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18/5/2013 1 METALURGIA DA SOLDAGEM SOLDABILIDADE DEFINIÇÃO SOLDABILIDADE American Welding Society (AWS): “A capacidade de um material ser soldado nas condições de fabricação impostas por uma estrutura específica projetada de forma adequada e de se comportar adequadamente em serviço”. 18/5/2013 2 DEFINIÇÃO Esta definição coloca pontos importantes como: “o projeto é adequado?”, “e as condições e o procedimento de soldagem?” Uma definição alternativa, mais prática, seria: “a facilidade relativa com que uma solda satisfatória, que resulte em uma junta similar ao metal sendo soldado, pode ser produzida”. SOLDABILIDADE INTRODUÇÃO A maioria das ligas metálicas é soldável. Algumas muito mais difíceis de serem soldadas por um dado processo do que outras. O desempenho esperado para uma junta soldada depende fundamentalmente da aplicação a que esta se destina. SOLDABILIDADE 18/5/2013 3 INTRODUÇÃO Então, para determinar a soldabilidade de um material, é fundamental considerar: � Processo utilizado; � Procedimento de soldagem; � Aplicação. Assim, é importante conhecer bem o material sendo soldado, o projeto da solda e da estrutura e os requerimentos de serviço (cargas, ambiente, etc.). SOLDABILIDADE INTRODUÇÃO Pontos a considerar: 1. O metal base é adequado para a aplicação desejada, isto é, ele possui as propriedades adequadas e necessárias para resistir aos requerimentos da aplicação? 2. O projeto da estrutura soldada e de suas soldas é adequado para o uso pretendido? SOLDABILIDADE 18/5/2013 4 INTRODUÇÃO Na maioria dos casos, a produção de uma solda envolve o uso de calor e/ou deformação plástica, resultando em uma estrutura metalúrgica diferente daquela do MB. Soldas podem, também, apresentar descontinuidades como vazios, trincas, material incluso, etc. SOLDABILIDADE INTRODUÇÃO � Problemas na ZF ou na ZTA que ocorrem durante ou imediatamente após a operação de soldagem, como poros, trincas de solidificação, trincas induzidas pelo hidrogênio, perda de resistência mecânica, etc. � Problemas na solda ou no material adjacente que ocorrem nas etapas de um processo de fabricação posteriores à soldagem. Incluem, por exemplo, a quebra de componentes na região da solda durante processos de conformação mecânica. SOLDABILIDADE 18/5/2013 5 INTRODUÇÃO � Problemas na solda ou no material adjacente que ocorrem em um certo momento durante o serviço da estrutura soldada. Estes podem reduzir a eficiência da junta nas condições de serviço e incluem, por exemplo, o aparecimento e a propagação de trincas por diversos fatores, problemas de corrosão, fluência, etc. SOLDABILIDADE CLASSE DE MATERIAIS � Aços; � Aços inoxidáveis; � Alumínio e suas ligas; � Níquel e suas ligas; � Cobre e suas ligas; � Titânio e suas ligas; � Ferro fundido. SOLDABILIDADE 18/5/2013 6 O maior problema de soldabilidade é a formação de trincas induzidas pelo H, principalmente na ZTA. SOLDABILIDADE Problemas específicos: • Incluem a perda de tenacidade na ZTA ou na ZF; • Formação de trincas de solidificação. SOLDAGEM DOS AÇOS CARBONO E DE BAIXA LIGA. SOLDABILIDADE SOLDAGEM DOS AÇOS CARBONO E DE BAIXA LIGA. Ainda, em função de uma seleção inadequada de consumíveis ou de um projeto ou execução incorretos podem ocorrer problemas de porosidade, mordeduras, falta de fusão, corrosão, etc. 18/5/2013 7 SOLDABILIDADE AÇOS DE BAIXO CARBONO. • C = 0,10 a 0,25%; • Mn = 0,25 a 1,5%; • P = 0,04% (máx); • S = 0,05%. Estes são os aços mais comumente usados em fabricação e construção. São materiais facilmente soldáveis por qualquer processo a arco, gás ou resistência. SOLDABILIDADE AÇOS DE BAIXO CARBONO. Consumíveis: Eletrodo revestido: AWS E60XX e E70XX fornecem resistência mecânica suficiente. • Eletrodos da classe E60XX: limite de escoamento inferior a 350 MPa; • Eletrodos E70XX: aços com limite de escoamento de até 420 MPa. Para a seleção do tipo de eletrodo, as características operacionais desejadas devem ser consideradas. 18/5/2013 8 SOLDABILIDADE AÇOS DE MÉDIO CARBONO. Composição similar a dos aços de baixo carbono, exceto pelo C entre 0,3 e 0,5% e Mn entre 0,6 e 1,65%. Eletrodos de baixo hidrogênio são recomendados, particularmente para peças de maior espessura. SOLDABILIDADE AÇOS DE MÉDIO CARBONO. Pré-aquecimento entre 150 e 260ºC pode ser necessário. Pós-aquecimento é recomendado algumas vezes para aliviar tensões residuais e reduzir a dureza que pode ser causada por um resfriamento rápido após soldagem. Aços de médio carbono podem ser facilmente soldados pelos mesmos processos usados para os aços de baixo carbono desde que os cuidados colocados acima sejam observados. 18/5/2013 9 SOLDABILIDADE AÇOS DE ALTO CARBONO. C entre 0,5 e 1,03% e o teor de Mn entre 0,3 e 1,0%. A soldagem destes aços necessita de cuidados especiais. Eletrodos de baixo hidrogênio precisam ser usados com um pré-aquecimento entre 200 e 320ºC. Um tratamento térmico após soldagem (alívio de tensões ou mesmo recozimento) é usualmente especificado. SOLDABILIDADE AÇOS DE BAIXA LIGA. Estes aços são soldados, no processo SMAW, com eletrodos das classes E80XX, E90XX e E100XX. Para a seleção do metal de adição para estes aços, além das propriedades mecânicas, é muitas vezes necessário considerar detalhes de sua composição química. 18/5/2013 10 SOLDABILIDADE AÇOS DE BAIXA LIGA AO NÍQUEL. Teores de C variam entre 0,12 e 0,3%, Mn entre 0,4 e 0,6%, Si entre 0,2 e 0,45% e Ni entre 3,25 e 5,25%. Pré-aquecimento não é necessário para %C < 0,15, exceto para juntas de grande espessura. Para maiores teores de carbono, um pré-aquecimento de até 260ºC deve ser usado, embora para juntas de menos de cerca de 7 mm, este possa ser dispensado. Alívio de tensões após soldagem é recomendável. SOLDABILIDADE AÇOS DE BAIXA LIGA AO MANGANÊS. • C: 0,18 a 0,48%; • Mn: entre 1,6 e 1,9%; • Si: entre 0,2 e 0,35%. Pré-aquecimento não é necessário para os menores teores de C e Mn. Para C > 0,25%, um pré-aquecimento entre 120 e 150ºC é necessário. Para maiores teores de C e Mn e para juntas de grande espessura, a temperatura de pré- aquecimento pode atingir 300ºC, sendo recomendado o uso de alívio de tensões. 18/5/2013 11 SOLDABILIDADE AÇOS DE BAIXA LIGA AO CROMO. • C: entre 0,12 e 1,1%; • Mn: entre 0,3 e 1,0%; • Si: 0,2 e 0,3%; • Cr: 0,2 e 1,6%. Aços com teor de C próximo de seu limite inferior podem ser soldados sem nenhum cuidado especial. Maiores teores de C (e de Cr) ⇒ aumentam a temperabilidade de forma pronunciada e pré-aquecimentos de até 400ºC podem ser necessários, particularmente para juntas de maior espessura. SOLDABILIDADE AÇOS DE BAIXA LIGA AO CROMO. É importante na seleção de um consumível para ABL, ajustar a resistência mecânica e a composição química do depósito de solda de acordo com as características do MB. Contudo, nem sempre existe disponível um consumível capaz de depositar material com composição igual ao MB, sendo preciso selecionar o mais similar possível e avaliar os efeitos das diferenças de composição no comportamento da solda. 18/5/2013 12 SOLDABILIDADE AÇOS RESISTENTES AO TEMPO. Aços resistentes ao tempo (aços patináveis) são aços de baixa liga que podem ser expostos ao ambiente sem serem pintados, sendo protegidos por uma densa camada de óxido que se forma naturalmente. Devido a esta camada, a sua resistência a corrosão é quatro a seis vezes a resistência de aços estruturais ao carbono. Limites mínimos de escoamento e de resistência: 350 MPa e de 420 MPa, respectivamente. SOLDABILIDADE AÇOS RESISTENTES AO TEMPO. Para esses aços, fórmulas de carbono equivalente (CE) são comumente usadas para estimar a necessidade de cuidados especiais na sua soldagem. Uma expressão de CE muito difundida é: 18/5/2013 13 SOLDABILIDADE AÇOS RESISTENTES AO TEMPO. Preferencialmente, o CE deve ser calculado para a composição real do aço. Quando esta não é conhecida, os teores máximos na faixa da especificação do aço devem ser considerados por segurança. Um MB é considerado facilmente soldável com o processoSMAW quando CE < 0,40. Acima deste nível, cuidados especiais são necessários. SOLDABILIDADE AÇOS RESISTENTES AO TEMPO. CE > 0,60: deve-se usar pré-aquecimento para juntas com espessura acima de 20 mm. CE > 0,90: pré-aquecimento a uma temperatura elevada é absolutamente necessário para todos os casos, exceto para juntas de muito pequena espessura. 18/5/2013 14 SOLDABILIDADE AÇOS RESISTENTES AO TEMPO. Na soldagem com arco submerso (SAW), a composição do depósito de solda deve, também, ser similar à do MB. Um fluxo não ativo deve ser usado preferencialmente com aços de baixa liga. Em geral, a necessidade de pré-aquecimento é reduzida na soldagem SAW devido aos maiores aportes térmicos utilizados. Para garantir um baixo nível de H, é importante utilizar um fluxo corretamente seco e limpar adequadamente o MB na região da solda. SOLDABILIDADE AÇOS RESISTENTES AO TEMPO. Na soldagem com eletrodo consumível e proteção gasosa (GMAW) de aços de baixa liga, a composição do eletrodo deve ser adequada para o MB e o gás de proteção deve ser selecionado de forma a minimizar a queima (oxidação) do metal de solda. O nível de pré-aquecimento é similar ao usado com o processo SMAW. 18/5/2013 15 SOLDABILIDADE AÇOS RESISTENTES AO TEMPO. Na soldagem de aços com níveis diferentes de resistência mecânica, o metal de adição deve ser selecionado de forma a fornecer um depósito de resistência compatível com o aço de menor resistência. O procedimento de soldagem (pré- aquecimento, aporte térmico, etc), contudo, deve ser especificado de acordo com o aço de maior resistência. SOLDABILIDADE AÇOS RESISTENTES AO TEMPO. Podem ser soldados por todos os processos a arco, por soldagem a gás e por resistência. Contudo, cuidados especiais devem ser tomados em função de suas características. Na soldagem SMAW, eletrodos E7018 podem ser usados para a deposição dos passes de raiz e de enchimento. O acabamento deve, contudo, ser feito com um eletrodo E7018- C1 uma vez que o maior teor de níquel do depósito dará à solda características de resistência à corrosão similares ao MB. 18/5/2013 16 SOLDABILIDADE AÇOS ESTRUTURAIS TEMPERADOS E REVENIDOS. São usados após TT de têmpera e revenido e apresentam elevada resistência mecânica ⇒ limite de escoamento da ordem de 700 MPa, associado com uma boa soldabilidade. Apresentam, ainda, boas ductilidade, tenacidade e resistência à fadiga. Procedimentos de soldagem relativamente simples podem ser usados na sua soldagem, sem pré-aquecimento ou com pré-aquecimento a temperaturas baixas. SOLDABILIDADE AÇOS ESTRUTURAIS TEMPERADOS E REVENIDOS. Baixo aporte térmico é utilizado para se conseguir uma resistência mecânica adequada na junta. Três fatores devem ser considerados: 1.Uso de um MA adequado; 2.Uso do correto aporte térmico; 3.Estrita obediência ao PS recomendado. 18/5/2013 17 SOLDABILIDADE AÇOS ESTRUTURAIS TEMPERADOS E REVENIDOS. Processos comumente utilizados: SMAW, GMAW, SAW e FCAW. O processo TIG (GTAW) também é utilizado, mas é restrito a juntas de menor espessura. Processos de alto aporte térmico, como a soldagem com eletro-escória, não são recomendados devido à perda de resistência mecânica que a junta pode sofrer em função da microestrutura formada. SOLDABILIDADE AÇOS ESTRUTURAIS TEMPERADOS E REVENIDOS. Qualquer que seja o processo de soldagem, é essencial garantir que o nível de hidrogênio na solda seja mínimo devido ao risco de formação de trincas. � Utilização de consumíveis de baixo H; � Secagem adequada; � Preparação de uma junta limpa. 18/5/2013 18 SOLDABILIDADE AÇOS ESTRUTURAIS TEMPERADOS E REVENIDOS. Processo SMAW: Eletrodos de baixo hidrogênio devem ser utilizados para garantir uma resistência mecânica adequada da solda. Processo GMAW: Uma mistura de proteção Ar-2%O2 é comumente usada. A composição química do arame deve ser similar ao do MB. Processo SAW: Um fluxo não ativo deve ser usado com um arame de composição similar ao MB. SOLDABILIDADE AÇOS ESTRUTURAIS TEMPERADOS E REVENIDOS. O aporte térmico depende da espessura da junta e das temperaturas de pré-aquecimento e entre-passes. Juntas de pequena espessura (25 mm) podem ser soldadas a temperaturas próximas da ambiente. Maiores espessuras precisam de um pré-aquecimento em torno de 100ºC e temperaturas maiores podem ser utilizadas para juntas com pequena liberdade de movimento (alta restrição) devido às elevadas tensões residuais que podem se desenvolver nestas condições. 18/5/2013 19 SOLDABILIDADE AÇOS ESTRUTURAIS TEMPERADOS E REVENIDOS. Quando a soldagem é feita com um aporte térmico superior ao adequado, a junta soldada tende a apresentar menor resistência mecânica do que o MB. SOLDABILIDADE AÇOS ESTRUTURAIS TEMPERADOS E REVENIDOS. Durante a soldagem destes aços, o procedimento de soldagem deve ser cuidadosamente seguido e técnicas operatórias que resultem em uma velocidade de resfriamento inadequadamente baixa devem ser evitadas. Assim, não se deve usar o tecimento dos cordões. Quando este não puder ser evitado, como na soldagem vertical ascendente, ele deve ser o menor possível. Pelo mesmo motivo, cuidado extremo deve ser tomado para evitar que a temperatura entre passes ultrapasse o máximo especificado. 18/5/2013 20 SOLDABILIDADE AÇOS CROMO-MOLIBDÊNIO. Aplicações à temperaturas elevadas, sendo muito usados em tubulações que operam a alta pressão e temperaturas entre cerca de 370 e 600ºC. Mantêm adequada resistência mecânica, além de não sofrerem problema de fluência nem de fragilização após longos períodos de uso. ASTM A-387 1 Cr- ½ Mo ⇒ Gr 12 1 ¼ Cr- ½ Mo ⇒ Gr 11 9 Cr-1 Mo ⇒ Gr 9 SOLDABILIDADE AÇOS CROMO-MOLIBDÊNIO. Processos de soldagem utilizados: • Eletrodo revestido; • TIG; • MIG/MAG; • Arco submerso e arame tubular também podem ser usados. 18/5/2013 21 SOLDABILIDADE AÇOS CROMO-MOLIBDÊNIO. Metal de adição Composição similar ao MB. Eletrodos devem ser sempre de baixo hidrogênio os quais podem ter características operatórias que dificultam a realização do passe de raiz em tubulações. SOLDABILIDADE AÇOS CROMO-MOLIBDÊNIO. Procedimento de soldagem: • Pré-aquecimento (até 370ºC); • Pós-aquecimento (temperabilidade); • C ≤ 0,2% e espessura < 9,5mm, pré-aquecimento mínimo (40ºC); • Maiores teores de carbono e maiores espessuras exigem pré-aquecimento a maiores temperaturas. 18/5/2013 22 SOLDABILIDADE AÇOS CROMO-MOLIBDÊNIO. TT após soldagem deve ser feito para C > 0,2% e t > 13 mm. Temperaturas de TT variam de 620 a 705ºC. No caso de interrupção da soldagem antes de seu término, a junta deve ser resfriada lentamente e tratada termicamente antes do reinício da soldagem. SOLDABILIDADE AÇOS CROMO-MOLIBDÊNIO. Quando diferentes tipos de aços Cr-Mo são soldados, as condições de pré-aquecimento e de tratamento térmico são determinadas pelo aço de maior teor de liga, mas o metal de adição pode ser selecionado com base no MB menos ligado. 18/5/2013 23 SOLDABILIDADE FERROS FUNDIDOS. Os ferros fundidos apresentam várias características que dificultam a sua soldagem, destacando-se: • Alto teor de C e, em geral, P e S; • Tendência à formação de cementita na região da solda devido às velocidades de resfriamento relativamente elevadas associadas com a soldagem; • Baixa ductilidade do MB e de sua ZTA; • Estrutura porosa dos ferros fundidos cinzento, maleável e nodular favorece a absorção de graxas e outras sujeiras durante o seu uso. SOLDABILIDADE FERROS FUNDIDOS. Soldabilidade: • Ferros fundidos brancos são considerados, em geral, não soldáveis devido à sua extrema fragilidade. • A soldagem pode ser utilizada, em ferros fundidos cinzentos, maleáveis e nodulares, principalmente para eliminar defeitos de fundição e para reparar peças trincadas ou mesmo fraturas. 18/5/2013 24 SOLDABILIDADE FERROS FUNDIDOS. Com base no tipo de metal de adição utilizado, a soldagem de ferros fundidos pode ser dividida em dois grupos principais: � Procedimentos que fornecem um metal depositado de composição similar ao MB; � Procedimentos que fornecem um metal depositadode aço ou ligas com um elevado teor de metais não ferrosos (cobre/níquel). SOLDABILIDADE FERROS FUNDIDOS. Método 1 ⇒ usado principalmente para reparar defeitos em peças fundidas; utiliza pré-aquecimento de 300 a 700ºC e, em geral, um TT após a soldagem. 18/5/2013 25 SOLDABILIDADE FERROS FUNDIDOS. Durante a soldagem, forma-se uma grande poça de fusão, favorecendo a remoção de gases e inclusões não metálicas na ZF. O resfriamento da solda é mantido bem lento (não mais do que 50-100ºC/h) dificultando a formação de ledeburita e de martensita na ZF e ZTA. Os principais processos de soldagem usados: • OFW; • SMAW; • FCAW. SOLDABILIDADE FERROS FUNDIDOS. Método 2: a soldagem é, em geral, feita sem pré-aquecimento ou com um pré-aquecimento mínimo com a deposição de passes curtos e espaçados e com uma baixa energia de soldagem de modo a minimizar a extensão das regiões afetadas pela soldagem. Martelamento pode ser, em alguns casos, usado para reduzir o nível das tensões residuais. 18/5/2013 26 SOLDABILIDADE FERROS FUNDIDOS. Material de adição Eletrodos podem ser de metais não ferrosos (ligas de níquel ou de cobre) ou de aço. No primeiro caso, o material não dissolve o carbono nem forma carbonetos, mantendo a ZF dúctil e macia. SOLDABILIDADE FERROS FUNDIDOS. Eletrodos de aço podem ser de aço inoxidável austenítico ou de aços especiais com elevado teor de elementos formadores de carboneto. Neste caso, o depósito tende a ter uma dureza mais elevada, não sendo, em geral, usinável. O método é usualmente realizado com o processo SMAW. 18/5/2013 27 SOLDABILIDADE TITÂNIO E SUAS LIGAS. • Elevada relação resistência/peso; • Resistência à corrosão; • Boas propriedades mecânicas a altas temperaturas. SOLDABILIDADE TITÂNIO E SUAS LIGAS. • Ti comercialmente puro (98 a 99,5%): São soldáveis por processos de fusão. • Ligas Ti com até 7% de Al: Recozimento facilita a soldagem. • Ligas Ti com até 6% Al + V, Cr e Mo: Recozimento facilita a soldagem. Na escolha do MA é importante balancear a soldabilidade, a resistência e os requisitos de conformação. 18/5/2013 28 SOLDABILIDADE Ligas de Titânio São perfeitamente soldáveis, observando-se os devidos cuidados: •Altamente ativas ⇒ A elevadas temperaturas a ZTA deve ser protegida do ar atmosférico para evitar a fragilização pela oxidação ou pela nitretação. •Influência do calor: • Fragilização do MS; • Diminuição da ductilidade devida ao endurecimento por têmpera; SOLDABILIDADE Ligas de Titânio Processos de Soldagem: •Aqueles que utilizam gases inertes como proteção; •Soldagem por resistência, por explosão e por feixes de elétrons. 18/5/2013 29 SOLDABILIDADE Ligas de Titânio Metal de adição • Seleção criteriosa em função do MB. SOLDABILIDADE DESCONTINUIDADES: • Porosidade; • Fragilização; • Trincas. Normalmente não se observa a ocorrência de trincas de solidificação ou trincas pelo hidrogênio. 18/5/2013 30 SOLDABILIDADE POROSIDADE • É a descontinuidade mais freqüente; • Pode ser proveniente do H; • Rigorosa limpeza da área a ser soldada. SOLDABILIDADE FRAGILIZAÇÃO • Contaminação atmosférica ou outros contaminantes; • Acima de 500º C grande afinidade com O, N e H; • Proteção da região de solda com Ar ou He. 18/5/2013 31 SOLDABILIDADE TRINCAS Geralmente ocorrem por contaminação da região de solda ⇒ Partículas de Fe. • Redução da resistência à corrosão. SOLDABILIDADE ALUMÍNIO E SUAS LIGAS. Considerações gerais. Pertencem à classe das chamadas ligas leves. Têm boa resistência mecânica, aliada às propriedades de resistência à corrosão e condutibilidade elétrica. 18/5/2013 32 SOLDABILIDADE PROCESSOS DE SOLDAGEM. • TIG; • MIG; • Oxi-combustível. SOLDABILIDADE MATERIAIS DE ADIÇÃO. Em função: • Do MB; • Dos requisitos de propriedades mecânicas; • Da resistência à corrosão; • Do surgimento de regiões anódicas. 18/5/2013 33 SOLDABILIDADE SOLDAGEM – Aspectos e problemas: • Dificuldade de fusão e aquecimento em função da alta condutibilidade térmica; • Formação de óxidos; • Distorções críticas ⇒ Alto coeficiente de expansão térmica; • Possibilidade de formação de trincas a quente; • Surgimento de porosidades agravadas pela presença de H; • Inclusões. SOLDABILIDADE DESCONTINUIDADES • Porosidades; • Trincas; • Falta de fusão; • Falta de penetração; • Mordedura. 18/5/2013 34 SOLDABILIDADE POROSIDADES • Característica do processo MIG; • H dissolvido na poça de fusão: • Sujeiras; • Impureza gasosas e H no gás de proteção; • Umidade do ar. SOLDABILIDADE POROSIDADES • Limpeza rigorosa: • Mecânica; • Ataque Químico; • Solventes. 18/5/2013 35 SOLDABILIDADE TRINCAS • Trincas de solidificação; • Trincas de liquação (fase líquida). SOLDABILIDADE TRINCAS • Trincas de solidificação ⇒ Contração volumétrica: • Incompatibilidade MA x MB; • Geometria da junta; • Restrição da junta. 18/5/2013 36 SOLDABILIDADE TRINCAS • Trincas de liquação (fase líquida) ⇒ Precipitação de compostos com baixo ponto de fusão. • Predominância na ZTA. SOLDABILIDADE FALTA DE FUSÃO, FALTA DE PENETRAÇÃO E MORDEDURA. • Parâmetros de soldagem; • Habilidade do soldador; • Alta condutividade térmica do Al; • Rápida solidificação da poça de fusão. 18/5/2013 37 SOLDABILIDADE COBRE E SUAS LIGAS. • Resistência à corrosão; • Altas condutibilidade térmica e elétrica. • Boas propriedades mecânicas. SOLDABILIDADE COBRE E SUAS LIGAS. As ligas de cobre apresentam grandes diferenças em termos de condutividade térmica, por esse motivo algumas ligas podem requerer pré-aquecimento. Entretanto ligas que possuem condutividade térmica semelhante aos aços baixo carbono, tais como ligas Cu- Ni, podem ser normalmente soldadas por processos de fusão sem pré-aquecimento. 18/5/2013 38 SOLDABILIDADE COBRE E SUAS LIGAS. Processo de soldagem: • Soldagem a gás: Latões, cobre puro, bronze-silício e cupro-níquel; • Arco elétrico com gás inerte: • TIG: Chapas finas (≤ 6mm) ⇒ CCPD • MIG: Chapas > 6mm ⇒ CCPI • Eletrodo revestido ⇒ Não recomendado para latão; geralmente para reparo; Obs. Processos com uso de proteção com He e N, podem ser usados como alternativa ao Ar para conter a alta condutividade térmica das ligas de cobre. SOLDABILIDADE COBRE E SUAS LIGAS. Descontinuidades: • Oxigênio ⇒ Fragilização da ZTA e porosidade na ZF; • Ligas que utilizam P como elemento desoxidante possuem melhor soldabilidade, mas o O residual pode provocar porosidade (autógena), especialmente na presença de H. 18/5/2013 39 SOLDABILIDADE COBRE E SUAS LIGAS. Descontinuidades: • A porosidade pode ser evitada usando eletrodo apropriado (contendo Al, Mn, Si, P ou Ti). • Para espessuras acima de 5 mm é recomendado pré aquecimento para homogeneizar a poça e evitar a falta de fusão. SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. • Resistência à corrosão; • Resistência a altas temperaturas; • Manutenção das propriedades em baixas temperaturas. Principais ligas: • Inconel®; • Hastelloy®. 18/5/2013 40 SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Em termos de soldabilidade as ligas de Ni são classificadas em função do TT aplicado, normalmente: • Endurecimento por solução sólida; • Endurecimento por precipitação. SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Ligas endurecidas por solução sólida: Ni, Ni-Cu, Fe-Ni-Cr ⇒ podem ser soldadas por fusão, normalmente após recozimento. Como a ZTA não sofre endurecimento, não é necessário TT após a soldagem. 18/5/2013 41 SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Ligas endurecíveis por precipitação: Ni-Cu-Al-Ti, Ni-Cr-Al-Ti e Ni-Fe-Nb-Al-Ti ⇒ sujeitas à trincas pós TT. SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Processos de soldagem: • Processos com proteção gasosa: TIG e MIG; • Eletrodo revestido e raramente SAW. 18/5/2013 42 SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Generalidades: Pré-aquecimento não é necessário, a não ser que riscos de porosidade ocorram. É recomendado que materiais sujeitos a tensões seja tratados termicamente antes da soldagem para alívio. Pós-aquecimento não é usual, mas TT por precipitação pode ser necessário para aliviar tensõesou evitar CST. SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Metal de adição: Similar à composição do MB, porém adições de Ti, Al e ou Nb podem minimizar o risco de porosidades e trincas. 18/5/2013 43 SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Descontinuidades: • Porosidade; • Inclusão de óxidos; • Falta de fusão; • Trincas de solidificação no metal de solda; • Microtrincas. Adicionalmente: • Trincas pós TT; • CST. SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Porosidade: O e N do ar ambiente e óxidos na superfície, H de sujeiras existentes na superfície. Cuidados: • Rigorosa limpeza da superfície; • Consumíveis contendo desoxidantes (Al e Ti); • Proteção de poça de fusão. 18/5/2013 44 SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Inclusão de óxidos: Óxidos com maior PF que o MB. Cuidados: Rigorosa limpeza da região e entre passes (soldagem multipasses). SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Trincas de solidificação no metal de solda: • Geometria da junta; • Velocidade de soldagem; • Técnica de soldagem. 18/5/2013 45 SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Microtrincas: São basicamente trincas de liquação que ocorrem no MS e ZTA. SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Trincas pós TT: Geralmente ocorrem após TT por precipitação pós soldagem. 18/5/2013 46 SOLDABILIDADE NÍQUEL E SUAS LIGAS. Corrosão sob tensão: A soldagem normalmente não torna as ligas de Ni sujeitas a corrosão no MS e na ZTA, entretanto algumas ligas, quando em contato com alguns meios, pode favorecer a CST. Para tais serviços, um TTAT é aplicado após a soldagem.
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