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5 Fissuração em Juntas Soldadas ppt

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30/03/2013
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METALURGIA DA SOLDAGEMMETALURGIA DA SOLDAGEM
TRINCAS
Tipo mais grave de descontinuidade em uma junta
soldada.
Formam-se quando tensões de tração se desenvolvem
em um material fragilizado.
• Das expansões e contrações térmicas localizadas
(associadas com o aquecimento não uniforme
característico da soldagem);
• Das variações de volume devido a transformações de
fase, e;
• Como resultado das ligações entre as peças sendo
soldadas e o restante da estrutura.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
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A fragilização na região da solda pode resultar de:
• mudanças estruturais;
• da absorção de elementos nocivos;
• de alterações posteriores durante outras operações de 
fabricação (por exemplo, tratamentos térmicos) ou, ainda, 
em serviço.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
• Podem ocorrer tanto em aços como em ligas não 
ferrosas;
• Podem ocorrer na ZF, na ZTA e no metal base;
• Podem ser macroscópicas, com até vários cm de 
comprimento (macrofissuras) ou serem visíveis 
somente com um microscópio (microfissuras).
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Mecanismos de Fissuração
Podem ser:
• Específicos para diferentes materiais e processos de 
soldagem;
• Comuns para um tipo particular de material. 
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
Soldagem dos aços, particularmente, os aços carbono e de
baixa liga.
Baseada na temperatura e no momento de formação da
descontinuidade.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
Material submetido a altas temperaturas – Próximo à
temperatura liquidus.
• Fissuração na solidificação;
• Fissuração por liquação na ZTA;
• Fissuração por perda de ductilidade.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
Durante a soldagem, ou logo após esta operação –
Abaixo da temperatura liquidus.
• Fissuração pelo Hidrogênio (fissuração a frio);
• Decoesão Lamelar.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
Ocorrem em operações subsequentes de fabricação
ou durante o serviço.
• Fissuração ao Reaquecimento
• Decoesão Lamelar
• Fissuração por Corrosão sob Tensão
• Fadiga
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO NA SOLIDIFICAÇÃO
Associada com a presença de segregações que levam
à formação de filmes líquidos intergranulares, nas
etapas finais da solidificação.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
Apresenta as seguintes características:
 Ocorre a altas temperaturas – Próximas à temperatura
solidus do material;
 A trinca aparece entre os contornos de grão, contornos
interdendríticos ou entre células;
 Quando a trinca aflora externamente, a sua superfície
apresenta-se geralmente oxidada, refletindo a sua alta
temperatura de formação;
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
 As trincas são, em geral, longitudinais e superficiais,
ocorrendo, com frequência no centro do cordão mas,
podem ser também transversais, de cratera, ou radiais.
Trincas internas podem também ser formadas e serem
macro ou microscópicas;
 Esta forma de fissuração pode ocorrer em associação a
todos os processos de soldagem.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
 Pode ocorrer na soldagem da maioria das ligas usadas
industrialmente.
Algumas são particularmente sensíveis:
• Aços Cr-Ni com estrutura de solidificação
completamente austenítica;
• Ligas de Al com Si (0 - 1,5%), Cu (0,5 - 5,0%) ou Mg
(1,0 - 4,0);
• Ligas de Cu contendo Bi ou Pb;
• Bronze de Al (com cerca 7,5%), e;
• Ligas de Ni contendo elementos como Pb, Bi, S, P, Cd,
Zr e B.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
 O nível de restrição da junta aumenta a chance de
formação de trincas;
 A forma da poça de fusão e o seu padrão de
solidificação também influenciam a sensibilidade à
fissuração;
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
Pode-se associar a formação de uma trinca de
solidificação com dois fatores básicos:
 Incapacidade do material se deformar, e;
 Presença de esforços de tração, causando tensões que
eventualmente podem ultrapassar a capacidade de
resistência do material.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO POR LIQUAÇÃO NA ZTA.
• Trincas formadas na ZTA;
• Regiões aquecidas a temperaturas próximas do solidus
do MB;
• Associadas com a formação, por diferentes causas, de
bolsões de material líquido nesta região.
O material fica fragilizado e
trincas podem se formar no
resfriamento, com o aparecimento
de tensões trativas.
O líquido, em contato com contornos
de grão e dependendo de sua
capacidade de molhá-los, pode
espalhar-se entre os grãos na forma de
um fino filme.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
Este tipo de fissuração foi observado em aços
austeníticos e ligas não ferrosas e está associado a
inclusões e precipitados que podem se fundir durante o
ciclo térmico de soldagem.
A formação de líquido é causada pela dissolução fora do
equilíbrio de precipitados durante o aquecimento rápido
que ocorre na soldagem.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
Trincas de liquação ocorrem sempre próximas à LF.
Ao microscópio ótico, este tipo de trinca apresenta um
aspecto serrilhado típico de abertura variável,
ocorrendo sempre ao longo dos contornos de grão.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO POR PERDA DE DUCTILIDADE
Em certas ligas, problemas de fissuração a alta
temperatura foram observados sem a formação de fase
líquida e têm sido associados à uma perda de ductilidade à
temperatura elevada.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO POR PERDA DE DUCTILIDADE
• Ocorre ao longo dos contornos de grãos;
• Não apresenta evidências de filmes de segregação na
superfície dos grãos;
• Parece ocorrer a temperaturas baixas, assim, a sua
presença é mais comum em regiões mais afastadas da
linha de fusão, podendo ocorrer em associação com
trincas iniciadas durante a solidificação ou por liquação.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO POR PERDA DE DUCTILIDADE
• Mecanismo fragilizante pouco conhecido;
• Pode estar associado com a segregação, durante
exposição a temperaturas elevadas, de impurezas,
principalmente o fósforo, e de elementos de liga, como o
níquel, para contornos de grão.
• Paralelamente, a ocorrência de precipitação no interior
dos grãos causaria um endurecimento destes
concentrando os esforços nos contornos.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
• Um dos maiores problemas de soldabilidade dos aços
estruturais comuns, particularmente para processos de
baixa energia de soldagem.
• Pode ocorrer tanto na ZTAZTA como na ZFZF.
• A trinca se forma quando o material está próximo da
temperatura ambiente.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
• Tende a crescer de forma lenta e descontínua, levando
até 48 horas após soldagem para a sua completa
formação.
• A fissuração pelo hidrogênio tem sido associada muitas
vezes com a falha prematura de componentes soldados,
ajudando a iniciação de fratura frágil ou por fadiga.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
As trincas podem ser:
• Longitudinais;
• Transversais;
• Superficiais ou sub-superficiais;
• Originam-se, frequentemente, a partir de
concentradores de tensão, como a margem ou a raiz
da solda.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Ocorre principalmente na ZTA, na região de crescimento de
grão, mas pode também ocorrer na zona fundida.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃOEM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
É causada quando ocorrem simultaneamente 3 fatores:
• Presença de hidrogênio na região da solda;
• Formação de microestrutura de elevada dureza, capaz
de ser fortemente fragilizada pelo hidrogênio, e;
• Solicitação de tensões residuais e externas.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
O hidrogênio proveniente de moléculas de material
orgânico e umidade que são dissociadas no arco é
absorvido pela poça de fusão, ficando em solução na solda
após a solidificação.
Difunde-se rapidamente no aço, atingindo regiões da ZF e,
principalmente, da ZTA cuja microestrutura é fortemente
fragilizada pela sua presença.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Na ocorrência de tensões de tração (residuais e externas),
fissuras podem ser formadas. A fragilização pelo hidrogênio
é particularmente intensa à temperatura ambiente.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Microestruturas de elevada dureza, particularmente a
martensita, são, em geral, mais sensíveis à fissuração pelo
hidrogênio. Neste contexto, fórmulas de carbono-
equivalente, que representam o efeito dos diversos
elementos de liga, na temperabilidade, em termos de seu
teor equivalente de carbono, servem para avaliar a
sensibilidade do MB a fissuração pelo hidrogênio.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Carbono-Equivalente:
CE < 0,4: o aço é insensível à fissuração;
CE > 0,6: o material é fortemente sensível, exigindo
técnicas especiais de soldagem, por exemplo, o uso de
processos de baixo nível de hidrogênio e de pré-
aquecimento.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
O nível de tensões residuais na solda pode ser
minimizado, por medidas que podem ser tomadas no
projeto.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Exemplos:
• Seleção adequada da disposição das soldas e da
sequência de montagem do componente ou estrutura.
• Na execução, a adoção de seqüências especiais de
deposição e cuidados para se evitar a presença de
mordeduras, reforço excessivo e falta de penetração na
raiz também ajudam a minimizar o nível de tensões
localizadas na solda e, desta forma, a chance de
fissuração.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Processos de Soldagem
• É limitada por considerações práticas e econômicas.
• Exigências de propriedades mecânicas, particularmente
tenacidade, podem forçar a utilização de um dado
processo em lugar de outro.
• Processos que usam elevada energia de soldagem,
como a soldagem a arco submerso e por eletroescória,
apresentam menor risco de fissuração pelo hidrogênio.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Processo Eletrodo Revestido
Aço carbono:
Juntas de pequena espessura  eletrodos celulósicos e
rutílicos são comumente usados.
Aços ligados e aços de alta resistência mecânica:
Eletrodos básicos são mais utilizados pois estes podem
garantir menor quantidade de hidrogênio na soldagem.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Eletrodos básicos:
São altamente higroscópicos e exigem cuidados especiais
para a sua armazenagem e uso para evitar que absorvam
umidade.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Limpeza pré-soldagem
Cuidados devem ser tomados para evitar a contaminação
de consumíveis ou do metal base com umidade, óleo ou
graxa, pois estas substâncias podem fornecer hidrogênio à
solda.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Pré-aquecimento
Pode controlar a fissuração por hidrogênio.
Reduz a velocidade de resfriamento, possibilitando a
formação de uma estrutura menos dura na ZTA e
propiciando um maior tempo para que o hidrogênio escape
da peça antes que se atinja as temperaturas de fragilização
por este elemento.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Pré-aquecimento
Pode ser uniforme em toda a peça ou, mais comumente,
localizado, na região da junta. Nesse caso, deve-se
garantir que uma faixa suficientemente larga do material
seja aquecida até uma temperatura adequada (por
exemplo, 75 mm de cada lado da junta).
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
Pós-aquecimento
Casos mais favoráveis:
A junta ou toda a peça pode ser mantida aquecida após a
soldagem  Permite que o hidrogênio escape da região da
solda, reduzindo, assim, a chance de formação de trincas.
Efetividade:
• Temperaturas superiores a 200ºC;
• Tempos relativamente longos (superiores a 2 h):
• Resfriamento final, até a T amb, deve ser lento.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
A fissuração pelo hidrogênio é muitas vezes citada na
literatura técnica com diferentes nomes:
• "cold cracking" (fissuração a frio);
• "delayed cracking" (fissuração retardada);
• "underbead cracking“ (fissuração sob o cordão);
• "toe cracking" (fissuração na margem do cordão).
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Fissuração que ocorre no
MB (e às vezes na ZTA),
em planos que são
essencialmente paralelos
à superfície da chapa.
Ocorrência típica em soldas
multipasses em juntas em T
feitas em chapas ou placas
laminadas de aço com
espessura entre cerca de 12
e 60 mm.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Foram observadas na construção de prédios e pontes de
estrutura metálica e na fabricação de vasos de pressão,
navios, estruturas "off-shore“, caldeiras e equipamento
nuclear.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Na análise macrográfica, a trinca lamelar apresenta uma
aparência típica em degraus, que por sua vez está
associada com o seu mecanismo de formação.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Maior influência  Inclusões não metálicas no metal base.
Resultado do processo de laminação:
Chapa ou placa de aço possui uma certa quantidade de
inclusões alongadas  sulfeto e silicato são os tipos mais
deformáveis  apresentam-se numa forma alongada.
Estas inclusões prejudicam fortemente a ductilidade na
direção Z, tendo um efeito muito menor nas outras
direções.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Fator chave para evitar a formação de trincas lamelares:
Uso de um MB com boas propriedades na direção Z, em
juntas que apresentam condições favoráveis à sua
formação.
Como?
Redução do teor de enxofre no aço e/ou adição de certos
elementos de liga que tendam a tornar as inclusões menos
deformáveis.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Avaliação da sensibilidade de um aço à decoesão:
Ensaio de tração de um corpo de prova pode ser utilizado,
sendo a redução de área (RA) o parâmetro mais usado
nesta avaliação.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Critérios:
 Se RA for superior a 30%, o material não é sensível ao
problema;
 Se RA estiver entre 20 e 30%, o material é pouco
sensível, e;
 Para RA inferior a 20%, o material é considerado
fortemente sensível.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Outras medidas para minimizar a ocorrência de trincas
lamelares são:
 Mudanças no projeto da junta, ou;
 No procedimento de soldagem.
30/03/201325
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Exemplos de mudanças no projeto da junta,
compreendem:
 Redução do volume de metal depositado por mudança da
geometria da junta;
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Exemplos de mudanças no projeto da junta,
compreendem:
 Redução do nível de tensões na direção z por alteração
da configuração da junta;
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Exemplos de mudanças no projeto da junta,
compreendem:
 Substituição local da chapa laminada por um material
insensível ao problema, por exemplo, uma peça forjada.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
DECOESÃO LAMELAR ou TRINCA LAMELAR
Cuidados relacionados com o procedimento:
 Martelamento entre passes (quando permitido);
 Utilização de eletrodo de menor limite de escoamento;
 Soldagem com processo de baixo hidrogênio, e;
 "amanteigamento“, na região de alto risco, com um
material de alta ductilidade antes da soldagem
propriamente dita.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
FISSURAÇÃO EM SERVIÇO
Inúmeros fatores podem levar ao aparecimento de trincas
em uma junta soldada nas etapas posteriores de um
processo de fabricação ou durante o uso (serviço).
Durante a fabricação, trincas podem ser formadas em uma
junta em função:
 Das solicitações mecânicas excessivas devido a um
processamento inadequado;
 Da absorção de um elemento nocivo, como hidrogênio,
durante a deposição de camadas protetoras por método
eletroquímico.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE REAQUECIMENTO (ou trincas de
alívio de tensão).
Podem ser formadas durante TT pós-soldagem (a
temperaturas entre cerca de 450 e 700ºC) em alguns
materiais, particularmente aços Cr-Mo-V e aços inoxidáveis
austeníticos.
Um tipo similar de fissuração pode, também, se
desenvolver em juntas soldadas, após vários anos de
serviço a temperaturas em torno de 300 a 400ºC, em
usinas térmicas, químicas ou em refinarias.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE REAQUECIMENTO (ou trincas de
alívio de tensão).
Região de ocorrência:
Em geral, na ZTA, região de crescimento de grão, e
propagação ao longo dos contornos de grãos austeníticos
(no caso de aços estruturais ferríticos, os contornos dos
grãos austeníticos que existiam quando o material estava
submetido a alta temperatura).
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE FADIGA TÉRMICA.
Juntas soldadas de materiais dissimilares, em
equipamentos submetidos a temperaturas elevadas, em
função de diferenças nos coeficientes de expansão térmica
dos materiais.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE FADIGA.
Causadas por esforços mecânicos variáveis.
É um fenômeno progressivo, que se inicia em regiões
localizadas, nas quais existe, em geral, um entalhe
qualquer, originário de projeto ou do processo de
fabricação, capaz de causar uma concentração de tensões.
Em juntas soldadas, mordeduras, falta de penetração na
raiz, trincas pré-existentes e outras descontinuidades
podem desempenhar este papel e acelerar o aparecimento
da trinca de fadiga.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE FADIGA.
Propaga-se lentamente por um período de tempo até
atingir um tamanho crítico, quando a ruptura final tende a
ocorrer de forma rápida e, em geral, inesperada e com
consequências desastrosas. Devido às suas
características, particularmente à possibilidade de ruptura
inesperada com tensões nominais abaixo do limite de
escoamento, a possibilidade da ocorrência de fadiga é uma
consideração fundamental no projeto e fabricação de vários
componentes soldados.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE FADIGA.
Macrografia de uma junta soldada, parte de um braço de
uma escavadeira, que falhou em serviço devido a formação
de uma trinca de fadiga.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE CST
Soldas de diferentes materiais quando estes estão
tensionados e em contato simultâneo com um dado
ambiente corrosivo.
Não é específico de juntas soldadas, mas, nestas, a sua
ocorrência é facilitada pela presença de um nível elevado
de tensões residuais.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE CST
Além disso, as alterações microestruturais causadas pela
soldagem podem tornar o material mais sensível à CST do
que o MB em um dado ambiente. As trincas de CST
tendem a se formar após um período de incubação que
pode ser mais ou menos longo e propagar de forma
relativamente rápida (em comparação, por exemplo, com a
fadiga).
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE CST
Na região da solda, as tensões residuais podem atingir um
valor próximo ao limite de escoamento do material e, em
geral, superior ao limite mínimo para a formação de trincas
de CST.
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FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE CST
Características:
Trincas altamente ramificadas.
FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADASFISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
TRINCAS DE CST
Controle:
Em alguns casos, pode ser reduzida ou inibida pelo
controle do procedimento de soldagem. Por exemplo, a
fissuração em aço carbono em ambiente de H2S necessita
de um nível de tensão relativamente elevado e o problema
pode ser controlado limitando-se a dureza da solda a
valores inferiores a 200 HB.
Em outros casos, um TTAT pode ser realizado após
soldagem para reduzir a chance de ocorrência de CST.

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