírito, daí o Esquadro ser colocado sobre o compasso. Rodeando o altar três candelabros de bronze. Em geral acesos antes da abertura dos trabalhos e em algumas Lojas acesas com cerimonial especial. Livro da Lei – A Maçonaria anglo-saxônica e escocesa exige que o Livro da Lei permaneça aberto e esteja coberto pelo Esquadro e pelo compasso. Se para os espiritualistas ele pode simbolizar o Livro da Lei de suas respectivas religiões, para os racionalistas que existem em certas obediências, ele será o emblema da Lei Moral e no caso do Grande Oriente do brasil, conforme o Rito ser substituído pela constituição ou com a presença dos dois exemplares. 26 A Maçonaria regular obriga o uso no Altar dos juramentos, de um livro da lei que corresponda a vontade religiosa dominante de um povo, ou até de vários livros em conjunto, se na Loja existirem irmãos de religiões diversas. Onde a incidência maior for de católicos Romanos, usa-se a Vulgata Latina; se for de judeus, o velho Testamento; se for de Mulçumanos, o corão; se for de brahamanes, o Veda etc., porém maçonicamente, esses livros representam o mesmo símbolo e são considerados como o texto da lei que rege as consciências. O Livro da lei é considerado parte integrante dos utensílios maçônicos, indis- pensável à validade dos trabalhos de uma Loja. Segundo pesquisas, a partir da fundação da Grande Loja da Inglaterra, em 1717, é que se estabeleceu o uso da bíblia em Loja, como emblema espiritual da Grande Luz da Verdade Divina e da regularidade Maçônica, sem, entretanto, a necessidade de ser aberta. Compasso – Designa o instrumento, de metal ou de madeira, composto de duas hastes, utilizado para traçar arcos de circulo, circunferências e para tomar medidas (é o que interessa aqui, pois o termo também é usado na música). Sendo um instrumento fundamental para qualquer projeto de construção o compasso é um dos máximos Símbolos Maçônicos; ao lado do Esquadro e do Livro da Lei forma um trio de importantes Símbolos, conhecido como Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria. O significado simbólico do compasso é do comedimento nas buscas, já que ele, traçando círculos, delimita um espaço bem definido, o que não acontece com as retas, que se prolongam ao infinito. No plano místico, esotérico,todavia, ele é a representação do Espírito, enquanto o esquadro representa a Matéria; como representação da espiritualida- de ele simboliza, também, o conhecimento humano. O conceito de que o compasso é a representação do Espírito, ou do conhecimento humano, vai sur- gir, também, na posição dele em relação ao Esquadro, variável em função do Grau em que a Oficina estiver trabalhando. Esquadro – Instrumento de desenho em forma de ângulo reto cuja origem é antiguíssima. Símbolo da retidão, o Esquadro exprime que o homem deve assu- jeitar todas as suas ações a essa qualidade, constituindo a virtude que deve existir em todo homem de bem, simboliza também a Equidade e a justiça. Por isso, constitui a joia do Venerável Mestre, porque este deve ser o Maçom mais reto, justo e equitativo da Loja. Diz Daniel Ramée, em sua “Histoire de L`Architectur”, que o Esquadro, isto é, o ângulo reto é o “principio de toda construção”, e é por isso que se enlaça com o compasso como símbolo maçônico. Segundo A. céldage, o Esquadro tem a forma do “Gamma” grego e do “chimel” fenício, símbolos da fecundidade da Terra pelo Sol. Símbolo da Terra, onde se desencadeiam as paixões humana, o Esquadro rela- ciona-se com a Matéria, que simboliza, retifica e ordena, representando, de um lado, a açãodo Homem sobre si mesmo. Por isso é um símbolo feminino, repre- sentando a capacidade Produtiva da Divindade. Traça linhas retas e descreve ângulos retos, semelhantes aos da Terra, que os antigos imaginavam retangular. Sempre à vista do Maçom, o Esquadro lembra-lhe constantemente a obrigação que tem de desprender-se das coisas materiais e das preocupações vulgares para enveredar pelo caminho mais reto da Equidade e da justiça. Aplicando a todas as obras humanas, o Esquadro nos ensina a limitar as nossas ações pelo conhecimen- to dos deveres que temos para com os nossos semelhantes. 27 O Esquadro simboliza, portanto, para o Maçom a retidão na sua conduta, na sua ação, sendo o emblema da perfeição de sua obra e de seu caráter. O Esquadro é retidão moral e virtude, fixidez e estabilidade. É retidão de juízos e honradez de propósitos. Não deve ser passional, pois a Retidão deve guiar os nossos juízos. O Esquadro, enfim, é o emblema da moralidade. Salmo 133 – Walnyr Goulart jacques, em sua obra “uma Loja Simbólica”, nos brinda com a seguinte interpretação sobre o Salmo 133, “Excelência do Amor Fraterno”, lido na abertura dos trabalhos no Grau de Aprendiz do Rito Escocês Antigo e Aceito, cujo texto selecionado encerra significado muito espacial, mani- festado no ensinamento simbólico e filosófico da fraternidade: “Excelência do Amor Fraternal”. Para melhor compreensão, tentaremos interpretá-lo dividindo-o em três partes: 1. Oh! Quão bom e quão suave é que os Irmãos habitem em união. 2. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Araão, e que desce à orla de suas vestes. 3. como o orvalho de Hermon e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a benção e vida para sempre. 1º parte: ”Oh! Quão bom e quão suave é que os Irmãos habitem em união”. Para o hebreu de outrora, a palavra “irmão” apresentava significado bem defi- nido. jerusalém não era apenas a capital entidade civil, mas também uma entidade espiritual. Em certas ocasiões, práticas religiosas eram celebradas no Templo de Salomão. Era um período muito feliz, pois todos os judeus reconheciam a sua comum irmandade e “habitavam em união” por diversos dias, na cidade Sagrada, para onde todos convergiam. Mais do que qualquer outro povo, os judeus davam importância à unidade da família. Os filhos nunca deixavam a tenda do pai, mesmo na época em que viviam como nômades no sistema patriarcal. Quando um rapaz casava, outra tenda era levantada. Somente as moças deixavam o lar, pois tinham que se mudar para a tenda de seus maridos. Era o ideal da família, que os “irmãos sempre habitavam em união”. Essa unidade que os caracterizava foi quebrada pelo exílio babilônico. Os judeus, então, estabeleceram-se em cidades, aprenderam vários ofícios, prospera- ram materialmente, e por fim se espalharam para os centros mercantis do velho mundo. A típica coessão familiar foi partida. Mais tarde, com a permissão de retorno à jerusalém, reconstruiu-se o Templo e o versículos parece um toque de reunir, uma chamada para relembrar os bons dias, quando todos habitavam em paz e felicidade na terra natal. Assim como os irmãos de sangue sentiam a necessidade de unir-se em torno do templo familiar, depreende-se que a filosofia maçônica tomou como exemplo essa salutar experiência, para doutrinar os adeptos a estarem sempre juntos como única família, constituindo o seu Templo Espiritual. Nos dias atuais, quando são lidos os versículos sempre da mesma forma, no mesmo momento do ritual de abertura da Loja e são considerados os trabalhos com plena força e vigor, esse texto atua em todos os presentes ao ato, como um unificador das mentes em torno do grande objetivo comum, pois que nesse momento constituiu-se uma obre de criação, à glória do Grande Arquiteto do universo. 28 Finalmente, a interjeição “oh” designativa de admiração, surpresa, bem diz do espírito do texto ao relatar a “Excelência do Amor Fraternal”, isto é, o grau máxi- mo de bondade e de perfeição causado pelo encontro dos que se amam. 2º parte – “É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla de suas vestes”. Os egípcios naquela época usavam a cabeça raspada; pelo contrário era marca de distinção entre os judeus, o cabelo e a barba compridos. A barba era um sinal de veneração e virilidade. Se um judeu recebesse um convidado para ceiar ele lhe dava as boas-vindas derramando-lhe óleo sobre a cabeça. O texto é claro e diz: “sobre a cabeça e a barba, até a orla dos seus vestidos”, portanto,o óleo tinha que ser em abundância para fazer o efeito. Se alguém era realmente bem vindo, o óleo havia de correr livremente da cabeça aos pés, passando pela barba, pescoço até o vestiário. Tinha que ser bastante óleo, para que o seu perfume enchesse a sala de refeições, dando ao ambiente um odor refrescante, da mesma maneira que quere- mos boa-vontade e companheirismo dominando as nossas reuniões, enchendo a atmosfera com um doce sabar de fraternal regozijo. A hospitalidade da reunião deve gerar um sentimento de ardor, vivacidade e prazer entre todos os que estão reunidos. Tudo deve contribuir para as palavras do bom homem da casa. Entre irmãos estamos realmente contentes...”. 3ª parte – “como o orvalho de Hermon e como que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e vida para sempre”. Esta ilustração nos leva da vida, ou do lado humano da palestina, para uma consideração do aspecto geográfico, ou dos aspectos naturais. O Monte de Hermon está localizado ao longo da fronteira norte do País; possui cerca de 3.000 metros de altitude; seu nome quer dizer “o que pode ser visto de longe”, Mesmo durante o calor do verão, quando o restante da região está ardendo, em virtude do vento quente denominado siroco, o manto de neve da montanha é claramente visível a muitas milhas de distância. A terra pode estar torrada e seca, mas a neve, “o orvalho de Hermon” permanece brilhante e alvo. O sistema do rio jordão é alimentado por esse orvalho que se derrete, tem suas principais nascentes ao sopé do Monte Hermon. É uma benção para a nação, pois que o rio corre por um vale entre duas cordilheiras, que são ricas em ferro e cobre, com ambudante suprimento de carvão, fornecendo uma excelente base para a industria. O solo é alimentado por essa água, fornecendo azeitonas, uvas e outras frutas. O jordão por fim entra no Mar da Galileia e torna possível uma ambudante indústria pesquei- ra, colaborando para a produção de alimento à população, como para exportação. Símbolos do Oriente – No fundo, na parede do Oriente, atrás do Trono de Salomão, do acento do Venerável Mestre e sob o Solio, encontram-se os símbolos do Oriente, os quais apresentam a base da simbologia Maçônica, isto é, o Olho que tudo vê, o Triangulo, o Sol, a Lua e, ainda, o Painel da Loja, ou dos graus simbóli- cos, aberto no inicio dos trabalhos e fechados no seu termino, tendo a sua esquerda a carta constitutiva, ambos fixados na frente do Trono. Temos, ainda, acima do Trono e na parte superior e na frente do Solio o Triangulo Luminoso radiante, con- tendo no centro um triangulo equilátero tendo no centro suspensa a letra “Iod”. O Olho que tudo Vê – O Olho que tudo vê pode ser considerado como o sím- bolo de Deus manifestado em sua onipresença – seu guarda e protetor – ao qual 29 alude Salomão no Livro dos Provérbios (XV, 3), quando diz: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons”. Trata-se de um símbolo da Divindade Onipresente. O Triângulo – O Triangulo Equilátero, considerado como a figura mais perfeita formada por linhas retas, e por isso representa a Perfeição e também a harmonia e a sabedoria. Os seus lados constituem um ternário que, desde a mais alta antiguidade, tem caráter sagrado, e o Ternário tem por emblema essencial o Olho que tudo vê. O Olho que tudo vê e o Triângulo – Estes dois símbolos combinados formam um só,que foi o mais estável de todos, quer dizer, que o seu significado é hoje o mesmo que o de século atrás. Não é um símbolo que teve um significado por um determinado período, trazendo a Luz a mente dos homens, sendo logo desfeito por outro que mais se aproximam da verdade universal. um verdadeiro símbolo representa uma lei ou uma verdade determinada da natureza ou do universo; a sua forma por tanto se modifica muito pouco no decor- rer dos tempos. O olho que todo vê, tal como o encontramos gravado nos obeliscos ou nas pare- des das grutas sagradas do Egito ou como é usado hoje, sempre significou a consciência de Deus, que tudo penetra, ou a visão universal da Divindade. O homem nunca poderia evadir-se da consciência divina, representada pelo Olho que tudo vê, seja qual for o lugar em que se encontre sobre a terra, assim como tampouco poderá estar fora da visão ou da divindade de seu sistema de leis. O Triângulo é um símbolo de perfeição. A lei da dualidade é uma lei universal que esta representada por duas pontas do triângulo. Quando duas forças ou duas faces da natureza se unem, surge um terceiro esta- do ou coisa, no ponto onde se unem. O terceiro ponto ou lugar de materialização é a criação e a perfeição. Assim, pois, a combinação dos dois símbolos, como a apresentamos, sugere a perfeição de consciência divina em sua totalidade, seu acabamento e sua natureza que abarca. Sol – Estrela entorno da qual giram a Terra e os outros planetas do sistema solar, e que comparada a outras, é relativamente pequena e de brilho fraco, parecendo maior e mais brilhante por se encontrar mais perto. Sua luz leva oito minutos e meio para atingir a Terra, ao passo de que a segunda estrela mais próxima de nosso planeta (próxima do centauro) o faz em três anos e quatro meses. O Sol, fonte de toda vida na Terra, sempre foi adorado de forma bem distinta, desde os tempos mais remotos da Humanidade. já os selvagens da idade da Pedra tinham os conhecimentos astronômicos, necessários para orientar seus toscos Monumentos de Pedra. As representações do Sol são frequentes nas obras de arte e obras religiosasde toda a antiguidade. O Sol é o símbolo da luz, da inteligência, da origem, do prin- cípio ativo, enquanto a Lua representa o princípio negativo, é o feminino, a pas- sividade, a imaginação. Lua – Satélite da terra e que, primitivamente, fazia parte do mesmo bloco, a Lua exerce uma grande influência sobre os líquidos e sobre a fisiologia dos seres vivos. O seu nome vem do latim Luna. Mackey nos diz: “A adoção da Lua no sistema maçônico é por analogia, mas pode ser apenas por derivar este símbolo das antigas religiões. No Egito, Osiris 30 era o sol e Isis a Lua; na Síria Adonis era o Sol e Astarot a Lua; os gregos a ado- ravam como Diana e Hecate; nos mistérios de ceres, enquanto o hierofante ou Sumo Sacerdote representava o criador, e o portador de archote o Sol, o epibó- mios ou o oficial mais próximo do altar, representava a Lua. Em suma, o culto da Lua era bastante difundido, tanto quanto o do Sol”. Os Maçons mantém a sua imagem em seus ritos, porque a Loja é uma represen- tação do universo, onde, como o Sol governa durante o dia, a Lua preside duran- te a noite; como um regula o ano, assim faz a outra com os meses ( um mês lunar compreende 27 dias, 7 horas, 43’ 15’’ e5’’’), e como o primeiro é o rei do exerci- to estelar, esta ultima é a rainha; ambos, porem, recebem o calor, a luz e a potên- cia dele, que como a terceira e maior Luz o senhor do céu e da terra controla a ambos. A Lua simboliza o principio feminino, aquoso, frio e úmido, o úmido radical ou Mercúrio dos hermetistas, a imaginação, a sensibilidade. Em Astrologia, ela cor- responde as funções as mais materiais, á “substancialidade” ao povo (Rhéa). Por outro lado, a Lua simboliza a constância, a regularidade, a afeição, a obedi- ência, a evolução, e a luz moral. A sua representação constitui, na Maçonaria, um dos Símbolos de origem her- mética; as duas colunas, o Sol e a Lua eram para os hermetistas que os introduzi- ram no simbolismo maçônico, a imagem dos dois sexos. 5 – O Templo de Salomão Não se conhece o lugar exato onde foi construído o Templo, visto que dele não sobrou qualquer vestígio, sabe-se que ele foi construído no Monte Moriah apenas. Foi terminado em 1012 a. c. e dedicado em 1004. A construção do Templo em jerusalém deve ter sido um acontecimento dos mais significativos e, até em nossos dias, não deixaria de se construir um fato fora do comum, já que nessa construção estiveram empenhados dois Reis: Salomão rei de Israel e Hiram rei de Tyro. Este nasceu em 1063 a. c. e morreu em 985 a. c.. A turbulenta história dos judeus explica por que não fora ainda construído qualquer templo em honra a seu Yahvej (jeová) até que Salomão o fizesse. conta a bíblia em crônicas que David já se dispusera a erigir um Templo, mas, que Deus lhe enviara uma mensagem através do profeta Nathan avisando-o de que não era ele David, mas sim, seu filho Salomão que havia sido escolhido para essa tarefa. Não dispondo de mão de obra especializada e nem de material necessário. Salomão recorre ao seu aliado e amigo rei de Tyro que logo concordou, mas, mediante pesado tributo como bom comerciante que era. Assim Salomão entrega- ria 20.000 medidas de farinha, 20.000 medidas de cevada, 20.000 medidas de óleo e 20.000 medidas de vinho, alem de outras especiarias. E, ao final, entregou Salomão a Hiram 20 cidades da Galilea. Ao tomar posse dessas cidades, Hiram as encontrou em tão lastimável estado que protestou, assim, aprendemos não só na bíblia, mas, no Ritual do 6º grau do Rito escocês. Hiram enviou também a Salomão um artífice em metais, filho de uma viúva de nacionalidade judia que havia esposado um homem de Tyro. Este filho da viúva, famoso por sua competência em trabalhar com metais era Hiram Abif, estreita- mente ligado a nossa liturgia maçônica. A madeira cortada no Líbano foi transportada em balsas até joppa que atual- mente, se chama Gaffa. joppa era um porto que distava cerca de 45 kilometros de jerusalém. 31 A construção do Templo começou no segundo dia do segundo mês do quarto ano de reinado de Salomão. Embora não se tenha noção do local exato onde fora construído, especula-se que ele tenha sido construído no local onde hoje se encon- tra a mesquita muçulmana El-Haram-Ash-Sharif. A planta do Templo foi copiada do Egito pelos Fenícios. A babilônia e a Assíria inspiraram a decoração interna. Se dermos credito ao Velho Testamento, veremos que o Templo era ricamente ornamentado e todo revestido de ouro. Pedras preciosas foram incrustadas aqui e ali. Os tetos, as portas e colunas eram de cedro e de madeira de oliveiras. Todos os vasos e recipientes eram de ouro maciço. A construção demorou 7 anos. 6 – Painel Segundo diversos Dicionários Enciclopédico chama-se painel a um quadro de pano, oleado, etc., no qual são pintadas, gravadas ou bordadas, etc., as figuras que servem para a instrução maçônica, e que é exposto depois de aberta a sessão e fechado os trabalhos.Os ingleses chamam-no de “Tracing board”, isto é, “Taboa de Delinear”, reminiscência da Maçonaria Operativa simbolizando a “prancheta” sobre a qual o “Mestre traçava linhas e delineava desenhos”. Nas Lojas primitivas, o cobridor desenhava sobre o soalho do local da reunião um paralelograma e dentro dele alguns símbolos maçônicos, que, depois da ini- ciação, o candidato devia apagar com balde e esfregão. Posteriormente, algumas Lojas aboliram este método, adotando objetos de metal, representando dos símbo- los, que colocavam no soalho e sobre os quais eram feitas as instruções simbólicas e morais. Pelos fins do século XVIII, apareceu um desenvolvimento dos sistemas anterio- res, juntando-se os símbolos sobre um tapete, geralmente montado em rolos sobre os quais eram enrolados. Muitos destes tapetes continham os símbolos dos três graus, outros os dos dois, outro os dos três sgraus separadamente. Finalmente, o pintor john
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