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Análise Econômica e Financeira Prof. Msc Luís Umberto Allievi Frizon 1 Luís Umberto Allievi Frizon, Msc Mestre em Ingénierie Financière et des Marchés option Contrôle des Risques Université de Caen – França Professor Universitário Empresário 2 ➢ Nome ➢ Atividade/Função ➢ Experiência ➢ Curiosidade sobre você. Apresentações 3 Plano de Ensino 5 1. Demonstrações financeiras 1.1. Objetivos da análise dos Demonstrativos 1.2. Estrutura e Padronização das Demonstrações Financeiras 1.3. Análise estática e dinâmica 1.4. Análise horizontal 1.5. Análise vertical 2. Análise do Capital de Giro 2.1 Capital de giro líquido e capital de giro próprio; 3. Indicadores Econômico- Financeiros 3.1. Indicadores de Liquidez: 3.1.1. Imediata 3.1.2. Corrente 3.1.3. Seca 3.1.4. Geral 3.1.5. Solvência geral 3.1.6. Investimento próprio 3.1.7. Imobilização de recursos de terceiros 3.1.8. Obsolescência e consumo de ativos; 3.2. Rentabilidade: 3.2.1. Margem bruta comercial 3.2.2. Margem operacional 3.2.3. Custo financeiro 3.2.3. Margem antes dos impostos 3.2.4. Retorno sobre os investimentos efetuados 3.2.5. Rentabilidade sobre o patrimônio líquido 3.2.6. Fontes de recursos 3.2.7. Fluxo de caixa operacional; 3.3. EBITDA 3.4. Indicadores de Endividamento 3.4.1 Alavancagem operacional, riscos, financiamentos e giro. Formas de Avaliação N1 - 50% da nota final - Composição: - 60% - Trabalhos e exercícios - 40% - Prova individual, escrita e sem consulta N2 - 50% da nota final Composição: - 100% prova Individual, escrita e sem consulta 6 Principal Objetivo de uma Empresa? O objetivo dos envolvidos na administração financeira de uma empresa é a maximização do seu valor para os acionistas. Esse objetivo é algo a ser perseguido a longo prazo, sem foco em lucros imediatos. BORDEAUX-RÊGO, 2010, p.18. Administração Financeira 7 Administração Financeira • Quais os objetivos das empresas? • Maximizar Lucro? – Apenas as alternativas que geram o maior lucro para empresa, não levanto em conta outros fatores. • Redução dos gastos com treinamento e capacitação • Redução dos gastos com manutenção dos ativos fixos • Redução dos gastos com publicidade e propaganda • Redução dos investimentos em modernização • Aumento do volume de vendas por meio de descontos de preços, aumentando o valor do lucro, mas diminuindo a lucratividade, etc. – Muito imprecisa pois ações tomadas para aumentar o lucro atual podem diminuir o lucro futuro 8 ▪ Para administração financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado. Objetivo das empresas ▪ O investimento feito por proprietários de empresas devem produzir um retorno compatível com o risco assumido. ▪ A geração de lucro e caixa é importante para que uma empresa cumpra sua função social. 9 Importante ferramenta de apoio ao processo decisório. Ajuda a responder questões como: ▪ Por que não consegui um empréstimo no banco? ▪ Em que percentagem o crescimento das vendas afetou positivamente minha rentabilidade? ▪ Qual o efeito dos aportes de recursos externos realizados nesse período (empréstimos e financiamentos) sobre a situação financeira da empresa? ▪ O nível de endividamento da empresa é suportável? Análise Economico Financeira 10 Ajuda a responder questões como: ▪ Pegar um empréstimo para minha empresa é bom ou ruim? ▪ Posso lançar uma campanha comercial agressiva? ▪ Posso lançar um novo produto? ▪ É viável aumentar o barracão de minha empresa? ▪ É melhor alugar ou comprar um novo barracão para a empresa? ▪ Quero lançar uma estratégia de comissionamento nova para meus vendedores, quanto deve ser o aumento de vendas para compensar essa estratégia? Análise Economico Financeira 11 Contab. Gerencial e Financeira Importância: Para a tomada de decisões empresariais, vitais para o sucesso do negócio. Necessidade de dados, informações corretas, no tempo certo, de subsídios que contribuam para uma boa tomada de decisão. A contabilidade é o instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisão ( Marion – Contabilidade Empresarial, 2012) • Quais decisões que você toma em sua empresa que precisam de dados contábeis? 12 Plano de Contas O Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização 23 Plano de Contas – Contas Patrimoniais 1- ATIVO 2-PASSIVO 1.1. ATIVO CIRCULANTE 1.1.01 Caixa 1.1.02 Bancos conta movimento 1.1.03 Aplicações com Liquidez imediata 1.1.04 Contas a Receber de Clientes (Duplicatas a Receber) 1.1.05 Provisão para devedores duvidosos: 1.1.06 Estoques 1.1.07 Aplicações de liquidez não imediata 1.1.08 Despesas Antecipadas 1.1.09 Adiantamento a Fornecedores 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.1.01 Duplicatas a Receber 1.2.1.02 Promissórias a Receber 1.2.1.03 Depósitos Judiciais 1.2.1.04 Impostos a Recuperar 1.2.2 INVESTIMENTOS 1.2.2.01 Participação permanente em outras Sociedades 1.2.2.02 Obras de Arte 1.2.2.03 Imóveis (não operacionais) 1.2.2.04 Outros investimentos (ações, ouro, etc) 1.2.3 IMOBILIZADO 1.2.3.01 Computadores 1.2.3.02 Imóveis 1.2.3.03 Móveis e Utensílios 1.2.3.04 Veículos 1.2.4 INTANGIVEL 1.2.4.01 Marcas e Patentes 1.2.4.02 Softwares 2.1. PASSIVO CIRCULANTE 2.1.01 Fornecedores 2.1.02 Duplicatas a Pagar 2.1.03 Promissórias a Pagar 2.1.04 Salários a Pagar 2.1.05 Impostos a Recolher 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.2.01 Duplicatas a Pagar (Longo Prazo) 2.2.02 Promissórias a Pagar (Longo Prazo) 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.01 Capital 2.3.02 Reservas 2.3.03 (+/-) Lucros ou Prejuízos Acumulados 24 Plano de Contas – Contas de Resultado 3- DESPESAS 4-RECEITAS 3.1. DESPESAS OPERACIONAIS 3.1.1. DESPESAS COM VENDAS 3.1.1.01 Água e Esgoto 3.1.1.02 Aluguéis Passivos (Pagos) 3.1.1.03 Café e Lanches 3.1.1.04 Combustíveis 3.1.1.05 Salários Pagos 3.1.1.06 Publicidade e Propaganda 3.1.1.07 Fretes e Carretos 3.1.2. DESPESAS FINANCEIRAS 3.1.2.01 Despesas Bancárias 3.1.2.02 Juros Pagos 3.1.2.03 Desconto Concedido 3.1. 3 .DESPESAS ADMINISTRATIVAS 3.1.3.01 Material de Expediente 3.1.3.02 Material de Limpeza 3.1.3.03 Serviços de Terceiros 3.1.3.04 Telefones 4.1. RECEITAS OPERACIONAIS 4.1.01 Descontos Obtidos 4.1.02 Aluguéis Ativo (Recebidos) 4.1.03 Juros Ativo (Obtidos) 4.1.04 Receita Vendas 4.1.05 Receita Serviços 4.1. RECEITAS FINANCEIRAS 4.2.01 Descontos Obtidos 4.2.02 Juros Recebidos 4.4.03 Rendimentos sobre Aplicações Financeiras 5 – CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADO 5.1 RESULTADO LÍQUIDO 5.1.1 Resultado do Exercício 25 Classificação de Contas CONTAS DO ATIVO No ativo são agrupadas as Contas que representam Bens e Direitos, devidamente classificas em dois grupos: • Ativo Circulante • Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo – Investimentos – Imobilizado – Intangível A ordem de disposição das Contas no Ativo é a ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos nelas registrados Grau de Liquidez é o maior ou menor prazo no qual Bens e Direitos podem ser transformados em dinheiro. Ex : Mais líquido Menos Líquido Caixa > Bancos > Estoques > Construções 26 Classificação de Contas • Ativo Circulante Neste grupo estão as contas que representam Bens e Direitos que estão em constante circulação. Correspondem aos recursos aplicados em elementos que estão em frequente movimento. – Caixa : Dinheiro existente na empresa no momento do fechamento do balanço – Bancos conta movimento: Saldos bancários disponíveis para saque – Aplicações com Liquidez imediata: Podem ser convertidas em dinheiro facilmente– Contas a Receber de Clientes (Duplicatas a Receber): Valores a receber dos clientes pela venda de produtos – Provisão para devedores duvidosos: A Provisão para Devedores Duvidosos é efetuada por empresas que realizam vendas a prazo, assumindo, assim, o risco de eventuais perdas no recebimento de seus créditos com os cliente. A conta de provisão para devedores duvidosos é redutora de duplicatas a receber (Contas a Receber de Clientes). 27 Classificação de Contas – Estoques: Nas empresas comerciais, os estoques são representados basicamente, pelas mercadorias adquiridas para venda. Nas empresas industriais, temos normalmente 3 tipos de estoques: • Matéria-Prima: componentes a serem utilizados na produção • Produtos em processo: Matéria prima que esta na linha de produção • Produtos acabados: unidades produzidas e ainda não vendidas A regra geral de avaliação dos estoques é a do custo ou a de valor de mercado, dos dois o menor. – Aplicações de liquidez não imediata: São aplicações feitas pela empresa, cujo resgate ocorrerá durante o exercício social subsequente. – Despesas Antecipadas: Despesas pagas antecipadamente. Ex. Seguros, Publicidade paga antecipadamente, Assinaturas pagas antecipadamente. – Adiantamento a Fornecedores: Adiantamentos por conta de entrega futura de mercadorias 28 Classificação de Contas • Ativo não circulante Todas as contas que representam Direitos cujos vencimentos ocorram após o término do exercício social seguinte ao Balanço ou seja mais de um ano para serem recebidas. Também constam bens destinados a investimento ou operação da empresa. – Realizável a Longo Prazo: Direitos cujos vencimentos ocorram após o término do Exercício social seguinte ao balanço. • Valores a Receber: Duplicatas decorrente de venda • Depósitos Judiciais: Valores aguardando decisão judicial • Impostos a Recuperar: Impostos em discussão judicial – Investimentos: Participações permanentes em outras sociedades e Bens/Direitos não destinados a operação. • Imóveis: Não utilizado na atividade fim da empresa, apenas como renda • Obras de arte: Obras de arte adquiridas como investimento • Investimento em ouro ou ações, etc: 29 Classificação de Contas – Imobilizado: Direitos que tenham como objetivo bens corpóreos destinados a manutenção da atividade da empresa. São representados por bens tangíveis com as seguintes características: • Sua utilização nas atividades da empresa • Não estejam destinados à venda • Vida útil superior a um ano • Relevância do Valor Ex. : Imóveis e terrenos, Máquinas e Equipamentos, Equipamentos de Informática, Veículos, Móveis e instalações, Imobilização em andamento. 30 Classificação de Contas – Depreciações, amortizações e exaustões: São contas redutoras do ativo imobilizado. • Depreciação: Perda do valor dos bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. • Amortização: Perda de valor do capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial ou quaisquer outros com duração limitada. • Exaustão: Perda do valor decorrente de sua exploração de recursos minerais ou florestais. 31 Classificação de Contas Tabelas de Depreciação Tipo de Imobilizado Taxa de Depreciação Vida útil estimada Prédios e construções 4% 25 anos Máquinas e equipamentos 10% 10 anos Veículos 20% 5 anos Móveis e utensílios 10% 10 anos Instalações em geral 10% 10 anos Ferramentas 20% 5 anos Microcomputadores 20% 5 anos 32 Classificação de Contas Tabelas de Depreciação Turnos de 8 horas Multiplicador para as taxas habituais Um turno 1,0 Dois turnos 1,5 Três turnos 2,0 33 Classificação de Contas – Intangível: Compreende os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Ex. Softwares adquiridos ou desenvolvidos. 34 Classificação de Contas CONTAS DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO As contas que representam o passivo e o patrimônio líquido representam as fontes de recursos, podendo ser recursos provenientes de terceiros (dividas) ou dos sócios, por meio de aporte de capital ou de lucro gerado pela própria empresa. Estão classificadas em: • Passivo Circulante • Passivo Não Circulante • Patrimônio Líquido A ordem de disposição das Contas no Passivo obedece a ordem decrescente do grau de exigibilidade. Grau de exigibilidade é o maior ou menor prazo em que as Obrigações devem ser pagas pela empresa. 35 Classificação de Contas • Passivo Circulante Neste grupo são classificadas todas as Contas que representam as Obrigações que a empresa terá de pagar no exercício seguinte ao do Balanço. – Fornecedores: Representa as contas a prazo efetuadas pela empresa. – Salários e encargos sociais: Normalmente, os salários relativos a cada mês são pagos no início do mês seguinte, devendo ser contabilizados como despesa do período. – Impostos e taxas: ICMS a recolher, IPI a recolher, ISS a recolher, PIS a recolher, IRRF a recolher, Cofins a recolher – Instituições Financeiras: Empréstimos de curto prazo obtidos pela empresa – Debêntures de curto prazo: Títulos lançados pelas empresas com finalidade de captarem recursos a longo prazo, normalmente, pagando uma taxa de juros. 36 Classificação de Contas • Passivo Não Circulante (Exigível a Longo Prazo ) Neste grupos estão as Contas que representam as Obrigações que a empresa terá de pagar após o término do exercício social seguinte ao do Balanço, isto é num prazo superior a um ano. – Financiamentos: Normalmente são financiamentos destinados a ativos de longo prazo. A medida que seu vencimento se torna igual ou inferior a um ano, seus valores são transferidos para o passivo circulante. – Debêntures de Longo Prazo: – Tributos: Parcelamentos de Tributos, que podem decorrer de tributos não pagos pela empresa nos vencimentos e que foram negociados com os poderes competentes, para serem pagos dentro de nova programação de pagamento. 37 Classificação de Contas • Patrimônio Líquido Representa o patrimônio que pertence aos proprietários da empresa. É a diferença entre o ativo total e as dívidas da empresa. – Capital Social: O capital social pode ser representado por ações (no caso da S.A) ou cotas nas sociedades limitadas. – Reservas de Lucros: • Reserva Legal: do lucro líquido do exercício, 5% são aplicados na constituição da reserva legal, que não poderá exceder 20% do capital social. Poderá ser usada para compensar prejuízo ou aumento de capital social • Reserva Estatutárias: O estatuto da sociedade poderá criar reservas, desde que, para cada uma delas, indique a finalidade, estabeleça a percentagem do lucro que será destinada para sua constituição e o limite máximo. • Reservas de Contingência: Para compensar a perda julgada provável e cujo valor possa ser estimado. (Perdas judiciais). 38 Classificação de Contas – Ações em Tesouraria: Ações da própria empresa adquiridas e mantidas em tesouraria. – Prejuízos Acumulados: Retrata os Resultados negativos, ou seja, os prejuízos acumulados e ainda não compensados. 39 1) Salários a Pagar R$ 30.000,00 2) Veículos utilizado na entrega de produtos R$ 30.000,00 3) Caixa R$ 10.000,00 4) Obras de Arte R$ 10.000,00 5) Bancos – Poupança R$ 50.000,00 6) Duplicatas a Receber (6 meses) R$ 30.000,00 7) Estoques de Mercadoria R$ 35.000,00 8) Reserva Legal R$ 20.000,00 9) Duplicatas a Receber (18 meses) R$ 5.000,00 10) Duplicatas a Pagar (20 meses) R$ 8.000,00 11) Lucros / Prejuízo Acumulado R$ 30.000,00 12) Financiamento Bancário ( 10 anos) R$ 250.000,0013) Duplicatas a Pagar (10 meses) R$ 50.000,00 14) Imóvel alugado para Sr. Fulano R$ 100.000,00 15) Impostos a Pagar ( 18 meses) R$ 10.000,00 16) Imóvel - sede do Escritório da Empresa R$ 150.000,00 17) Marcas e Patentes R$ 10.000,00 18) Capital Social R$ 132.000,00 19) Bancos - Conta Corrente R$ 60.000,00 20) Bancos - Invest. vencimento 14 meses R$ 40.000,00 40 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO Receita – Despesa = Lucro ou Prejuízo DRE Cia. Sucesso Receita $ 90 milhões Despesa $(48 milhões) Lucro $ 42 milhões Cia. Fracasso Receita $ 60 milhões Despesa $(78 milhões) Prejuízo $ (18 milhões) 41 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO CONCEITO DE RECEITA E DESPESA Receita: Corresponde a venda de mercadorias ou prestação de serviços. Ela é refletida no Balanço através do aumento no Caixa (Receita a Vista) ou aumento direitos a receber (Receita a Prazo) Despesa / Custos: é todo sacrifício, todo esforço da empresa para obter Receita. Ela é refletida no balanço através de uma redução de Caixa (Ativo) ou aumento de Dívida (Passivo). Também pode ser uma redução de Ativo através da depreciação/amortização. OPERAÇÕES A PRAZO A VISTA Receita + Duplicatas a Receber (Ativo) + Caixa (encaixe) (Ativo) Despesa + Contas a Pagar (Passivo) (-) Caixa (desembolso) (Ativo) Demonstração Resultado Balanço Patrimonial 42 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO DIFERENÇA ENTRE DESPESA E CUSTO Custo: é o valor gasto com bens e serviços para a produção de outros bens e serviços. Exemplos: matéria prima, energia aplicada na produção de bens, salários e encargos do pessoal da produção. Despesa: Valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório, Salários da administração. 43 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO DIFERENÇA ENTRE DESPESA E CUSTO Como diferenciar? Os custos tem a capacidade de serem atribuídos ao produto final, despesas são de caráter geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos. Se hipoteticamente eu eliminar este gasto a produção ou obtenção de estoques seria diretamente afetada? Exemplo de aplicação: Gasto com propaganda e publicidade é custo ou despesa? Aplicando a análise acima veremos que ao cortar gastos com publicidade e propaganda não teríamos alteração na produção de estoques, somente uma possível queda nas vendas. Portanto trata-se de uma despesa. 44 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO DIFERENÇA ENTRE DESPESA E CUSTO 45 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO DIFERENÇA ENTRE DESPESA E CUSTO Custos Despesas • Gastos de produção • Vinculados diretamente aos Produtos/Serviços • Gastos com o objeto de exploração da empresa (atividade-afim) • Gastos administrativos e de vendas • Não se identificam diretamente à produção • Gastos outras atividades não exploradas pela empresa (atividade meio) 46 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO DIFERENÇA ENTRE DESPESA E CUSTO CONTA CUSTO (PRODUÇÃO) DESPESA (COMERCIAL / ADMINISTRATIVO) Pessoal X X Matéria − Prima X Mercadoria X Embalagem X Manutenção X X Aluguel X X Marketing X Comissão Vendas X Fretes X Limpeza X X 47 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO RELAÇÃO ENTRE A DRE E O BALANÇO PATRIMONIAL EX. Para obter Receita de $ 800 a empresa incorre em Custos e Despesas ($ -500). Custos são representados pelo emprego da mão de obra diretamente no serviço prestado. Despesas são representadas por sacrifícios para obter Receita, independente desta. Caixa - Saldo Inicial $ 900 + Receita a vista $ 800 ( - ) Pagamentos ($ 500) Caixa – Saldo Final $ 1200 48 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO BALANÇO PATRIMONIAL (APÓS APURAÇÃO DO LUCRO) Ativo Passivo Circulante Inicio do Ano Final do Ano P. Líquido Início do Ano Final do Ano Caixa 900 1200 Capital 900 900 Lucros Acumulados 300 Total 900 1200 900 1200 DRE Receita a vista ( - )Custos do Serviço Prestado ( - ) Despesas Lucro 800 (400) (100) 300 49 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO REGIME DE COMPETÊNCIA Regime universalmente adotado, aceito e recomendado pela Receita Federal No regime de competência a empresa reconhece suas receitas quando ocorre o fato gerador da receita da venda de seus bens e serviços. A contabilidade considera a receita gerada no exercício social em que os bens ou serviços vendidos foram entregues ao cliente, não importando se houve ou não o recebimento monetário da venda. No regime de competência, as oportunidades de manipulação do lucro são mais estreitas. Ex. Se a empresa vendeu a prazo em dezembro do ano 20X1 para receber somente em 20X2, pelo regime de competência, considera-se que a receita foi gerada em 20X1; portanto, ela pertence (compete) a 20X1. 50 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO REGIME DE COMPETÊNCIA 1) Princípio da Realização da Receita: As receitas são reconhecidas no exercício em que são realizadas, ou seja, quando do fornecimento de bens ou serviços em troca de dinheiro ou de outro tipo de ativo. 2) Princípio do Confronto das Despesas: No mesmo período em que forem lançadas as receitas deverão ser lançadas as despesas, custos e encargos correspondentes a esta receita. a) Receita de venda contabilizada no momento da venda e não do recebimento b) Despesas de pessoal é reconhecida no mês em que se recebeu tal prestação de serviços, mesmo sendo paga no mês seguinte c) Uma compra de Matéria -Prima é contabilizada quando do recebimento e não quando do pagamento. Ex. Se a empresa pagar em janeiro de 20X2 os funcionários pelo trabalho de dezembro de 20X1, a despesa compete a 20X1, pois foi nesse período que ela incorreu efetivamente. 51 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO REGIME DE COMPETÊNCIA Exemplo: A empresa Advogados S.A. adquire em abril Material de Escritório (lápis, clipes, grampos, papel, etc.) por $ 5.000, a prazo, cujo vencimento será em outubro do mesmo ano. O material de escritório é coloca à disposição dos funcionários no mês de junho e é totalmente utilizado (consumido nesse mês). Se apurássemos o resultado mensalmente, em qual mês seria alocada tal despesa (abril, junho ou outubro)? Aquisição do material – abril Consumo do material - junho Pagamento do material – outubro Regime da Competência. Registrada no Balanço como Ativo – abril. Registrada como Despesa – junho (mês do consumo efetivo). 52 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO REGIME DE CAIXA É um regime teórico adotado por poucas empresas, por meio do qual é possível reconhecer as receitas e despesas, quando elas são efetivamente recebidas e pagas. As regras básicas para a contabilidade por esse regime são: • A receita será contabilizada no momento do recebimento, ou seja, quando entrar dinheiro no caixa (encaixe). • A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja, quando sair dinheiro do caixa (desembolso). 53 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO EXEMPLO DIFERENÇA DE REGIME DE CAIXA E DE REGIME DE COMPETÊNCIA A Cia. Ventríloca vendeu em 20X1 $ 20.000 e só recebeu 12.000 ( o restante receberá no futuro); teve como despesa incorrida $ 16.000 e pagou até o ultimo dia do ano $ 10.000. DRE REGIME DE COMPETÊNCIA REGIME DE CAIXA Receita ( - ) Despesas Lucro 20.000 (16.000) 4.000 12.000 (10.000) 2.000 54 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO BALANÇO PATRIMONIAL X DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIOS No lado do Ativo, classificam-se os itens que trazem benefícios para a empresa. No momento em que esses itens perderem a capacidade de produzir benefícios, passam a ser despesas. Material de escritório (clips, grampeadores de papéis, impressos, etc.): quando a empresa adquire esses materiais, eles são lançados no Ativo, pois são bens que trarão benefícios no futuro. À medida que esses materiais forem consumidos, serão baixados do Ativo e contabilizados como despesa, pois já não trarão mais benefícios paraa empresa. Seguros: Na prática, a vigência dos seguros não coincide com a vigência do exercício, desta forma deve ser considerada somente a despesa com seguro efetivamente transcorrida no exercício vigente. O valor residual, deve ser considerado como Ativo Circulante, pois o pagamento do seguro beneficiara o próximo exercício. 55 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO BALANÇO PATRIMONIAL X DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIOS Devedores Duvidosos: Perdas estimadas para duplicatas de clientes que adquiriram mercadorias a prazo. Essas perdas deverão ser consideradas no ano em que a receita a prazo (que originou aquela duplicata) foi gerada. Depreciação: São despesas decorrentes do uso dos bens do Ativo Imobilizado. Quando se adquire uma máquina, classifica-se esse bem no Ativo; à medida que a máquina é usada (consumida), há um desgaste, uma perda de potencialidade, de valor que se denomina depreciação. 56 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO EFEITO DO LUCRO NO BALANÇO O lucro apurado pertence aos proprietários. Se houver prejuízo eles também devem assumi-lo. Desejando expandir seus negócios os proprietários não retiram todo o lucro, reinvestindo uma parte do lucros acumulados. A parte do lucro distribuída aos proprietários é denominada dividendos. A parte do lucro não distribuída aos proprietários (reinvestimento) entra no balanço via Patrimônio Líquido, sendo aplicada no Ativo. 57 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO DEMONSTRAÇÃO DEDUTIVA A DRE é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período, normalmente 12 meses. É apresentada de forma dedutiva (vertical). Receita (-) Despesa sentido vertical (dedutivo) Lucro ou prejuízo 58 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO RECEITA LÍQUIDA A Receita Bruta constitui a venda de produtos e subprodutos (na indústria), de mercadorias (no comércio) e prestações de serviços (empresa prestadora de serviços), incluindo todos os impostos cobrados do comprador e não excluindo as devoluções de mercadorias (ou produtos) e os abatimentos concedidos pelas mercadorias (ou serviços) em desacordo com o pedido. O objetivo de informar a Receita Bruta, incluindo as devoluções, impostos e abatimentos, é que o usuário externo poderá evidenciar a eficiência da produção e das vendas através da apresentação destas despesas em separado da Receita Bruta. Receita Bruta ( - ) Deduções Receita Líquida 59 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO RECEITA LÍQUIDA (continuação..) Deduções da Receita Bruta: a) Vendas Canceladas (Devolução): Mercadorias em desacordo com o pedido, cujo comprador, sentindo-se prejudicado, efetua a devolução. b) Abatimentos: Muitas vezes, em situação em que haverá devolução, o vendedor propõe um abatimento no preço, para compensar o prejuízo, ao comprador. c) Descontos Comerciais: Ocorrem antes da venda (transferência do bem ou serviço) por vários motivos: pela grande quantidade de mercadoria a ser adquirida, por ser um cliente especial, por se tratar de política da empresa, etc. Importante: Descontos comerciais não devem ser confundidos com descontos financeiros, uma vez que estes (descontos financeiros) ocorrem após a venda, por antecipação do pagamento. Os descontos financeiros são classificados como Despesas Financeiras. 60 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO RECEITA LÍQUIDA (continuação..) Deduções da Receita Bruta: d) Impostos Incidentes sobre Vendas: São dedutíveis todos os Impostos e Taxas que guardem proporcionalidade com o preço de venda (aumentam proporcionalmente às vendas). • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (governo federal) • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (estadual) • ISS – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (municipal) • PIS – Programa de Integração Social – taxa sobre o faturamento (federal) • Cofins – Contribuição para Seguridade Social (federal) 61 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO RECEITA LÍQUIDA (continuação..) EXEMPLO A Cia. Balanceada, indústria, emitiu uma nota fiscal de venda cujo preço do produto foi de $ 10.000 mais 30% de IPI. O ICMS (18%) está incluso no preço do produto. DRE Receita Bruta ( - ) Deduções IPI ICMS Receita Líquida $ 13.000 $ (3.000) $ (1.800) $ 8.200 62 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO RECEITA LÍQUIDA (continuação..) EXEMPLO Suponha-se que a Cia. Desorganizada tenha vendido $ 5.000 de mercadorias de má qualidade, metade para o comprador A e metade para B. a empresa A devolveu 20% e a empresa B aceitou a proposta da Cia. Desorganizada de 10% de abatimento para evitar devolução. DRE Receita Bruta ( - ) Deduções Devolução Abatimentos Receita Líquida $ 5.000 $ (500) $ (250) $ 4.250 A – 20% $ 2500 B – 10% $ 2500 63 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO RECEITA LÍQUIDA (continuação..) A diferença entre deduções (ajustes) e despesas é que deduções não são sacrifícios financeiros para a empresa (impostos sobre vendas quem paga é o consumidor) enquanto despesas são sacrifícios, esforços, onerando a empresa. 64 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO BRUTO É a diferença entre a Venda de Mercadorias e o Custo desta Mercadoria Vendida, sem considerar despesas administrativas, de vendas e financeiras. Para uma empresa prestadora de serviços o raciocínio é o mesmo: é a diferença entre a Receita e o Custo do Serviço Prestado sem considerar as despesas referidas. O Lucro Bruto, após cobrir o custo da fabricação do produto (ou o custo da mercadoria adquirida para revenda, ou o custo do serviço prestado), será destinado à remuneração das despesas de vendas, administrativas e financeiras, bem como remunerará o governo (Imposto de Renda) e os proprietários da empresa (Lucro Líquido) Quanto maior for a fatia denominada Lucro Bruto, maior poderá ser a remuneração dos administradores, dos diretores, do pessoal de vendas, do governo, dos proprietários da empresa, etc. 65 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO BRUTO (CUSTO DAS VENDAS) Custo das Vendas é uma expressão bastante genérica, devendo, por essa razão ser especificada por setor na economia. • Para empresas industriais o custo das vendas é denominado Custo do Produto Vendido (CPV) • Para empresas comerciais o custo das vendas é denominado Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) • Para empresas prestadoras de serviços o custo das vendas é denominado Custo dos Serviços Prestados (CSP) 66 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO BRUTO RECEITA BRUTA ( - ) DEDUÇÕES RECEITA LÍQUIDA ( - ) CUSTO DAS VENDAS LUCRO BRUTO 67 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO OPERACIONAL O Lucro Operacional é obtido através da diferença entre Lucro Bruto e as despesas operacionais. RECEITA BRUTA ( - ) DEDUÇÕES = RECEITA LÍQUIDA ( - ) CUSTO DAS VENDAS = LUCRO BRUTO ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS = LUCRO OPERACIONAL 68 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO OPERACIONAL Despesas Operacionais As despesas operacionais são as necessárias para vender os produtos, administrar a empresa e financiar as operações. Enfim, são todas as despesas sacrificadas para a manutenção da atividade operacional da empresa. Os principais grupos de Despesas Operacionais são especificados a seguir: a) Despesas de Vendas Abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao consumidor (comercialização e distribuição). São despesas com o pessoal da área de vendas, propaganda e publicidade, provisão para devedores duvidosos, etc. b) Despesas Administrativas São despesas necessárias para administrar (dirigir) a empresa. De maneira geral, são gastos de escritórios visando à direção ou à gestão da empresa 69 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO OPERACIONAL c) Despesas de Financeiras São as remunerações aos capitais de terceiros, tais como: juros pagos ou incorridos, comissões bancárias, descontos concedidos, juros de mora pagos, etc. As despesas financeiras deverão ser compensadas com as Receitas Financeiras que são derivadas de aplicações financeiras, juros de mora recebidos, descontos obtidos, etc. d) Variações Monetárias = Variações Cambiais e) Outras Receitas e Despesas Despesas não enquadradas no outrosgrupos. f) Depreciação/Amortização Somente a Depreciação e Amortização referente a parte administrativa da empresa. A depreciação e amortização do imobilizado utilizado na produção é reconhecida no Custo de Vendas 70 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO OPERACIONAL RECEITA BRUTA ( - ) DEDUÇÕES = RECEITA LÍQUIDA ( - ) CUSTO DAS VENDAS = LUCRO BRUTO ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS De vendas Administrativas Financeiras – Receitas Financeiras Variações Monetárias Outras Despesas ou Receitas Operacionais Amortização/Depreciação = LUCRO OPERACIONAL 71 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO EBITDA Ebitda (do inglês: earnings before interest, taxes, depreciation and amortization), que traduzido literalmente para o português significa: "Lucros antes de juros, impostos,depreciação e amortização" (Lajida). Termo muito utilizado por analistas financeiros e por empresas de capital aberto. Para se chegar ao Ebitda de uma empresa ou empresas, é preciso utilizar a seguinte conta: lucro bruto menos as despesas operacionais, excluindo-se destas a depreciação e as amortizações do período e os juros. Dessa forma, é possível avaliar o lucro referente apenas ao negócio, descontando qualquer ganho financeiro (derivativos, alugueis ou outras rendas que a empresa possa ter gerado no período). 72 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA RECEITA BRUTA ( - ) DEDUÇÕES = RECEITA LÍQUIDA ( - ) CUSTO DAS VENDAS = LUCRO BRUTO ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS = LUCRO OPERACIONAL ( - ) Despesas não Operacionais ( + ) Receitas não Operacionais = LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR) 73 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA As Receitas e Despesas não relacionadas diretamente com o objetivo do negócio da empresa são classificadas como Não Operacionais. • Ganhos ou Perdas de Capital: Compra/Venda itens do ativo não circulante (imobilizado, investimento e intangível) • Perdas ou Ganhos: itens extraordinários – geadas, incêndios, etc. 74 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA RECEITA BRUTA ( - ) DEDUÇÕES = RECEITA LÍQUIDA ( - ) CUSTO DAS VENDAS = LUCRO BRUTO ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS = LUCRO OPERACIONAL ( - ) Despesas não Operacionais ( + ) Receitas não Operacionais = LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR) 75 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA RECEITA BRUTA ( - ) DEDUÇÕES = RECEITA LÍQUIDA ( - ) CUSTO DAS VENDAS = LUCRO BRUTO ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS = LUCRO OPERACIONAL ( - ) Despesas não Operacionais ( + ) Receitas não Operacionais = LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR) ( - ) Imposto de Renda e Contribuição Social = LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA 76 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA O Imposto de Renda incide sobre o lucro da empresa. As principais formas para tributação: a) Lucro Real: Percentual de acordo com o lucro contábil ajustado b) Lucro Presumido: Percentuais fixados pela legislação, de acordo com a atividade da empresa c) Simples Nacional: Legislação especial para Micro e Pequenas Empresas d) Lucro Arbitrado: Lucro arbitrado pela autoridade fiscal. 77 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA Método de Calculo do Lucro Real A base de cálculo para o Imposto de renda não é exatamente o lucro apurado pela contabilidade, mas o lucro ajustado às condições da legislação do Imposto de Renda, que será denominado Lucro Real. As empresas fazem a escrituração mercantil, de acordo com as normas contábeis. Em seguida, utilizam um livro auxiliar (denominado de Livro de Apuração do Lucro Real – Lalur) para, de acordo com as Normas do Imposto de Renda, ajusta o “lucro contábil”. 78 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO Apuração do Lucro Real (em livro auxiliar) O Lucro Real = LAIR + Inclusões ( - ) Exclusões Inclusões: Custos, Despesas e Perdas deduzidos do lucro que não são dedutíveis. Ex.: Multas fiscais punitivas pagas, depreciação acima do permitido Exclusões: Deduções permitidas pela legislação e que não foram subtraídas até o momento. Ex.: Prejuízos exercícios anteriores, contribuições para instituições ou fundos de previdência de empregados. Lucro Real X 15% = Provisão para Imposto de Renda 79 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO Ex.: Considere uma empresa com Lucro Antes do Imposto de Renda no valor de R$ 3.000.000. 1. A empresa calculou a Depreciação das Máquinas e Equipamentos, tendo como base 15% e não 10%, como determina o Imposto de Renda. O valor de Máquinas e Equipamentos é de R$ 60.000.000 2. Contas em Despesa Administrativa uma multa fiscal no valor de R$ 4.000.000 3. Houve, no exercício anterior, um prejuízo de R$ 3.000.000 80 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO Livro de Apuração do Lucro Real (Lucro Tributável) Provisão para Imposto de Renda = 15% X Lucro Real PIR = 15% X 7.000.000 PIR = 1.050.000 Lucro Contábil (AIR) 3.000.000 Inclusões 5% de excesso de Depreciação X 60.000.000 = Multa Fiscal = 3.000.000 4.000.000 10.000.000 Exclusões Prejuízo do Exercício Anterior = (3.000.000) Lucro Real 7.000.000 81 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO DRE ....... LAIR 3.000.000 Provisão Imposto de Renda (1.050.000) Lucro Depois do Imposto de Renda 1.950.000 82 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO LÍQUIDO O Lucro Líquido é a sobra líquida à disposição dos proprietários (sócios ou acionistas). Após deduzidas do Lucro Depois do Imposto de Renda as participações e contribuições, o que remanescer será o Lucro Líquido O Lucro Real = LAIR + Inclusões ( - ) Exclusões Doações e contribuições: são dirigidas às fundações com a finalidade de assistir o quadro de funcionários; às previdências particulares com o objetivo de complementar a aposentadoria; às cooperativas de empregados, etc. Participações: são complementos à remuneração de empregados e administradores. É estipulado um percentual sobre o lucro líquido. (PLR) ....... LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA ( - ) Doações e Contribuições ( - ) Participações Lucro Líquido 83 DRE – DEMONSTRAÇÃO RESULTADO LUCRO LÍQUIDO Doações e contribuições: são dirigidas às fundações com a finalidade de assistir o quadro de funcionários; às previdências particulares com o objetivo de complementar a aposentadoria; às cooperativas de empregados, etc. Participações Empregados e Administradores: são complementos à remuneração de empregados e administradores. É estipulado um percentual sobre o lucro líquido. (PLR) Participações Debêntures: Títulos emitidos que além dos juros pagos, contabilizados nas despesas financeiras, ainda asseguram uma participação nos lucros. Se dividirmos o Lucro Líquido pela quantidade de ações em que está dividido o capital da empresa, obteremos o Lucro Líquido por Ação do Capital Social. 84 Análise das Demonstrações Contábeis ✓ Importância ✓ Administradores internos da empresa: ✓ Desempenho retrospectivo e prospectivo das várias decisões tomadas. ✓ Demais analistas externos: ✓ Acionista e Investidor: lucro líquido, desempenho das ações no mercado e dividendos, risco financeiro e liquidez no pagamento de dividendos; ✓ Credor: Capacidade de honrar os compromissos assumidos, resultados econômicos como fatores determinantes da continuidade da empresa. Análise das Demonstrações Contábeis • Tripé de decisões da Empresa 86 Li q u id ez Análise das Demonstrações Contábeis TÉCNICAS DE ANÁLISE ECONÔMICO- FINANCEIRAS • Análise Estática • Análise Dinâmica • Análise Vertical ou de Estrutura; • Análise Horizontal ou de Evolução; 87 Análise Estática e Dinâmica Análise estática = por meio de índices calculados em um dado período. Análise dinâmica = comparações de saldos e medidas ao longo do tempo. 88 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL Esta análise tem como principal objetivo fazer comparações entre demonstrações de diferentes períodos, bem como analisar as tendências da empresa. É realizada principalmente levando-se em consideração o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício Estudo do desempenhoeconômico-financeiro passado para prever tendências futuras Uso de índices constitui-se na técnica mais comumente empregada neste estudo ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL MÉTODOS DE COMPARAÇÃO Comparação temporal Evolução dos indicadores da empresa nos últimos anos Comparação setorial Resultados da empresa versus dos concorrentes (mercado) ANÁLISE VERTICAL A análise vertical informa a participação de cada conta em relação ao total do grupo patrimonial ou uma de suas subdivisões. A análise vertical = leitura vertical das contas patrimoniais (de cima para baixo). A técnica é também conhecida como análise de estrutura, análise de composição ou, ainda, como análise de percentagens verticais. 𝐴𝑉 % = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑜𝑢 𝑠𝑢𝑏𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑝𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 x 100 ANÁLISE VERTICAL Exemplo: Descrição Saldo Análise Vertical Ativo Disponibilidade Caixa R$ 5.000,00 5% Bancos R$ 25.000,00 23% Aplicações Financeiras R$ 8.000,00 7% Clientes R$ 40.000,00 36% Mercadorias R$ 32.900,00 30% Total do Ativo Circulante R$ 110.900,00 100% 𝐴𝑉 % = 5000 110900 x 100 ≅ 5% ANÁLISE VERTICAL Exemplo: Descrição Saldo Análise Vertical Ativo Circulante R$ 32.259,00 33% Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo R$ 25.000,00 24% Ativo Não Circulante – Imobilizado R$ 45.000,00 43% Total do Ativo R$ 105.259,00 100% Passivo Circulante R$ 46.925,00 45% Passivo Não Circulante R$ 35.000,00 33% Patrimônio Líquido R$ 23.334,00 22% Total do Passivo R$ 105.259,00 100% ANÁLISE VERTICAL DRE: Descrição Saldo Análise Vertical Receitas R$ 30.000,00 ( - ) Deduções R$ 8.000,00 ( = ) Receitas líquidas R$ 22.000,00 100% ( - ) CMV R$ (9.850,00) 45% Lucro operacional bruto R$ 12.150,00 55% ( - ) Despesas Operacionais R$ (8.000,00) 36% ( +/- ) Receitas Financeiras R$ 8.900,00 40% ( = ) Lucro Operacional R$ 13.050,00 59% ( +/-) IR e CSLL R$ (5.000,00) 23% ( = ) Lucro Líquido R$ 8.050,00 36% ANÁLISE VERTICAL DRE: A análise vertical permite, mais efetivamente, que se conheçam todas as alterações ocorridas na estrutura dos relatórios analisados, complementando-se com isso, as conclusões obtidas pela análise horizontal (ASSAF, 2011. p. 222 – Curso de Administração Financeira). 𝐴𝑉 % = 18.050 22.000 x 100 ≅ 36% ANÁLISE HORIZONTAL A análise horizontal consiste na comparação entre valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em períodos diferentes. A análise horizontal pressupõe uma série temporal (saldos das contas em períodos consecutivos). Por meio da análise horizontal, verifica-se o comportamento dos saldos ao longo dos períodos analisados (evolução/involução). A análise horizontal é realizada em duas etapas: 1.º Fixa-se um período-base. 2.º Calcula-se a variação de cada conta em relação a esse período-base. 𝐴𝐻 % = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 2 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 1 x 100 -100 ANÁLISE HORIZONTAL Exemplo: Descrição Ano 1 Ano 2 Análise Horizontal Ativo Disponibilidade Caixa R$ 5.000,00 R$ 10.000,00 100% Bancos R$ 25.000,00 R$ 35.000,00 40% Aplicações Financeiras R$ 8.000,00 R$ 5.690,00 -28,9% Clientes R$ 40.000,00 R$ 32.000,00 -20,0% Mercadorias R$ 32.900,00 R$ 29.860,00 -9,2% Total do Ativo Circulante R$ 110.900,00 R$ 112.550,00 1,5% 𝐴𝐻 % = 10.000 5.000 x 100 -100 = 100% ANÁLISE HORIZONTAL Exemplo: Descrição Ano 1 Ano 2 Análise Horizontal Ativo Disponibilidade Caixa R$ 5.000,00 R$ 10.000,00 100% Bancos R$ 25.000,00 R$ 35.000,00 40% Aplicações Financeiras R$ 8.000,00 R$ 5.690,00 -28,9% Clientes R$ 40.000,00 R$ 32.000,00 -20,0% Mercadorias R$ 32.900,00 R$ 29.860,00 -9,2% Total do Ativo Circulante R$ 110.900,00 R$ 112.550,00 1,5% 𝐴𝐻 % = 10.000 5.000 x 100 -100 = 100% ANÁLISE HORIZONTAL Limitações: 1. Item do exercício base igual a zero, índice-base não serve de padrão pois os itens dos exercícios subsequentes são indivisíveis; 2. Item do exercício base igual a número negativo, variando para positivo no exercício seguinte e vice-versa. Solução: retira-se o sinal negativo do final da operação) Exemplo: Reserva em 2003 = -50 e em 2004 = +200 x= {(200x100)/-50}-100= -500 (matematicamente 500% de 50= +250) Resultado = +500% ANÁLISE HORIZONTAL Seguem comparações relevantes para uma análise financeira: ✓ Compare a evolução dos Ativos com os Passivos - Folga Financeira ✓ Compare os saldos das contas “caixa” e “contas a receber” com o saldo da conta “vendas” (receita gerada) – essa comparação permite que o analista verifique o volume de vendas à vista e a prazo. ✓ Compare os saldos do Ativo Imobilizado com o Passivo Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido – como o Ativo Imobilizado vem sendo financiado ao longo do tempo? ✓ Compare os saldos do Ativo Imobilizado com as vendas – o investimento na capacidade produtiva é amparado pelo crescimento das vendas? ANÁLISE HORIZONTAL Seguem comparações relevantes para uma análise financeira: ✓ Compare o crescimento do Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido – como a empresa vem financiando seus ativos? ✓ Confronte a evolução dos níveis de estocagem e compras efetuadas com as vendas – o nível de estocagem é compatível com a demanda? ✓ Compare o comportamento dos custos, das vendas e do lucro – de que maneira os custos e despesas evoluíram relativamente às vendas? ✓ Compare o comportamento do Lucro Líquido com as vendas do respectivo período – esse confronto é importante para avaliar o impacto dos custos sobre a formação do lucro final. Análise Horizontal e Vertical • Exercícios INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Objetivo: O objetivo dos indicadores econômico-financeiros é sintetizar informações relevantes na tomada ágil de decisões. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Padronização das Demonstrações Financeiras: Ajustes necessários no BP e na DRE para melhorar e eficiência da análise. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Padronização das Demonstrações Financeiras: Duplicatas descontadas (Classificada subtrativamente em Duplicatas a Receber no Ativo Circulante.) Retirar o lançamento negativo de duplicatas a receber do ativo e reclassificar no passivo circulante. Duplicatas Descontadas deverão ser reclassificadas no Passivo Circulante, pois pelas peculiaridades da operação, ainda há o risco de a empresa reembolsar o dinheiro obtido se seu cliente não liquidar a dívida no banco. Assim a empresa A que opera com Duplicatas Descontadas terá o mesmo tratamento da Empresa B que trabalha com empréstimos bancários. Marion – Análise das demonstrações contábeis – atlas 7ª ed –pg 27 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Padronização das Demonstrações Financeiras: Despesas Antecipadas (Classificada no Ativo Circulante) Retirar do ativo circulante e lançar no Patrimônio Líquido No grupo do Ativo Circulante, ele é o único grupo de contas que não se converterá em dinheiro, portanto, não servirá para pagar as dívidas da empresa. Essa despesa reduzirá o lucro do próximo exercício e, consequentemente, o Patrimônio Líquido. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Padronização das Demonstrações Financeiras: Não Circulante (substitui o Permanente) - (Diferido) Se as demonstrações estiverem nos modelos da Lei das S.A. não precisaremos alterar. Diferido desapareceu por força da Lei 11.941/09 – IFRS. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Padronização das Demonstrações Financeiras: Leasing A Lei nº 11.638/07 que alterou a Lei das S.A – art 179, redefiniu o tratamento do leasing financeiro (arrendamento mercantil). Até 2007 era trado no Brasil como aluguel, passa a ser contabilidade como Ativo para fins contáveis (para fins fiscais continua sendo aluguel). Marion – Análise das demonstrações contábeis – atlas 7ª ed –pg 33 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES: a) Indicadores de Liquidez b) Indicadores de Endividamento e Estrutura c) Indicadores de Rentabilidade d) Indicadores de LucratividadeINDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ Visam medir a capacidade de pagamento da empresa. Os valores considerados sofrem alterações constantes devido à dinâmica das empresas É importante que a análise de liquidez seja integrada com todos os outros indicadores financeiros para se obter uma melhor percepção da situação da empresa. Mede o endividamento da empresa no curto prazo a) Cálculo: Circulante Passivo Circulante Ativo Corrente Liquidez = 20X6 20X7 580.000 340.000 = 1,70 650.000 280.000 = 2,32 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ Cálculo Liquidez Corrente: b) Interpretação: c) Conceituação: Isoladamente, os índices de LC superiores a 1,00 são positivos. Atenção: Estoques que podem ser avaliados com valores históricos e depreciados Análise deficiente se analisarmos somente este índice, isoladamente. Analisar em comparação ao setor – índice padrão. 20X6 20X7 Para cada $ 1,00 de dívida, há $1,70 de dinheiro e valores que se transformarão em dinheiro (AC) Para cada $ 1,00 de obrigações a Curto Prazo, há $2,32 para cobertura daquela dívida(AC) INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ Mede a capacidade da empresa pagar suas dívidas sem contar com os Estoques, que podem estar obsoletos ou com valor depreciado. É um índice conservador para apreciar a situação financeira da empresa, visto que o estoque pode ser manipulado. a) Cálculo: Circulante Passivo Estoques - Circulante Ativo Seca Liquidez = 20X6 20X7 580.000 −390.000 340.000 = 0,56 650.000 −420.000 280.000 = 0,82 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ Cálculo Liquidez Seca: b) Interpretação: c) Conceituação: Deve ser analisado em conjunto com outros indicadores econômicos Importante também analisar com índices padrão do setor. Exemplo supermercados que tem um índice de Liquidez Corrente baixo e um alto giro de estoques. 20X6 20X7 Para cada $ 1,00 de dívida de PC, há $0,56 de Ativo Circulante, sem estoques. Para cada $ 1,00 de PC, a empresa dispõe de $ 0,82 de Disponível + Duplicatas a Receber. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ A liquidez geral retrata a saúde financeira de curto e de longo prazo da empresa. Revela, para cada $ 1,00 de dívidas totais (circulantes e longo prazo), quanto a empresa registra de ativos de mesma maturidade (circulante + longo prazo). a) Cálculo: Prazo) Longo a (Exigível Circulante Não Passivo Circulante Passivo Prazo Longo a Realizável Circulante Ativo Geral Liquidez + + = 20X6 20X7 580.000+50.000 340.000+100.000 = 1,43 650.000+40.000 280.000+150.000 = 1,60 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ Cálculo Liquidez Geral: b) Interpretação: c) Conceituação: As divergências em datas de recebimento e de pagamento tendem a acentuar-se, quando analisamos períodos longos, ou seja, o recebimento do Ativo pode divergir consideravelmente do pagamento do Passivo; isso, sem dúvida, empobrece o indicador. Todavia, se apreciarmos uma série de vários anos, a análise será enriquecida. Como os demais indicadores, não deve ser analisada isoladamente. 20X6 20X7 Para cada $ 1,00 de dívida a Curto e Longo Prazo, há $ 1,43 de valores a receber a Curto e Longo Prazo. Para cada $ 1,00 de capital de terceiros, há $ 1,60 de Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ Mostra o quanto dispomos imediatamente para saldar nossas dívidas de Curto Prazo. a) Cálculo: 20X6 20X7 40.000 340.000 = 0,12 10.000 280.000 = 0,04 Circulante Passivo Prcos( Imediata Liquidez azomodeCurtíssiAplicaçõesBanCaixa ++ = INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ Cálculo Liquidez Imediata: b) Interpretação: c) Conceituação: Sem dúvida, a empresa deverá manter certos limites de segurança, não desejando o analista obter índices altos, pois o Caixa e Bancos perdem o poder aquisitivo com a inflação. 20X6 20X7 Para cada $ 1,00 de dívida de Curto a empresa tem 0,12 de disponibilidade para saldar a dívida. Para cada $ 1,00 de dívida de curto prazo, há $ 0,04 de disponibilidades. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ Cálculo Liquidez Imediata: b) Interpretação: c) Conceituação: Lembretes: ❑ Não considerar qualquer indicador isoladamente (associar os índices entre si) ❑ Apreciar o indicar em uma série de anos, pelo menos três ❑ Comparar os índices encontrados com índices-padrão, ou seja, índices das empresas concorrentes (mesmo ramo de atividade) 20X6 20X7 Para cada $ 1,00 de dívida de Curto a empresa tem 0,12 de disponibilidade para saldar a dívida. Para cada $ 1,00 de dívida de curto prazo, há $ 0,04 de disponibilidades. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LIQUIDEZ CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Este índice mede a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante da empresa. Apresenta se existe folga nos ativos de curto prazo em relação aos passivos de curto prazo. CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante Sendo Ativo Circulante = ativo de curto prazo da empresa Passivo Circulante = passivo de curto prazo Unidade de Medida – Em unidades monetárias Grau de utilidade – Regular. A informação o CCL também pode ser obtida na liquidez corrente. O fato de ser um número absoluto dificulta a comparação entre as empresas. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA Utilizados para auferir a composição das fontes passivas de recursos de uma empresa. Os Indicadores de Endividamento expressam a intensidade e a forma da utilização de recursos de terceiros, sob a forma de dívidas, para complementar o capital próprio no financiamento das operações do Negócio ou Empresa. Avalia o grau de comprometimento financeiro da empresa perante seus credores. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA QUANTIDADE DE ENDIVIDAMENTO: Indicadores que medem a quantidade de capital de terceiros na empresa. A quantidade boa endividamento depende de fatores como: ❑ Endividamento de curto ou longo prazo? ❑ Rentabilidade da empresa? ❑ Custo do endividamento? ❑ Alavancagem Financeira? Mede a porcentagem dos recursos totais da empresa que se encontra financiada por capital de terceiros Total Ativo Circulante Não Passivo Circulante Passivo + = Terceiros de Capital de ãoParticipaç ou Total ntoEndividame INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA GRAU DE ENDIVIDAMENTO: Circulante não Passivo Circulante Passivo PL Total Exigível PL Terceiros de Capital Próprio Capital + === ntoendividame deGrau Marion, 2012. p. 97 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA QUALIDADE DE ENDIVIDAMENTO: Endividamento de Curto Prazo: normalmente utilizado para financiar o Ativo Circulante Endividamento de Longo Prazo: normalmente utilizado para financiar o Ativo Não Circulante. A proporção ideal seria de maior participação de dívidas a Longo Prazo, propiciando à empresa tempo maior para gerar recurso que saldarão os compromissos. Empréstimos de curto prazo normalmente são mais onerosos que de longo prazo Empresa com endividamento concentrado em curto prazo pode ter dificuldades em honrar suas dívidas. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA (COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO) QUALIDADE DE ENDIVIDAMENTO: Circ. Não Pas. Circulante Passivo circulante Passivo Total Exigível circulante Passivo + == Composição do Endividamento (Qualidade) = Marion, 2012. p. 98 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA QUALIDADE DE ENDIVIDAMENTO: É o exigível a longo prazo dividido pelo ativo total. É um indicador importante porque as dívidas a longo prazo são geralmente menos onerosas, o que não ocorre com grande parte das exigibilidades incluídasno passivo circulante. Total Ativo circulante não Passivo Prazo Longo a ntoEndividame = Total Ativo Circulante Passivo Prazo Curto de ntoEndividame = INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA ÍNDICE DE COBERTURA DE jUROS Mede a Capacidade da empresa para efetuar pagamentos de Juros contratuais. Lucro antes dos Juros e do IR = Lucro Operacional Índice de cobertura de Juros = R$ 418/R$ 93 = 4,5 a)(Financeir Juros com Anual Despesa IR do e Juros dos Antes Lucro Juros de Cobertura = INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO Representa quanto (%) do Patrimônio Líquido está alocado em Ativo Imobilzado, ou seja em bens não líquidos como investimentos em edificações, terrenos, máquinas pesadas etc. Também pode ser tratado como Imobilização do Patrimônio Líquido. Líquido Patrimônio oImobilizad Ativo Próprio Capital ãoImobilizaç = INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO Representa quanto (%) do Patrimônio Líquido está alocado em Ativo Imobilzado, ou seja em bens não líquidos como investimentos em edificações, terrenos, máquinas pesadas etc. Também pode ser tratado como Imobilização do Patrimônio Líquido. Líquido Patrimônio oImobilizad Ativo Próprio Capital ãoImobilizaç = INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Circ. Não Pas. Circulante Passivo circulante Passivo Total Exigível circulante Passivo + == Composição do Endividamento (Qualidade) = Marion, 2012. p. 98 Circulante não Passivo Circulante Passivo PL Total Exigível PL Terceiros de Capital Próprio Capital + === Total Ativo Circulante Não Passivo Circulante Passivo + = Terceiros de Capital de ãoParticipaç ou Total ntoEndividame Grau de Endividamento Quantidade de Endividamento Cálculo do ciclo de caixa 6.2 Administração de Disponibilidades O Ciclo Operacional, compreende o período de tempo que vai desde o momento em que a empresa recebe em suas instalações os produtos ou matérias-primas, até o momento em que recebe o dinheiro pela venda do produto acabado resultante. O Ciclo Operacional pode ser assim expressado: Onde: IME = idade média do estoque PMC = período médio de cobrança 67 Ciclo Operacional = IME + PMC Cálculo do ciclo de caixa 6.2 Administração de Disponibilidades Para calcular a idade média dos estoques, primeiramente é necessário calcular o Giro do Estoque, obtido pela divisão do custo dos produtos vendidos pelo valor do estoque. Dividindo-se o número de dias do ano pelo Giro do Estoque obtêm-se a idade média do estoque, conforme a fórmula a seguir: 68 Giro do Estoque= 𝑪𝑷𝑽 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆𝒔 IME>Idade Média do Estoque = 𝟑𝟔𝟎 𝑮𝒊𝒓𝒐 𝒅𝒐 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 Cálculo do ciclo de caixa 6.2 Administração de Disponibilidades O cálculo do período médio de cobrança da venda é obtido pela divisão do valor de duplicatas a receber pela média diária das vendas: 70 Período Médio de Cobrança = 𝒅𝒖𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂𝒕𝒂𝒔 𝒂 𝒓𝒆𝒄𝒆𝒃𝒆𝒓 𝒗𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 𝟑𝟔𝟎 Cálculo do ciclo de caixa 6.2 Administração de Disponibilidades O Ciclo de Caixa compreende o período de tempo em que os recursos da empresa foram utilizados para o pagamento dos bens e/ou matérias-primas até o recebimento pela venda do produto acabado resultante. Pode ser calculado através da expressão: Onde: CO = Ciclo Operacional PMP = Período Médio de Pagamento 71 Ciclo de Caixa = CO - PMP Cálculo do ciclo de caixa 6.2 Administração de Disponibilidades Como o Ciclo Operacional é o resultado da soma da idade média do estoque mais o período médio de cobrança da venda, o Ciclo de Caixa pode ser calculado pela expressão a seguir: 72 Ciclo de caixa = IME + PMC - PMP Cálculo do ciclo de caixa 6.2 Administração de Disponibilidades Pode-se ainda medir o numero de vezes, por ano, em que se realizam os Ciclos de Caixa através da fórmula do Giro de Caixa, dada a seguir: 73 Giro de Caixa = 𝟑𝟔𝟎 𝑪𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒊𝒙𝒂 Giro de Caixa = 𝟑𝟔𝟎 𝑪𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒊𝒙𝒂 Ciclo Operacional = IME + PMC Ciclo de caixa = IME + PMC - PMP Ciclo de Caixa = CO - PMP Período Médio de Cobrança = 𝒅𝒖𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂𝒕𝒂𝒔 𝒂 𝒓𝒆𝒄𝒆𝒃𝒆𝒓 𝒗𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 𝟑𝟔𝟎 Giro do Estoque= 𝑪𝑷𝑽 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆𝒔 IME>Idade Média do Estoque = 𝟑𝟔𝟎 𝑮𝒊𝒓𝒐 𝒅𝒐 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 Cálculo do ciclo de caixa Exemplo: A Dixie Toga, que fornece embalagens para as indústrias de alimentos, higiene e limpeza, passou o ano acompanhando a redução gradativa de estoques pela clientela. Na indústria de brinquedos, os estoques foram ampliados de 15 para 30 dias para abastecer o fim do ano, mas o volume ainda é o menor dos últimos dez anos. “A opção por estoques pequenos objetiva o não comprometimento do capital de giro e a não demissão de mão de obra em janeiro, para evitar gastos com a rescisão”, diz o presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa. 73 Cálculo do ciclo de caixa Exercício: A partir da informação da idade média dos estoques contido no texto anterior, antes da ampliação dos estoques, responda: • Qual o ciclo de caixa até novembro de 2003? • Qual o ciclo operacional? • Quais mudanças de ciclo de caixa e de ciclo operacional acontecem em dezembro? • Qual o novo giro de caixa da empresa? Outras infos: Período Médio de Cobrança = PMC = 60 Período Médio de Pagamento = PMP = 75 73 Cálculo do ciclo de caixa Exercício: Ciclo Operacional: IME + PMC = 15 + 60 = 75 dias. Ciclo de caixa até novembro/03 = 15+60-75=0 dias Novo cenário: IME +15 dias Ciclo Operacional: 30 + 60 = 90 dias. Ciclo de caixa: CO – PMP = 90 – 75 = 15 dias. Ciclo de caixa aumentou de 0 para 15 dias Giro de caixa: 360/CC = 360 / 15 = 24 giros no ano. Caso o fabricante não obtenha mais prazo junto aos seus fornecedores, a política de aumento dos estoques para fazer face ao aumento de vendas no período de natal acarretará em aumento dos dias de ciclo de caixa, demandando maior aporte de recursos no capital circulante. 73 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE Visam mensural a duração do ciclo operacional, que envolve fases: • Aquisição (Pagamento) • Produção (Estocagem/Produção) • Recebimento (Recebimento) Objetivo: Redução do clico operacional e financeiro da empresa. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA (PMC) Indica, em média, quantos dias a empresa espera para receber suas vendas Ex. A empresa leva em média 99 dias para receber suas vendas. 360 Brutas Vendas Receber a Duplicadas PMC x= diasx 99360 800.000 220.000 PMC == INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO COMPRAS (PMP OU PMPC) Indica, em média, quantos dias a empresa demora para pagar suas compras Este indicador pode ser calculado em demonstrações de empresa comerciais, em outros tipos de empresas é será necessário saber o volume de compras, informação essa nem sempre divulgada pela empresa. 360 Compras esFornecedor PMPC x= INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO COMPRAS (PMP OU PMPC) Caso a empresa seja comercial usamos o seguinte método para cálculo das compras: EFCEICMV −+= INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO COMPRAS (PMP OU PMPC) Caso a empresa seja comercial usamos o seguinte método para cálculo das compras: CMV: Custo dos Mercadorias Vendidos EI : Estoque Inicial (estoque ano x1) C: Compras (?) EF: Estoque Final (estoque ano x2) EFCEICMV −+= INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES (PME) Indica, em média, quantos dias a em presa leva para vender seu estoque Estoque = corresponde ao estoque da empresa Custo da Mercadoria Vendida = refere-se ao valor das mercadorias que foram vendidas pela empresano período Unidade de Medida – O valor está expresso em dias. 360 Vendas das Custo Estoques PME x= INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES (PME) Ex. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES (PME) Ex. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS A empresa detalha a parte referente a mercadoria vendida em notas explicativas. O Custo da Mercadoria Vendida que deve ser usado corresponde a R$4 163 438 mil reais. Com estes valores podemos calcular o prazo de estocagem: Prazo de Estocagem = (1.264.657/ 4.163.438 ) x 360 = 109 dias Ou seja, o estoque permanece na empresa por 109 dias. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Grau de utilidade – Elevado. O índice é muito importante para empresas comerciais e industriais, mas pouco expressivo para empresas prestadoras de serviços. Observações Adicionais a) O prazo de estocagem pode ser influenciado por variações sazonais. No caso da empresa analisada, a mesma promove uma grande liquidação em janeiro. Isto justificar o prazo aparentemente elevado encontrado no índice. b) Em períodos inflacionários, o estoque pode ser usado como uma forma de redução das perdas com inflação. Isto tende a aumentar o prazo de estocagem, já que as empresas compram mercadorias para se protegerem da inflação. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS Observações Adicionais c) De uma maneira geral, comércios são mais eficientes quando possuem prazos reduzidos de estocagem. Entretanto, esta redução pode ter como consequência uma perda de clientes, em razão do aumento no número de mercadorias não repostas, que leva a perda de vendas. d) O prazo de estocagem pode ser influenciado pelo setor de atuação. Isto é particularmente verdadeiro para indústrias, onde o processo produtivo impede reduções drásticas no nível de estocagem. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE RAZÃO ATIVIDADE Empresa apresenta uma situação mais favorável quando seu índice fica abaixo de 1. 1 + PMP PMCPME INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ATIVIDADE 1 + PMP PMCPME 360 Vendas das Custo Estoques PME x= 360 Compras esFornecedor PMPC x= 360 Brutas Vendas Receber a Duplicadas PMC x= INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ROTATIVIDADE GIRO DO ATIVO Este índice mede a relação do volume de vendas com o investimento total. Este índice é obtido dividindo-se as Vendas Líquidas pelo Ativo Total Quanto maior este índice, melhor. AtivoTotal Líquidas Vendas INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE ROTATIVIDADE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES Indica quantas vezes o estoque é totalmente vendido e novamente adquirido durante o exercício. Este índice é obtido dividindo-se o CMV pelo Estoque Médio A rotatividade de estoque varia conforme o ramo da empresa. Exemplos diferentes que podemos mencionar são as sorveteria em lugares quentes x anéis episcopais. Ideal comparar empresas do mesmo ramo. Para encontrar o número de dias que temos de estoque devemos dividir 30 pelo índice encontrado. A rotatividade dos estoques não deve ser maior do que o prazo de reposição mais o estoque de garantia. Médio Estoque CMV INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE RENTABILIDADE ROI : Return On Investment (Retorno sobre Investimento) ou TRI: Taxa de Retorno sobre o Investimento. Total Ativo Líquido Lucro ROI = Revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos. Taxa de Retorno da Empresa INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE RENTABILIDADE ROI : Return On Investment (Retorno sobre Investimento) ou TRI: Taxa de Retorno sobre o Investimento. 20,0 925.744 185.162 ROI == Para cada R$ 1,00 de ativo da empresa ela teve ganhos de R$ 0,20. Payback = 100%/20% = 5 anos Taxa de Retorno da Empresa INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE RENTABILIDADE O seu papel é avaliar a eficiência do uso dos Ativos do Negócio Total Ativo l)Operaciona (Lucro LAJIR ROA = Revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos. Como critério de decisão, o ROA pode ser interpretado como o custo financeiro máximo que uma empresa poderia incorrer em suas captações de fundos. (ASSAF, 2011. p.229) INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE RENTABILIDADE ROE (Return On Equity) – Retorno sobre patrimônio líquido (acionista) Ou TRPL: Retorno sobre o Patrimônio Líquido Mostra o retorno dos recursos aplicados na empresa por seus proprietários (acionista). O ROE deve ser comparado sempre com a taxa de retorno mínima exigida pelo acionista (Custo de Capital Próprio). Para se tornar atraente, todo investimento deve oferecer uma rentabilidade pelo menos igual à taxa de oportunidade. Empresas que apuram um ROE superior ao custo de capital de seus acionistas promovem acréscimos no valor de mercado de suas ações, ou seja, agregam riqueza aos proprietários. Líquido Patrimônio Líquido Lucro ROE = INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE RENTABILIDADE ROE (Return On Equity) – Retorno sobre patrimônio líquido (acionista) Ou TRPL: Retorno sobre o Patrimônio Líquido Ganho dos acionistas/ Proprietários Para cada R$ 1,00 investido pelos acionista há um ganho de R$ 0,25. Payback dos proprietários – em média os proprietários recuperam seu investimento em 4 anos (100%/25%=4 anos) 25,0 740.644 185.162 ROE == INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LUCRATIVIDADE Mede a eficiência de uma empresa em produzir lucros por meio de suas vendas. Significa a eficiência com que a empresa utiliza seus Ativos. Quanto mais for gerado de vendas, mais eficiente os Ativos serão utilizados. Conhecido como produtividade. Total Ativo Vendas =Ativos de Giro INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LUCRATIVIDADE Mede a eficiência de uma empresa em produzir lucros por meio de suas vendas. Vendas Líquido Lucro Lucro Margem = Significa quantos centavos de cada real de venda restaram após a dedução de todas as despesas. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS INDICADORES DE LUCRATIVIDADE Análise da margem x giro (TRI) ROI Ativo Giro X Lucro Margem = ROIx = Total Ativo Vendas Vendas Líquido Lucro / / / / / / / / / / ROI= Total Ativo Líquido Lucro A Rentabilidade de uma empresa é obtida por meio de uma boa conjugação entre Preço e Quantidade, ou seja, entre Margem (lucratividade) e Giro (produtividade). Ex. TRI (ROI) Margem Giro Empresa A 15% = 0,15 x 1,00 Empresa B 15% = 0,075 X 2,00 Empresa C 15% = 0,20 X 0,75 INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS EVA – VALOR ECONÔMICO AGREGADO É o resultado de uma empresa que sobra após a dedução do custo de capital próprio. Quando positivo, evidencia criação de valor ao acionista. É uma medida de lucro econômico, englobando o conceito de lucro contábil e o custo de capital investido. Cálculo com base no lucro líquido: Cálculo com base no lucro operacional: Próprio Capital de Custo - Líquido Lucro EVA = Terceiros) de e (Próprio Capital de Total Custo - IR) do (Líquido lOperaciona Lucro EVA = a.a % CAPM - a.a. % ROE EVA = EBITDA EBITDA / LAJIDA E arnings L ucro B efore A ntes de I nterest J uros T axes I mpostos D epreciation D epreciação A mortization A mortização Mede a produtividade e a eficiência da empresa Avaliar o lucro da operação, apenas do negócio, isolando Juros, impostos, depreciação e amortização. Mede a Geração Operacional de Caixa. EBITDA Empresa B Empresa A Receita Líquida 100.000 50.000 Custo dos Produtos Vendidos -45.0000 -20.000 Lucro Bruto 55.000 30.000 Despesas com Vendas -20.000 -12.000 Despesas Administrativas -10.000 -5.000 Outras Receitas Operacionais 500 100 Resultado da Atividade (EBIT) 25.500 13.100 Depreciação, Exaustão e Amortização 3.000 2.000 EBITDA 28.500 15.100 Margem EBITDA (%) 28,5% 30,2% Resultado Financeiro Líquido 1.000 -20.000LAIR 26.500 -7.000 IR e Contribuição Social -7.800 1.400 Lucro/Prejuízo Líquido 18.200 -5.600 EBITDA 2013 2012 Receita Líquida 1.660.289 1.470.436 Custo dos Produtos Vendidos -1.203.975 -1.057.298 Lucro Bruto 456.314 413.138 Despesas com Vendas -68.217 -67.496 Despesas Administrativas -112.020 -118.421 Outras Receitas Operacionais 2.378 -9.359 Resultado Financeiro Líquido -339.033 -155.819 LAIR -60.578 62.043 IR e Contribuição Social 2.546 -28.059 Lucro/Prejuízo Líquido -58.032 33.984 EBITDA 2013 2012 Receita Líquida 1.660.289 1.470.436 Custo dos Produtos Vendidos -1.203.975 -1.057.298 Lucro Bruto 456.314 413.138 Despesas com Vendas -68.217 -67.496 Despesas Administrativas -112.020 -118.421 Outras Receitas Operacionais 2.378 -9.359 Resultado Financeiro Líquido -339.033 -155.819 2013 2012 Despesas Financeiras -207.607 -186.709 Receitas Financeiras 54.737 66.183 Variação Cambial -186.163 -35.293 Resultado Financeiro Líquido -339.033 -155.819 LAJIDA U R O S EBITDA LAJIDA E P R E C I A Ç Ã O 2013 2012 Receita Líquida 1.660.289 1.470.436 Custo dos Produtos Vendidos -1.203.975 -1.057.298 Lucro Bruto 456.314 413.138 Despesas com Vendas -68.217 -67.496 Despesas Administrativas -112.020 -118.421 Outras Receitas Operacionais 2.378 -9.359 Resultado Financeiro Líquido -339.033 -155.819 LAIR -60.578 62.043 IR e Contribuição Social 2.546 -28.059 Lucro/Prejuízo Líquido -58.032 33.984 Retirar de custos e despesas: Depreciação Amortização Exaustão M O R T I Z A Ç Ã O EBITDA / LAJIDA 2013 2012 Receita Líquida 1.660.289 1.470.436 Custo dos Produtos Vendidos -1.203.975 -1.057.298 Lucro Bruto 456.314 413.138 Despesas com Vendas -68.217 -67.496 Despesas Administrativas -112.020 -118.421 Outras Receitas Operacionais 2.378 -9.359 Resultado da Atividade (EBIT) 278.455 217.862 Depreciação, Exaustão e Amortização 241.595 186.167 EBITDA 520.050 404.029 Margem EBITDA (%) 31,3% 27,5% Resultado Financeiro Líquido -339.033 -155.819 LAIR -60.578 62.043 IR e Contribuição Social 2.546 -28.059 Lucro/Prejuízo Líquido -58.032 33.984 LAJIDA EBITDA / LAJIDA 2013 2012 Receita Líquida 1.660.289 1.470.436 Custo dos Produtos Vendidos -1.203.975 -1.057.298 Lucro Bruto 456.314 413.138 Despesas com Vendas -68.217 -67.496 Despesas Administrativas -112.020 -118.421 Outras Receitas Operacionais 2.378 -9.359 Resultado da Atividade (EBIT) 278.455 217.862 Depreciação, Exaustão e Amortização 241.595 186.167 EBITDA 520.050 404.029 Margem EBITDA (%) 31,3% 27,5% Resultado Financeiro Líquido -339.033 -155.819 LAIR -60.578 62.043 IR e Contribuição Social 2.546 -28.059 Lucro/Prejuízo Líquido -58.032 33.984 LAJIDA Margem EBITDA = EBITDA / Receita Líquida EBITDA / LAJIDA 2013 2012 Receita Líquida 1.660.289 1.470.436 Custo dos Produtos Vendidos -1.203.975 -1.057.298 Lucro Bruto 456.314 413.138 Despesas com Vendas -68.217 -67.496 Despesas Administrativas -112.020 -118.421 Outras Receitas Operacionais 2.378 -9.359 Resultado da Atividade (EBIT) 278.455 217.862 Depreciação, Exaustão e Amortização 241.595 186.167 EBITDA 520.050 404.029 Margem EBITDA (%) 31,3% 27,5% Resultado Financeiro Líquido -339.033 -155.819 LAIR -60.578 62.043 IR e Contribuição Social 2.546 -28.059 Lucro/Prejuízo Líquido -58.032 33.984 LAJIDA LAJIR INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS FATOR DE INSOLVÊNCIA Um dos desafios para o analista é combinar índices do tripé de análise (Financeira / Econômica / Estrutura de Capital), dando-se uma nota média para a empresa. No Brasil, Stephen C. Kanitz desenvolveu um modelo muito interessante de como prever falências, por meio de tratamento estatístico de índices financeiros de algumas empresas que realmente faliram. Nesse modelo, como em outros existentes, o objetivo não é meramente analisar o risco de falências, mas também avalia a empresa, dando-se uma nota para a mesma, nota que varia de (-) 7,0 até 7,0. Se a nota for menor que (-3), a situação tende à falência. Entre (-3) e zero, é uma região nebulosa, podendo a empresa sair da situação difícil, como pode falir. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS FATOR DE INSOLVÊNCIA X1 = 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎ô𝒏𝒊𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝒙 𝟎, 𝟎𝟓 X2 = 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒆𝒛 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍 𝒙 𝟏, 𝟔𝟓 X3 = Liquidez Seca x 3,55 X4 = Liquidez Corrente x 1,06 X5 = 𝑬𝒙í𝒈𝒊𝒗𝒆𝒍 𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 ∗ 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎ô𝒏𝒊𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝒙 𝟎, 𝟑𝟑 Exigível Total : Passivo Circulante + Não Circulante INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS FATOR DE INSOLVÊNCIA INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS FATOR DE INSOLVÊNCIA Cuidados: O modelo é claramente destinado à indústria e comércio; O modelo não deve ser considerado de maneira isolada, mas outros indicadores também deverão ser tomados para que haja maior eficiência de análise Dever-se-ia, sempre, fazer análise horizontal, analisando a tendência, pelo menos, dos três últimos períodos. INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS FATOR DE INSOLVÊNCIA INDICES DE MERCADO INDICADOR PREÇO / LUCRO (P/L) O indicador P/L é um dos mais amplamente conhecidos e utilizados no mercado de ações. Ele permite comparar o preço relativo facilmente qual ação, ou seja qual está mais “cara” ou mais “barata“. O P/L nada mais é do que o preço atual da ação, dividido pelo lucro por ação. Também representa quantos anos a empresa demoraria para reembolsar o preço pago com o lucro líquido obtido. P/L = preço da ação / lucro por ação (LPA) Sendo que: lucro por ação (LPA) = lucro total / número de ações emitidas pela empresa Se o índice é baixo, entende-se que a ação está barata. Logo há um bom potencial de compra. INDICES DE MERCADO INDICADOR PREÇO / LUCRO (P/L) Limitações deste indicador: Embora o preço lucro seja muito eficiente para comparar empresas do mesmo setor (ex: Itaú e Bradesco), ele não funciona bem para comparar empresas de setores diferentes. Isso porque ele não considera o potencial de crescimento nos lucros da empresa no futuro. Imagine que duas empresas tenham o mesmo lucro por ação e estejam custando a mesma coisa. No entanto uma delas tem um potencial de crescimento enorme, enquanto que a outra já está em um mercado saturado e consolidado. Independente deste último fato o P/L será igual para as duas. INDICES DE MERCADO INDICADOR PREÇO / VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO (P/VPA) Indica quanto um acionista topa pagar pelo patrimônio líquido da companhia. P/VPA = preço da ação / valor patrimonial da ação Sendo: VPA = patrimônio líquido / número total de ações Quanto maior a relação P/VPA, mais cara ou menos atrativa está a ação INDICES DE MERCADO INDICADOR PREÇO / VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO(P/VPA) Em épocas de crise, a utilização do múltiplo também passa a ser um importante métrica de avaliação, pois não é raro ver ações negociando abaixo do VPA nesses momentos. Na teoria, P/VPA = 1 pode significar que a ação está sendo negociada pelo equivalente a seu patrimônio líquido, P/VPA < 1 o mercado está pagando pelas ações da empresa um preço inferior ao do seu patrimônio líquido e P/VPA > 1 que o mercado está aceitando pagar mais pela ação do que todo o patrimônio líquido da empresa. Não necessariamente, pagar acima do patrimônio é um mal negócio. Ações como Ambev e Weg sempre negociaram acima do patrimônio, e isso não impediu uma forte valorização ao longo do tempo. Empresas com alta rentabilidade geralmente negociam com prêmio em relação ao seu patrimônio. INDICES DE MERCADO INDICADOR DIVIDEND YIELD Mostra o dividendo pago (+ Juros sobre Capital Próprio) por ação dividido pelo preço da ação. Ou seja, é o rendimento gerado para o detentor da ação pelo pagamento de dividendos e Juros sobre Capital Próprio. Em geral, o DY é apresentado em percentuais pagos nos últimos 12 meses ou pela expectativa para os próximos 12 meses. Vamos imaginar que a ação de uma empresa custe R$ 20,00, e ela tenha pago nos últimos 12 meses, em dividendos
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