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Antiinflamatórios AINES Prof. Dr. Celso Queiroz INFLAMAÇÃO Mecanismo de defesa essencial Importante processo patológico Resposta fisiológica protetora que ocorre nos tecidos vascularizados na seqüência de uma lesão tecidual a agentes físicos, químicos ou microrganismos Fase irritativa: modificações morfológicas e funcionais dos tecidos agredidos que promovem a liberação de mediadores químicos Fase vascular: alterações hemodinâmicas da circulação e de permeabilidade vascular no local da agressão Fase exsudativa: presença de exsudato celular e plasmático oriundo do aumento da permeabilidade vascular FASES DA INFLAMAÇÃO http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoarteinfl4.htm http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoarteinfl5.htm http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoarteinfl6.htm Fase degenerativa-necrótica: células com alterações degenerativas reversíveis ou não, derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações funcionais e anatômicas conseqüentes das fases anteriores Fase produtiva-reparativa: relacionada a hipermetria da inflamação, aumento principalmente de células, visando destruir o agente agressor e reparar o tecido injuriado FASES DA INFLAMAÇÃO http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoarterepa.htm Manifestação Clínica Sinais Cardinais - caracterizam a agudização do processo inflamatório: Tumor - causado principalmente pela fase exsudativa e produtiva-reparativa, representadas pelo aumento de líquido (edema inflamatório) e de células Calor - oriundo da fase vascular, em que se tem hiperemia arterial e aumento da temperatura local Rubor ou vermelhidão - decorrente desse mesmo fenômeno Manifestação Clínica Dor - compressão e agressão das fibras nervosas devido ao acúmulo de líquidos e de células, ação de mediadores sobre as terminações nervosas, engloba pelo menos três fases da inflamação (irritativa, vascular e exsudativa) Perda de função - decorrente do tumor (principalmente em articulações, impedindo a movimentação) e da própria dor, dificultando as atividades locais Mediadores da inflamação Aminas Vasoativas (histamina e serotonina) Neuropeptídeos (substância P) Proteases Plasmáticas Metabolitos do Ácido Araquidônico Fatores de Ativação das Plaquetas Citoquinas Monóxido de Azoto Radicais Livres Constituintes Lisossômicos Histamina Principais Efeitos dilatação arteriolar, induz contração endotelial e aumento dos espaços interendoteliais Exerce efeitos fisiológicos através da interação com 3 diferentes tipos de receptores da célula-alvo: H1, H2 e H3 Histamina H1: contração da musculatura lisa dos brônquios, intestino e útero, e aumento da permeabilidade dos capilares venosos H2: aumenta a secreção de ácido gástrico e de muco nas vias aéreas H3: afeta principalmente a síntese de histamina e sua libertação Serotonina Efeitos de vasodilatação similares aos da Histamina É libertado durante a agregação das plaquetas sendo um importante regulador da função plaquetária Outros papéis fisiológicos Neurotransmissor no SNC - humor, apetite, ciclos de sono, depressão, ansiedade, enxaqueca, Neuropeptídeos São pequenas proteínas (exemplo: substância P) que transmitem sinais de dor, regulam o calibre dos vasos e promovem a permeabilidade vascular Proteases Plasmáticas Fatores derivados do plasma que se interrelacionam para mediar muitos dos efeitos da inflamação Ácido graxo poliinsaturado abundante na maioria dos tecidos do organismo Antes de ser metabolizado, o ácido araquidônico é liberado dos fosfolipídeos por fosfolipases Metabólitos do Ácido Araquidônico Fosfolipídios da Membrana Fosfolipase A2 Ác. Aracdônico Cicloxigenase (COX)Lipoxigenase Leucotrienos Prostaglandinas Prostaciclinas Tromboxanos Quimiotaxia Broncoespasmo Dor, Vasodilatação, Febre Dor, Vasodilatação Agregação Plaquetária Agentes Antiinflamatórios Não-Esteróides (AINEs) Ações Farmacológicas 3 tipos principais de efeitos: Efeitos antiinflamatórios: modificação da reação inflamatória Efeitos analgésicos: redução de certos tipos de dor Efeitos antipiréticos: redução da elevação da temperatura Como agem??? Fosfolipase A2 Ác. Aracdônico Cicloxigenase (COX)Lipoxigenase Leucotrienos Prostaglandinas Prostaciclinas Tromboxanos Quimiotaxia Dor, Vasodilatação, Febre Dor, Vasodilatação Agregação Plaquetária Vane, 1971 1- AINEs Quais as opções ??? 1- AINEs Diclofenaco (50mg) Cetoprofeno (50mg) Ibuprofeno (400mg) Nimesulida (100mg) Meloxicam (15mg) Etoricoxibe (90mg) Cataflan® / Voltarem® Profenid® Motrin® Nisulid® / Scaflan® Movatec® Arcoxia® 8h 8h 12h 12h 24h 24h Escolha: - Eficácia??? - Experiência Clínica - Experiência do Paciente Agentes Antiinflamatórios Não-Esteróides (AINEs) Existem 2 formas de ciclooxigenase: COX-1 (enzima constitutiva) – expressa da maioria dos tecidos e plaquetas sanguíneas, está envolvido na sinalização entre as células e na homeostasia tecidual Agentes Antiinflamatórios Não-Esteróides (AINEs) COX-2 (enzima induzida) – nas células inflamatórias por estímulos inflamatórios. É responsável pela produção dos mediadores prostanóides da inflamação Mecanismo de ação dos inibidores seletivos de COX-2 Ác. Aracdônico COX-1 COX-2 Prostaglandinas Tromboxano Proteção gástrica Função renal Agregação plaquetária Dor Inflamação Prostaglandinas “Constitutiva ou Fisiológica” “Indutiva ou Patológica” Inibidores específicos Inibem exclusiv/ COX-2 Inibidores não seletivos Inibem COX-1 e COX-2 Tabela 1 – Classificação dos inibidores da cicloxigenase Aspirina, indometacina, piroxicam, ibuprofeno, cetorolaco, diclofenaco Ação farmacológica Nome genérico Nimesulida e meloxicam Celecoxib, etoricoxib, lumiracoxibe A relação entre COX-2 e COX-1 pode ser: Inibidores seletivos Inibem prefer/ COX-2 Rang, 5°ed Seletividade dos AINEs Et or ic ox ib Va ld ec ox ib Inibidores com seletividade para COX2 AINEs são analgésicos e antipiréticos, mas o grau de atividade antiinflamatória varia: a) Fortemente antiinflamatório: indometacina piroxicam b) Ação antiinflamatória moderada: ibuprofeno c) Ação antiinflamatória mínina: paracetamol EFEITOS INDESEJÁVEIS AINEs: 25% das reações adversas notificadas e relação com mortes. Maior uso por idosos, em doenças articulares (doses altas e contínuas) Efeito colateral: trato GI, fígado, rim, baço, sangue, medula óssea MECANISMO DE AÇÃO (TRATO GI) Inibição da COX-1, responsável pela síntese de PG que inibem a secreção ácida e que possui ação protetora sobre a mucosa, a qual é moduladora de seu fluxo sanguíneo A administração oral de análogos das PG como misoprostol pode diminuir a lesão gástrica induzida por AINE LESÕES CUTÂNEAS 2o efeito indesejável mais comum (mefenâmico, sulindaco) efeitos leves, urticária Tabela 2 – Dose e intervalos entre as doses, para adultos, mais empregadas em Odontologia Cetorolaco 15 8 Nome genérico e dose usual (mg) Intervalos entre as doses (h) INFLAMAÇÃO AGUDA Diclofenaco 50 Ibuprofeno 400 Nimesulida 100 Meloxicam 15 Celexocibe 200 Eterocoxibe 90 Lumiracoxibe 400 12 12 12 24 24 24 24 🤓🤓🤓
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