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1 GRADUAÇÃO – ESTÉTICA E COSMÉTICA AAPPOOSSTTIILLAA DDEE EELLEETTRROOTTEERRAAPPIIAA PPrrooggrraammaa iinniicciiaall Profº: Carlos Paiva E-mail: carloscostapaiva@yahoo.com.br Facebook: www.facebook.com/carlos.paiva.58760 2 PROGRAMA INICIAL Eletricidade. Cargas elétricas e Massa. Íon. Corrente elétrica. Diferença de potencial. Circuito elétrico. Intensidade (Amplitude). Campo elétrico. Isolantes e condutores. Resistência (Impedância). Tipos de correntes. Frequência elétrica. Duração do pulso. Trens de pulsos. Potência elétrica. Formas de energia. Radiação. Modulação. Iontoforese. Termoterapia. Galvanopuntura (Eletrolifting). Vácuoterapia (Endermoterapia). Drenagem Linfática e Pressoterapia. Peeling de Cristal. Microcorrente. Ionização de Grande Superfície. Ultrassom. Corrente Russa. Eletrolipólise. Radiofrequência. Bibliografia. 3 Atenção! Nesta apostila você encontrará informações (básicas) necessárias para acompanhar o conteúdo da disciplina de Eletroterapia. As informações aqui contidas devem ser acrescidas das anotações e observações que serão feitas na sala de aula (e no laboratório) pelo professor da disciplina; além da pesquisa em livros sobre o assunto. 1ª PARTE – CONCEITOS BÁSICOS ELETRICIDADE Eletricidade = Parte da física que estuda as manifestações elétricas. 1) Eletrização por contato: é quando um corpo eletrizado (placa – eletrodo) é colocado em contato com outro corpo neutro (condutor). 2) Eletrização por indução: é a aproximação de um corpo eletricamente carregado (indutor) e um corpo não eletricamente carregado (induzido). CARGAS ELÉTRICAS E MASSA Um corpo é formado por um grande número de átomos (átomo: menor unidade de elemento químico). Os átomos no seu núcleo possuem prótons (partícula positiva) e nêutrons (partícula neutra); e em torno do núcleo circundam (orbitam) os elétrons (partícula negativa). 4 A massa gera uma força gravitacional. As forças gravitacionais são sempre de atração. A carga elétrica gera uma força elétrica. As forças elétricas podem ser de atração ou repulsão. É a carga elétrica que determina a atração ou repulsão ÍON É uma partícula carregada eletricamente (Partícula altamente reativa - resultado de um átomo que ganhou ou perdeu elétrons). a) Cátions: Átomos que perderam elétrons (ficando com o número de prótons, maior que o número de elétrons) ficando carregados positivamente. b) Ânions: Átomos que ganharam elétrons (ficando com o número de elétrons, maior que o número de prótons) ficando carregados negativamente. CORRENTE ELÉTRICA É o fluxo ordenado de elétrons, é o movimento ordenado de elétrons entre dois pontos de um condutor (sempre que existir uma diferença de potencial entre os extremos deste). As cargas elétricas (elétrons livres) existentes no interior de um fio metálico se encontram desorganizadas. Quando aplicamos uma diferença de potencial nas extremidades deste condutor, estas cargas começam a se deslocar de maneira organizada. 5 DIFERENÇA DE POTENCIAL - (ddp = Voltagem ou Tensão). Significa a força (chamada de força eletromotriz – f.e.m.) necessária para que os elétrons se desloquem de um lado para outro. Esta força ocorre quando, em determinado material, temos zonas com falta ou excesso de elétrons. A unidade de medida da ddp é o Volt. (Alessandro Volta – Fisiologista italiano inventor da pilha). O sentido da corrente elétrica se dá do ponto de maior para o de menor potencial, ou seja, para a corrente elétrica existir, é necessário haver uma diferença de potencial, uma via ou condutor e uma fonte produtora de eletricidade (gerador). CIRCUITO ELÉTRICO Trajeto da corrente elétrica através de seus componentes elétricos: Gerador e Condutores, ou seja, é a passagem da corrente elétrica da fonte geradora através dos condutores, e seu retorno à fonte geradora. INTENSIDADE (AMPLITUDE) É a quantidade de elétrons que flui no interior de um condutor, num determinado intervalo de tempo. É medida em Ampère (nos equipamentos eletroterapicos estão em Miliampère ou Microampère). Sendo então o Ampère fracionado por mil (1a/1000), que é o Miliampère ou por um milhão (1a/1.000.000) que é o Microampère. (André-Marie Ampère – Físico francês - 1775-1836). 6 INTENSIDADES TERAPÊUTICAS 1 mА = 1 А / 1.000 (1A = 1000 mA). 1 µА = 1 А / 1.000.000 (1A = 1000000 µА) 1000 mA = 1000000 µА. 1 mА = 1.000.000 µА 1.000. 1 mА = 1000 µА. Assim, mil microampères equivalem a um miliampère. Observe: 200 µА = 0,2 mА. 400 µА = 0,4 mА. 500 µА = 0,5 mА. 1000 µА = 1 mА. 2000 µА = 2 mА. E assim por diante. 7 CAMPO ELÉTRICO Um campo elétrico existe em torno de qualquer partícula carregada eletricamente, isto é, é o espaço que rodeia este corpo e onde é possível perceber a influência desta carga. Quando um corpo eletricamente carregado se aproxima de outro, se manifestam as forças de repulsão ou de atração, quanto mais próximos estiverem estes corpos ou partículas. ISOLANTES E CONDUTORES Isolante: Material que não permite a passagem da corrente elétrica (não possuem elétrons livres ou íons). Condutor: Material que permite a passagem da corrente elétrica (possui elétrons livres ou íons). RESISTÊNCIA (IMPEDÂNCIA) É a força que se opõe ao movimento ordenado dos elétrons livres (corrente elétrica) num condutor sólido ou ao movimento dos íons num eletrólito (substância que contém íons e permite a condução da corrente elétrica), quando submetidos a uma tensão elétrica. É medida em Ohms () – (Georg Simon Ohm – 1787/1854 - Físico Alemão). É igual a tensão (ddp) dividida pela intensidade: R = V / I. Quanto maior a intensidade, menor a resistência e quanto maior a resistência, menor a intensidade da corrente. Fatores que interferem na resistência: Comprimento, Calibre, Temperatura e Tipo de matéria. 8 A resistência está relacionada ao número de colisões entre os elétrons (corrente elétrica) e o material do condutor, assim quanto maior fio, maior será a resistência, quanto maior for a seção reta (diâmetro), menor será a resistência. O aumento da temperatura do condutor faz com que ocorra maior agitação dos seus átomos, o que dificulta a passagem dos elétrons. RADIAÇÃO Qualquer propagação de energia através do espaço. A radiação eletromagnética é entendida como uma onda que se propaga no vácuo. TIPOS DE CORRENTES CORRENTE DIRETA (C.D./D.C.) E CORRENTE ALTERNADA (C.A./A.C.) a) Corrente direta: definida como: Fluxo unidirecional de elétrons. Não há reversão de voltagem. b) Corrente alternada: definida como: Fluxo bidirecional de elétrons, devido à reversão da voltagem. c) Corrente pulsada ou corrente em pulso: Fluxo com interrupções (pausas). d) Pulsos monofásicos (corrente galvânica); quando estão em apenas uma fase (positiva ou negativa). e) Pulsos bifásicos (corrente alternada). Estão nas duas fases. FREQUÊNCIA: É o número de ciclos ou pulsos por segundo. É expressa em Hertz (Hz) ou pulsos por segundo (p.p.s.). Quanto maior o período (tempo entre o início de um ciclo e o início do ciclo seguinte), menor será a frequência. 9 DURAÇÃO DO PULSO: Também chamada de largura de pulso, definida como duração da forma de onda, é expressa em microssegundos (s). Indica o tempo que dura o pulso. As formas de “pulsos” podem ser: Retangulares, Quadrados, em Dente de serra, Senoidais, Trapezoidais, etc. MODULAÇÃO Modulação é toda e qualquer alteração na forma de pulso original da corrente. Estas alterações ocorrem nos seguintes parâmetros: a) Largura. b) Amplitude. c) Freqüência da corrente d) Trens de pulso.e) Tempo de subida e tempo de descida. f) Formas de pulsos. 10 RAMPA – “RAMPAGEM” POTÊNCIA ELÉTRICA: Em eletricidade: Volts x Intensidade (É registrada em Watts): P (Watts) = V (Volts) x I (Ampère). Quantidade de energia transformada por unidade de tempo. A física nos diz que “energia é a capacidade de realizar trabalho”, e que “a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada”. Na estética exemplificaremos transformação da energia elétrica em outras formas de energia, ao atravessar um circuito elétrico. 11 FORMAS DE ENERGIA a) Energia Mecânica: Endermoterapia, Ultrassom e Pressoterapia. b) Energia Luminosa: Cromoterapia, LED, Laser, Lâmpada de Wood, etc. c) Energia Térmica: Vapor de ozônio, Ofurô, Touca Térmica e Manta Térmica. d) Energia Elétrica: Microcorrente, Radiofreqüência, Corrente Russa, Ionização de Grande Superfície, Iontoforese, Eletrolipólise, Desincruste, Eletrolifting (Galvanopuntura), etc. IONTOFORESE - CORRENTE GALVÂNICA Consiste num fluxo unidirecional de elétrons em condutores metálicos, enquanto provoca um fluxo de íons em direção a ambos os pólos. Também conhecida como corrente direta, corrente constante, corrente contínua, corrente voltaica, corrente unidirecional e corrente pura. Em condutores metálicos o fluxo de elétrons ocorre do pólo negativo para o positivo. Os pólos mantêm-se fixos, em outras palavras, não mudam de sinal. Em eletrólitos a corrente galvânica provoca um fluxo bidirecional de íons: os íons positivos (cátions) são atraídos pelo pólo negativo, enquanto os íons negativos (ânions) movimentam-se em direção ao pólo positivo. As moléculas polares sofrem um alinhamento de tal forma que seu pólo negativo fica direcionado para o pólo positivo da fonte e seu pólo positivo aponta para o pólo negativo da fonte. 12 AÇÕES POLARES: PÓLO POSITIVO PÓLO NEGATIVO Repele íons positivos (cátions) Repele íons negativos (ânions). Atrai íons negativos (ânions) Atrai íons positivos (cátions). Vasoconstritor Vasodilatador. Desidrata o tecido Hidrata o tecido. Depressão da excitabilidade. Diminuição da condução do estímulo nervoso (“calmante”). Aumento da excitabilidade, Aumento da condução do estímulo nervoso (“irritante”) Reação ácida Reação alcalina. 13 IONTOFORESE A iontoforese é o uso da corrente contínua para aumentar a administração transcutânea de substâncias ionizáveis. As substâncias ionizáveis estão sujeitas a influências eletromagnéticas. PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO 6 a 20 mm (0,6 cm a 2 cm). O resultado da iontoforese depende da/o: 1º) Tamanho molecular, carga elétrica e concentração do ativo cosmético. 2º) Presença de íons competidores e viscosidade. 3º) “Fluxo sanguíneo local”, idade, “temperatura da pele” e local de aplicação. 4º) Corrente pulsada ou não, e tipo de eletrodo (fixo ou móvel). PENETRAÇÃO DO ATIVO A quantidade de íon (ativo cosmético) transferido depende diretamente do tempo (duração da corrente) e da intensidade aplicada. DOSIMETRIA Densidade segura:0,5 mA/cm² (0,1 a 0,5). 70 a 80 mA/min. RESULTADO DA IONTOFORESE: Após aplicação, não utilizar recursos que propiciem a retirada do ativo da zona alvo. Uma vez no interior dos tecidos, o ativo cosmético não é mais afetado pela corrente elétrica (a corrente não “retira” o ativo). 14 TERMOTERAPIA CALOR – EFEITOS GERAIS Quando o aquecimento é extenso e prolongado nota-se uma elevação geral da temperatura central. TERMORREGULAÇÃO: O organismo humano mantém sua temperatura entre certos limites fisiológicos. Para que seja mantida dentro destes limites, a temperatura é regulada através de mecanismos que permitem ao organismo opor-se ao efeito do calor ou do frio ambiental. O sangue aquecido pelos tecidos próximos ao calor transporta a calor por toda a circulação. Os centros hipotalâmicos recebem estímulos tanto por mecanismos reflexos proporcionados pelos termorreceptores periféricos como por estímulo térmico direto proveniente do sangue. EFEITOS FISIOLÓGICOS O aquecimento localizado é irradiado para os tecidos vizinhos, proporcionando vários processos fisiológicos. A distribuição do calor irá depender de fatores como: 1º) Dimensões da área aquecida; 2º) Profundidade de absorção de uma radiação específica; 3º) Duração do aquecimento; 4º) Intensidade de radiação e 5º) Método de aplicação. 15 EFEITOS DO CALOR NO ORGANISMO De acordo com o agente aplicado (método de aplicação), sua intensidade e o tempo de aplicação; obteremos efeitos locais, regionais ou gerais. EFEITOS FISIOLÓGICOS a) Aumento do metabolismo celular. b) Aumento da atividade enzimática. c) Modificação da permeabilidade da membrana. d) Dilatação das arteríolas e capilares. e) Aumento da permeabilidade capilar. f) Aumento do limiar da dor (sedação). g) Relaxamento da musculatura lisa. h) Relaxamento da musculatura estriada. i) Vasodilatação generalizada. j) Aumento da temperatura corporal. k) Aumento da sudorese e da diurese. RESPOSTA E ADAPTAÇÃO Inicia-se como resposta sistêmica imediata uma vasodilatação cutânea generalizada que transporta o calor por CONDUÇÃO e CONVECÇÃO desde o centro anatômico até a periferia. A temperatura corporal tende a se estabilizar quando então passam a atuar as glândulas sudoríparas que produzem um suor hipotônico, responsável pelo resfriamento corporal (evaporação). 16 MÉTODOS DE APLICAÇÃO a) CONDUÇÃO: Transferência mais simples de calor entre dois corpos com temperaturas diferentes (mais para menos). b) CONVECÇÃO: Troca de temperatura a partir de meio (fluido) aquecido (água ou ar). c) CONVERSÃO: Transformação de outra forma de energia em energia térmica (Calor). CALOR E METABOLISMO: •As reações químicas envolvidas na atividade metabólica são aceleradas por uma elevação na temperatura. •A taxa metabólica pode sofrer uma elevação de aproximadamente 13% para cada elevação de 1º C na temperatura do tecido. •Em decorrência disto, ocorre uma elevada demanda do tecido por oxigênio e nutrientes e um aumento da eliminação dos produtos do catabolismo. 17 GALVANOPUNTURA - ELETROLIFTING Técnica que utiliza a corrente galvânica com o objetivo de amenizar rugas e estrias. Promove uma pequena lesão na camada superficial da pele, aumentando a nutrição do local “lesionado”, estimulando a produção de novas fibras de colágeno e elastina (revitalizando a circulação sanguínea, regenerando a cútis e melhorando a atividade dos fibroblastos). O resultado final pode variar conforme a profundidade da ruga ou estado da estria, a idade e o estado atual da pele. Para a sua aplicação, são utilizados os eletrodos caneta ou porta-agulha. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DO ELETROLIFTING OU GALVANOPUNTURA: 1) Deslizamento: Deslizamento da agulha (ou da caneta) dentro do canal da ruga ou estria. 2) Penetração ou Puntuação: Introdução da agulha superficialmente a epiderme, no interior da ruga ou da estria (longitudinal, transversal ou em diagonal – “espinha de peixe”). 3) Escarificação: Deslizamento da agulha (com ângulo de 90°) no sentido da ruga ou da estria, ocasionando também uma lesão tecidual. INFLAMAÇÃO E PROCESSO CICATRICIAL APÓS A APLICAÇÃO DO ELETROLIFTING. 1) INFLAMAÇÃO AGUDA. A Galvanopuntura produz uma reação inflamatória aguda para estimular a atividade dos fibroblastos, produzindo a síntese de colágeno. A inflamação aguda (24/48h) é a resposta quase imediata do tecido a uma lesão. 18 2) INFLAMAÇÃO ✓ Defender o organismo contra qualquer substância estranha. ✓ Remover o tecido sem nutrição para que a cicatrização possa ter início. ✓ Promovera regeneração de um tecido normal. São quatro sinais principais de inflamação indicadores de que um processo inflamatório está ocorrendo: dor, edema, rubor e calor. FASES DA INFLAMAÇÃO ✓ LESÃO. ✓PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO. ✓COLAGENIZAÇÃO. LESÃO: Qualquer dano à estrutura ou a função do tecido e que, portanto, altere a capacidade das células realizarem seus mecanismos normais, ocasiona a resposta inflamatória. As alterações ocasionam a mobilização e o transporte de componentes de defesa do sangue (neutrófilos e monócitos) para o local da lesão, assegurando sua passagem através das paredes dos vasos para o tecido. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: O reparo dos tecidos visa substituir células mortas ou danificadas por células sadias (proliferação). Normalmente a reparação tecidual tem início logo após a lesão, após ter uma remoção suficiente dos resíduos. COLAGENIZAÇÃO: Colagenização é o processo de produção e deposição de colágeno no local da lesão (remodelagem). Normalmente, quatro a seis dias após a lesão, o grau de vascularização e de colagenização são máximos. 19 TÉCNICA DE APLICAÇÃO 1º) O procedimento de estimulação das rugas, linhas de expressão e estrias deve ser aplicado até que seja obtida uma hiperemia em todo o seu trajeto. 2º) Deve-se higienizar a pele antes da introdução das agulhas. 3º) Colocar a agulha no eletrodo porta-agulha e conectá-lo no pólo negativo. 4º) O pólo positivo (pólo dispersivo) encontra-se conectado ao eletrodo bastão ou placa (borracha de silicone). 5º) Cada penetração da agulha deverá ser feita de maneira, que não fique nenhum espaço sem hiperemia. 6º) Introduzir a agulha na ruga, linha de expressão ou estria do cliente. 7º) Após a inserção da agulha, levantar a pele e aguardar cerca de 3 a 5 segundos, até que a pele comece a mudar a sua coloração. 8º) Abaixar a agulha e retirar da pele. OBSERVAÇÕES ➢Não se deve ter lentidão ou imprecisão no momento da inserção da agulha, assim como no momento de sua retirada. ➢Caso a técnica selecionada seja a de penetração da agulha, deve-se aguardar cerca de 4 a 6 dias (verificar a resposta individual ao estímulo), até que o processo de cicatrização e de produção de colágeno esteja completo. ➢Se a técnica selecionada for o deslizamento, pode-se realizar o tratamento quantas vezes for necessário (frequência semanal) até o aparecimento do resultado. 20 VÁCUOTERAPIA/ ENDERMOTERAPIA OBJETIVOS NA ESTÉTICA: Aplicação da pressão negativa, utilizada para trabalhar as estruturas da pele: epiderme, derme e tela subcutânea (hipoderme), o sistema sanguíneo e o linfático (de maneira indireta). EFEITOS FISIOLÓGICOS: A aplicação da pressão negativa (vácuo) e a posterior descompressão (retirada da ventosa) ocasiona um gradiente de pressão nos tecidos corporais, levando aos efeitos abaixo: 1. Aumenta a flexibilidade da pele; 2. Alonga e “libera” aderências; 3. Estimula a produção de histamina – vasodilatação; 4. Estimula as glândulas sudoríparas; 5. Libera o fluxo venoso; 6. Reduz edemas; 7. Fluidifica o meio intersticial, removendo os resíduos metabólicos; 8. Esfolia a epiderme; 9. Estimula a circulação da derme e da hipoderme. 10. Diminui a tensão muscular. PROCEDIMENTOS DE PROTEÇÃO: Meia (pré – limpeza), Filtros e Assepsia pós-uso. MANOBRAS: Longitudinais e Transversais (“oito-grande”, “oito-pequeno” e “zig-zag”). Dependem da inspeção e exame físico. 21 TÉCNICA: Examine ⇒ Avalie ⇒ Regule a sucção (exame da “sensibilidade” = 10”) ⇒ Direcione corretamente. INDICAÇÕES: ✓ Pré e Pós de intervenções cirúrgicas estéticas (aplicar com extremo cuidado). ✓ FEG Compacta (Celulite Compacta), nos seus diversos graus. ✓ Tecidos fibrosados. CONTRAINDICAÇÕES: ✓ Veias varicosas; ✓ Suspeita de trombo; ✓ Hipotermia unilateral; ✓ Ruptura cutânea e ✓ As contraindicações para a drenagem linfática. POSIÇÃO DA CLIENTE: ✓ Decúbito dorsal, podendo variar com um dos membros inferiores em abdução e semi-flexão. ✓ Decúbito ventral, podendo variar com um dos membros inferiores em abdução e semi-flexão. ✓ Decúbito lateral com flexão de quadril do membro inferior livre. 22 DRENAGEM LINFÁTICA ELETRÔNICA - PRESSOTERAPIA Meio mecânico externo ou contrações segmentares, que se opõe à pressão venosa, tecidual e mesmo linfática. FORMAS DE UTILIZAÇÃO NA ESTÉTICA: 1. Aparelhos de Pressoterapia (botas e braçadeiras). 2. Aparelhos de Corrente Alternada (utilizados de forma sequencial). NOMENCLATURA UTILIZADA: ✓ Pressoterapia pneumática, ✓ Pressoterapia seqüencial, ✓ Drenagem sequencial eletrônica. OBJETIVO: Auxiliar o sistema venoso e linfático, na captação e eliminação dos líquidos corporais extravasados e retidos. Na estética, esta retenção pode ocorrer devido ao aumento do volume dos adipócitos. CUIDADOS E CONTRAINDICAÇÕES: Hipertensão arterial sistêmica, fragilidade capilar, edemas sistêmicos, arteriopatia periférica grave, qualquer problema dermatológico que se apresente antes ou após a utilização da pressoterapia, veias varicosas, suspeita de trombo, hipotermia unilateral e ruptura cutânea. 23 PEELING DE CRISTAL Técnica que tem como objetivo o afinamento da camada córnea. Promove: 1)Estimulação da regeneração celular. 2)Estimulação da síntese de colágeno. 3)Reação tecidual, melhorando assim a oxigenação e nutrição do epitélio. INDICAÇÕES: ✓Atenuação de rugas finas. ✓Afinamento do tecido epitelial. ✓Clareamento cutâneo superficial. ✓Tratamento de estrias. ✓Melhora na qualidade da pele. ✓Preparação pré-cirúrgica. EQUIPAMENTO DE PEELING DE CRISTAL É aplicada diretamente sobre a pele uma pressão positiva associada a pressão negativa (controlada pelo profissional). A pressão positiva emite um jato de óxido de alumínio (microgrânulos). A pressão negativa suga os resíduos deste microgrânulos juntos com as células mortas da epiderme. Este “jateamento” é direcionado pela ponteira de aplicação. As ponteiras devem ser de material descartável ou passíveis de esterilização, para melhor visualização do trabalho, se faz necessário que sejam de material translúcido. Obs.: o material residual deve ser descartado. NÍVEIS DE ABRASÃO NÍVEL 1 – SUPERFICIAL, atinge epiderme, ocasionando eritema. NÍVEL 2 – INTERMEDIÁRIO; atinge epiderme e parte da derme, ocasionando uma hiperemia e edema. NÍVEL 3 – Profundo, atinge todas as camadas da derme, ocasionando um sangramento. 24 TÉCNICA DE APLICAÇÃO: A pressão exercida (mmHg) deve ser controlada pelos seguintes parâmetros: 1) Velocidade de execução (passagem da ponteira) – A velocidade é diretamente proporcional a pressão. 2) Tipo de pele: Peles oleosas permitem uma menor velocidade de execução devido a “proteção” oleosa. Obs.: Estirar a pele, facilitando assim o movimento da ponteira. A quantidade de passagens da ponteira está relacionada ao grau de esfoliação desejada. A profundidade de ação estará relacionada a pressão positiva selecionada, a velocidade e número de passagens pelo local. Proteger os olhos dos resíduos do óxido de alumínio. Os resíduos que ficam sobre a pele devem ser retirados com um pincel suave durante o tratamento. Não é rara a formação de eritema pós-aplicação. CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS: a) Total atenção quanto a exposição solar no período pré e pós-aplicação. b) É necessário um grande controle quando esta técnica for associada a aplicação de ácidos. c) Qualquer técnica esfoliante subsequente a aplicação da microdermoabrasão. d) Aplicação em peles negras (possível hiperpigmentação). e) Fragilidade capilar. f) Sensibilidade cutânea. g) Herpes. h) Patologias dérmicas no local de aplicação ou próximo a este. EFEITOS COLATERAIS: Sensação de ardência no local de aplicação,Hipopigmentação momentânea e Hiperpigmentação quando a área tratada for exposta ao sol sem proteção. 25 MICROCORRENTE / MENS (Micro Electro Neuro Stimulation). Tipo de corrente utilizada: Galvânica ou Alternada. Parâmetros: Intensidade (Microampére), sendo utilizada a Corrente Galvânica ocorrerá a inversão periódica de polaridade; e Frequência. Objetivo principal na estética: Aumentar a produção de ATP (no caso da estética o resultado mais visível será o aumento da sustentação tecidual). A intensidade geralmente encontrada nos equipamentos nacionais é de até 900 microampères (a intensidade máxima preconizada é de 500 microampères), e a frequência é encontrada na faixa que se situa entre 10 Hz a 800 Hz. A microcorrente é subsensorial, não sendo percebida pela cliente. Atenção: Seus efeitos são cumulativos, assim devemos ter cuidados no caso do uso na cicatrização, para que não se produza cicatrizes hipertróficas ou quelóides. EFEITOS FISIOLÓGICOS a) Restabelecimento da bioeletricidade tecidual e Aceleração do processo de reparação tecidual: b) Síntese de proteínas e de ATP (Adenosina Trifosfato): Correntes com intensidade entre 100µA a 500µA estimulam a síntese de proteínas em 30% a 40%, devido ao aumento do transporte ativo de aminoácidos (a microcorrente aumentou a geração de ATP em até 500%). Quando se utiliza intensidade a partir de 1 mA, a produção de ATP diminuiu. c) A Microcorrente auxilia a reabsorção para o sistema linfático. d) Analgesia: 26 INDICAÇÕES NA ESTÉTICA a) Pós-Operatório: Acelera o tempo de cicatrização, Antiedematoso e Anti- inflamatório. b) Estrias: Aumenta a produção de novas fibras. c) Involução Cutânea: Aumento da produção de fibras, melhorando assim o quadro de flacidez cutânea. d) Acne: Auxilia no tratamento devido aos efeitos cicatrizante, antiedematoso, bactericida e anti-inflamatório. e) Celulite Edematosa. 1. CONTRAINDICAÇÕES 2. Abdome de gestantes; 3. Eixo do marca-passo; 4. Eixo cardíaco; 5. Neoplasias; 6. Alergias gerais; 7. Dores de origem desconhecida; 8. Aplicar em pacientes com Botox no local da aplicação; 9. Displasia mamária; 10. Sobre útero gravídico. 27 IONIZAÇÃO DE GRANDE SUPERFÍCIE Recurso utilizado para drenar, diminuindo quadros edematosos. São utilizados os efeitos polares da corrente galvânica: Pólo positivo = Desidratação tecidual e Pólo negativo = Hidratação tecidual. TEMPOS a) Duração total (min.): Depende do grau de retenção hídrica (quadro edematoso). b) Tempo ou intervalo de inversão: Depende do grau de polimerização do líquido intersticial (consistência), “aderência” tecidual. Aplicar uma só polaridade no tronco e a outra nos membros inferiores e executar inversões de polaridade com intervalos regulares (1, 2, 3, 4 ou 5 minutos). Exemplo: 20 minutos com inversões de polaridade a cada 2 minutos (ou cada 4 ou 5 minutos). ULTRA-SOM Som: Onda mecânica perceptível ao ouvido humano. Onda: perturbação que se propaga no espaço, a partir do ponto de origem. Propagando energia e não matéria. As ondas sonoras nos equipamentos de terapia são geradas por meio dos transdutores eletroacústicos. As ondas mecânicas audíveis estão compreendidas, aproximadamente, entre as frequências de 20 Hz a 20.000 Hz. As frequências inaudíveis ao ouvido humano são classificadas como infrassons (abaixo de 20 Hz) e ultrassons (acima de 20.000 Hz/ 20 KHz). O som pode sofrer reflexão, refração e atenuação, dependendo do meio onde se propaga. 28 REFLEXÃO: Ocorre quando uma onda emitida volta ao meio de origem, conservando sua frequência e velocidade. REFRAÇÃO: Ocorre quando uma onda emitida passa para outro meio/tecido (interface) alterando sua velocidade, mas mantendo sua frequência. ABSORÇÃO OU ATENUAÇÃO: É a retenção da energia acústica pelo tecido irradiado e que é transformada em calor 29 EFEITOS FISIOLÓGICOS a) Efeitos mecânicos: Causados pela micromassagem. Aumentam a circulação de fluidos intra e extracelulares, fazendo a retirada de resíduos metabólicos e aumentando a oferta de nutrientes. o Fibrinolítico. o Ação Tixotrópica: Propriedade que o ultrassom tem de fluidificar estruturas com maior consistência (gel em sol). o Estimulação da Angiogênese (Neovascularização). o Aumento da permeabilidade da membrana. c) Efeitos térmicos: A quantidade de calor gerado depende do regime de emissão, a intensidade, a frequência e a duração do tratamento (Vasodilatação, Aumento do fluxo sanguíneo e Aumento do metabolismo). Modos de emissão de ondas ultrassônicas: Modo Contínuo (efeitos térmicos e mecânicos) e Modo Pulsado (efeitos mecânicos e minimização dos efeitos térmicos). E.R.A. / ÁREA DE RADIAÇÃO EFETIVA (cm²). 1 min./cm². TEMPO DE APLICAÇÃO: Tempo (min.) = Área a ser trabalhada/E.R.A. Obs.: Caso o tempo encontrado seja igual o superior a 15 min. Devemos dividir a área em 2, 3 ou 4 partes iguais (quadrantes). 30 CONTRAINDICAÇÕES 1) Áreas com insuficiência vascular. 2) Aplicações na região ocular. 3) Útero grávido. 4) Sobre a área cardíaca. 5) Tumores malignos. 6) Epífises de crescimento. 7) Testículos/gônadas. 8) Sobre tromboflebites / varizes (principalmente trombosadas). 31 CORRENTE RUSSA Definição: Corrente de média frequência (2500 Hz) modulada em rajadas dentro da frequência biológica. USO NA ESTÉTICA: Diminuir a perda do tônus da musculatura corporal, através da: •Melhora circulatória. •Melhora da força muscular. •Hipertrofia muscular. •Melhor aproveitamento do tecido muscular (fibras brancas e vermelhas). PARÂMETROS A SEREM OBSERVADOS: •Frequência portadora: 2500 Hz. •Frequência de modulação: Brancas, Intermediárias ou Vermelhas - 20 a 150 Hz. •Intensidade da corrente. •Modos de emissão (contínuo, recíproco, sequencial e sincronizado). •Ciclo de trabalho. •Tempos: 1. Tempo de subida (“Rise”). 2. Tempo de contração (Sustentação). 3. Tempo de descida (“Decay”). Obs.: A soma dos três tempos acima, é também chamada de Tempo “On”. 4. Tempo de intervalo (Tempo “Off”). 32 TIPOS DE CONTRAÇÕES. Contração isotônica: Exercício dinâmico executado contra a resistência à medida que o músculo se alonga ou encurta na amplitude de movimento existente. Neste tipo de contração temos uma Fase Concêntrica (Fase Positiva – “Rise”/Subida) e uma Fase Excêntrica (Fase Negativa – “Decay”/Descida). Concêntrica: A resistência é aplicada ao músculo enquanto ele se encurta. Excêntrica: A resistência é aplicada ao músculo enquanto ele se alonga. CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA. O músculo se contrai sem uma mudança apreciável no comprimento do músculo ou sem movimento articular visível. INTENSIDADE Quanto mais intenso for o estímulo, melhor será a adaptação e maior será o rendimento. TEMPO DE APLICAÇÃO: Para evitar a acomodação (inibição da fibra motora por adaptação), alguns pesquisadores aconselham usar de 15 a 20 minutos; outros de 20 a 25 minutos. FREQUÊNCIA DE TRATAMENTO A mesma quantidade de treinamento provoca maior aumento de rendimento quando realizada com carga distribuída em varias sessões. Realizar o treinamento com a maior frequência possível, pois as capacidades de rendimento progridem mais rapidamente, quanto mais frequente for o treinamento, o que é válido para qualquer idade. 33 POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS Técnica Unipolar (um só eletrodo por músculo): Um eletrodo no ponto motor e o outro no ponto motor de outro músculo. Técnica Bipolar (dois eletrodos por músculo): Um eletrodo na origem muscular (inserção proximal) e outro na inserção (inserção distal); ou um eletrodo no ponto motor e o outro na origem ou na inserção. MODOS DE UTILIZAÇÃO: a) Modosincronizado: É o mais utilizado na estimulação muscular. A corrente flui em todos os canais ao mesmo tempo (no tempo ”ON”) sendo interrompida no tempo “OFF”. b) Modo recíproco: A corrente é alternadamente liberada em determinados canais. Por exemplo: Enquanto os canais 1, 2, 3,e 4 estão no tempo ”ON”, os restantes (5, 6, 7 e 8) estão no tempo “OFF”. Na emissão seguinte, funcionam os que estavam em “OFF” e não liberam a corrente, aqueles que estavam em “ON”. c) Modo sequencial: A corrente é liberada pelos dos canais de forma sequencial. Obedecendo a ordem numérica dos canais (1º, 2º, 3º, etc.). Modo normalmente utilizado para realizar a drenagem linfática. d) Modo contínuo: A corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo de forma ininterrupta. FREQUÊNCIA (Hz): 20/30 Hz Fibras Vermelhas. 40/50 Hz Fibras Intermediárias. 75/100 (150) Hz Fibras Brancas. 34 ELETROLIPÓLISE - ELETROLIPOFORESE A eletrolipólise é utilizada para o tratamento da adiposidade (gordura localizada). É a aplicação de corrente especifica que atua diretamente nos adipócitos, ocasionando o esvaziamento do seu conteúdo e posterior eliminação. O campo elétrico que ocorre entre os eletrodos, promove no local, uma serie de modificações fisiológicas, levando a lipólise. São eles: 1) Efeito Joule: É a produção de calor. O aumento de temperatura estimula o metabolismo celular local, aumentando o gasto calórico e o trofismo celular. 2) Efeito de estímulo circulatório: O efeito Joule instala uma vasodilatação local, promovendo ativação da microcirculação. 3) Efeito neuro-hormonal: O tecido adiposo possui intensa atividade metabólica, formando triglicerídeos, armazenando-os e decompondo-os (lipólise) conforme a necessidade. A lipólise é realizada pela ação da enzima triglicerideolipase. Esta enzima dissocia os triglicerídeos em três ácidos graxos e uma molécula de glicerol. Em grande parte, estes ácidos graxos são liberados pelo adipócito, e só voltam a formar triglicerídeos, caso haja excesso de glicose circulante. Já o glicerol não é reutilizado, sendo metabolizado em glicose pelo fígado. A eletrolipólise estimula a lipólise pela liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que atuam sobre os receptores beta do adipócito e estimulam a triglicerideolipase, potencializando a lipólise dos triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos, sendo ativadas por intermédio do aumento do AMP cíclico do adipócito (ativação de lipase tissular). 35 TECNICA DE APLICAÇÃO Introdução de agulhas de acupuntura no tecido adiposo: São introduzidas (de forma oblíqua) aos pares no tecido adiposo, a uma distância de cerca de 4 a 5 cm uma da outra, ficando uma paralela a outra. Eletrodos de superfície: Posicionados também aos pares, sobre esponjas úmidas ou gel, também paralelas e cobrindo a área alvo. Intensidade: Até o limite suportável pela cliente e quando utilizamos agulhas, devemos respeitar o seu comprimento e diâmetro. Frequência: A frequência da corrente varia de 5 a 50 Hz, normalmente é utilizada a frequência de 25 Hz. CONTRAINDICAÇÕES a) Problemas cardíacos e portadores de marca-passo e cardiopatias congestivas. b) Neoplasias; c) Afecções dermatológicas na área alvo. d) Epilepsia. e) Pinos ou placas superficiais no local de aplicação. f) Grávidas. g) Insuficiência renal. h) Patologias como fibroma uterino; 36 RADIOFRÊQUENCIA RADIOFREQUENCIA Radiação que se encontra no espectro eletromagnético entre os 3 KHz e os 300 GHz. Entre estes extremos encontram-se as ondas de rádio, micro-ondas, radiação infravermelha, a luz visível e radiação ultravioleta (nesta ordem). A radiação eletromagnética não ionizante, embora não tenha energia suficiente para provocar uma ionização, é capaz de produzir outros efeitos biológicos. Um deles é a produção de calor (Efeitos Térmicos). EFEITOS TÉRMICOS DA RÁDIOFREQUENCIA A energia das radiofrequências, quando aplicada em tecidos biológicos, causa um aumento de temperatura devido a sua absorção pela água do organismo. O aumento da produção de energia térmica no organismo depende, fundamentalmente, de dois fatores: 1. Intensidade e frequência da radiação que penetrou no seu interior; 2. Capacidade do organismo em regular a temperatura, uma vez que este funciona como um termostato. PROTEÍNA DE CHOQUE TÉRMICO – HSP 47 O efeito térmico estimula a proteína HSP 47, que é a Proteína do Choque Térmico (Heat Shock Protein). As proteínas de choque térmico estão presentes em várias células e são ativadas quando as mesmas sofrem algum tipo de estresse. 37 ALGUMAS AÇÕES DAS HSP-47 ✓Auxiliam na montagem final das proteínas. ✓Atuam na sua síntese, dobramento e degradação. ✓Aumentam a rapidez de remoção de proteínas desnaturadas de dentro das células. ✓Identificam e talvez facilitem o redobramento de proteínas afetadas de modo adverso pelo estresse metabólico. TIPOS DE RADIOFREQUÊNCIAS: INDUTIVA, RESISTIVA E CAPACITIVA NÚMERO DE PONTEIRAS DA MANOPLA: Atualmente o mercado oferece equipamentos com ponteiras (cabeçote) unipolares, bipolares, tripolares, tetrapolares e hexapolares. APLICAÇÃO DA RADIOFREQUENCIA Combinar a potência (W) e a velocidade de manipulação da ponteira, até a temperatura da epiderme alcance 40º C (verificada com termômetro de superfície). Após alcançar a temperatura desejada, manter a aplicação na área por 2 a 5 minutos. RADIOFREQUENCIA: TRATA-SE DE UMA TÉCNICA NÃO-INVASIVA: a) Sem efeitos sistêmicos. b) Não causa dependência. c) Não tem efeitos colaterais indesejáveis. d) Não causa nenhum dano para a epiderme. e) Não interfere na rotina normal. f) O tratamento apresenta melhores resultados após 2-6 meses. 38 RÁDIOFREQUENCIA: INDICAÇÕES. 1)Efeito lifting. 2)Envelhecimento cutâneo. 3)Flacidez cutânea. 4)Tratamentos pré e pós-cirúrgicos. 5)Estrias (em complemento a tratamentos específicos). 6)Celulite (FEG Flácida). 7)Tratamentos pré e pós-cirúrgicos. 8)Tratamentos pós-parto. 9) Modelação corporal. RÁDIOFREQUENCIA: CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS: a) Portadores de marca-passos e problemas cardíacos severos. b) Portadores de próteses metálicas subjacentes. c) Portadores de aparelhos auditivos ou outros dispositivos eletromagnéticos. d) Portadores de epilepsia. e) Pacientes grávidas ou gestantes. f) Portadores de processos neoplásicos e tumores. 39 BIBLIOGRAFIA: AGNE, Jones Eduardo. Eletrotermoterapia: teoria e prática. Santa Maria: Orium, 2005. 336 p. AGNE, Jones Eduardo. Eu sei eletroterapia. 2. ed. Santa Maria: Gráfica Palloti, 2009. 400 p. BORGES, Fábio dos Santos. Dermato-Funcional: modalidades terapêuticas das disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2010. GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, recursos e patologias. 3 ed. São Paulo: Manole, 2004. 584 p. LOW, John; REED, Ann. Eletroterapia Explicada: princípios e prática. 3.ed. São Paulo: Manole, 2003. ROBINSON, Andrew J.; MACKLER, Lynn Snyder. Eletrofisiologia Clínica. 2. ed. São Paulo: Artmed, 2002.
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