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UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. 1 - ELEMENTOS DE FIXAÇÃO: PARAFUSOS, PORCAS, PINOS, REBITES, ANÉIS ELÁSTICOS E ARRUELAS 1.1 - INTRODUÇÃO Ferraresi (1988) comenta que a ferramenta foi um dos primeiros instrumentos a ser utilizado pelo homem, desde as eras pré-históricas. O autor conceitua ferramentas como o que pode ser manuseado pelo homem, direta ou indiretamente. Chiaverinni (1986) conceitua ferramenta como um elemento adicional que, quando acoplado a um dispositivo ou, a outra ferramenta, permite a realização de um trabalho. Assim, o aperfeiçoamento em termos de qualidade, materiais, arranjos, etc. permitiu ao homem utilizar ferramentas de modo combinado, juntando-as umas às outras ou a outros materiais, criando os equipamentos. Os equipamentos são, portanto, uma evolução das ferramentas, considerando-se como equipamento tudo aquilo que o homem pode usar. Não há clareza conceitual entre equipamentos e máquinas. No entanto, pode-se explicar que o conceito de máquina sempre significa um conjunto de elementos mecânicos dispostos de tal forma a permitir a realização de um trabalho, gerar energia ou força. Assim, para efeito de projetos, no estudo dos elementos de máquinas é importante, num primeiro momento, a familiarização com a nomenclatura usualmente utilizada nas indústrias. As figuras 1.1 e 1.2 apresentam alguns nomes. Rosca Arruela Concordância Articulação Braçadeira Bucha Rasgo de chaveta FIGURA 1.1 - Nomenclaturas usuais. Fonte: Provenza (1988). 1 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. Chanfro Entalhe Espiga Eixo ranhurado Furo escareado Flange Mancal Nervura Orelha Parafuso Allen Porca Sulco Rebaixo Saliência Recartilhado Furos de alívio FIGURA 1.2 - Nomenclaturas usuais. Fonte: Provenza (1988). 1.2 - PORCAS E PARAFUSOS O parafuso é o elemento de máquina mais utilizado que existe. Seu uso compreende, entre outros: a fixação (junções desmontáveis), protensão, obturação (tampar orifícios), ajustagem (eliminação de folgas e compensação de desgastes), transmissão de força (prensa de parafuso, morsa, etc.), movimentação (transformação de movimentos rotativos em movimentos retilíneos) e para medições micrométricas (micrômetro, por exemplo). 2 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. As figuras 1.3 e 1.4 mostram alguns exemplos de parafusos. A figura 1.3 está dividida em 5 partes: em (a), mostra-se a junção de flanges através de parafusos passantes; em (b) a junção é realizada por meio de um parafuso prisioneiro; em (c) utiliza-se simplesmente um parafuso; em (d), utiliza-se um parafuso elástico passante e um tubo distanciador e em (e), usou-se um parafuso com dupla porca. FIGURA 1.3 - Parafusos. Fonte: Niemann (1971). Já a figura 1.4 também apresenta 5 casos de fixação de tampas: em (a), usou-se um parafuso passante; em (b), um parafuso comum; em (c), um parafuso com alongamento; em (d), um parafuso articulado com porca-borboleta e em (e), um parafuso articulado com porca-alavanca. FIGURA 1.4 - Fixação de tampas por parafusos. Fonte: Niemann (1971). Em todos os casos em que as junções sofrem efeitos vibratórios ou cargas dinâmicas, existe a necessidade de dispositivos de segurança contra o afrouxamento das porcas. Alguns tipos de porcas são mostradas na figura 1.5. A segurança contra o afrouxamento das porcas pode ser conseguida através de dispositivos de travamento baseado no design de parafusos e porcas, tais como, ressaltos na cabeça do parafuso, cupilhas, pinos transversais, parafusos transversais, arruelas dobráveis de fixação, etc.. Também pode-se conseguir segurança através do travamento por força, baseado em arruelas de pressão, arruelas dentadas, porcos com molas, travas ou fendas. A figura 1.6 ilustra alguns desses mecanismos. 3 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. FIGURA 1.5 - Porcas. Fonte: Niemann (1971). Na figura 1.6 estão representados vários tipos de travas: em (a), porca castelo com coupilha; em (b) auto-retenção elástica com um anel de fibra; em (c), arruela de pressão; em (d), arruela dentada (dentes travados); em (e), chapa de travamento e em (f), acréscimo de atrito cônico na porca (exemplo: fixação da roda no carro). FIGURA 1.6 - Travamentos de segurança. Fonte: Niemann (1971). As figuras 1.7 e 1.8 mostram tipos específicos de juntas unidas por parafusos: na primeira, tem-se representada a fixação de peças não adjacentes por meio de parafusos distanciadores; na segunda, tem-se representada a união por meio de parafusos prisioneiros. FIGURA 1.7 - Parafusos distanciadores. Fonte: Niemann (1971). Na figura 1.8 (parte A) são mostradas três tipos de travamento: em (a), o travamento se dá por rosca; em (b), o travamento se dá por uma porca com possibilidade de regulagem e em (c), o travamento acontece por parafuso-pino com muita solicitação. Os parafusos diferenciais, como mostra o exemplo da parte B da figura 1.8, são geralmente utilizados em máquinas pesadas, como por exemplo, na fixação e desmontagem de fresas. 4 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. A: tipos de travamento B: parafuso diferencial FIGURA 1.8 - Tipos de travamento e parafusos diferenciais. Fonte: Niemann (1971). Quando se utilizam parafusos que serão movimentados, deve-se prever o desgaste dessa movimentação. A figura 1.9 mostra, esquematicamente, algumas possibilidades de conformação para parafusos em movimento. Os parafusos de fixação requerem muita atenção no que se refere às superfícies de contato (assento) da cabeça do parafuso e da porca, que devem ser planas, e a distribuição de carga por vários parafusos, para se evitar esforços desiguais entre eles, o que pode acarretar em distorções nas peças. Nesses casos, é conveniente a utilização de parafusos iguais, com o mesmo diâmetro e comprimento. FIGURA 1.9 - Parafusos em movimento. Fonte: Niemann (1971). Os parafusos sextavados são os mais conhecidos e utilizados. A figura 1.10 mostra, na parte A, as proporções normalizadas desse parafuso e, na parte B, a representação de um parafuso sextavado. As proporções dos parafusos são bastante rígidas. As figuras 1.11, 1.12, 1.13,. 1.14 e 1.15 mostram, respectivamente, as proporções dos seguintes tipos de parafusos: parafusos diversos, parafusos de fixação, extremidades interiores de parafusos, parafusos passantes para madeira e parafusos para madeira com rosca soberba. 5 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. A: Proporções normalizadas de parafuso sextavado B: Parafuso sextavado FIGURA 1.10 - Parafusos sextavados. Fonte: Provenza (1988). Parafuso com cabeça cilíndrica oval Parafuso com cabeça redonda Parafuso com cabeça cilíndrica Parafuso com cabeça escareada oval Parafuso com cabeça escareada Parafuso Philip Parafuso Allen Parafuso de cabeça com pino FIGURA 1.11 - Parafusos diversos. Fonte: Provenza (1988). 6 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. FIGURA 1.12 - Parafusos de fixação.Fonte: Provenza (1988). FIGURA 1.13 - Extremidades interiores dos parafusos. Fonte: Provenza (1988). Cabeça lentilha Cabeça chata Cabeça cônica Cabeça sextavada FIGURA 1.14 - Parafusos passantes para madeira. Fonte: Provenza (1988). 7 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. Cabeça redonda Cabeça oval Cabeça chata Cabeça quadrada FIGURA 1.15 - Parafusos para madeira com rosca soberba. Fonte: Provenza (1988). As figuras 1.16 e 1.17 mostram os tipos de porcas existentes. Porca sextavada Porca com assento cônico Porco com assento esférico Porca cega Porca chapéu Porca com entalhes radiais Porca castelo FIGURA 1.16 - Porcas. Fonte: Provenza (1988). 8 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. Porca com furo de fixação Porca com parafuso de fixação Porca quadrada FIGURA 1.17 - Porcas. Fonte: Provenza (1988). Nem sempre os parafusos e porcas usadas nas máquinas são padronizados (normalizados) e, muitas vezes, não se encontra o tipo de parafuso desejado no comércio. Nesse caso, é necessário que a própria empresa faça os parafusos. Para isso é saber identificar o tipo de rosca do parafuso e calcular suas dimensões. Tipos de roscas: triangulares métrica normal, incluindo rosca métrica fina e rosca whitworth normal (BSW) e fina (BSF). P = passo da rosca d = diâmetro maior do parafuso (normal) d1 = diâmetro menor do parafuso (diâmetro do núcleo) d2 = diâmetro efetivo do parafuso (diâmetro médio) a = ângulo do perfil da rosca f = folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete do parafuso D = diâmetro maior da porca D1 = diâmetro menor da porca D2 = diâmetro efetivo da porca he = altura do filete do parafuso rre = raio de arredondamento da raiz do filete do parafuso rri = raio de arredondamento da raiz do filete da porca 9 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. • Rosca métrica triangular (normal e fina) FIGURA 1.18 – Rosca métrica. a = 60º . d1 = d - 1,2268P. d2 = D2 = d - 0,6495P. f = 0,045P. D = d + 2f . D1= d - 1,0825P. D2= d2. he = 0,61343P . rre = 0,14434P. rri = 0,063P. • Rosca witworth (triangular normal e fina) FIGURA 1.19 – Rosca witworth. a = 55º P = 1”/nºde filetes hi = he = 0,6403P rri = rre = 0,1373P d = D d1 = d - 2he D2= d2 = d - he 10 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. Exemplo - Calcular o diâmetro menor de um parafuso (d1) para uma rosca de diâmetro externo (d) de 10 mm e passo (p) de 1,5 mm. Cálculo: d1 = d - 1,2268P Substituindo os valores dessa fórmula: d1 = 10 - 1,2268.1,5 d1 = 10 - 1,840 d1 = 8,16 mm 11 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. FIGURA 1.20 – Dimensões da rosca. 12 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. 13 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. 14 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. 1.3 – ARRUELAS E ANÉIS ELÁSTICOS A maioria dos conjuntos mecânicos apresenta elementos de fixação. Qualquer lugar que se usem esses elementos, seja em máquinas ou em veículos automotivos, existe o perigo de se ocorrer um afrouxamento imprevisto no aperto do parafuso. Para evitar esse inconveniente utiliza-se arruela. As arruelas têm a função de distribuir igualmente a força de aperto entre a porca, o parafuso e as partes montadas. Em algumas situações, também funcionam como elementos de trava. Os materiais mais utilizados na fabricação das arruelas são aço-carbono, cobre e latão. FIGURA 1.21 – Conjunto de fixação. 15 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. Existem vários tipos de arruela: lisa, de pressão, dentada, serrilhada, ondulada, de travamento com orelha, com furo quadrado, com serrilhamento interno, arruela para perfilados, etc. Para cada tipo de trabalho, existe um tipo ideal de arruela. A figura abaixo mostra alguns exemplos. Arruela lisa Arruela de pressão Arruela dentada Arruela serrilhada Arruela ondulada Arruela com travamento FIGURA 1.22 – Tipos de arruelas. O anel elástico é um elemento usado em eixos ou furos, tendo como principais funções: 1. Evitar deslocamento axial de peças ou componentes; 2. Posicionar ou limitar o curso de uma peça ou conjunto deslizante sobre o eixo. FIGURA 1.23 – Anel elástico. Na utilização dos anéis, alguns pontos importantes devem ser observados: - A dureza do anel deve ser adequada aos elementos que trabalham com ele; - As condições de operação são caracterizadas por meio de vibrações, impacto, flexão, alta temperatura ou atrito excessivo; - Um projeto pode estar errado: previa, por exemplo, esforços estáticos, mas as condições de trabalho geraram esforços dinâmicos, fazendo com que o anel apresentasse problemas que dificultaram seu alojamento; - A igualdade de pressão em volta da canaleta assegura aderência e resistência; 16 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. - A superfície do anel deve estar livre de rebarbas, fissuras e oxidações; - Dimensionamento correto do anel e do alojamento. 1.4 – REBITES E PINOS Os rebites são peças fabricadas em aço, alumínio, cobre ou latão. Unem peças ou chapas, principalmente, em estruturas metálicas, de reservatórios, caldeiras, máquinas, navios, aviões. Também é usado na fixação panelas, lonas e cintas. FIGURA 1.24 – Fixação de lonas. 17 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. FIGURA 1.25 – Tipos de rebites. Existem também rebites com nomes especiais: de tubo, de alojamento explosivo, etc. O rebite explosivo contém uma pequena cavidade cheia de carga explosiva. Ao se aplicar um dispositivo elétrico na cavidade, ocorre a explosão. Ferramentas para rebitagem Estampo - utilizado na rebitagem manual È feito de aço temperado e apresenta três partes: cabeça, corpo e ponta. Na ponta existe um rebaixo, utilizado para dar formato final na segunda cabeça do rebite. 18 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. FIGURA 1.26 – Estampo. Repuxador - O repuxador comprime as chapas a serem rebitadas. Feito de aço temperado e apresenta três partes: cabeça, corpo e face. Na face existe um furo que aloja a extremidade livre do rebite. FIGURA 1.27 – Repuxador. Rebitadeira pneumática ou hidráulica - funciona por meio de pressão contínua. Essa máquina tem a forma de um C e È constituída de duas garras, uma fixa e outra móvel com estampos nas extremidades. FIGURA 1.28 – Rebitadeira pneumática. A escolhado rebite È feita de acordo com a espessura das chapas que se quer rebitar. A prática recomenda que se considere a chapa de menor espessura e se multiplique esse valor por 1,5 segundo a fórmula: d = 1,5.S 19 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. Onde: d = diâmetro; S = menor espessura; 1,5 = constante ou valor predeterminado. Exemplo - para rebitar duas chapas de aço, uma com espessura de 5 mm e outra com espessura de 4 mm, qual o diâmetro do rebite? Solução: d = 1,5.S d = 1,5.4 mm d = 6,0 mm O diâmetro do furo pode ser calculado multiplicando-se o diâmetro do rebite pela constante 1,06. Matematicamente, pode-se escrever: dF = dR.1,06 Onde: dF = diâmetro do furo; dR = diâmetro do rebite; 1,06 = constante ou valor predeterminado. O cálculo desse comprimento é feito por meio da seguinte fórmula: L = y d + S Onde: L = comprimento útil do rebite; y = constante determinada pelo formato da cabeça do rebite; d = diâmetro do rebite; S = soma das espessuras das chapas. FIGURA 1.29 – Dimensões do rebite. Os pinos e cavilhas têm a finalidade de alinhar ou fixar os elementos de máquinas, permitindo uniões mecânicas, ou seja, uniões em que se juntam duas ou mais peças, estabelecendo, assim, conexão entre elas. As cavilhas são chamadas também de pinos estriados, pinos entalhados, pinos ranhurados ou, ainda, rebite entalhado. A diferenciação entre pinos e cavilhas leva em conta o formato dos elementos e suas aplicáveis. Por exemplo, pinos são usados para junções de peças que se articulam entre si e cavilhas são utilizadas em conjuntos sem articulações; indicando pinos com entalhes externos na sua superfície. Esses entalhes é que fazem com que o conjunto não se movimente. A forma e o comprimento dos entalhes determinam os tipos de cavilha. 20 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. FIGURA 1.30 – Pino e cavilha. FIGURA 1.31 – Tipos de pinos. 21 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. FIGURA 1.32 – Tipos de cavilhas. Outro tipo de pino é a chaveta. Sua forma, em geral, é retangular em cunha ou semicircular. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça. A chaveta tem por finalidade ligar dois elementos mecânicos. FIGURA 1.33 – Chaveta. Há vários tipos de chavetas como plana, embutida, meia-lua, lingüeta, plana, transversais, tangenciais e etc. e seu ajuste depende da forma e das características de trabalho. FIGURA 1.34 – Tipos de ajustes de chaveta. 22 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Desenho Industrial – Design Fabricação II Prof. Paulo C. Ferroli e Prof. Cláudio Roberto Losekann. FIGURA 1.1 - Nomenclaturas usuais. Fonte: Provenza (1988). ........................................... 1 FIGURA 1.2 - Nomenclaturas usuais. Fonte: Provenza (1988). ........................................... 2 FIGURA 1.3 - Parafusos. Fonte: Niemann (1971)................................................................ 3 FIGURA 1.4 - Fixação de tampas por parafusos. Fonte: Niemann (1971). .......................... 3 FIGURA 1.5 - Porcas. Fonte: Niemann (1971)..................................................................... 4 FIGURA 1.6 - Travamentos de segurança. Fonte: Niemann (1971)..................................... 4 FIGURA 1.7 - Parafusos distanciadores. Fonte: Niemann (1971). ....................................... 4 FIGURA 1.8 - Tipos de travamento e parafusos diferenciais. Fonte: Niemann (1971)........ 5 FIGURA 1.9 - Parafusos em movimento. Fonte: Niemann (1971)....................................... 5 FIGURA 1.10 - Parafusos sextavados. Fonte: Provenza (1988). .......................................... 6 FIGURA 1.11 - Parafusos diversos. Fonte: Provenza (1988). .............................................. 6 FIGURA 1.12 - Parafusos de fixação. Fonte: Provenza (1988). ........................................... 7 FIGURA 1.13 - Extremidades interiores dos parafusos. Fonte: Provenza (1988). ............... 7 FIGURA 1.14 - Parafusos passantes para madeira. Fonte: Provenza (1988)........................ 7 FIGURA 1.15 - Parafusos para madeira com rosca soberba. Fonte: Provenza (1988). ........ 8 FIGURA 1.16 - Porcas. Fonte: Provenza (1988)................................................................... 8 FIGURA 1.17 - Porcas. Fonte: Provenza (1988)................................................................... 9 FIGURA 1.18 – Rosca métrica. .......................................................................................... 10 FIGURA 1.19 – Rosca witworth. ........................................................................................ 10 FIGURA 1.20 – Dimensões da rosca. ................................................................................. 12 FIGURA 1.21 – Conjunto de fixação.................................................................................. 15 FIGURA 1.22 – Tipos de arruelas....................................................................................... 16 FIGURA 1.23 – Anel elástico. ............................................................................................ 16 FIGURA 1.24 – Fixação de lonas. ...................................................................................... 17 FIGURA 1.25 – Tipos de rebites......................................................................................... 18 FIGURA 1.26 – Estampo. ................................................................................................... 19 FIGURA 1.27 – Repuxador................................................................................................. 19 FIGURA 1.28 – Rebitadeira pneumática. ........................................................................... 19 FIGURA 1.29 – Dimensões do rebite. ................................................................................ 20 FIGURA 1.30 – Pino e cavilha............................................................................................ 21 FIGURA 1.31 – Tipos de pinos........................................................................................... 21 FIGURA 1.32 – Tipos de cavilhas. ..................................................................................... 22 FIGURA 1.33 – Chaveta. .................................................................................................... 22 FIGURA 1.34 – Tipos de ajustes de chaveta. ..................................................................... 22 1 - ELEMENTOS DE FIXAÇÃO: PARAFUSOS, PORCAS, PINOS, REBITES, ANÉIS ELÁSTICOS E ARRUELAS ................................................................................................ 1 1.1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 1.2 - PORCAS E PARAFUSOS........................................................................................ 2 1.3 – ARRUELAS E ANÉIS ELÁSTICOS .................................................................... 15 1.4 – REBITES E PINOS................................................................................................ 17 23
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