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Prof. Reginaldo Farias Dias AULA 02 – REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO Direito Administrativo I REGIMES PÚBLICO E PRIVADO NA ADMINISTRAÇÃO REGIMES PÚBLICO E PRIVADO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAPÚBLICA A administração pública pode se submeter a regime jurídico de direito público ou a regime de direito privado. A opção por um regime ou outro é feita, em regra, pela Constituição ou pela lei. Ex.: art. 173, § 1º, e art. 175 da CF/88. ATENÇÃO!!!! Quando a administração pública adota modelos privatístico nunca é integral sua submissão ao direito privado. Ex.: prerrogativas (juízo privativo, prazo em dobro, prescrição quinquenal etc; (restrições) concurso público, licitações públicas etc. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVOREGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO “A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizado para designar, em sentido amplo, os regimes de direito público e de direito privado que pode submeter-se a Administração Pública. Já a expressão regime jurídico administrativo é reservada tão somente para abranger o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico-administrativa.” Maria Sylvia Maria Sylvia ZanellaZanella Di PietroDi Pietro “As normas de Direito Administrativo caracterizam- se, em face das do direito privado, seja porque conferem à Administração prerrogativas sem equivalente nas relações privadas, seja porque impõem a sua liberdade de ação sujeições mais estritas do que aquelas a que estão submetidos os particulares.” Jean Jean RiveroRivero REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVOREGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO Conjunto de prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública e que não se encontram nas relações entre particulares. Prerrogativas (privilégios, poderes): necessárias para a consecução do interesse público. Restrições: necessárias à garantia dos direitos fundamentais, em especial as representadas pelos princípios da Administração Pública. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVOREGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO Prerrogativas Autoexecutoriedade de atos administrativos; Poderes de expropriar, de requisitar bens, de aplicar sanções, de alterar e rescindir unilateralmente contratos, de impor medidas de polícia etc; Imunidade tributária; Juízo privativo; Presunção de veracidade de seus atos. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVOREGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO RestriçõesRestrições Observância da finalidade pública; Observância dos princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da eficiência etc; Obrigatoriedade de dar publicidade de seus atos; Realização de concursos públicos para seleção de pessoal; Realização de licitação pública para contratar. SUPRAPRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVOSUPRAPRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO Supraprincípios ou superprincípios são os princípios centrais dos quais derivam todos os demais princípios e normas do Direito Administrativo. São dois, de acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: a)a) SupremaciaSupremacia dodo InteresseInteresse PúblicoPúblico sobresobre oo InteresseInteresse PrivadoPrivado;; b)b) IndisponibilidadeIndisponibilidade dodo InteresseInteresse PúblicoPúblico.. A supremacia do interesse público sobre o privado reflete os poderes da Administração Pública e a indisponibilidade do interesse público reflete os direitos dos administrados. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado Também chamado do princípio da finalidade pública. Significa que os interesses da coletividade são mais importantes que os interesses individuais, razão pela qual a Administração Pública recebe da lei poderes especiais não extensivos aos particulares. A outorga desses poderes especiais projeta a Administração Pública a uma posição de superioridade diante do particular. Princípio da Supremacia do Interesse Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse PrivadoPúblico sobre o Interesse Privado É fundamento das prerrogativas da Administração Pública, tais como: possibilidade de transformar propriedade privada em pública (desapropriação); autorização para usar propriedade particular em situação de iminente perigo público; Princípio da Supremacia do Interesse Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse PrivadoPúblico sobre o Interesse Privado poder de convocar particulares para execução compulsória de atividades públicas (requisição de serviços); possibilidade de rescindir unilateralmente contratos administrativos; dever de o particular dar passagem no trânsito para viaturas sinalizando situação de emergência; Princípio da Supremacia do Interesse Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse PrivadoPúblico sobre o Interesse Privado impenhorabilidade dos bens públicos; presunção de legitimidade dos atos administrativos; impossibilidade de perda de bens públicos por usucapião; presença de cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos etc. Princípio da Indisponibilidade do Princípio da Indisponibilidade do Interesse PúblicoInteresse Público Significa que, sendo interesses qualificados como próprios da coletividade, não se encontram à livre disposição de quem quer que seja, por inapropriáveis. Portanto, não pode o administrador: deixar de punir quando constate a prática de ilícitos administrativos; deixar de exercer o poder de polícia para coibir o exercício dos direitos individuais em conflito com o bem- estar coletivo; Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público deixar de exercer os poderes decorrentes da hierarquia; fazer liberalidade com o dinheiro público; deixar de fazer concurso público para selecionar servidores públicos; deixar de licitar quando pretende contratar serviços ou adquirir bens, salvo exceções expressamente previstas em lei etc. Assuntos da próxima aula: AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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