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Resumo de Psicopatologia Geral np2

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Resumo de Psicopatologia Geral – np2 (RESUMO EXERCÍCOS ONLINE)
LER RESUMO NP1 E RELER TEXTOS APOSTILA NP2 
Uma proposta de método para a psicoterapia de psicóticos.
A avaliação psicodinâmica do paciente é feita em conjunto com a avaliação psiquiátrica para os profissionais que utilizam essa abordagem. Esse posicionamento imprime uma visão mais abrangente do que a posição do psiquiatra que mantém apenas uma abordagem só descritiva do diagnóstico.
Gabbard (1998) no seu livro Psiquiatria Psicodinâmica descreve a entrevista clínica como um momento de extrema importância para o tratamento e reflete sobre a conduta e postura do entrevistador na entrevista.
Levanta ainda questões importantes sobre a transferência e a contra transferência na entrevista. O manejo da contratransferência por parte do entrevistador é de fundamental importância para a continuidade da relação.
Ressalta que ao final da avaliação psicodinâmica o clínico deve chegar a um diagnóstico descritivo que você aprendeu no módulo 2 e a um diagnóstico psicodinâmico baseado na compreensão do paciente e da sua doença.
O diagnóstico psicodinâmico estará trabalhando com as características do ego, seus mecanismos de defesa, a qualidade das relações objetais, os padrões transferências e contratransferências.
O tratamento de pacientes psicóticos é sistematizado por Massaro (1994) e propõe que o método tenha uma proposta para a fase de surto, que seja adaptado a cultura, que possa ser aplicado em serviços de saúde mental, que não seja finalizado, que não afaste outros mecanismos de tratamento.
Expõe de forma didática a proposta de atuação dividida em fases.
· Fase de vinculação
· Fase de auto-questionamento
· Fase de diferenciação do ego e de organização do psiquismo e do cotidiano
· Fase de entrada na realidade e fase de ancoragem.
Qualquer descrição da abordagem psicodinâmica à entrevista clínica deve iniciar com a importância fundamental da relação entre o psicólogo e o paciente.
Psicopatologia Geral
Para a Psicopatologia Geral Descritiva, interessa fundamentalmente a forma das alterações psíquicas, a estrutura dos sintomas, aquilo que caracteriza a vivência patológica, como sintoma mais ou menos típico.
Psicopatologia Geral: estudo descritivo dos fenômenos psíquicos anormais, exatamente como se apresentam à experiência humana.
A Psicopatologia tenta descrever a experiência vivida pelos doentes em relação aos fenômenos mentais anormais. O relato do exame psíquico deve ser feito de modo descritivo sem usar termos técnicos.
Fundamentos: - Fenomenologia - Distúrbios Fenomenológicos -observação objetiva
Critérios de normalidade bem demarcados e baseados nos níveis de maturidade “Lei da Média” e na performance individual.
Metodologia: observação objetiva
Objetivos: descrição e classificação dos fenômenos mental mentais. Estruturação de uma nosologia dos distúrbios mentais.
Diagnóstico Psiquiátrico
Concepção Fenomenológica
Objeto: Fenômenos mentais
Instrumentos: sinais e sintomas
Conceito de Enfermidade: Cf. Ludwig Binswanger
Psiquiatria: desvio de um tipo descrito e síntese do que desvia em um novo tipo descritivo.
Fundamental para o conhecimento da doença.
Subsídios para o diagnóstico da doença.
Delimitação:
a) do campo terapêutico.
b) do tipo de diálogo.
DISTÚRBIOS FENOMENOLÓGICOS:
· Alterações cognitivas (do pensar)
· Alterações do pragmatismo (do querer)
· Alterações afetivas (do sentir)
Psicopatologia Psicanalítica. O diagnóstico estrutural: Neurose e Psicose.
Aqui trabalharemos com dois artigos de Freud. Neurose e psicose de 1924 e A perda da realidade na neurose e psicose também de 1924.
Freud em Neurose e psicose afirma que: “Em vinculação com uma sequencia de pensamento levantada em outros campos, relativa à origem e prevenção das psicoses, ocorreu-me agora uma fórmula simples que trata com aquilo que talvez seja a mais importante diferença genética entre uma neurose e uma psicose: a neurose é o resultado de um conflito entre o ego e o id, ao passo que a psicose é o desfecho análogo de um distúrbio semelhante nas relações entre o ego e o mundo externo”.
“(...) Nossas análises demonstram todas que as neuroses transferenciais se originam de recuar-se o ego a aceitar um poderoso impulso instintual do id ou a ajudá-lo a encontrar um escoador ou motor, ou de o ego proibir àquele impulso o objeto a que visa. Em tal caso, o ego se defende contra o impulso instintual mediante o mecanismo da repressão. O material reprimido luta contra esse destino. Cria para si próprio, ao longo de caminhos sobre os quais o ego não tem poder, uma representação substitutiva (que se impõe ao ego mediante uma conciliação) — o sintoma. O ego descobre a sua unidade ameaçada e prejudicada por esse intruso e continua a lutar contra o sintoma, tal como desviou o impulso instintual original. Tudo isso produz o quadro de uma neurose. Não é contradição que, empreendendo a repressão, no fundo o ego esteja seguindo as ordens do superego, ordens que, por sua vez, se originam de influências do mundo externo que encontraram representação no superego. Mantém-se o fato de que o ego tomou o partido dessas forças, de que nele as exigências delas têm mais força que as exigências instintuais do id, e que o ego é a força que põe a repressão em movimento contra a parte do id interessada e fortifica a repressão por meio da anticatexia da resistência. O ego entrou em conflito com o id, a serviço do superego e da realidade, e esse é o estado de coisas em toda neurose de transferência.”
No artigo intitulado “A perda da realidade na Neurose e na Psicose” Freud afirma que: Tanto a neurose quanto a psicose são, pois, expressão de uma rebelião por parte do id contra o mundo externo, de sua indisposição — ou, caso preferirem, de sua incapacidade — a adaptar-se às exigências da realidade.
 A neurose e a psicose diferem uma da outra muito mais em sua primeira reação introdutória do que na tentativa de reparação que a segue.
Por conseguinte, a diferença inicial assim se expressa no desfecho final: na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga, ao passo que na psicose, a fuga inicial é sucedida por uma fase ativa de remodelamento; na neurose, a obediência inicial é sucedida por uma tentativa adiada de fuga. Ou ainda, expresso de outro modo: a neurose não repudia a realidade, apenas a ignora; a psicose a repudia e tenta substitui-la. Chamamos um comportamento de ‘normal’ ou ‘sadio’ se ele combina certas características de ambas as reações — se repudia a realidade tão pouco quanto uma neurose, mas se depois se esforça, como faz uma psicose, por efetuar uma alteração dessa realidade. Naturalmente, esse comportamento conveniente e normal conduz à realidade do trabalho no mundo externo; ele não se detém, como na psicose, em efetuar mudanças internas. Ele não é mais autoplástico, mas aloplástico.
Em uma psicose, a transformação da realidade é executada sobre os precipitados psíquicos de antigas relações com ela — isto é, sobre os traços de memória, as ideias e os julgamentos anteriormente derivados da realidade e através dos quais a realidade foi representada na mente. Essa relação, porém, jamais foi uma relação fechada; era continuamente enriquecida e alterada por novas percepções. Assim, a psicose também depara com a tarefa de conseguir para si própria percepções de um tipo que corresponda à nova realidade, e isso muito radicalmente se efetua mediante a alucinação”.
Portanto, tanto na neurose quanto na psicose interessa a questão não apenas relativa a uma perda da realidade, mas também a um substituto para a realidade.
Conceito e Classificação das Psicoses
Do ponto de vista da psiquiatria clínica, se denominam psicoses, as doenças mentais nas quais as funções psíquicas se acham tão afetadas, que o indivíduo que as padece não pode cuidar adequadamente de si mesmo, controlar seus impulsos, estabelecer um juízo correto da realidade, ter consciência de suas próprias alterações e nem conviver razoavelmente com as demais. Tudo isso, dá lugar a que esses doentes possam ser perigosos parasi mesmos (auto lesões, suicídio, descuido extremo de seus próprios interesses, etc.) ou para os outros (agressões imotivadas) e a que não se lhes considere inteiramente responsáveis por seus atos.
Talvez o mais característico dos doentes psicóticos seja a incapacidade para distinguir entre o mundo externo e sua própria vida psíquica, de forma que o indivíduo passa a considerar parte de seus impulsos, ansiedades e fantasias como algo que tem uma realidade externa. Isso dá lugar, por exemplo, a erros na percepção, em que o indivíduo experimenta percepções sem que exista o correspondente estímulo que justifique tal vivência. Também, e através do mesmo mecanismo, aparecem as chamadas idéias delirantes, que posteriormente, em ocasiões, se organizam em delírios sistematizados consistentes em idéias errôneas patologicamente engendradas. Se digo patologicamente engendradas é porque o erro consiste em que o doente atribui aos demais, aqueles impulsos ou sentimentos que só estão em sua mente, ou julga como um fato real aquilo que só é um desejo ou fantasia inconsciente. Assim, por exemplo, acredita estar sendo perseguido erótica ou agressivamente por outros (delírio erotomaníaco e delírio de perseguição); ou acredita estar marcado por um destino excepcional (delírio megalomaníaco ou de grandeza); ou acredita ser um novo messias, um profeta, etc. (delírio messiânico); ou crê que seu cônjuge lhe é infiel, ao atribuir-lhe seus próprios e inconscientes desejos homossexuais (delírio de ciúmes), etc...
As psicoses se dividem em 2 grandes grupos:
· Psicoses orgânicas, nas quais existe uma patologia cerebral ou somática geral (tumor cerebral, traumatismo, infecção, esclerose vascular, degeneração do tecido encefálico, etc.) como causa fundamental da perturbação psíquica;
· Psicoses funcionais, nas quais não existe uma alteração orgânica concreta e desencadeante do transtorno psíquico, e nas quais se considera que existe uma multiplicidade de fatores somáticos (hereditários, metabólicos, neuroendócrinos, energia dos instintos, etc...) e psicológicos (desenvolvimento do Ego, experiências infantis, regressão, fixação, frustrações, situação ambiental, etc.) que se conjugam entre si de diversos modos, dando lugar a eclosão da enfermidade)
Nas psicoses orgânicas, mesmo sendo sua expressão psíquica, tanto o estudo de suas causas como do tratamento pertencem mais a neurologia.
As psicoses funcionais, pela grande freqüência com que se apresentam, afetando pessoas com plena capacidade de trabalho, assim como pelos problemas de adaptação individual, familiar, profissional, social, sexual, etc., que colocam, interessam não somente ao médico e ao psiquiatra, mas também ao psicólogo, ao trabalhador social, ao pedagogo, ao jurista e ao estudioso em geral.
Eu acrescentaria que as psicoses funcionais foram assim denominadas por não encontrarem bases orgânico-biológicas para seu aparecimento. Os termos “funcional”, “essencial”, foram diversas maneiras encontradas pela medicina para designar doenças de causas não conhecidas.
PSICOSES ESQUIZOFRÊNICAS
ESQUIZOFRENIA: s.f. Enfermidade mental que se caracteriza por dissociação das funções mentais. Gr. skhizo, separo e phren, enos, mente, espírito. Deriv.: esquizofrênico, adj. suf. ico.
Entre a multiplicidade de manifestações da doença mental, existe um grupo de indivíduos chamados esquizofrênicos, que correspondem em linhas gerais, ao que a maioria das pessoas entende por louco, alienado, demente. É importante ressaltar para vocês alunos sobre o significado que essa palavra tem na linguagem técnica, limita-se a debilitação intelectual, global profunda. O radical comum está na falta de lógica e na incompreensão de sua conduta. 
Kraepelin, psiquiatra alemão, considerado o pai da psiquiatria moderna, foi um dos expoentes mais expressivos na classificação dos doentes mentais. Intitulou de “demência precoce”, uma entidade clínica definida como uma série de síndromes clínicas cuja característica comum constituía a destruição da correlação ou harmonia interna. Chamou atenção de Kraepelin, o início precoce da doença e o freqüente término em um estado profundo de deterioração intelectual. (demência). Distinguiu três formas clínicas principais que até hoje são usadas. Vide CID 10. São elas:
a) I-Hebefrênica: (Hebefrenia: distúrbios da inteligência que costumam aparecer na puberdade. Gr. hebe, mocidade e phren, enòs, mente espírito; suf ia. deriv.: hebefrênico, adj. diz-se do que está atacado de hebefrenia, suf. ico)
b) II-Catatônica: (Catatonia: forma de alienação mental, caracterizada por perda momentânea da consciência e dos movimentos, melancolia com estupor (mal súbito, abolição instantânea das funções cerebrais por causas mórbidas). Do grego Kata, para baixo; tônus, tensão; ia, sufixo. Deriv. Catatônico.
c) III- Paranóide: (paranóia: demência, loucura com delírio. Latim paranoea, grego paránoia, de paránoos, demente. Deriv.: paranóico, adj. Louco, demente, suf. ico.).
 Kraepelin se limitou a um estudo descritivo. Considerava a demência precoce como a expressão psíquica de uma doença orgânica. É um psiquiatra organicista, apoiado por toda a medicina de sua época. Quando dizemos, organicista nos referimos a uma concepção da doença mental que afirma que se encontra no indivíduo a causa única de seu estado mórbido. (do latim morbidus, deriv. de morbus, doença).
A segunda etapa do estudo da esquizofrenia começa então com E. Bleuler, que substituiu o nome demência precoce por esquizofrenia. Para Bleuler existe um transtorno fundamental, cuja presença decide o diagnóstico de esquizofrenia, e cuja ausência o elimina. Esse transtorno fundamental se expressa com a própria palavra esquizofrenia, que significa cisão, fenda ou dissociação.
Tal corte ou ruptura do psiquismo seria o transtorno básico, e desse transtorno básico derivariam os sintomas primários, de tipo negativo, “defeitual”. A resposta do psiquismo a esse déficit, a esses sintomas primários, por veredas patológicas é o que produz a abundante floração de sintomas secundários da esquizofrenia. Bleuler criou o termo autismo, para expressar o retraimento afetivo e o refúgio em um mundo interno próprio, e ruptura do contato com a realidade, nos quais o esquizofrênico submerge como conseqüência de sua cisão ou dissociação do psiquismo. Nesse mundo autista, como nos sonhos, os pensamentos e sentimentos têm uma expressão simbólica distinta do habitual, e os simbolismos expressivos são precisamente os sintomas secundários ou produtivos da esquizofrenia.

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