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TGP Parte II - Jurisdição

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Teoria Geral do ProcessoTeoria Geral do Processo
Parte II - JurisdiçãoParte II - Jurisdição
Juliano Carneiro Veiga
juliano.carneiro@soebras.edu.br
 
 
Teorias do ordenamento jurídico:
1 – Teoria unicista ou unitária (Carnelutti) – afirma que o ordenamento 
jurídico é unitário, composto por normas materiais e normas processuais
que se complementam (relação de complementariedade entre as normas)
2 – Teoria dualista (Chiovenda) – afirma que o ordenamento jurídico 
comporta uma definição dualista: normas processuais apresentam 
autonomia teória diante das normas materiais.
 
Noções introdutórias e históricas
 
 
Críticas às teorias do ordenamento jurídico:
Atualmente, não se sustenta a dicotomia rígida entre as normas de direito
material (substantivo) e as normas de direito processual (adjetivo). Há
possibilidade de que uma norma processual estabeleça garantia de direito
(conteúdo de norma material).
- Norma material = institutiva de direitos relativos ao ser, ter e haver.
- Norma processual = institutiva de direitos relativos ao proceder.
Sistema = estrutura (normas materiais) + repertório (normas processuais)
 (estática – implantam direitos) + (dinâmica -conduzem o direito)
 
Noções introdutórias e históricas
 
 
Direito processual – classificação:
O direito processual, quanto às normas de incidência, classifica-se em:
1. Direito processual internacional; 
2. Direito processual interno:
2.1 Direito processual penal – normas sobre direito penal militar e penal
eleitoral; 
2.2 Direito processual civil - subdivide-se em comum e especial. 
2.2.1 Direito processual especial: direito processual trabalhista, eleitoral, 
 administrativo e previdenciário, 
 
 
Noções introdutórias e históricas
 
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
Atividade jurisdicional, judicial ou judicacional = atividade de aplicar e 
executar a lei (função do Estado)
2.1 Requisitos/pressupostos para o exercício da jurisdição:
1. Investidura - posse no cargo de juiz (exercício por designação do cargo)
Dependendo de prévia aprovação em concurso público ou nomeação por
Ato do chefe do Poder Executivo;
2. Aderência territorial – vinculação do exercício da jurisdição ao território
ou espaço demarcado pela lei (atos praticados for a dos limites – coopera-
ção judicial); 
3. Inércia ou princípio da ação, da demanda ou dispositivo – dever de 
se abster de agir de ofício em nome ou em prol de outrem (ne procedat 
iudex sine actore / ex officio) – cabe à parte provocar a jurisdição. O 
Estado-juiz só age se for provocado (Exc: Lei 11.101/05 permite ao juiz
converter o processo de recuperação judicial em falência);
 
 
 
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
4. Indelegabilidade: requisito que estabelece o dever do juiz de não
repassar a outrem a prática de atos inerentes às suas funções, salvo
se a lei determinar o contrário (ex: impedimento, carta precatória, rogatória 
e de ordem – Obs: não precisa de precatória se comarcas contíguas ou
situadas na mesma região metropolitana – art. 255 do CPC).
5. Inevitabilidade: a decisão judicial é imposta às partes independente-
mente da vontade delas - alcance imperativo. 
6. Inafastabilidade: dever do juiz de se vincular permanentemente
ao procedimento + direito de acesso ao Judiciário para reparar ou preve-
nir lesões (art. 5º, inciso XXXV, CR);
7. Juízo natural: veda a ocasionaridade da jurisdição (precisa ter conti-
nuidade), vedando a implantação de Tribunais de Exceção (art. 5º, inciso
XXXVII, CR).
 
 
 
2.2. Características da jurisdição:
a) Substitutividade – substitui a vontade das partes;
b) Lide – pretensão resistida (exc. Jurisdição voluntária);
c) Imparcialidade – equidistante das partes;
d) Monopólio do Estado – poder judiciário e poder legislativo;
e) Unidade – a jurisdição é una em face da soberania do Estado;
f) Definitividade – aptidão para formar coisa julgada.
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2.3 Teorias da jurisdição: 
1. Chiovenda: promover a atuação da vontade concreta da lei;
2. Redenti: atividade de aplicação de sanções;
3. Calamandrei: garantia de obediência das normas;
4. Carnelutti: justa composição da lide;
OBS: alguns autores defendem que a jurisdição pode ser vista sob três
aspectos: a) como poder de julgar constituído (atribuído ao Judiciário); 
b) como função jurisdicional (exercída pelos juízes e tribunais); c) como
atividade judiciária (prática de atos pelos juízes e tribunais no exercício
da função jurisdicional)
 
 
 
2.4 Escopos da jurisdição:
a) o escopo jurídico - consiste na atuação da vontade concreta da lei;
b) o escopo social – consiste em promover o bem comum, a pacificação;
c) o escopo político- consiste na busca da afirmação do poder do Estado,
além de incentivar a participação democrática e a preservação do valor
 liberdade.
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2.5. Espécies de jurisdição:
a) Contenciosa e Voluntária (ou graciosa);
b) Quanto ao seu objeto: penal e civil;
c) Quanto às regras de competência: especial (militar, eleitoral e
trabalhista) e comum (federal e estadual).
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2.6. Limites da Jurisdição Nacional:
a) Competência internacional concorrente – Art. 21. compete à autoridade 
judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
- o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
- no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
- o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
OBS: Considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver 
agência, filial ou sucursal.
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2.6. Limites da Jurisdição Nacional:
a) Competência internacional concorrente – Art. 22. Compete, ainda, à 
autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
- de alimentos, quando:
  o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
  o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, 
recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
- decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio 
ou residência no Brasil;
- em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição 
Nacional (ex. Cláusula de eleição de foro – não apreciação de ofício).
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2.6. Limites da Jurisdição Nacional:
b) Competência internacional exclusiva (art. 23) – Nessas hipóteses 
somente um órgão jurisdicional brasileiro, com exclusão de qualquer 
outro, poderá Decidir. Desse modo, decisões estrangeiras sobre as 
mesmas não serão homologadas (art. 964).
Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
 
- conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil (ex. Possessória, 
Reivindicatória – não se objeto mediato não for o imóvel (ex. Cobrança aluguel); 
- em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento 
particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o 
autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do 
território nacional;
- em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à 
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade 
estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2.6. Limites da Jurisdição Nacional:
Observações:
I) A ação proposta perante tribunal estrangeiro nãoinduz litispendência e não 
obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das 
que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados 
internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
II) A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a
homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir 
efeitos no Brasil.
III) Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o
julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo 
estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação, salvo
nas hipóteses de competência internacional exclusiva. 
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2.7. Cooperação Internacional:
A cooperação jurídica internacional figura como uma maneira de contribuir para 
as informações e prática de atos voltados à solução de controvérsias que 
ultrapassem as fronteiras de determinado Estado.
O art. 26 traça a base principiológica da cooperação internacional e estabelece 
o ministério da Justiça como autoridade central, salvo estipulação diversa.
OBS: Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos 
que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas 
fundamentais que regem o Estado brasileiro.
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
2.7 Meios de Cooperação Internacional:
a) Auxílio direto (arts. 28 a 34);
b) Carta rogatória (arts. 35 e 36);
c) Homologação de decisão estrangeira (arts. 960 a 965).
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
 
2.8 Distinção de institutos jurídicos:
- Conflito = pretensões opostas – faticidade (extra-autos) – divergência
instaurada pela percepção de que as necessidades e objetivos são 
mutuamente incompatíveis entre si.
- Lide = conflito processualizado de pretensões sobre um bem da vida
Jurídica (pretensão resistida)
- Litígio = pretensão de mérito submetida ao debate judicial em que há
oposição 
- Controvérsia = resistência procedimental à pretensão posta em juízo.
- Causa = fato conflituoso levada a juízo.
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
 
2.8 Distinção de institutos jurídicos:
- Competência = designa a especialidade no exercício da jurisdição
(medida da jurisdição), delimitando seu campo de atuação. É definida
Pelos seguintes critérios: a) em razão do lugar (ratione loci); b) em razão 
da matéria (ratione materiae); c) em razão da pessoa (ratione personae);
d) em razão do valor (ratione valoris).
- Comarca = unidade administrativo-judiciária caracterizada por limites
geo-físicos para o exercício das atividades jurisdicionais (equivalente
delimitação para subseções judiciárias (justiça federal) e zonas eleitorais
(justiça eleitoral).
- Instância = nível hierárquico de competência – 1ª instância/grau (juízo
monocrático – como regra) x 2ª/3ª instância/grau (juízos colegiados com-
petentes para análise de recursos – como regra)
 
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Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
 
 
2.8 Distinção de institutos jurídicos:
- Entrância = ordem de classificação das comarcas pelo seu grau de 
Importância geo-político-econômica (ex: 1ª, 2ª e entrância especial)
- Vara = segmento divisionário da competência, criando os juízos
- Foro = é o conjunto dos juízos de direito que compõem os diversos 
níveis de competência
- Fórum = é o prédio físico onde se localiza o foro
 
2. Faculdades Fundamentais do Direito Processual: 
Jurisdição, Ação, Defesa e Processo. 
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