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NUNES, Fernando G B; AMIN, Mario M. Água: um bem econômico de valor para o Brasil e o mundo, Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional. G&DR v. 4, n.1, p. 75-108, jan- abr/2008, Taubaté, SP, Brasil Emanuelle Katryne Machado Oliveira1 Credenciais dos autores Fernanda Genes Nunes Barros é Economista do Banco da Amazônia, Mestra em economia pela Universidade da Amazônia – Pará – Brasil; Mario M, Amin é Economista Agrícola, professor titular da Universidade da Amazônia – Pará – Brasil; Resenha Critica O artigo escrito pelos economista Fernanda Gene e Mario M. Amin, intitulado “Água: um bem econômico de valor para o Brasil e o mundo”, expõe de forma bastante clara e coesa o fato do recurso hídrico, hoje considerado um bem comum, está sendo utilizada sem moderação, o que pode acarretar estresse hídrico a nível global, desta forma os autores apontam a necessidade de valoração da agua, cuja gestão deverá orienta-se por princípios de eficiência econômica, em uma ótica sustentável. O artigo é dividido em 6 tópicos, no segundo deles, denominado “conceituação da água na visão das escolas econômicas”, é exposto a relação “recursos naturais X desenvolvimento econômico” de acordo a teoria clássica e neoclássica, na qual ambas se baseiam no uso excessivo dos recursos naturais e os enxergam como um bem comum, ou seja, um bem no qual todos têm acesso sem ter que recorrer a nenhuma forma de pagamento. Ao longo do texto os autores trazem dados de importantes organizações e pesquisas afim de evidenciar que a disponibilidade hídrica própria para consumo vem decaindo, sendo isso ocasionado pela vasta modificação dos climas e características físicas e biológicas do ecossistema, e o consumo irracional, descontrolado e degradador da agua, mesmo que atualmente se tenha uma ideia de um desenvolvimento sustentável. Face o exposto, os autores afirma que devido aos problemas causados aos recursos hídricos, a agua deveria ser tratada como uma mercadoria, afim de atender a Ideia de oferta e demanda, o princípio de poluidor pagador e disposição para pagar, uma vez que pôr sem um bem comum e sem custo, parte dos consumidores desse bem não se preocupa em estabelecer limite e abusam do recurso. 1 Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal do Oeste da Bahia A agua apresentando valor econômica, passaria ser entendida no mercado como uma commodity, afirma os autores do artigo, sendo que, os países que dispuserem de recursos hídricos em maior e melhor quantidade seriam beneficiados pelo mercado, desta forma a agua passaria a ser um recurso estratégico e social, sendo sua gestão de forma sustentável e mais eficiente, uma vez que seu mal uso acarretaria problemas econômicos. O Brasil representa 50% de todo os recurso hídrico da américa do Sul, embora tal não esteja distribuído uniformemente no pais, sendo sua maior parte concentrada na região norte e algumas regiões enfrentarem problema de escassez. Além disso os recursos hídricos no Brasil é amplamente desperdiçado e não se tem uma gestão eficiente, mostrando que perpetua-se na maior parte do pais uma ideia de inesgotabilidade. Diante disso os autores reafirmam a necessidade da valoração do recurso hídrico, geridos de forma adequada e auxiliando no desenvolvimento do pais. Isso é reforçado com a ideia da aproximação de uma crise mundial da agua, o que possibilitaria o Brasil de estabelecer um nicho de mercado específico, com poucos concorrentes, onde o nível dos lucros dependerá da estratégia adotada para preservação e conservação da água. Como os próprios autores afirmam é um contra-senso pensar na escassez da agua em um planeta no qual 70% seja recoberta pela mesma, contudo é importante salientar a sua distribuição não é homogênea e mudanças ecológicas por ações antrópicas vem inibindo e retardando o ciclo da mesma. É viável supor que sua valoração somada a uma educação ambiental mais eficiente a preservaria, uma vez que iria se tratar de uma commoditty, contribuindo de forma direta para economia do pais, além claro, de ser um bem essencial para a manutenção da vida.
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