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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA AMANDA MAYARA DA CRUZ BEATRIZ LOPES DE OLIVEIRA CAROLINE CAMPOS EMANUELLE CRISTINE DA CRUZ GABRIELA MALTEZO URBANO PEREIRA JENNIFER STEFANI DOS REIS LETÍCIA DAL MOLIN LÍVIA VITÓRIA MAGAGNIN FERRAZ DIETA LOW CARB CURITIBA 2019 AMANDA MAYARA DA CRUZ BEATRIZ LOPES DE OLIVEIRA CAROLINE CAMPOS EMANUELLE CRISTINE DA CRUZ GABRIELA MALTEZO URBANO PEREIRA JENNIFER STEFANI DOS REIS LETÍCIA DAL MOLIN LÍVIA VITÓRIA MAGAGNIN FERRAZ DIETA LOW CARB Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Fundamentos de Nutrição, do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito de nota parcial do bimestre. Requerido pela prof. Emanuele Valentim. CURITIBA 2019 INTRODUÇÃO Como consequência de um estilo de vida onde há maior ingestão calórica do que gasto energético, vê-se um considerável crescimento de pessoas sedentárias e obesas. Vista como uma epidemia mundial, a obesidade é o transtorno de maior avanço na população. Indo da morte até doenças graves, e sendo considerada um problema de saúde pública, a obesidade apresenta inúmeras consequências, consequências estas que afetam a qualidade de vida. Pessoas obesas tendem a desenvolver inúmeras doenças, como a diabetes, onde o risco de desenvolvimento é três vezes maior comparado à indivíduos com peso normal. Doença de variadas causas, a obesidade necessita da atuação de diferentes profissionais para que haja eficácia em seu tratamento. Assim sendo, dentre alguns métodos encontra-se a dietoterapia, onde destacam-se as dietas de baixo carboidrato. As dietas low carb ou baixo carboidrato, baseiam-se na restrição de carboidratos visando a cetose, onde há uma oxidação lipídica, propiciando fatores que devem promover a perda de peso. Quando a gordura é consumida metabolicamente, decompondo-se em ácidos graxos livres e glicerol, forma pares de dois compostos de carbono, os corpos cetônicos, que resulta um novo ácido graxo para ser usado como combustível energético. Por este fato, a dieta é também chamada de dieta cetogênica. Diversos estudos, apesar de demonstrarem efeitos benéficos na utilização de dietas com baixo teor de carboidrato, não mostram recomendações determinadas para tal prescrição. Seus efeitos merecem uma investigação mais aprofundada conforme se buscam estratégias terapêuticas eficazes para gerir a epidemia da obesidade. DIETA LOW CARB Tem-se, na dieta ocidental, os carboidratos como maior fonte de calorias. A dieta low carb ou baixo carboidrato visa reduzir a quantia de carboidratos para que tal macronutriente não seja o mais consumido na alimentação, frisando a produção de energia para o organismo por meio do consumo de gorduras e proteínas. Dieta que objetiva o aumento da oxidação de gorduras - preservar a massa magra corporal e utilizar gorduras como fonte energética, e também, reduzir a secreção de insulina. Dietas com baixo teor de carboidrato definem-se pela ingestão inferior à 200g de carboidratos por dia, geralmente entre 50 e 150g por dia ou abaixo de 40% da energia proveniente do carboidrato. Recomenda-se o aumento da porção de gorduras e proteínas e a redução da ingestão de carboidratos. As proteínas proporcionariam aumento da saciedade, preservação da massa magra e elevação do gasto energético. Por tal constituição, esta dieta promoveria menor estímulo à secreção de insulina, comparada à outras dietas. Dietas que restringem carboidratos são mediações nutricionais estratégicas. A razão pela qual aplica-se a dieta low carb, fundamenta-se no fato de que com a restrição de carboidratos, haverá início de cetose e oxidação lipídica, fatores que devem propiciar um balanço energético negativo e como resultado, a perda de peso. Com os hidratos de carbono reduzidos da dieta, os corpos cetônicos e os ácidos graxos passam a ser as novas fontes de energia. Com a oxidação da gordura elevada ao máximo e o aumento do gasto energético, espera-se um efeito potencializador da perda de peso. As decorrências metabólicas convertêm-se em uma redução da insulina liberada, promovendo o aumento da circulação dos ácidos graxos livres do tecido adiposo, utilizados na oxidação e produção de corpos cetônicos no fígado, para que depois sejam utilizados pelos tecidos como fonte energética. Há um estudo conduzido durante 6 meses, onde mulheres obesas saudáveis foram submetidas à dieta de baixo teor de carboidratos, correspondendo a 15% do valor energético total da dieta, e outras obesas a seguirem uma dieta de baixo teor de gordura, onde o percentual de carboidrato foi de 54%. As mulheres do grupo de baixo teor de carboidrato, perderam 7,6kg em 3 meses, e 8,5kg em 6 meses, já o grupo de baixo teor de gordura perdeu 4,2kg em 3 meses, e 3,9kg em 6 meses, o que foi significativamente menor comparado ao grupo de baixo teor de carboidratos. Concluiu-se então, que a dieta pobre em carboidratos é eficaz na redução de medidas antropométricas abdominais e na rápida perda de peso, o que auxilia também, nesta perda antes da cirurgia bariátrica, indicada para pessoas com obesidade mórbida. Em curto prazo, a dieta low carb é eficaz na melhora de alguns parâmetros bioquímicos e na perda de peso, mas são necessários estudos a longo prazo para considerar se tais benefícios irão persistir ao longo dos anos. Como pontos positivos, além dos já citados, a dieta apresenta a possibilidade de auxílio em doenças como a epilepsia, diabetes e ovário policístico. Promove um melhor controle da glicemia, diabetes melito tipo 2, diminuição e/ou eliminação da medicação de indivíduos com obesidade ou sobrepeso. Contribui para melhora do perfil lipídico, controle glicêmico e diminuição dos triglicerídeos, aumento do HDL, e melhoria de propriedades de risco cardiovascular. Nas dietas em que os hidratos de carbono são extremamente restringidos - very low carb, nota-se a redução da pressão arterial, glicemia de jejum e as concentrações de lipídeos séricos. Em contrapartida, como pontos negativos, a dieta pode contribuir com a redução dos estoques de glicogênio muscular, aumentando a fadiga durante exercícios físicos. Também existem vários relatos e insatisfatórios resultados sobre a disposição do indivíduo e ganho de peso posteriormente. No caso das dietas very low carb, as reservas de glicogênio são utilizadas para disponibilizar glicose, reservas estas que esgotam-se em 48h, aproximadamente. Por conseguinte, a energia para “alimentar” o sistema nervoso central, e para garantir a produção de oxaloacetato, deixa de existir. Como efeitos adversos à dieta, há o aparecimento de dores de cabeça, estado de fraqueza, diarréias e cãibras musculares. Para aqueles que tomam alguma medicação simultaneamente à dieta, há a necessidade de supervisão clínica, para que episódios de hipoglicemia, hipotensão e outras complicações, sejam evitados. Como aumento da ingestão de gorduras totais, inclusive a saturada, ocorre o aumento do LDL, diante disto, e sendo este altamente aterogênico, é importante esclarecer se a dieta low carb em longo prazo, pode promover a morbidade/mortalidade. Por fim, estes são os principais alimentos utilizados em uma dieta com baixo teor de carboidratos: ovos, carne de vaca, cordeiro, frango, carne de porco, bacon, peixes e frutos do mar, salmão, truta, sardinha, crustáceos, brócolis, tomates, couve de bruxelas, couve-flor, couve, berinjela, pepino, pimentões, aspargo, abacate, azeitona, morango, damascos, limão, kiwi, laranja, framboesa, nozes, amêndoas, azeite extra virgem, óleo de côco, água, café, chá, ervas, especiarias e condimentos. Segurança Alimentar e Nutricional X Dieta Low Carb A Segurança Alimentar e Nutricional pode ser entendida como a “realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base em práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”. Tendo em vista que a dieta low carb apenas diminui a quantia de carboidratos nos hábitos alimentares, não há uma contribuição direta para uma situação de insegurança alimentar e nutricional. Não se sobrepõe ao direito humano à uma alimentação adequada, que estabelece a disponibilidade de alimentos em quantidade e qualidade. No entanto, dietas extremamente restritivas, onde não haverá o consumo de carboidratos ou de algum outro grupo alimentar, podem causar a deficiência de alguns nutrientes essenciais para o organismo, gerando danos à saúde e consequentemente, comprometendo a segurança alimentar e nutricional. Receitas low carb propostas pela equipe: brownie e torta de frango Brownie Ingredientes: • 100 gramas de chocolate meio amargo; • 2 ovos; • 5 castanhas do pará. Modo de preparo: Derreta o chocolate no microondas de 30 em 30 segundos para derreter por completo. Em um recipiente coloque o cacau e misture as gemas delicadamente (não coloque no chocolate muito quente), caso o chocolate comece a endurecer, leve por mais 15 segundos ao microondas. Bata as claras em neve e misture delicadamente. Coloque as castanhas e despeje em uma forma untada com óleo de côco e polvilhada com cacau e canela. Obs.: a massa deve ficar com uns 3cm de espessura, pois depois de assada ela baixa voltando ao normal. Leve ao forno pré aquecido à 180 graus por 20 minutos, aproximadamente, ou até que o palito saia limpo. Rendimento: 4 pedaços. Torta de frango Ingredientes: • 6 ovos; • 1 caixinha de creme de leite; • 1 colher de sopa de requeijão; • 200 gramas de mussarela; • 500 gramas de peito de frango desfiado; • 1 cebola ralada; • 1 tomate picado; • 1 1/2 colher de café de fermento em pó. Modo de preparo: No liquidificador, bata os ovos, 100 gramas de mussarela, o creme de leite e o requeijão por 5 minutos ou até obter uma mistura homogênea. Acrescente o fermento e misture bem. Reserve. Refogue o frango desfiado em uma panela com cebola e tomate. Tempere a gosto. Coloque a massa em uma forma untada, adicione o recheio, o restante do requeijão e por último o restante do queijo. Leve ao forno alto por 30 minutos ou até dourar. Sirva em pedaços. REFERÊNCIAS MOURA, Layse Ramos de. Dieta de baixo carboidrato: uma revisão de literatura. 2015. 37f. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2015. CASTRO, Inês Rugani Ribeiro de. A extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a agenda de alimentação e nutrição. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 35, n. 2, e00009919, 2019. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2019000200101 &lng=en&nrm=iso>. Acesso em 01 de Setembro. 2019. Publicado em 11 de fevereiro, 2019. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00009919. CORDEIRO, R.; SALLES, M. B.; AZEVEDO B. M. Benefícios e malefícios da dieta low carb. Revista saúde em foco, São Paulo, edição nº 9, p. 714-722, 2017. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00009919
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