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IMPACTOS-AMBIENTAIS

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1 
 
 
2 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5 
2 IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................................................... 6 
3 TIPOS DE IMPACTO AMBIENTAL ............................................................. 7 
3.1 Impacto ambiental positivo ................................................................... 8 
3.2 Impacto ambiental negativo .................................................................. 8 
3.3 Exemplos de Impacto Ambiental .......................................................... 8 
4 IMPACTO AMBIENTAL NO BRASIL .......................................................... 9 
5 MEIO AMBIENTE – IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................ 13 
5.1 Empreendimentos portuários ............................................................. 13 
5.2 Operação portuárias ........................................................................... 13 
5.3 Navegação ......................................................................................... 14 
6 PRINCIPAIS TIPOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO 
HOMEM 15 
6.1 Atividade Industrial ............................................................................. 15 
6.2 Descarte Irregular de Resíduos .......................................................... 15 
6.3 Exploração de Recursos Naturais ...................................................... 15 
6.4 Urbanização mal Planejada ................................................................ 16 
6.5 Atividade Mineradora.......................................................................... 16 
7 ATIVIDADES COM IMPACTO AMBIENTAL ............................................. 17 
7.1 As consequências do impacto ambiental são diversas, entre elas 
temos: 17 
8 COMO DIMNUIR O IMPACTO AMBIENTAL? .......................................... 18 
9 SOBRE OS IMPACTOS SOCIOAMBINTAIS ............................................ 18 
9.1 As mudanças climáticas ..................................................................... 18 
9.2 Chuva ácida ....................................................................................... 19 
9.3 Medidas para Redução dos Impactos Ambientais ............................. 19 
 
3 
9.4 Sustentabilidade ................................................................................. 20 
10 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS ............................................................................................................. 21 
10.1 Em que Consistem tais Medidas? ................................................... 21 
11 MEIO FÍSICO......................................................................................... 23 
12 MEIO BIÓTICO ...................................................................................... 24 
13 MEIO SOCIOECONÔMICO................................................................... 25 
14 QUAL O IMPACTO AMBIENTAL DA PRODUÇÃO DE ROUPAS? ....... 27 
14.1 Indústria Têxtil Causa Poluição à Atmosfera, Solo, Água e Outros 
Impactos 27 
14.2 Tipos de Fibras e Aspectos Socioambientais.................................. 27 
14.3 Fibra de algodão ............................................................................. 27 
14.4 Impactos Socioambientais .............................................................. 28 
14.5 Lã .................................................................................................... 28 
14.6 Impactos Socioambientais .............................................................. 29 
14.7 Viscose............................................................................................ 29 
14.8 Impactos socioambientais ............................................................... 29 
14.9 Viscose de Bambu .......................................................................... 30 
14.10 Liocel/tencel .................................................................................... 30 
14.11 Poliamida/náilon .............................................................................. 31 
14.12 Poliéster .......................................................................................... 32 
14.13 Que Tipo de Fibra é mais Viável Ambientalmente Consumir? ........ 33 
15 AGRICULTURA E IMPACTOS AMBIENTAIS ....................................... 33 
16 IMPACTOS AMBIENTAIS DOS EUCALIPTOS ..................................... 35 
17 VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS POR IMPACTOS AMBIENTAIS
 38 
18 IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA CONSTRUÇÃO CIVIL .. 40 
18.1 Resíduos no Canteiro de Obras ...................................................... 41 
 
4 
18.2 Energia e Água ............................................................................... 41 
19 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL É A NOVA FORMA DE PENSAR E 
PROJETAR 42 
19.1 5 Pontos que Você não Pode Esquecer para Reduzir os Impactos 
Ambientais Causados pela Construção Civil ......................................................... 44 
20 EFEITO ESTUFA ................................................................................... 45 
20.1 Protocolo de Quioto ........................................................................ 46 
20.2 Destruição da Camada de Ozônio .................................................. 49 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 51 
 
 
 
5 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
6 
2 IMPACTOS AMBIENTAIS 
Mucelin e Bellini (2006) enfatizam que no contexto urbano as condições 
apresentadas pelo ambiente “[...] são influenciadas, entre outros fatores, pela 
percepção de seus moradores, que estimulam e engendram a imagem 
ambiental determinando a formação das crenças e hábitos que conformam o 
uso”. (Mucelin e Bellini 2006; apud Mucelin C; 2008). 
Impacto ambiental é uma mudança no meio ambiente causada pela atividade 
do ser humano. Os impactos ambientais podem ser dos tipos positivo ou negativo, 
sendo que o negativo representa uma quebra no equilíbrio ecológico, que provoca 
graves prejuízos no meio ambiente. 
 
Fonte:envirotecmagazine.com 
O conceito de impacto ambiental é definido no Brasil pelo Conama (Conselho 
Nacional do Meio Ambiente). O órgão federal fala em interferências biológicas, 
químicas e físicas no meio ambiente levadas como resultado do sistema produtivo 
humano, que tem consequências na saúde, segurança, bem-estar da população, seja 
entre os seres humanos como também nos biomas. 
A medição do impacto ambiental é feita por profissionais da área de gestão 
ambiental, geologia, entre outros campos de estudo afins. A precisão de um impacto 
ambiental não é possível de ser feita pois o meio ambiente é um sistema complexo. É 
possível fazer algumas estimativas, através do EIA (estudo de impacto ambiental) e 
RIMA (relatório de impactoao meio ambiente). 
 
7 
Grande parte das atividades econômicas implica um impacto ambiental. 
Indústrias energéticas e mineradoras (por exemplo: uma central hidrelétrica ou de 
mineração) causam um impacto ambiental acentuado. Os resíduos resultantes das 
indústrias são normalmente eliminados de três formas: na água, na atmosfera ou em 
áreas isoladas. 
A indústria do petróleo pode ter um impacto muito negativo nos trabalhadores 
da indústria (através de explosões e acidentes químicos), mas também na fauna, 
quando ocorrem vazamentos. Além disso, em muitas ocasiões, a poluição do meio 
ambiente provoca a poluição dos alimentos, sendo um risco grave para a saúde das 
populações. Como a exploração deste recurso é de alto risco e cria impactos 
ambientais, é necessária uma licença ambiental, que impõe algumas medidas para 
reduzir esses impactos. 
O impacto ambiental é uma consequência das nossas atitudes, e por esse 
motivo é crucial educar a sociedade para que possam ter atitudes responsáveis que 
causem menos impactos negativos no meio ambiente. 
3 TIPOS DE IMPACTO AMBIENTAL 
Além de estarem divididos entre positivo e negativo, os impactos ambientais 
ainda são classificados por critérios como o tempo e a extensão do impacto. 
Direto: Também pode ser chamado de impacto ambiental de primeira ordem, 
e ocorre quando a relação de causa e consequência é simples. 
Indireto: Chamado igualmente de impacto de segunda ordem (ou terceira, 
quarta, enésima…) e é a ação consequência de uma cadeia. 
Local: Como o nome mesmo diz, quando é restrito a um único ambiente onde 
foi deflagrado. 
Regional: quando atinge mais lugares na região. 
Global: São os impactos de proporções mundiais. 
Estratégico: Quando afeta um ecossistema ou recurso ambiental fundamental 
em outras estruturas. 
Temporário: Ocorre quando o impacto ocorre por um tempo determinado. 
Permanente: Quando a manifestação dos efeitos do impacto não há como ser 
controlada. 
 
8 
Cíclico: Que é sazonal, e volta de tempos em tempos. 
Imediato: quando o efeito é instantâneo à ação. 
Médio Prazo e Longo Prazo: quando não acontecem de forma imediata, e 
demoram de médio a um longo tempo para impactar. 
Reversíveis: que é possível mudar seu curso, impedir maiores desastres 
ambientais e voltar à formação mais próxima do original. 
Irreversíveis: quando não é possível recuperar. 
3.1 Impacto ambiental positivo 
Um impacto ambiental positivo ou benéfico consiste no resultado de uma norma 
ou medida que seja melhor para o meio ambiente. A recuperação de rios e matas têm 
um impacto ambiental positivo. A construção de uma barragem pode também ter um 
impacto positivo na fauna e flora de uma determinada região. 
3.2 Impacto ambiental negativo 
O impacto ambiental negativo é o mais conhecido e com maior repercussão. É 
aquele que causa danos ao meio ambiente em função da atividade humana, e não 
uma simples mudança que pode ser compensada mais à frente. 
3.3 Exemplos de Impacto Ambiental 
 Erosão do solo causado pela atividade agropecuária 
 Poluição do solo por descarte irregular de resíduos 
 Poluição dos rios por matérias tóxicas provenientes das indústrias 
 Desmatamento 
 Queimadas 
 Descarte de dejetos agrícolas em rios e lagos 
 Esgoto doméstico em rios e afluentes, que chegam até os oceanos e mares 
 
9 
4 IMPACTO AMBIENTAL NO BRASIL 
Backer (2002) A “atividade humana planificou, moldou e administrou a 
natureza”, consequentemente, surge vários impactos sobre o meio ambiente 
oriundos de tais atividades. O que nos leva a crer que a construção de 
rodovias, a formulação, projetos, programas, oriundos do setor público ou 
privado, movidos pelo desenvolvimento social ou econômico, leva o ser 
humano a utilizar-se do espaço físico, alterando e provocando diversos 
impactos ao meio ambiente. Impactos estes, que podem incorporar o meio 
local, regional e global. (Backer 2002 apud BARBOSA, A; 2018) 
No Brasil, o órgão responsável pela legislação e emissão de medidas 
relacionadas com o meio ambiente é o Conama (Conselho Nacional do Meio 
Ambiente). No contexto federal, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis) é responsável pelo cumprimento das normas legais 
estabelecidas pelo Governo para o meio ambiente. 
 
Fonte: www.pensamentoverde.com.br 
 
No Brasil, os acidentes que causaram maior impacto ambiental negativo 
ocorreram em oleodutos da Petrobras e resultaram em vazamentos na Baía da 
Guanabara e no Paraná. Para minimizar os efeitos e prevenir futuros acidentes, a 
Petrobras criou o Programa Pégaso (Programa de Excelência em Gestão Ambiental 
e Segurança Operacional), que promove pesquisas para a criação de formas eficazes 
para a limpeza de zonas afetadas por vazamentos. Uma iniciativa governamental para 
 
10 
reduzir o impacto negativo de vazamentos é a Recupetro (Rede Cooperativa em 
Recuperação de Áreas Contaminadas por Atividades Petrolíferas). 
Um dos maiores impactos ambientais no Brasil é o desmatamento na Amazônia 
e na Mata Atlântica, em decorrência de atividades como a extração da madeira e da 
expansão dos territórios urbanos, respectivamente. 
Também se percebe no Brasil a destruição e alteração dos mangues e dunas, 
estrago do cerrado e sertão nordestino, que causaram a seca e migração de parte da 
fauna. 
Um recente caso de grande impacto ambiental no Brasil foi o rompimento da 
barragem em Mariana, Minas Gerais. Era uma barragem de rejeitos da extração de 
minério de ferro, e ao romper-se atingiu a bacia hidrográfica do Rio Doce, que se 
estende por 230 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Este é 
considerado o maior desastre socioambiental brasileiro e ocorreu no dia 05 de 
novembro de 2015. 
Os impactos ambientais podem ser definidos como alterações no meio 
ambiente provocadas pelo homem e suas atividades. 
Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de 1986, o impacto ambiental 
é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades 
humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e 
sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais. 
Analisando essa resolução, percebemos que qualquer atividade que o homem 
exerça no meio ambiente provocará um impacto ambiental. Esse impacto, no entanto, 
pode ser positivo ou não. Infelizmente, na grande maioria das vezes, os impactos são 
negativos, acarretando degradação e poluição do ambiente. 
Os impactos negativos no meio ambiente estão diretamente relacionados com 
o aumento crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso 
irresponsável dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção 
constante de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas as grandes empresas 
afetam o meio, nós, com pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais 
diariamente. 
Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, 
podemos citar a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, 
 
11 
erosões, poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva 
ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habitats. Isso acarreta, 
consequentemente, o aumento do número de doenças na população e em outros 
seres vivos e afeta a qualidade de vida. 
Vale destacar que os impactos ambientais positivos, apesar de ocorrerem em 
menor quantidade, também acontecem. Ao construirmos uma área de proteção 
ambiental, recuperarmos áreas degradadas, limparmos lagos e promovermos 
campanhas de plantio de mudas, estamos também causando impacto no meio 
ambiente. Essas medidas, no entanto, provocam modificações e alteram a qualidade 
de vida dos humanos e de outros seres de uma maneira positiva. 
Você tambémpode ajudar a diminuir o impacto ambiental negativo. Veja a 
seguir algumas dicas: 
- Economize água; 
- Evite o consumo exagerado de energia; 
- Separe os lixos orgânicos e recicláveis; 
- Diminua o uso de automóveis; 
- Consuma apenas o necessário e evite compras compulsivas; 
- Utilize produtos ecológicos e biodegradáveis; 
- Não jogue lixos nas ruas; 
- Não jogue fora objetos e roupas que não usa mais. Opte por fazer doações. 
Com atitudes simples, podemos diminuir nossos efeitos no meio ambiente. 
Atualmente o planeta Terra enfrenta fortes sinais de transição, o homem está 
revendo seus conceitos sobre natureza. Esta conscientização da humanidade está 
gerando novos paradigmas, determinando novos comportamentos e exigindo novas 
providências na gestão de recursos do meio ambiente. 
Um dos fatores mais preocupantes é o que diz respeito aos recursos hídricos. 
Problemas como a escassez e o uso indiscriminado da água estão sendo 
considerados como as questões mais graves do século XXI. É preciso que tomemos 
partido nesta luta contra os impactos ambientais, e para isso é importante sabermos 
alguns conceitos relacionados ao assunto. 
Poluição é qualquer alteração físico-química ou biológica que venha a 
desequilibrar um ecossistema, e o agente causador desse problema é denominado 
de poluente. 
 
12 
Como já era previsto, os principais poluentes têm origem na atividade humana. 
A Indústria é a principal fonte, ela gera resíduos que podem ser eliminados de três 
formas: 
Na água: essa opção de descarte de dejetos é mais barata e mais cômoda, 
infelizmente os resíduos são lançados geralmente em recursos hídricos utilizados 
como fonte de água para abastecimento público. 
Na atmosfera: a eliminação de poluentes desta forma só é possível quando os 
resíduos estão no estado gasoso. 
Em áreas isoladas: essas áreas são previamente escolhidas, em geral são 
aterros sanitários. 
Classificação dos resíduos: 
Resíduos tóxicos: são os mais perigosos e podem provocar a morte conforme 
a concentração, são rapidamente identificados por provocar diversas reações 
maléficas no organismo. Exemplos de geradores desses poluentes: indústrias 
produtoras de resíduos de cianetos, cromo, chumbo e fenóis. 
 
Resíduos minerais: são relativamente estáveis, correspondem às substâncias 
químicas minerais, elas alteram as condições físico-químicas e biológicas do meio 
ambiente. Exemplos de indústrias: mineradoras, metalúrgicas, refinarias de petróleo. 
Resíduos orgânicos: as principais fontes desses poluentes são os esgotos 
domésticos, os frigoríficos, laticínios, etc. Esses resíduos correspondem à matéria 
orgânica potencialmente ativa, que entra em decomposição ao ser lançada no meio 
ambiente. 
Resíduos mistos: possuem características químicas associadas às de 
natureza biológica. As indústrias têxteis, lavanderias, indústrias de papel e borracha, 
são responsáveis por esse tipo de resíduo lançado na natureza. 
Resíduos atômicos: esse tipo de poluente contém isótopos radioativos, é um 
lixo atômico capaz de emitir radiações ionizantes e altamente nocivas à saúde 
humana. 
 
 
13 
5 MEIO AMBIENTE – IMPACTOS AMBIENTAIS 
 O impacto ambiental é definido como alteração significativa dos sistemas 
naturais e transformados e de seus recursos, provocado por ações humanas. 
Os impactos se expressam nas diversas atividades e se apresentam tanto 
em ambientes naturais como naqueles que resultam da intervenção e criação 
humana. Espinoza (2001 apud Costa, 2010, p. 41) 
É considerado impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, 
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou 
energia, resultante das atividades humanas, que afete direta ou indiretamente a 
saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, 
a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos 
recursos ambientais. 
5.1 Empreendimentos portuários 
Os possíveis impactos ambientais da atividade portuária são decorrentes da 
execução de obras de abrigo e novas frentes de atracação, de dragagens de berços 
e canais de acesso, de derrocamentos, de aterros, de enrocamentos, de infraestrutura 
de armazenagem, de edificações em geral, de acessos terrestres e outros, que, 
quando dimensionadas de forma inadequada, podem gerar alteração da linha de 
costa, supressão de vegetação, modificação no regime dos corpos d'água, agressão 
a ecossistemas e poluição dos recursos naturais. 
5.2 Operação portuárias 
As operações de manuseio, transporte e armazenagem da carga, bem como 
os serviços de manutenção da infraestrutura, o abastecimento e reparo de 
embarcações, máquinas, equipamentos e veículos em geral, podem, quando feitos de 
forma inadequada, gerar resíduos sólidos e líquidos, lançamento de efluentes em 
corpos d'água, poluição do ar, da água, do solo e do subsolo, perturbações diversas 
por trânsito de veículos pesados, alteração da paisagem e outros. 
 
14 
5.3 Navegação 
Vazamentos, ruptura e transbordamento ou derramamentos de óleo durante a 
operação de abastecimento e transferência entre embarcações ou entre embarcação 
e terminal. As Convenções Internacionais SOLAS 74 (Convenção Internacional para 
a Salvaguarda da Vida Humana no Mar) e a Convenção MARPOL 73/78 (Convenção 
Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios) dão ênfase à prevenção, com 
a implantação de diversas medidas nesse sentido. Em 1º de julho de 2010, a Diretoria 
de Portos e Costa da Marinha publicou a Portaria nº 32/DPC, que regra o 
abastecimento de embarcações. 
• Colisão, encalhes e vazamentos de embarcações que resultem em 
derramamento da carga ou de combustível; 
• Poluição do ar causada por combustão, ventilação da carga, resultante 
das operações com carga seca como cimento, grãos, minério e carvão; 
• Transferência de organismos aquáticos nocivos e agentes patogênicos, 
por meio da água de lastro e incrustações no casco e 
• Efeitos de tintas tóxicas usadas nas embarcações. 
 
Outros agentes causadores de impactos pela embarcação: 
 
• Óleos e resíduos oleosos; 
• Substâncias nocivas a granel; 
• Esgotos sanitários e 
• Lixo. 
 
Conformidades ambientais 
 
Os instrumentos de gestão são constituídos basicamente pelas conformidades 
ambientais, estabelecidas na legislação em vigor, delineadas no processo 
licenciamento e por outros acrescidos a esse. 
 
15 
6 PRINCIPAIS TIPOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO HOMEM 
6.1 Atividade Industrial 
A indústria é responsável por produzir resíduos altamente prejudiciais ao ar, às 
florestas, rios e aos seres que habitam esses ambientes — o que inclui animais, 
vegetais e o próprio ser humano. 
A poluição causada por resíduos e componentes químicos pode prejudicar o 
meio ambiente em diversas esferas, destacando-se como responsável pela formação 
de chuva ácida — que danifica a água, o solo, as plantas e os animais aquáticos que 
vivem na região do descarte. 
6.2 Descarte Irregular de Resíduos 
O descarte errôneo de resíduos provenientes de atividades domiciliares, 
industriais, de agricultura ou de mineração destaca-se como outro importante impacto 
ambiental causado pelo homem. Isso porque a maior parte desses detritos vai parar 
em rios, enquanto o restante se acumula em aterros sanitários e lixões. Em todos os 
casos, o lixo contamina a água e o solo, afetando diretamente as plantações e todos 
que a consomem. 
6.3 Exploração de Recursos Naturais 
A exploração de recursos naturais também reflete em um dos maiores tipos de 
impactos ambientais causados pelo homem. Um bom exemplo neste sentido diz 
respeito ao petróleo, que está associada à ocorrência de diversos acidentes 
envolvendo navios petroleiros ou plataformas de petróleo, problemas que podem 
causar enormes danos ao meio ambiente. 
O mesmo também pode ser dito quanto à exploração da floresta amazônica, 
pantanal e cerrado, enormesáreas verdes cada vez mais prejudicadas em prol do 
plantio de soja e criação de gado. 
 
 
16 
Fonte:www.cienciasnatureza.com 
6.4 Urbanização mal Planejada 
O crescimento acelerado das cidades faz com que o planejamento urbano nem 
sempre seja realizado da forma estratégica como deveria. A retirada de parques e 
demais áreas verdes para a construção de casas, prédios, fábricas ou indústrias é, 
atualmente, um dos principais tipos de impactos ambientais causados pelo homem. 
Isso acontece porque, quanto menor for a área verde de uma cidade, maior é 
a poluição do ar. O crescimento populacional também reflete diretamente na produção 
de resíduos sólidos e lixo orgânico que, sem receber tratamento e reciclagem 
adequados, cada vez mais eles acabam contaminando rios e solo. 
6.5 Atividade Mineradora 
O Brasil está cheio de garimpos irregulares, o que pode causar contaminações 
(especialmente por mercúrio) em lagos, rios e até mesmo no solo. Já as grandes 
empresas mineradoras, por sua vez, abrem verdadeiras crateras no solo, o que 
elimina área verde e destrói a paisagem ambiental do local. 
 
17 
7 ATIVIDADES COM IMPACTO AMBIENTAL 
[…]. As rodovias são as vias de transporte terrestre mais antigas, tendo 
surgido como uma evolução natural das primitivas que foram ganhando 
melhoramentos com o passar dos tempos, como revestimentos de tijolos, 
pedra, madeira, misturas oleosas e também sistemas de drenagem, de forma 
a permitir uma melhor condição de tráfego nas épocas de chuva. Bustamante 
(1999 apud FOGLIATTI; FILIPPO; GOUDARD, 2004, p. 63). 
 Toda e qualquer atividade do homem acaba gerando um impacto ambiental, 
seja ele em maior ou menor escala. Entre os principais temos: 
 A construção de rodovias 
 A construção de ferrovias 
 A construção de portos e terminais 
 A construção de aeroportos 
 A instalação de oleodutos, gasodutos, troncos coletores e emissários de esgoto 
 A instalação de linhas de transmissão de energia elétrica (acima de 230 kV) 
 Obras hidráulicas para fins de saneamento, drenagem, irrigação, retificação de 
curso d’água, barragens hidrelétricas, transposição de bacias 
 Extração de combustível fóssil 
 Extração de minério 
 Complexo e unidades industriais e agroindustriais 
 Distritos industriais e zonas estritamente industriais 
7.1 As consequências do impacto ambiental são diversas, entre elas temos: 
 A diminuição da biodiversidade 
 A erosão 
 A inversão térmica 
 A ilha de calor 
 O efeito estufa 
 A destruição da camada de ozônio 
 As chuvas ácidas 
 Mudanças climáticas 
 
18 
8 COMO DIMNUIR O IMPACTO AMBIENTAL? 
Entre as principais medidas que podem ser tomadas para diminuir o impacto 
ambiental temos: 
 O reflorestamento das áreas desmatadas 
 A criação de um processo de despoluição dos rios, córregos, etc. 
 A aplicação do desenvolvimento sustentável 
 O uso consciente dos recursos naturais 
 A conscientização das gerações futuras sobre a preservação ambiental 
 A criação de leis que garantam a preservação do meio ambiente 
 
9 SOBRE OS IMPACTOS SOCIOAMBINTAIS 
Os impactos ambientais são os desequilíbrios causados no meio ambiente 
devido às ações antrópicas (dos homens). A dependência dos homens em relação ao 
ambiente transforma o problema em algo mais amplo, de caráter socioambiental. 
Como impactos socioambientais são tidos os problemas que envolvem a qualidade e 
perpetuação da vida humana, entendida como vinculada ao meio. Ou seja, os homens 
necessitam dos recursos naturais para que sua existência seja perpetuada, portanto, 
ao degradarem a natureza, estão também comprometendo sua qualidade de vida. 
9.1 As mudanças climáticas 
Embora muito se discuta sobre os motivos que levam às mudanças climáticas, 
boa parte dos pesquisadores acredita que as ações antrópicas interferem na dinâmica 
da natureza, ocasionando o aquecimento global. 
“É consenso entre os cientistas que a atmosfera terrestre está aquecendo e 
para parte da comunidade científica é a espécie humana a responsável por esse 
aquecimento. ” (LUCCI, 2012, p. 80). 
A atmosfera tem, predominantemente, em sua composição gases como o 
nitrogênio e o oxigênio, além de outros em menor proporção. Porém, devido às 
atividades humanas, como a industrialização, outros gases são lançados na 
 
19 
atmosfera. Estes gases são responsáveis pelo efeito estufa, que a princípio é um 
fenômeno necessário, pois estes gases retêm parte do calor emitido pelo sol na Terra, 
permitindo que o planeta tenha as condições de temperatura necessárias para que a 
vida exista. Mas, com a intensificação das atividades humanas, há uma maior emissão 
dos gases na atmosfera, e a retenção do calor é consequentemente aumentada. 
9.2 Chuva ácida 
O fenômeno da chuva ácida deriva do uso dos combustíveis fósseis, utilizados, 
principalmente, na industrialização. A chuva naturalmente contém acidez, o que 
teoricamente não prejudica a natureza. O problema surge quando a acidez da chuva 
fica elevada, a partir das reações que ocorrem com o dióxido de enxofre e o dióxido 
de nitrogênio. Estes gases são resultantes da combustão do carvão mineral, mas 
também do petróleo e seus derivados. 
As consequências da chuva ácida são várias, como a destruição das plantas e 
dos animais em rios e lagos; a contaminação do lençol freático; liberação de metais 
pesados a partir da corrosão dos solos, afetando a saúde humana e animal; corrosão 
de veículos, monumentos, construções, etc. A chuva ácida ocorre com maior 
intensidade em algumas regiões do mundo, como a América do Norte e o Japão, os 
quais são reconhecidos pelas intensas atividades industriais. 
Existem diversos outros problemas ambientais, como a derrubada das 
florestas, a erosão dos solos, a poluição (lixo, agrotóxicos, etc.). Alguns impactos são 
de ordem global e outros de ordem local. Portanto, as proporções dos impactos 
ambientais são variáveis. 
9.3 Medidas para Redução dos Impactos Ambientais 
Sabendo-se sobre os impactos ambientais, e das consequências destes, é 
relevante que se conheçam as medidas que podem atenuar estes impactos. As 
modificações necessárias estão relacionadas com as práticas de vida adotadas 
mundialmente, como o consumismo. Os incentivos ao consumo de bens impulsionam 
a maior produção, e esta produção elevada, requer que sejam retirados do meio 
maiores quantidades de recursos naturais. No processo produtivo são emitidos gases 
nocivos na atmosfera. Após o consumo, tem-se a alta descartabilidade dos produtos, 
 
20 
gerando grandes quantidades de lixo. Assim, visando-se a sustentabilidade, 
mudanças de vida são necessárias, as quais nem sempre são bem vistas pela 
população. 
O reflorestamento também é uma medida importante, já que vastas extensões 
florestais foram (e ainda são) derrubadas para dar lugar à urbanização e às práticas 
agrícolas e pecuárias. O reflorestamento também se faz importante para regiões em 
que as queimadas destroem parte da vegetação, nas quais o ato de reflorestar pode 
amenizar os desequilíbrios nos ecossistemas. O reflorestamento se choca com os 
interesses de uma parcela populacional que visa à expansão territorial, seja com a 
finalidade de plantar, criar animais, etc. 
9.4 Sustentabilidade 
O grande princípio da sustentabilidade é o reconhecimento do valor dos 
recursos naturais, visando à utilização consciente, e a possibilidade de qualidade de 
vida para as gerações futuras. Assim, os impactos ambientais possuem relação com 
estes princípios, já que a qualidade de vida dos sujeitos está em jogo. Para que seja 
possível uma vivência sustentável, tanto atualmente, quanto para as gerações que 
virão, práticas de sustentabilidade são necessárias, reduzindo os impactos causados 
pela ação antrópica no meio. 
Fonte: www.google.com 
 
21 
10 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS 
 A preservação da natureza é um determinante para a própria sobrevivênciado homem. Porém, na prática as florestas, os rios, os campos, os animais e 
o solo estão sendo agredidos pela ação humana. A humanidade infecta a 
sua própria água, o ar que respira e o solo que produz o seu alimento (Milaré, 
2002, p.107 apud BARBOSA, A; 2018). 
O ser humano modifica constantemente o meio ambiente, gerando impactos 
ambientais positivos e negativos no mesmo. Eventualmente, esses impactos podem 
acarretar em um vasto desequilíbrio ecológico, dizimando algumas espécies e 
devastando ecossistemas. Com o objetivo de tentar evitar e minimizar tais impactos, 
os órgãos relacionados à preservação do meio ambiente desenvolveram diretrizes e 
mecanismos; dentre eles, são consideradas muito importantes as Medidas 
Mitigadoras e Compensatórias de Impactos Ambientais. 
10.1 Em que Consistem tais Medidas? 
Medidas Mitigadoras e Medidas Compensatórias de Impactos Ambientais são 
ações que visem à redução ou eliminação dos impactos negativos oriundos da 
implantação, operação, manutenção ou, até mesmo, desativação de determinado 
empreendimento. Ambas são resultantes dos estudos e avaliações ambientais das 
áreas e do grau de interferência que tal ação terá sobre as mesmas. 
Estas medidas são empregadas com o auxílio governamental e constituem leis 
específicas que subjugam o uso dos ambientes e recursos naturais. As referidas 
medidas também funcionam como critério de avaliação dos prejuízos ambientais que 
venham a ser causados por empreendimentos explorem áreas destinadas à 
preservação ambiental ou caso estes, de alguma forma, extrapolarem os limites 
preestabelecidos para as suas atividades. 
A partir de um prognóstico ambiental, cujo objetivo é identificar, valorar e 
interpretar os possíveis impactos provenientes da ação a ser executada. Os fatores 
ambientais a serem impactados devem ser determinados com base no diagnóstico 
ambiental e abranger os meios físico, biótico e antrópico. 
A Resolução do Conama nº 001/86 define Impacto Ambiental como “qualquer 
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas no meio ambiente, causada 
 
22 
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, 
direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; às 
atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio 
ambiente; a qualidade dos recursos ambientais”. 
Uma vez caracterizados os respectivos impactos suscetíveis de ocorrerem a 
partir da ação a ser executada na área em estudo, algumas medidas devem ser 
propostas, com o intuito de reduzir ou eliminar tais impactos negativos. São essas as 
medidas mitigadoras e compensatórias. Os programas ambientais e as medidas de 
controle deverão ser identificados para que se possa minimizar, compensar e, até 
mesmo, eliminar os impactos negativos da instalação do empreendimento, assim 
como as medidas que possam potencializar os impactos socioambientais positivos 
advindos do projeto. 
As medidas mitigadoras são aquelas estabelecidas antes da instalação do 
empreendimento, e visam à redução dos efeitos provenientes dos impactos 
ambientais negativos gerados por tal ação. Para definir essas medidas, as avaliações 
devem ser executadas juntamente aos demais profissionais envolvidos na elaboração 
dos projetos do empreendimento, a fim de obter soluções viáveis para amenizar os 
danos ambientais. 
Já as medidas compensatórias são aplicadas para compensar, de alguma 
forma, os prejuízos e danos ambientais efetivos advindos da atividade modificadora 
do ambiente. 
De acordo com o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis), estas medidas ainda podem ser subdividias em: 
Medidas Mitigadoras Corretivas: têm por finalidade reconstruir o cenário 
precedente à ocorrência de um evento danoso sobre o recurso ambiental destacado 
nos meios físico, biótico e antrópico, por meio de atividades de controle ou de 
erradicação do agente provocador do impacto. 
 
Medidas Mitigadoras Compensatórias: são as medidas que visam à 
reposição dos patrimônios socioambientais lesados, em virtude das atividades 
indiretas ou diretas do empreendimento. São alguns exemplos destas medidas: o 
plantio compensatório de mudas pela necessidade de supressão vegetal, a aquisição 
de áreas de reserva ambiental pela empresa, as atividades ambientais junto à 
população local. 
 
23 
 
Medidas Potencializadoras: estas, por sua vez, têm por objetivo maximizar e 
intensificar o efeito de um impacto positivo resultante direta ou indiretamente da 
construção do empreendimento. 
As Medidas Mitigadoras e Compensatórias devem ser consideradas, 
principalmente, com base: 
 No recurso ambiental lesado ou prejudicado; 
 Em qual etapa da construção do empreendimento deverão ser executadas; 
 Na natureza de sua eficácia: corretiva ou preventiva, 
 No agente encarregado pela sua execução, com delimitação de 
responsabilidades. 
Para implementar medidas, especialmente, aquelas vinculadas ao cenário 
socioeconômico, é importante que haja uma cooperação ativa da comunidade 
afetada, bem como dos membros institucionais responsáveis, visando à adequação 
do empreendimento à região e comunidade, através da comunicação social. É 
necessário que sejam apresentadas propostas integradas para monitoramento 
ambiental da área de influência, com o intuito de conduzir o progresso da qualidade 
ambiental e tomar medidas complementares que se façam necessárias ao longo do 
tempo. 
Cada tipo de empreendimento demandará medidas de controle específicas, de 
acordo com os impactos socioambientais que forem gerados. Tem-se abaixo uma lista 
com alguns impactos ambientais negativos e suas respectivas medidas mitigadoras, 
comuns à implantação de alguns empreendimentos. 
11 MEIO FÍSICO 
Aceleração de processos erosivos: para conter e evitar erosões, algumas 
medidas recomendadas são: 
 Reduzir, ao mínimo a retirada de vegetação ciliar; 
 Reconstituir as formas originais de relevo nas áreas que serão modificadas, 
tentando reintegrar a área à paisagem do entorno; 
 Fiscalizar, de maneira rigorosa, a execução de aterros e cortes, 
 
24 
 De acordo com o empreendimento, é importante que seja elaborado o 
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. 
Alteração nas propriedades do solo: uma das principais medidas mitigadoras 
recomendadas, em grande parte dos casos, é armazenar, separadamente, em áreas 
específicas, os produtos químicos, bem como construir estruturas de contenção para 
possíveis vazamentos. 
Assoreamento de corpos hídricos: nesse caso, a principal medida de 
controle indicada, é recuperar a vegetação nas áreas desmatadas e limpas; 
Interrupção e alteração do fluxo dos corpos d’água: 
 Para mitigar tal dano, é pertinente elaborar e executar um projeto que tenha o 
mínimo de intervenções nos corpos d’água; 
 Quando a intervenção nos corpos d’água for inevitável, a bacia de drenagem 
deve ser recuperada, 
 Desenvolver e implantar o monitoramento hidrológico e meteorológico na área 
para avaliar as alterações nos padrões. 
Impermeabilização do solo e diminuição da capacidade de infiltração da 
água: 
 A impermeabilização do solo deve ser restrita apenas às áreas onde esse 
processo é indispensável, 
 Monitoramento das condições hidrológicas e meteorológicas, para notificar 
quando as mesmas se tronarem adversas. 
Alteração da qualidade da água: 
 É fundamental que seja executado o Programa de Monitoramento de Qualidade 
da Água, 
 Todos os procedimentos de limpeza de maquinário e veículos devem ser 
executados a uma distância segura das áreas de cursos d’água. 
12 MEIO BIÓTICO 
Alterações comuns no meio biótico em decorrência de alguns 
empreendimentos são: 
Flora Retirada da cobertura vegetal: algumas medidas de controle consistem 
em: 
 
25 
 Não deixar o solo nu, recobrir o mesmo plantando gramíneas e espécies 
arbóreas e herbáceas, 
Elaborar e executar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e de 
Supressão de Vegetação. 
 
Perda da diversidade vegetal: algumas medidas mitigadoras e compensatórias 
recomendadas são: 
 Retirar o mínimo de vegetação possível, sempre procurando evitar atingir o 
número mínimo de espécies; 
 Buscar sempre gerar a menor quantidade de resíduo possível, 
 Evitar a abertura de novas vias de acesso, priorizando aquelas já consolidadas. 
Afugentamento da fauna: 
 Uma avaliação prévia da fauna e flora existente deve ser feita, para que seja 
possível reconhecer a diversidade e a funcionalidade dos ecossistemas ali 
presentes, 
 Desenvolver um Programa de Educação Ambiental. 
Perda de habitat: 
 Deve-se estabelecer áreas protegidas, considerando a singularidade e 
diversidade dos ecossistemas presentes, 
 Implantar o Programa de Fauna e Bioindicadores. 
13 MEIO SOCIOECONÔMICO 
Os cientistas que estudam o meio ambiente podem apontar fatos ainda bem 
mais graves e profundos sobre o sistema atual, insustentado, decorrente do 
dogma fundamental da teoria econômica vigente, a saber, o crescimento 
econômico a qualquer custo: o crescimento contínuo e permanente em um 
planeta finito; a acumulação, cada vez mais rápida, de materiais, energia e 
riqueza; a ultrapassagem de limites biofísicos; a modificação de ciclos 
biogeoquímicos fundamentais; a destruição dos sistemas de sustentação da 
vida; a aposta constante nos resultados da tecnociência para minimizar os 
efeitos causados pelo crescimento. (Geraldo Mário, 1995, p.41 apud 
BARBOSA, A; 2018) 
Algumas alterações passíveis de ocorrerem no meio socioeconômico são 
aquelas que estão ligadas direta ou indiretamente à população e ao patrimônio 
público. 
 
26 
Alguns empreendimentos podem causar a ocupação desordenada nas áreas 
do entorno do mesmo, afetando a vida e convivência da população local. Quando se 
tratar de interferência com terrenos indígenas, deve-se implantar um plano de 
vigilância e proteção das respectivas terras, além de garantir a regularização das 
mesmas. 
Para evitar a perturbação nas demandas por serviços, é interessante que se 
priorize a contratação de mão de obra e estabelecimentos locais, sempre que 
possível, a fim de fomentar e desenvolver a economia local e regional. 
É necessário ressaltar, como citado anteriormente, que cada tipo de 
empreendimento gera seus impactos específicos e os mesmos devem ser analisados 
e estudados separadamente. Não é possível elaborar um plano geral de medidas 
Mitigadoras e Compensatórias, que sirva para diversos tipos de atividades. Cada 
projeto deverá contar com as referidas análises de impactos ambientais e sociais, para 
que assim, sejam elaboradas e tomadas as medidas de controle necessárias para que 
o meio sofra o menor grau de perturbação possível. 
 
Fonte:www.pinterest.es 
 
27 
14 QUAL O IMPACTO AMBIENTAL DA PRODUÇÃO DE ROUPAS? 
14.1 Indústria Têxtil Causa Poluição à Atmosfera, Solo, Água e Outros Impactos 
A vestimenta é uma necessidade que acompanha a humanidade há muito 
tempo. Além da função social de diferenciar culturas, profissões e religiões, a roupa 
protege e abriga o corpo humano do vento, do frio, do sol e de outros agentes 
externos. No Brasil, o ramo têxtil é muito significativo e envolve diversas etapas, como 
produção das fibras, desfiles de moda, tecelagem, fiação, varejo, etc. 
Não importa se o tecido foi feito com algodão, lã, viscose, viscose de bambu, 
tencel, poliamida/náilon ou poliéster, sempre há impactos ambientais envolvidos. 
Emissões são oriundas do transporte, da criação de animais (no caso da lã e do 
couro), do tipo de fibra usada (poliéster é derivada do petróleo); o gasto de água 
também é considerável e tudo costuma ter uma alta demanda energética. Conhecer 
os impactos de cada tipo de fibra é essencial para fazer a escolha que melhor se 
encaixe ao seu perfil, de modo a prolongar a vida útil da roupa. 
14.2 Tipos de Fibras e Aspectos Socioambientais 
Cada tipo de matéria-prima passa por processos diferentes até a obtenção da 
fibra têxtil. E a pós a confecção do pano é necessário fazer aplicação de cloro, 
lavagem, tingimento entre outros processos. 
Os tecidos apresentam naturezas muito diferentes. Temos os exemplos do 
couro, da fibra de abacaxi, do linho e de muitos outros.... Mas entre todos os tipos, os 
mais utilizados são as fibras naturais (algodão e lã), as fibras artificiais (viscose, 
viscose de bambu e liocel/tencel) e as fibras sintéticas (poliamida/náilon e o poliéster). 
Veja como cada tipo é produzido e quais são seus impactos socioambientais: 
14.3 Fibra de algodão 
O algodão dá origem a um tipo de fibra têxtil que representa mais da metade 
das peças de vestuário confeccionadas no Brasil. 
Depois de colhido (normalmente por máquinas), ele passa por rolos que 
removerão suas sementes, folhas e outros materiais indesejados, separando o 
 
28 
material em fardos. Então estas fibras serão armazenadas em bobinas e, após este 
processo, colocadas no tear para dar origem ao pano. 
14.4 Impactos Socioambientais 
Apesar de utilizar apenas pouco mais de 2% da área total destinada à 
agricultura, a produção de algodão é responsável por cerca de 24% de todo o 
consumo de inseticidas e 11% dos pesticidas da agricultura. 
Além dos problemas de saúde causados por estes inseticidas e pesticidas, o 
algodão é responsável pela bissinose, uma disfunção pulmonar causada pela 
aspiração crônica de fibrilas de algodão. 
Em comparação aos tecidos sintéticos, o algodão consome maior quantidade 
de energia, principalmente pelo combustível utilizado pelas máquinas agrícolas, 
tratores e pela energia das máquinas de fiação e dos processos de lavagem, secagem 
e passagem a ferro. 
Apesar de ser de origem renovável, a degradação do solo e dos lençóis 
freáticos pela agricultura convencional compromete sua renovação. 
A fibras de algodão são recicláveis, entretanto, devido ao curto comprimento 
das mesmas, o processo é dificultado. Os resíduos são aproveitados basicamente 
para fazer fios grossos e barbantes. 
Por quilo de fibra de algodão produzido, são consumidos de sete mil a 29 mil 
litros de água na irrigação! 
14.5 Lã 
A lã, que nada mais é que a proteção natural produzida pelo corpo das ovelhas, 
é retirada com tesouras ou tosadores. 
A tosa feita por tosadores elétricos é mais rápida (em torno de 5 minutos), 
entretanto, as ovelhas ficam amarradas, se estressam e se machucam bastante. 
A forma manual (com tesoura) demora mais (em torno de 15 minutos), mas as 
ovelhas ficam mais calmas e se machucam menos. 
Após retirada, o velo (ou tosão) passa por um processo para retirada de 
resíduos como sebo, terra, folhas etc. Nesse processo, a lã é lavada e é adicionado 
 
29 
carbonato de potássio, água quente, sabão e óleos vegetais para amaciar o pelo e 
facilitar a penteação. 
Para virar tecido, a lã é torcida e esticada, dando origem ao fio, que mais tarde 
receberá o tingimento. 
14.6 Impactos Socioambientais 
Devido à utilização de inseticidas, a produção da lã causa problemas de saúde, 
contamina solo, água e fauna. 
Além disso, a produção da lã emite significativa quantidade de gás metano (por 
causa das ovelhas), detergentes e graxa. 
O consumo de energia, assim como na produção de algodão, também é maior 
do que o da produção das fibras sintéticas, principalmente pelo maior tempo requerido 
de secagem, necessidade de passagem a ferro e perdas no processo da produção. 
A utilização de água também é significativa: para produzir cada quilo de lã são 
utilizados cerca de 150 litros de água. 
14.7 Viscose 
A viscose é feita a partir da celulose. Ela é produzida a partir de cavacos de 
madeira de árvores que possuem pouca resina ou a partir da semente do algodão. No 
processo, é produzida uma pasta celulósica que é colocada em contato com outras 
fibras e extrusada para dar origem à fibra de celulose. 
Na produção daviscose, os maiores problemas de saúde estão relacionados 
ao manuseio e contato com a soda cáustica e com o ácido sulfúrico. 
14.8 Impactos socioambientais 
Em relação ao ambiente, a produção da viscose emite sulfeto de carbono e gás 
sulfídrico, dois gases que apresentam efeitos tóxicos significativos. 
Em função da alta absorção de água, necessidade de passagem a ferro e da 
baixa durabilidade, a produção de viscose apresenta alto consumo de energia. 
Na produção, são utilizados como matéria-prima polpa de madeira ou línter 
(fibra que envolve o caroço do algodão). 
 
30 
Para cada quilo de viscose são utilizados 640 litros de água! 
Apesar de ser biodegradável (uma vantagem ambiental), o tecido de viscose 
tem baixa durabilidade e a reciclagem é complicada porque as fibras de viscose são 
curtas demais. 
14.9 Viscose de Bambu 
A viscose de bambu é feita a partir da celulose do bambu. 
Impactos socioambientais 
Ela apresenta as mesmas desvantagens da viscose comum: problemas de 
saúde causados pelo manuseio da soda cáustica e do ácido sulfúrico; e emissões de 
sulfeto de carbono e gás sulfídrico. Apesar disso, o bambu empregado na produção 
cresce sem a necessidade de pesticidas ou fertilizantes, necessita de menos 
máquinas para o plantio e consegue recuperar o solo, evitando a erosão. 
Em contrapartida, a viscose de bambu tem baixa durabilidade e na produção 
são demandadas altas quantidades de energia e de água. Para produzir um quilo do 
material são necessários 640 litros de água. 
14.10 Liocel/tencel 
O liocel é uma fibra obtida a partir de celulose de origem vegetal. 
Impactos socioambientais 
No processo de produção é utilizado o N-metyl morfholine oxide, um solvente 
biodegradável que é considerado ecologicamente viável por não ser tóxico e poder 
ser reutilizado no processo (99,5%). 
Por meio de injetores de fiação, a celulose é coagulada e então a fibra é lavada, 
secada e posteriormente cortada. 
A solução de óxido de amina proveniente da lavagem é purificada por 
evaporação para eliminar a água e reciclada para o processo. 
Neste tipo de produção, o consumo de energia é alto e o material possui baixa 
durabilidade. 
Por utilizar como matéria-prima o línter de algodão, o liocel carrega os impactos 
do plantio de algodão e demanda 640 litros de água para cada quilo produzido. E 
 
31 
apesar de ser de fonte renovável, o liocel tem a reciclagem dificultada pelo mesmo 
motivo da fibra de algodão: curto comprimento das fibras. 
 
Fonte: jornalenfoque.blogspot.com 
14.11 Poliamida/náilon 
A material poliamida é um termoplástico feito a partir do petróleo. Normalmente 
é encontrado em carpetes, calçados, relógios, airbags, barracas etc. 
Impactos socioambientais 
A produção da poliamida tem como subproduto água, ácido clorídrico e óxido 
nitroso, um gás que atua no efeito estufa. 
Uma contribuição deste material é para os automóveis, por ser leve, permite 
diminuição no peso do veículo, o que economiza combustível. Entretanto, por ser um 
tecido sintético, pode causar alergias. 
Apesar do maior consumo de energia para produção em comparação com as 
fibras naturais, há uma compensação ao longo de sua vida útil devido ao menor 
desperdício na cadeia, possibilidade de produtos mais leves, maior durabilidade e 
maior facilidade de manutenção (lavagem mais fácil, secagem mais rápida e não 
necessita passagem a ferro). 
 
32 
Os resíduos da fiação são reutilizados na produção de plástico e apesar de ser 
reciclável e possuir alta durabilidade, na produção da fibra de poliamida são 
necessários 700 litros de água por quilo do material. 
14.12 Poliéster 
Poliéster nada mais é que o polietileno tereftalato, mais conhecido como 
material PET. E o PET está presente nos mais diversos objetos do dia a dia: roupas, 
garrafas de plástico, guitarras, tintas, canoas, estofados, cintos de segurança, 
enchimento de almofadas, edredons, vernizes e por aí vai. 
Ele pode ser obtido a partir do petróleo ou do gás natural, matérias-primas não 
renováveis. 
Termoplástico ou termoendurecido, mas a maioria é formada por 
termoplásticos. 
A vantagem do PET em relação às fibras naturais é que ele garante um produto 
final com menos rugas, maior durabilidade e retenção de cor. 
Como consequência disso, o PET acaba sendo misturado às fibras naturais 
para melhorar a qualidade dos tecidos, unindo os benefícios da fibra sintética com a 
maciez das fibras naturais. 
Por ser um termoplástico, o PET é reciclável. Entretanto, ao se misturar com as 
fibras naturais a reciclabilidade acaba sendo inviabilizada. 
Impactos socioambientais 
Na produção do PET são emitidos compostos orgânicos voláteis (VOC) e 
efluentes contendo antimônio. E assim como a poliamida, a grande quantidade de 
energia consumida (em comparação com a produção das fibras naturais) é 
compensada ao longo de sua vida útil devido à maior durabilidade, maior facilidade 
de manutenção (lavagem mais fácil, secagem mais rápida e não necessita passagem 
a ferro), menor desperdício na cadeia e mais leveza. 
Outro problema ambiental envolvendo o poliéster é a contaminação via 
microplásticos (pequenas partículas plásticas com menos de um milímetro de 
diâmetro), que acabam se desgarrando de suas fibras e vão parar nos oceanos, 
prejudicando ecossistemas. Pequenos animais se alimentam do plástico contaminado 
e, ao longo da cadeia alimentar, acabam propagando a intoxicação até os seres 
humanos (descubra mais sobre os perigos dos microplásticos). 
 
33 
Em um estudo, pesquisadores descobriram que, em uma simples lavagem, 
uma peça de vestuário de poliéster pode soltar até 1900 microfibras. 
Para a produção de cada quilo de poliéster são gastos 20 litros de água. Uma 
quantidade bem reduzida em comparação às outras fibras. 
14.13 Que Tipo de Fibra é mais Viável Ambientalmente Consumir? 
Primeiramente, devemos lembrar que a melhor forma de evitar impactos 
ambientais é estender o tempo de vida útil do produto evitando o consumo de novos 
itens. Para conhecer mais dicas desse tipo, confira a matéria "Como impactar menos 
o meio ambiente na hora de adquirir roupas?". 
Com relação ao tipo de fibra, cada um tem seus prós e contras. 
Se for optar por produtos de algodão, foque nas fibras de algodão orgânico, 
evitando o uso de pesticidas, herbicidas, desfoliantes ou fertilizantes sintéticos. 
Se optar por tecidos de viscose de bambu (que têm sido considerados como 
uma alternativa ecológica por serem vantajosos em relação às matérias-primas de 
<línter de algodão e eucalipto), lembre-se: os filtros que impedem as emissões de 
gases poluentes deste tipo de produção são caros e a indústria têxtil acaba 
deslocando sua poluição (fábricas) para países onde a regulamentação é fraca, e o 
Brasil está nesta lista. 
Da mesma forma, se preferir os tecidos sintéticos (poliamida e poliéster) 
pensando nas vantagens energéticas e de consumo de água que eles trazem, lembre-
se também que são produtos obtidos de fonte não renovável, emitiem VOCs na 
produção e ainda liberam microplástico no oceano quando são lavados em casa. 
Se optar por tecidos de PET reciclado, prefira aqueles que não são misturados 
às fibras naturais para se manter a possibilidade de reciclagem. 
15 AGRICULTURA E IMPACTOS AMBIENTAIS 
O desmatamento ocasionado pela implantação de áreas de cultivo além de 
ter levado à extinção de algumas espécies, transformou outras em pragas 
para a agricultura (CAMPANHOLA; LUIZ; LUCCHIARI JÚNIOR, 1996 apud 
BARRETO, C 2007) 
 
34 
Geralmente, pensamos nos impactos ambientais causados pelas atividades 
urbanas (especialmente pelas indústrias), porém o ambiente rural também é forte 
causador de impactos ambientais sobre o planeta. 
Embora a pecuária seja a mais nociva das atividades rurais, ainda assim a 
agricultura também possui o seu nível de impacto ambiental: desmatamento para o 
plantio, uso da água, contaminação das águas e solos com fertilizantese agrotóxicos 
são alguns dos impactos negativos da agricultura sobre o meio ambiente. 
Em tempos de biotecnologia, a questão agrícola enfrenta ainda o problema dos 
transgênicos. O uso de sementes transgênicas apresenta alguns problemas 
ambientais: o primeiro deles é pelas sementes serem mais fortes do que as 
convencionais, portanto elas tendem a se espalhar como se fosse uma praga e ir 
tomando o lugar das variedades mais frágeis e naturais. Esta perda de biodiversidade 
é um problema socioambiental que tende a gerar uma padronização na alimentação 
e nos hábitos de diversos povos, porém de forma negativa, além de não se saber os 
efeitos a longo prazo no ecossistema (sendo que geralmente o desaparecimento de 
alguma espécie causa algum tipo de desequilíbrio ambiental). 
Além disso, alguns transgênicos possuem as “sementes suicidas” que não se 
reproduzem naturalmente, exigindo que a cada plantio os produtores precisem 
comprar novas sementes da empresa de biotecnologia, garantindo que quando os 
produtores não tiverem recursos para adquirirem as novas sementes, devido à perda 
de parte da plantação por fatores naturais ou econômicos, não será mais possível 
replantar e aquela terra ficará sem uso. Sem falar que alguns transgênicos são 
melhorados para suportarem agrotóxicos mais poderosos, o que agrava os problemas 
de contaminação do solo e das águas. 
O uso inadequado de técnicas agrícolas pode ajudar a comprometer a situação. 
A monocultura durante períodos prolongados pode empobrecer o solo especialmente 
se não forem utilizados os meios adequados para evitar a exaustão do solo. Para 
piorar, algumas plantações ainda podem lançar gases poluentes na atmosfera, por 
exemplo a plantação de arroz. 
Entretanto, a agricultura não causa apenas impactos negativos no meio 
ambiente, as plantações também ajudam a sequestrar o carbono responsável pelo 
agravamento do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global. Como a 
humanidade precisa se alimentar através da agricultura, do extrativismo ou da 
pecuária, a agricultura ainda é a atividade com menos impactos ambientais negativos. 
 
35 
Existem tentativas de corrigir os problemas ambientais causados pela 
agricultura, os estudos de agroecologia estão contribuindo bastante com o processo. 
O desenvolvimento de manejos ecologicamente corretos aponta para uma solução 
futura, a maior importância dada aos alimentos orgânicos tem sido de grande 
importância no cenário de uma agricultura sustentável. Ainda existem muitos desafios, 
os alimentos orgânicos ainda possuem preços muito superiores aos alimentos comuns 
e não alcançam a mesma produtividade, inviabilizando o seu consumo em larga 
escala para uma parte considerável da população. O desenvolvimento científico e a 
conscientização ambiental poderão levar a um melhor status futuro da agricultura. 
16 IMPACTOS AMBIENTAIS DOS EUCALIPTOS 
As plantações florestais de eucalipto têm estado no meio de grandes 
controvérsias e continuam a despertar acalorados debates quanto a seus impactos no 
meio ambiente. 
As questões ambientais ganham importância cada vez maior para a 
sustentabilidade do desenvolvimento socioeconômico das nações. Isto inclui questões 
relativas aos impactos ambientais de florestas de eucalipto, sobre a água, o solo, a 
biodiversidade e a atmosfera. 
Assertivas generalistas devem ser recebidas com ressalvas, pois de acordo 
com as análises elaboradas, os impactos ambientais das florestas de eucalipto 
dependem, fundamentalmente, das condições prévias ao plantio, da densidade 
pluviométrica, do tipo de solo, da declividade dos solos e da distância das bacias 
hidrográficas. 
E também das técnicas agrícolas empregadas como densidade do plantio, 
métodos de colheita, presença ou não de corredores biológicos e atividades 
consorciadas. 
As plantações florestais de eucalipto têm estado no meio de grandes 
controvérsias e continuam a despertar acalorados debates quanto a seus impactos no 
meio ambiente. 
De modo geral, criticam-se os efeitos sobre o solo com empobrecimento e 
erosão, a água com os impactos sobre a umidade do solo, os aquíferos e lençóis 
freáticos e a baixa biodiversidade observada em monoculturas. 
 
36 
Entretanto, as plantações de eucalipto estão presentes nas mais diversas 
regiões do mundo, localizadas em diferentes altitudes, diferentes tipos de solo, sob 
diferentes regimes pluviométricos. Por isso, generalizações abstratas sobre o tema, 
tais como “O eucalipto seca o solo” devem ser recebidas com ressalvas. 
Parece, de fato, que as controvérsias e debates giram mais em torno de 
questões sociopolíticas e econômicas do que, propriamente, no âmbito acadêmico e 
científico, em que os estudos não apresentam discrepâncias significativas. Ao 
contrário, muitas concepções sobre os temas relacionados ao eucalipto e o meio 
ambiente costumam apontar na mesma direção, sinalizando mais consenso do que 
discussão. 
A atividade silvicultural, assim como outras atividades econômicas, podem 
causar impactos ambientais, sendo que no caso dos eucaliptos, nenhum deles é 
inexorável. Todos podem ou não estar presentes de acordo com uma série de 
circunstâncias. 
Plantios desenvolvidos em áreas degradadas, com solos de baixa fertilidade, 
na presença de erosão ou em áreas de pastagens, por exemplo, geram impactos 
positivos sobre diversas variáveis ambientais, como a elevação da fertilidade do solo, 
a redução do processo erosivo e o aumento da biodiversidade (existem mais espécies 
de flora e fauna em florestas de eucalipto do que em pastagens ou em monocultivos 
de cana-de-açúcar ou soja, por exemplo). 
Fonte: pumanacional.org.br 
 
37 
O regime hídrico da região influencia. De acordo com os artigos analisados, 
apenas em regiões de pouca chuva, abaixo de uma faixa de 400 mm/ano, o eucalipto 
poderia acarretar ressecamento do solo. 
Os impactos sobre lençóis freáticos, pequenos cursos d´água e bacias 
hidrográficas dependem da região em que se insere a plantação e também da 
distância entre as plantações e a bacia hidrográfica e da profundidade do lençol 
freático. 
O bioma de inserção da atividade silvicultural considerada. Os impactos sobre 
a biodiversidade local também dependem do bioma e da condição prévia da região 
onde a floresta será implantada. Implantadas em áreas de florestas nativas, como as 
de mata atlântica, as plantações acarretam redução da biodiversidade. 
Implantada em região de savana, ou mesmo numa região que anteriormente 
era coberta com mata atlântica, mas que foi desmatada, a floresta exótica acarreta 
aumento da biodiversidade da flora e fauna locais. 
As técnicas de manejo empregadas também interferem. Diferentes técnicas de 
manejo podem acarretar impactos bastante distintos. Se no momento da colheita, por 
exemplo, galhos, folhas e cascas são deixados no local, parte dos nutrientes retirados 
pela árvore é devolvida ao solo. A manutenção dessa matéria orgânica auxilia também 
na redução do processo erosivo. 
As empresas do setor florestal desenvolvem plantações sob a forma de 
mosaicos, intercalando faixas de florestas nativas com as plantações, conhecidas por 
“corredores ecológicos” ou, ainda, por “corredores biológicos”. Essas plantações em 
mosaico permitem a interligação entre o habitat e a floresta plantada e constituem um 
corredor entre fragmentos de floresta. 
Os impactos ambientais de florestas de eucalipto natural, permitindo a 
passagem de animais e ampliando o habitat disponível à fauna local geram situações 
favoráveis. 
A integração da população local na atividade silvicultural com eucaliptos não 
exclui do sítio onde é realizada a possibilidade de outras formas consorciadas de 
produção. Com maior espaçamento entre as árvores, empresas do setor têm 
mostrado ser possível não só o cultivo de diferentes grãos como milho, girassol e 
culturas de subsistência nos primeiros anos de plantio, mas também a criação de gadode corte e leite em meio às plantações, quando as árvores já estão mais crescidas. 
 
38 
Isso amplia o espectro de alcance econômico das plantações, aumentando o 
número de produtos obteníveis a partir da floresta assim como o número de empregos 
gerados e possibilita melhor aproveitamento do solo. 
17 VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS POR IMPACTOS AMBIENTAIS 
Atualmente a humanidade vem sofrendo com os impactos ambientais cada vez 
mais evidentes, como a escassez de água. É inegável que sem água não há como o 
homem ter vida na terra, dada a essencialidade desse elemento. Por ser um recurso 
natural, está englobada dentro dos assuntos do direito ambiental sendo, pois, 
considerada um direito fundamental. 
Desta forma a ausência de acesso à água tornaria a vida totalmente desumana 
e degradante, e consequentemente teríamos um dos maiores direitos fundamentais 
já consagrados pelo homem, violado, qual seja, a dignidade da pessoa humana. 
Mister se faz trazer a esta seara que a concepção atual que temos de direitos 
da pessoa humana surgiu após uma série de precedentes históricos que levaram a 
construção de um ordenamento jurídico com base internacional, e assim os direitos 
das pessoas passaram a ser universalmente reconhecidos. 
Clarividente que os direitos humanos não surgiram simultaneamente, isto é, 
foram aparecendo ao longo dos tempos, com base na ordem cronológica em que 
passaram a ser consagrados à Humanidade, e em decorrência disto, os estudiosos 
costumam dividi-los em gerações ou dimensões, de acordo com sua ingerência nas 
constituições, como é o caso do consagrado constitucionalista Paulo Bonavides, posto 
que a partir de um perfil histórico agrupou os direitos fundamentais em gerações de 
direitos. 
Coaduna com esse pensamento também o nobre escritor Norberto Bobbio 
quando diz que "Os direitos do homem, [...] são direitos históricos, [...] caracterizados 
por lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, e nascidos de modo 
gradual, não todos de uma vez e nem de uma vez por todas." (BOBBIO, Norberto. A 
Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 5). 
Nesse sentido, a divisão dos direitos fundamentais da pessoa humana se deu 
espelhando-se nos ideais da bandeira francesa, quais sejam, liberdade igualdade e 
fraternidade. Dessa maneira, os direitos de primeira geração abarcam os direitos civis 
 
39 
e políticos fundamentados na liberdade; os de segunda geração englobam os direitos 
econômicos, sociais e culturais, com fulcro na igualdade. 
Os direitos de terceira geração são direitos ao desenvolvimento ou progresso, 
ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, direito de comunicação, de 
propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e direito à paz, cuidando-se 
de direitos transindividuais, sendo alguns deles coletivos e outros difusos, baseados 
na fraternidade. 
Assim, conclui-se que o direito fundamental à água está incluso nos direitos de 
terceira geração, posto que, como dantes mencionado, a água é um recurso natural 
englobada dentro dos assuntos do direito ambiental, embora não houvesse nenhum 
texto internacional que a menciona-se expressamente como um. 
Porém, dada a necessidade do elemento e diante do expressivo impacto 
ambiental, em 28 de julho de 2010, a ONU em uma Assembleia Nacional reconheceu 
o acesso à água como um direito humano. 
Nossa Constituição Federal de 1988, contudo, não abordou o tema da água 
nos artigos destinados aos direitos fundamentais, e deslocou a mesma para outro 
Título, considerando-a como um bem da União e dos Estados. 
Ocorre que, mesmo não havendo expressa previsão legal, inegável é a sua 
essencialidade, pois para a vida é primordial a existência de água, assim é necessário 
que haja o aumento do comprometimento com a preservação ambiental e das águas, 
por meio da tutela efetiva das águas como direito humano fundamental essencial à 
dignidade da pessoa humana, uma vez que a vida e a água são bens invioláveis e de 
interesse indisponível, inalienável, inderrogável e irrenunciável. 
Desse modo, pode-se concluir que o direito ao acesso à água potável 
realmente é um direito fundamental, visto que intimamente ligado ao direito à vida e a 
saúde. Portanto, nada mais óbvio que o correlacionar com o princípio da dignidade 
humana, já que um leva a fruição do outro, mesmo porque, a vida é o bem mais 
precioso que o homem possui e todos os elementos que a tornam possível são 
igualmente preciosos e devem ser protegidos. Com isso, a privação do homem ao 
direito de ter água, seria uma evidente violação aos direitos humanos fundamentais. 
 
 
40 
Fonte:omunicipio.com.br 
18 IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Devido a tamanha influência da indústria da construção civil no 
desenvolvimento econômico e social do país, os impactos gerados por ela 
vêm ganhando cada vez mais importância. Ao se tratar da participação do 
setor no quesito meio ambiente, no Brasil, a dificuldade de preservá-lo pode 
ser ainda agravada pelos grandes desafios que a indústria da construção 
deve enfrentar em termos de déficit habitacional e infraestrutura para 
transporte, comunicação, abastecimento de água, energia, saneamento, 
atividades comerciais e industriais (DEGANI, 2003 apud RIOS, M. B.C 2014). 
 
Você conhece e compreende os impactos ambientais causados pela 
Construção Civil? 
Dentre todos os setores da indústria, o setor da construção é o que mais 
consome recursos naturais. Você sabia disso? 
E se eu disser que desde a produção dos insumos utilizados até a execução 
da obra e sua operação ao longo do tempo, o setor apropria-se de 75% de tudo que 
é extraído do meio ambiente? 
 
41 
18.1 Resíduos no Canteiro de Obras 
Além de utilizar muitos recursos naturais, o setor da construção civil também é 
o maior gerador de resíduos. Isso se tornou um grande desafio! Entre equilibrar a 
atividade produtiva e lucrativa com o desenvolvimento sustentável consciente. 
Só o volume de resíduos produzidos em São Paulo é de 17 mil toneladas por 
dia. E a diretora do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, Diana Scillag, 
explica isto o porquê de isto acontecer. 
Segundo ela, de tudo que é extraído da natureza, apenas de 20% e 50% das 
matérias-primas naturais são realmente consumidas na construção. Os demais são 
resíduos gerados durante todo o processo. 
Para você ter ideia do tamanho do problema desses impactos ambientais 
causados pela construção civil, entenda: as consequências da geração de resíduos 
levam ao acúmulo em margens de rios, terrenos baldios e outros locais inapropriados. 
Esta geração de resíduos afeta inclusive a saúde pública, porque há a presença 
de material orgânico, químico e tóxicos. Além de acumular água e favorecer a 
proliferação de insetos e doenças. 
18.2 Energia e Água 
O consumo de energia e água na construção também são relevantes e 
acontecem em diferentes níveis e em dois momentos. Primeiramente o consumo de 
energia e de água acontece da etapa pré-operacional ou de energia embutida. Que é 
a fase de extração e fabricação de materiais, transporte dos mesmos até a obra e a 
construção do edifício. 
Mas o momento em que o consumo é mais severo e causa mais impactos 
ambientais causados pela construção civil, é durante a ocupação, manutenção e 
demolição da obra. 
“Aproximadamente 40% da energia mundial é consumida pelos edifícios. ” 
Segundo Scillag, com o uso racional de recursos é possível reduzir entre 30% 
e 40% o consumo de energia e de água e esta é uma das maiores oportunidades para 
o combate às mudanças climáticas. Para combater este desafio dos impactos 
ambientais causados pela Construção Civil, ela afirma: devemos investir em projetos 
bioclimáticos utilizando, sempre que possível, energias renováveis. 
 
42 
19 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL É A NOVA FORMA DE PENSAR E PROJETAR 
A ideia de Construção Sustentável vem da Engenharia Civil como uma forma 
de projetar voltadapara preservar o meio ambiente. Além de poupar recursos naturais 
durante toda a produção e pós-construção da obra e pode ser aplicado a qualquer tipo 
de estrutura. Desde casas pequenas e populares até a construção de grandes 
edifícios. 
Além disso, é fundamental a utilização de materiais recicláveis e de menor 
impacto ambiental. De forma que adicione valor à qualidade de vida dos indivíduos e 
das comunidades. 
Portanto, sintetizando tudo o que viemos falando, o conceito de Construção 
Sustentável para diminuir os impactos ambientais causados pela construção civil se 
baseia em 5 ideias fundamentais: 
 
1 – Projetos Inteligentes 
Projetos inteligentes têm como objetivo aproveitar melhor as características do 
terreno em que a obra será feita e também da natureza. Que pode variar de acordo 
com as regiões. Um exemplo é o uso de iluminação natural que economizam energia 
elétrica. 
 
2 – Redução da Poluição 
O desenvolvimento de uma obra acaba gerando muita poluição em suas 
diferentes etapas. E vários elementos como por exemplo tocos de madeira, pedaços 
de ferro, sobras de tijolos quebrados e concreto poderiam ser reutilizados ou 
reciclados para um outro uso. Outro exemplo é a utilização de andaimes de metal 
reutilizáveis ao invés dos tradicionais andaimes de madeira. 
Reaproveitamento de tapumes para a educação 
Uma iniciativa muito interessante para reutilização de tapumes utilizados na 
obra, foi a criação do Tapume Educativo idealizado pelo grupo Coletivo Criativo. Um 
grupo que cria ações de comunicação para impacto social. 
A ideia do projeto é a reutilização e transformação dos tapumes, que 
normalmente são descartados, em carteiras escolares. O móvel é feito com peças de 
encaixe, o que economiza outros recursos e materiais que seriam utilizados para 
montá-lo. 
 
43 
 
3 – Eficiência Energética 
Um conceito que vem aparecendo dentro de Construção Sustentável é a 
eficiência energética, que busca construir obras que possam ser mantidos de modo 
econômico. Como por exemplo, o uso de lâmpadas e eletrodomésticos econômicos, 
o uso de luz natural, energia solar para aquecimento de água. 
O melhor aproveitamento do calor e do frio, evitando o uso de ar condicionado 
e aquecedores também são boas práticas na hora de projetar um edifício. 
 
4 – Materiais Ecológicos 
Uma solução amigável com concreto reciclado 
O tijolo de entulho é feito a partir dos resíduos reciclados da obra, depois que 
estes passam pela máquina de reciclagem de entulhos e sobras de concreto. O mais 
interessante desse material é que nesse processo ele se torna três vezes mais 
resistente do que o tijolo tradicional. 
Além de que ele possui um formato com encaixe e assim utiliza menos ou zero 
concreto na construção da estrutura. 
 
5 – Aproveitamento da Água 
Sabemos o grande problema que enfrentamos com os gastos de água. Na 
construção não é diferente, visto que são muitos recursos naturais transformados para 
servir à obra, além dos gastos durante a construção. 
Soluções para reaproveitamento de água das chuvas são muito interessantes 
de se aplicar. A água pode ser facilmente estocada em cisternas e caixas d’água para 
ser usada em outras tarefas, como limpeza dos ambientes. Na decoração pode-se 
optar também por modelos de torneiras mais eficientes. 
Portanto, fica claro o tamanho dos impactos ambientais causados pela 
Construção Civil. E a nossa atenção deve estar voltada principalmente para a redução 
do consumo de recursos naturais e um gerenciamento correto dos resíduos. Tudo isso 
atrelado à construção de edifícios mais confortáveis, benéficos e funcionais para seus 
ocupantes. 
Silvia Manfredi, diretora da ANAB Brasil ressalta uma questão importante 
quanto ao custo de uma obra sustentável. Que mesmo que o custo da obra possa ser 
 
44 
mais caro que a construção tradicional, a saúde dos envolvidos e as próprias pessoas 
que vão usufruir do edifício, não tem preço. 
“Dependendo dos materiais utilizados, nem sempre a industrialização significa 
um ganho em termos biológicos, ou seja, na saúde de seus usuários. ” 
Segundo ela, é o caso dos vários materiais que utilizam compostos orgânicos 
voláteis (COVs). Composições de milhares de elementos químicos, como o 
formaldeído e benzeno e que estão presentes na fabricação de nylon, tintas, carpetes, 
colas e solventes. 
19.1 5 Pontos que Você não Pode Esquecer para Reduzir os Impactos 
Ambientais Causados pela Construção Civil 
Por fim, a mensagem que deve ficar diante do cenário atual, é questionar e 
definitivamente agir quanto às seguintes práticas: 
1- A mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos 
inteligentes e ecológicos com possibilidade de readequação para futuras 
mudanças. E de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as 
demolições; 
2- A busca por soluções que minimizem o uso de energia ou que opte por energias 
renováveis; 
3- Gestão ecológica da água; 
4- Redução do uso de materiais com altos impactos ambientais causados pela 
construção civil; 
5- Redução dos resíduos da construção com reciclagem e transformação de 
componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a 
reutilização de materiais. 
 
45 
Fonte:www.infoescola.com 
20 EFEITO ESTUFA 
A queima de combustíveis fósseis é responsável por 75% das emissões 
antrópicas de dióxido de carbono (CO2) (Denman et al., 2007 apud 
RAMIRES, M. F 2014) 
O Efeito Estufa é termo dado ao aquecimento do planeta Terra devido ao 
espessamento da camada de gases localizada na atmosfera. 
Trata-se de um processo natural e importante para manter a vida na Terra, 
mas nas últimas décadas houve um aumento desta camada de gases, provenientes 
das emissões dos automóveis (CO2), das indústrias e queimadas, entre outros. O 
resultado disto é que parte dos raios infravermelhos refletidos pela superfície da 
Terra é absorvida por esta camada e parte é refletida novamente para a terra, 
aumentando assim a temperatura do planeta. 
Segundo Narloch (2009), o Ártico é o indicador mais significativo da mudança 
climática terrestre, sendo a região do mundo mais sensível ao efeito estufa. A calota 
polar norte recebe dos países do Hemisfério Norte ventos impregnados de CO2 e a 
poluição também deixa a neve menos branca, aumentando a absorção da luz que 
chega à superfície. Por causa disso, nos últimos dois verões, a calota atingiu os 
menores índices já registrados. Em setembro de 2008, chegou ao tamanho mínimo 
de 4,5 milhões de Km2, 33% menor que em 1979, quando começou o monitoramento 
 
46 
da região. Pela primeira vez, o Ártico deixou de ligar a América do Norte e a Ásia. E, 
outro detalhe: o Ártico não só derrete mais no verão como está congelando menos 
durante os meses de inverno. Isso é preocupante! 
20.1 Protocolo de Quioto 
Sob a preocupação com o aumento da temperatura do planeta, já na 
Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Meio Ambiente, realizada 
no Rio de Janeiro em 1992, foi discutida a necessidade de ações para reduzir a 
emissão de CO2, principal causador do Efeito Estufa. Outras conferências foram 
realizadas e este tema foi ganhando importância, até que em 1997 foi firmado o 
Protocolo de Quioto, no Japão. No entanto, somente em fevereiro de 2005 entrou 
efetivamente em vigor. Este Protocolo tem o intuito de reduzir as emissões dos gases 
que geram o efeito estufa, no período estipulado entre 2008 e 2012, à meta de 5,2%, 
tendo por base os níveis de emissão de 1990. O Protocolo de Quioto instituiu três 
mecanismos de flexibilização para atingir esta meta: Emissions Trade, Joint 
Implementation e CDM. Veremos com mais detalhes cada um deles: 
Emissions. Trade (comércio de emissões) – são utilizados entre países 
industrializados - constantes do Anexo I do Protocolo e aqui neste livro apresentados 
no Quadro 1. Através desse mecanismo, um país que tenha reduzido suas emissões 
acima de sua meta, pode